Bolsonaro lembra que liberou R$ 20 bilhões para compra de vacina

0

O presidente Jair Bolsonaro, que está passando o feriado de Nossa Senhora Aparecida no Guarujá, litoral paulista, refutou hoje a peça de ‘negacionista’ e voltou a defender o chamado tratamento precoce, com medicamentos como a cloroquina e a ivermectina, que não tem comprovação científica contra a Covid-19.

Em conversa com jornalistas, depois de deixar o Hotel de Trânsito para dar uma volta de moto na cidade, ele voltou a criticar a vacina Coronavac e a vacinação de jovens. E disse que sua gestão liberou em dezembro R$ 20 bilhões para a compra de vacinas. ‘Não me chamem de negacionista porque só em dezembro a medida provisória foi um checão de R$ 20 bilhões para comprar vacina’, destacou.

Aos jornalistas, Bolsonaro questionou a razão de não se divulgar o número de mortes de pessoas já vacinadas. ‘Não divulgam. Muita gente que tomou a segunda dose está morrendo. Por que muitos governadores e prefeitos vacinaram jovens de 12 a 17 anos? Baseados em quê? Recomendação da Anvisa? Estamos mexendo com vidas. Na molecada abaixo de 20 anos, a chance de não ter nada é de 99,9%. Compensa o custo benefício da vacina?’, disse, citando a liberação dos recursos para a compra de vacina. ‘Que nenhum prefeito reclame. São Paulo fechou tudo, a previsão de queda de arrecadação é de 20%. Tiveram superávit comigo. Quem deu trabalho fui eu evitando a diminuição de empregos.’

Bolsonaro disse que hoje deverá ir à cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, para as celebrações do dia da padroeira do Brasil. (Estadão Conteúdo)

Fonte: Cruzeiro do Sul

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamento-de-especialidade-ja-movimenta-r-69-bilhoes-no-brasil/

Sob pressão bolsonarista, Conitec adia decisão que barraria cloroquina no SUS

0

Cloroquina – Pressionado por bolsonaristas, o órgão do Ministério da Saúde responsável pela análise técnica de novos medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) adiou a decisão, prevista para esta quinta-feira, 7, que poderia barrar de vez o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina como tratamento para pacientes com covid-19. Ambas comprovadamente não funcionam contra a doença, mas são promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados como parte do chamado tratamento precoce. Como revelou o Estadão, o colegiado iria se opor a Bolsonaro, e a conclusão técnica seria usada pela CPI da Covid como mais uma prova dos erros do governo na gestão da pandemia.

A discussão foi retirada da pauta da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) a pedido do coordenador do grupo, o médico Carlos Carvalho, da USP, escolhido pelo ministro Marcelo Queiroga. Ao Estadão, Carvalho disse que a decisão não foi influenciada por questões políticas. O médico afirmou que gostaria de levar para discussão do grupo de especialistas que elaboraram o protocolo um estudo publicado no fim de setembro, no The New English Medical Journal, sobre o remédio Regen-Cov.

A discussão sobre as diretrizes era o item 12 da pauta, mas foi retirado. A decisão da Conitec, que tem caráter consultivo, era esperada com preocupação pelo Palácio do Planalto por causa das potenciais consequências políticas e jurídicas. A recomendação indiscriminada de drogas que não funcionam em detrimento de medidas como incentivo à vacinação e ao distanciamento social é uma das frentes atacadas pela CPI.

Além disso, a decisão técnica de um órgão do próprio governo colocaria em xeque o discurso pró-cloroquina dos bolsonaristas. Na manhã de hoje, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais para dizer enganosamente que “a esquerda proibiu acesso a tratamento que poderia salvar vidas”. No último dia 21, Jair Bolsonaro defendeu o tratamento precoce, com cloroquina, em discurso na das Nações Unidas Organização (ONU).

O parecer dos técnicos que seria levado à votação reprovava fortemente o uso de remédios como a hidroxicloroquina, cloroquina e a azitromicina. O texto, ao qual o Estadão teve acesso, ressalta que, em tempos de pandemia, os recursos públicos devem ser empregados no que há mais certeza sobre a eficácia.

O documento deixa claro que há evidências de que azitromicina e hidroxicloroquina são ineficazes, ou seja, não funcionam no tratamento da doença e não devem ser usadas. Já para drogas como ivermectina e colchicina há ausência de evidência de que funcionam no tratamento.

De acordo com o parecer, não existe nenhum remédio, até o momento, que possa ser usado de forma precoce para alterar o curso natural da doença.

“Diversas terapias ineficazes foram descartadas, de forma a promover a economia de recursos com o abandono de seu uso, como o caso da azitromicina e da hidroxicloroquina (…) em um cenário de epidemia, a alocação de recursos deve ser priorizada para intervenções com maior certeza de benefício, como o caso de equipamentos de proteção individual, intervenções para o suporte ventilatório dos pacientes e terapias farmacológicas com efetividade comprovada. Deve ser estimulado o tratamento de pacientes mediante protocolos de pesquisa de estudos com delineamento adequado e potencial para dar respostas à sociedade”, diz trecho da conclusão do parecer.

Os médicos que elaboraram o protocolo foram avisados sobre a retirada de pauta por um dos coordenadores do grupo na manhã desta quinta, segundo apurou o Estadão.

As diretrizes foram elaboradas por cerca de 20 especialistas, de diferentes sociedades médicas. O Estadão apurou ainda que o grupo não vai aceitar interferência política por mudanças no documento, e os médicos vão retirar seus nomes caso isso ocorra.

A Conitec é composta pelos sete secretários do Ministério da Saúde, além de representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Nacional de Saúde (ANS), e de secretarias estaduais e municipais de saúde. O coordenador, Carlos Carvalho, indicado por Queiroga, é crítico da cloroquina e defensor do distanciamento social e do uso de máscaras.

A comissão é responsável por assessorar o ministério na decisão de quais medicamentos e tratamentos que serão utilizados pelo SUS. Uma decisão sobre os tratamentos medicamentosos para pacientes com covid deve ser conhecida até o dia 26. Em maio, a Conitec já havia reprovado o uso da cloroquina para pacientes hospitalizados.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em depoimento à CPI, em junho, que esperaria uma decisão da Conitec para se manifestar sobre a pertinência ou não do uso do remédio. Nesta quinta, os senadores aprovaram a reconvocação de Queiroga. De volta ao Brasil após duas semanas de quarentena em Nova York, ele se recusou a revelar se tomou hidroxicloroquina no período, como incentiva Bolsonaro.

Queiroga vem sendo criticado por setores da base bolsonarista e no governo. A ala ideológica critica o ministro por ter liberado a vacinação de adolescentes, por não agilizar um plano para desobrigar o uso de máscaras e por não atuar de forma mais contundente para barrar o “passaporte da vacina” – ele pessoalmente sugeriu o modelo, em abril.

Procurado pelo Estadão desde o início da semana para comentar a reunião decisiva da Conitec, o ministério não se manifestou. Nesta quinta, em nota, informou apenas que o tema foi retirado de pauta pelo coordenador do grupo de especialistas que está elaborando as diretrizes do tratamento ambulatorial em razão da “publicação de novas evidências científicas dos medicamentos em análise”. Ainda segundo o ministério, o documento “será aprimorado e vai ser pautado assim que finalizado”.

Fonte: Correio Popular

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamento-de-especialidade-ja-movimenta-r-69-bilhoes-no-brasil/

Covid-19: estado de São Paulo tem menos de 2 000 pessoas em UTIs

0

O estado de São Paulo tem menos de 2 000 pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por Covid-19, segundo números divulgados domingo (10) pelo governo do estado.

A última vez que o levantamento ficou abaixo desse patamar foi em 6 de abril de 2020, quando 1.966 pessoas estavam em UTIs. Hoje, são 1.991. No total, o estado tem 4.171 pessoas hospitalizadas pela doença, incluindo 2.180 pacientes que estão em leitos de enfermaria.

+ Medicamento da AstraZeneca reduz mortes e gravidade de Covid

O número total de internados é sete vezes menor que o registrado no pico da segunda onda de Covid-19. Nesse período, eram 31 000 pacientes hospitalizados com a doença.

Atualmente, a demanda por UTI é 6,5 vezes menor. E, nas enfermarias, ela é oito vezes menor. De acordo com o governo estadual, as taxas de ocupação dos leitos de UTI estão entre as menores de toda a pandemia, com 30,8% no estado e 38,2% na Grande São Paulo.

Fonte: Veja São Paulo Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamento-de-especialidade-ja-movimenta-r-69-bilhoes-no-brasil/

Queiroga reitera que pode excluir CoronaVac da próxima campanha de vacinação

0

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reafirmou à CPI da Covid a possibilidade de não incluir a vacina chinesa CoronaVac na campanha de imunização do ano que vem e se manifestou contrário à vacinação em menores de 12 anos. Em documento com mais de 160 páginas, Queiroga respondeu a questionamentos feitos pelo CPI da Covid sobre a estratégia de imunização do governo como forma de tentar evitar a convocação prevista para a próxima semana.

Veja também: Vacina da Pfizer tem preferência mundial contra a Covid-19

Autor do requerimento com as perguntas, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse ao Globo que Queiroga as respondeu “em grande parte”. Para Vieira, o ministro não precisa mais ir pessoalmente ao colegiado.

Siga nosso Instagram

O grupo de independentes e oposicionistas da CPI, chamado de G7, tem reunião amanhã pela manhã para debater o assunto e chegar a uma decisão consensual sobre o tema. Os parlamentares pretendem avaliar se Queiroga precisa esclarecer a sua posição sobre a utilização de medicamentos sem eficácia comprovada comprovada e a possível interferência em relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) contra o “kit covid”. Eles também devem debater o relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

ministério da Saúde manteve a possibilidade de não utilizar a vacina chinesa CoronaVac na campanha de imunização contra a Covid-19 no ano que vem. Ele repassou posicionamento semelhante ao que já havia sido dado pela pasta na semana passada.

De acordo com o MS, a razão sobre a possível descontinuidade da vacina Coronavac no ano de 2022 está “diretamente relacionada com condição de sua avaliação pela ANVISA“. “Até o presente momento a autorização é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional”, afirmou a pasta.

O Ministério da Saúde também alega que estudos demonstram “a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos; discussões na Câmara Técnica que não indicaram tal imunizante como dose de Reforço ou Adicional- conforme NT Técnicas SECOVID, assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos”.

“Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose”. No documento, o Ministério da Saúde também se manifestou contrário à vacinação de menores de 12 anos.

Nas respostas compartilhadas com a CPI, o “As vacinas Covid-19 não estão indicadas para essa faixa etária, no momento, indivíduos que forem inadvertidamente vacinados deverão ter seus esquemas encerrados sem que sejam administradas doses adicionais”, diz o documento.

Alguns países, como Cuba, Chile e Emirados Árabes já iniciaram a vacinação nas crianças. No Brasil, nenhum laboratório ainda pediu autorização da Anvisa para aplicar o imunizante nessa faixa etária. Nos Estados, essa licença foi solicitada na semana passada pelas empresas Pfizer a BioNTech.

O ministro também informou o valor que será disponibilizado do orçamento de 2022 para a “operacionalização da vacina” – R$ 7,1 bilhões direcionados a “ações extraordinárias previstas para enfrentamento da Covid-19”, com a ressalva de que esse valor pode ser “adequado” durante a tramitação no Congresso.

No anexo que trata das estratégias de comunicação para promover a vacinação no país, o texto cita o “objetivo” de “quebrar crenças negativas contra a vacina” por meio de uma campanha de “fácil entendimento e comunicação constante”.

Conforme o texto, a ideia é manter a população informada sobre a “importância da segurança da vacinação”, fazendo esclarecimentos sobre eventuais efeitos adversos que possam ocorrer e “respondendo falsas notícias e mensagens” nas redes sociais.

Desde o início da imunização no país, redes bolsonaristas têm tentado espalhar a teses conspiracionistas de que as vacinas contra a Covid-19 não foram devidamente testadas para serem aplicadas em massa na população, sobretudo nos mais jovens. O próprio presidente Jair Bolsonaro ainda não tomou a primeira dose.

Conitec

Em outro documento, a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde respondeu a um requerimento da CPI que pedia explicações sobre o adiamento de uma reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para análise de um relatório que recomenda não usar o ‘kit covid’, composto por medicamentos sem eficácia no combate ao novo coronavírus.

A secretaria alega que “os adiamentos se deram por motivos técnicos, buscando-se o melhor desfecho para a saúde pública brasileira”.

“A alteração da pauta da 102ª Reunião Ordinária da Conitec, com o adiamento do item 12, referente a apreciação inicial das Diretrizes Brasileiras para Tratamento Medicamentoso Ambulatorial do Paciente com Covid-19, foi solicitada pelo coordenador do Grupo Elaborador (GE), devido a publicação de novas evidencias cientificas”, diz o texto.

O documento elaborado por técnicos contraria o presidente Jair Bolsonaro que insiste na defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da Covid-19. A entrada do relatório na pauta da reunião irritou integrantes do Palácio do Planalto, e o incômodo chegou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na sequência, a matéria saiu do ordem do dia do comitê.

Fonte: Portal IG

Vacina da Pfizer tem preferência mundial contra a Covid-19

1

A vacina contra o coronavírus da farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech tornou-se a preferida dos países no combate à Covid-19. O motivo, segundo análise do Wall Street Journal, são:

– a maior proteção fornecida;

– alta eficácia da vacina contra a variante delta;

– vantagem sobre demanda para as demais vacinas.

Veja também: Exame pós vacina de Covid-19: taxa média de anticorpo neutralizante é de 64,8% em laboratório paulista

Da América Latina ao Oriente Médio, governos estão pondo à frente o imunizante das 2 empresas. Como exemplo desta retomada, está a Austrália, que agora está oferecendo a vacina depois de se isolar de concorrentes da Pfizer/Biotech. Reino Unido, Turquia, Brasil e Chile estão oferecendo o imunizante como dose de reforço contra a Covid.

Siga nosso Instagram

Já na Argentina, pela alta demanda da vacina, o país precisou rescrever uma nova lei de compra de imunizantes para poder ser viabilizado um acordo com a farmacêutica.

Wanderson de Oliveira, epidemiologista e ex-funcionário sênior do Ministério da Saúde, afirmou ao The Wall Street Journal que ‘todo mundo quer obter a melhor vacina’. O governo brasileiro aumentou a utilização do imunizante enquanto se afasta da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

O Ministério da Saúde informou que não vai comprar a vacina CoronaVac em 2022 por ela ter sido autorizada só para uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A informação foi divulgada na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, no dia 07 de outubro. Segundo Duke Global Health Innovation Center, os países compraram 3,5 bilhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, cerca de 1 bilhão de doses a mais do que compraram da AstraZeneca PLC. A Pfizer informa que já entregou mais de 1,6 bilhão de doses para mais de 130 países.

Em meio ao aumento da popularidade, a Pfizer aumentou os preços em alguns países, especialmente pela adaptação dos imunizastes as variantes. Na União Europeia, por exemplo, a Pfizer aumentou os preços pode US$ 18 para US$ 23 a dose.

Fonte: Jornal do Tocantins

Exame pós vacina de Covid-19: taxa média de anticorpos neutralizante é de 64,8% em laboratório paulista

0

O laboratório de biotecnologia DNA Consult, que oferece exame para medir potencial de imunidade, realizou um levantamento interno que aponta taxa média de anticorpos neutralizantes de pacientes.

Veja também: Teste com medicamento teve 200 mortes no Amazonas

O Brasil já conseguiu vacinar 40% de sua população adulta contra a Covid-19, cerca de 64 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal com as duas doses e 132 milhões de pessoas já tomaram pelo menos a 1ª dose, de acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. Com isso, a relação entre o avanço da vacinação, a queda nas internações de casos graves e a diminuição dos óbitos é direta.

Siga nosso Instagram

Contudo, algumas pessoas têm procurado realizar exames que avaliam o potencial de imunidade, mesmo as que já foram vacinadas ou as que contraíram a infecção. O teste verifica o potencial de imunidade individual a partir da produção de anticorpos neutralizantes. Um levantamento interno realizado pela DNA Consult, laboratório de análise genética especializado em biotecnologia localizado em São Carlos (SP) e que realiza esse tipo de exame, aponta que a taxa média de anticorpos neutralizantes produzidos foi de 64,8% nos resultados de quem já fez o exame, chamado de COVID Imuniza. No total, 53,9% apresentaram diagnósticos positivos para a produção de anticorpos neutralizantes e 38,5% tiveram amostras negativas.

Entre as amostras positivas, 15,4% das pessoas apontaram uma taxa de anticorpos neutralizantes acima de 80%. Já 20,6% dos pacientes apresentaram um potencial de imunidade de 60 e 70%. Cerca de 17,9% obtiveram uma taxa de anticorpos neutralizantes entre 22% e 50%. Já os índices abaixo de 20% representam resultados negativos.

‘É importante destacar que o exame de anticorpos neutralizantes difere de outros testes sorológicos que identificam apenas a produção de anticorpos após a infecção, como o IgG e IgM. A análise de anticorpos neutralizantes reconhece o anticorpo anti-spike, que impede que o SARS-CoV-2 penetre na célula e cause a infecção’, explica o Dr. Euclides Matheucci, fundador e diretor científico do laboratório.

Ainda segundo Euclides, embora os resultados possam apresentar uma taxa percentual de criação de anticorpos neutralizantes no corpo do paciente, este não é o único indicador de imunidade contra o vírus. ‘O sistema imunológico é extremamente complexo e não se limita somente aos anticorpos neutralizantes, existe também a imunidade celular que consegue proteger contra o vírus, mas é difícil de ser calculada. Então se alguém fez o exame de anticorpos neutralizantes e teve um resultado inferior a 20%, isso não significa que ela não esteja imune ao vírus. E mesmo quem tenha apresentado um resultado positivo superior ainda precisa tomar os cuidados necessários para não se infectar’, completa.

Fonte:  

Teste com medicamento teve 200 mortes no Amazonas

0

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) considera a denúncia de 200 mortes de voluntários de pesquisa clínica com a proxalutamida feita no Amazonas (Brasil) uma violação aos direitos humanos e uma das infrações éticas mais graves e sérias da história da América Latina.

A declaração foi divulgada neste sábado (9) por meio da Rede Latino-americana e Caribenha de Bioética (Redbioética-Unesco) e se refere à denúncia feita pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) à Procuradoria-Geral da República no mês passado. A entidade é responsável por regular a participação de seres humanos em pesquisas científicas no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já defendeu o uso da substância no combate à infecção pelo coronavírus, mas o medicamento, um bloqueador de hormônio masculino, não teve eficácia comprovada contra a Covid-19. O uso da substância em pesquisas científicas também foi vetado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início do mês passado.

Segundo o comunicado da rede de bioética da Unesco, a denúncia da Conep inclui graves violações dos padrões éticos de pesquisa nas diversas etapas do estudo com a proxalutamida.

‘É ética e legalmente repreensível, conforme consta do ofício da Conep, que os pesquisadores ocultem e alterem indevidamente informações sobre os centros de pesquisa, participantes, número de voluntários e critérios de inclusão, pacientes falecidos, entre outros.’

‘Qualquer alteração em um protocolo de pesquisa deve ser aprovada pelo sistema de ética em pesquisa local’, diz o comunicado.

Para a organização, é igualmente condenável a denúncia de que os pesquisadores, apesar de terem conhecimento dos sucessivos óbitos e dos eventos adversos graves, continuassem com o recrutamento e a execução dos estudos.

Também é considerado gravíssimo, segundo a Unesco, a suspeita de que o comitê científico da pesquisa tenha sido coordenado por pessoas vinculadas aos patrocinadores do estudo, o que configuraria um claro conflito de interesses.

Um comitê independente é uma exigência para a realização de ensaios clínicos e tem a função de supervisionar as condições éticas e de segurança na pesquisa. A proxalutaminada é fabricada pela farmacêutica chinesa Kintor.

‘É urgente que, em caso de irregularidades comprovadas, todos os atores sejam responsabilizados, não só de forma ética mas também legalmente, incluindo as equipes de investigação, as instituições e patrocinadores responsáveis, nacionais e estrangeiros.’

A organização pede ainda que a comunidade científica nacional e internacional se una para monitorar, divulgar e acompanhar a denúncia da Conep. ‘É urgente identificar as causas das mortes ocorridas durante os estudos. É inaceitável que esses tipos de eventos, se verificados, estejam acontecendo no ano de 2021.’

Para a Unesco, ‘nenhuma emergência sanitária, ou contexto político ou econômico, justifica fatos como esses apresentados na denúncia da Conep.

‘Acreditamos que o maior interesse deve ser colocado no acompanhamento desta pesquisa, dando suporte ao sistema de revisão ética brasileiro e, principalmente, aos participantes da pesquisa brasileira, bem como aos familiares dos falecidos.’

No relatório encaminhado à PGR, a Conep concluiu que os responsáveis pela pesquisa desrespeitaram quase todo o protocolo aprovado pela comissão em 27 de janeiro.

Houve autorização para a realização da pesquisa com 294 voluntários em Brasília. No entanto, segundo a comissão, o protocolo começou a aplicado no Amazonas em fevereiro sem autorização. No total de 645 pessoas.

O perfil dos voluntários mortos também era incompatível com o perfil clínico dos pacientes registrados na pesquisa. A proxalutamida deveria ter sido administrada em pacientes leves e moderados de Covid, mas os resultados indicaram que os óbitos foram atribuídos a insuficiência renal ou hepática, características de pacientes muito graves.

Fonte: Diário de Cuiabá

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/kintor-anuncia-aprovacao-de-teste-de-medicamento-contra-covid-no-brasil/

Em Mato Grosso do Sul, combate à pandemia vai deixar legado de infraestrutura na Saúde

0

O enfrentamento à Covid-19 exigiu do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde, ações rápidas que pudessem monitorar e controlar um inimigo invisível como o coronavírus. Com investimentos arrojados que foram aplicados na qualificação e contratação de profissionais, bem como aquisição de equipamentos e aberturas de leitos, além do desenvolvimento de estratégias exitosas – como a distribuição da vacina -, o Estado adquiriu expertise que já repercute de forma positiva com a estabilização da doença. Assim, o Estado deixa um legado de infraestrutura nos serviços de saúde de Mato Grosso do Sul.

Alcançar a disponibilidade de leitos foi o principal desafio encontrado pelo Estado durante a pandemia do coronavírus, sendo necessário ampliar o atendimento especializado para outros municípios. Antes, o Estado contava com apenas seis municípios com atendimento especializado e, durante a pandemia, a oferta do serviço de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) foi ampliado, totalizando 15 cidades : Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Costa Rica, Coxim, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Sidrolândia. O Estado ainda encaminhou equipamentos necessários para a instalação do serviço e ofereceu treinamento aos profissionais de saúde de cada município.

Hospital Regional da Capital é referência no atendimento a pacientes com Covid-19 (Foto: Edemir Rodrigues)

Referência no tratamento da Covid-19, o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul também foi um dos principais destaques neste enfrentamento à Covid-19 no Estado. Foram criados 86 novos leitos durante o período pandêmico – de 39 para 125 leitos críticos. Também foi realizada a contratação de mais de 880 funcionários para o atendimento a pacientes: enfermeiros, técnicos, médicos e residentes engrossaram o corpo clínico do hospital. Os colaboradores também sentiram a pandemia: 726 foram testados positivos para a Covid-19 e oito foram a óbito. O HRMS registrou a menor taxa de letalidade em suas UTIs Covid, sendo menor que a média nacional, tanto para hospitais particulares, quanto para hospitais públicos.

Drive-Thru implantado em Campo Grande no início da pandemia (Foto Saul Schramm)

Entre as estratégias exitosas está o sistema Drive-Thru que, inicialmente, era utilizado para dar agilidade na realização da coleta de exames conhecido como ‘padrão ouro’ – o RT-PCR – contra a Covid-19. Devido à redução de casos, a demanda foi absorvida pelos municípios que passaram a ofertar o serviço nas unidades de saúde. Com a expertise adquirida, foi criado o Drive-Thru da Vacinação, que tem auxiliado o Estado a permanecer nas primeiras posições na vacinação contra a Covid-19.

Para avançar na vacinação, Governo concede incentivo financeiro aos municípios (Foto Saul Schramm)

O pagamento de incentivo financeiro aos municípios foi outro ponto que impulsionou o resultado positivo da vacinação no Estado. Com as duas novas resoluções publicadas no último dia 5, o Governo do Estado ampliou o valor total do incentivo que era de R$ 5.899.727,40 passou a ser de $ 17.886.884,40.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, lembra que Mato Grosso do Sul se tornou exemplo para o país no desenvolvimento de ações estratégicas para o enfrentamento à Covid-19. ‘O Estado demonstrou toda a sua eficiência nas ações de enfrentamento à Covid-19. Mostrou que teve capacidade de distribuir as vacinas em até 12 horas para os 79 municípios, se tornou líder na vacinação nacional. Tudo isso aconteceu graças ao apoio e colaboração de diversos segmentos, desde a iniciativa privada, como a Fiems, até aos municípios, para que chegássemos a esses índices de excelência. Tenho certeza que seremos o primeiro Estado a sair desta pandemia’.

Continue se cuidando

Mesmo com a estabilidade e redução de casos que Mato Grosso do Sul tem registrado, não é o momento de abrir mão das medidas de biossegurança, considerando que há a presença de variantes, como a Delta. Por isso, é importante que mesmo imunizado ou vacinado, qualquer pessoa está suscetível a nova contaminação e pode transmiti-la a outras pessoas.

Assim, a recomendação que a Secretaria de Estado de Saúde faz é para continuar com as medidas de biossegurança como: uso de máscara corretamente (cobrindo o nariz e a boca e bem ajustada); distanciamento físico (1,5 metro); higienização frequente das mãos (com álcool líquido ou em gel 70%, ou com água e sabão); evitar aglomerações; não compartilhar objetos de uso pessoal; desinfecção de superfícies e objetos; evitar circulação desnecessária em locais públicos.

Fonte:  

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/nova-pandemia-e-questao-de-tempo-diz-diretora-da-oms/

Medicamento da AstraZeneca reduz mortes e casos graves de covid-19

0

A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira (11) que obteve resultados positivos em testes de fase três de um novo coquetel de drogas, uma combinação de anticorpos de longa ação (LAAB, na sigla em inglês), no tratamento contra a covid-19. O medicamento foi batizado de AZD7442.

De acordo com a companhia, houve uma redução “estatisticamente significativa” de casos graves ou mortes em pacientes não-hospitalizados que usaram medicamento na comparação com quem usou placebo.

No comunicado global sobre os resultados, a farmacêutica detalhou que um total de 90% dos participantes inscritos nos testes eram de populações com alto risco de progressão para covid-19 grave, incluindo aqueles com comorbidades, como câncer, diabetes, obesidade, doenças pulmonares, entre outras.

“O ensaio atingiu o desfecho primário, com uma dose de 600 miligramas (mg) de AZD7442 administrada por injeção intramuscular (IM), reduzindo o risco de desenvolver covid-19 grave ou morte (por qualquer causa) em 50% em comparação com o placebo em pacientes ambulatoriais com sintomas de sete dias ou menos”.

O ensaio registrou poucos eventos adversos no braço dos pacientes. Foram 18 ocorrências entre 407 que tomaram o AZD7442 e 37 no braço de quem tomou placebo, de um total de 415. O LAAB foi geralmente bem tolerado no teste, enfatizou a companhia.

Testes

Segundo o comunicado, o teste foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, e avaliou a segurança e eficácia de uma dose única de 600 mg intra-muscular de AZD7442 em comparação com um placebo. O ensaio foi conduzido em 96 locais, como Brasil, República Tcheca, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, México, Polônia, Rússia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA). Ao todo, envolveu 903 participantes, entre os que receberam o medicamento e o placebo.

Os participantes eram adultos de 18 anos mais que não estavam hospitalizados e tiveram com covid-19 nas formas leve a moderada e sintomáticos há sete dias ou menos. Aproximadamente 13% dos participantes tinham 65 anos ou mais.

Tratamentos

A AstraZeneca é a empresa que produz a vacina de mesmo nome, fabricada em parceria com a Universidade de Oxford, e produzida no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. Tem sido um dos imunizantes mais utilizados na campanha nacional de vacinação.

Mene Pangalos, vice-presidente executivo de produtos biofarmacêuticos da AstraZeneca, destacou a relevância dos resultados obtidos.

‘Esses resultados importantes para o AZD7442, nossa combinação de anticorpos de longa ação, somam-se ao crescente corpo de evidências para o uso desta terapia na prevenção e no tratamento de covid-19. Uma intervenção precoce com nosso anticorpo pode dar uma redução significativa na progressão para doença grave, com proteção contínua por mais de seis meses’.

Os resultados completos do ensaio clínico agora serão submetidos à publicação em uma revista médica, para revisão por outros cientistas. A AstraZeneca informou que também discutirá os dados com as autoridades de saúde. No último dia 5 de outubro de 2021, a empresa anunciou que havia apresentado um pedido à Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, equivalente à Anvisa no Brasil, para autorização de uso emergencial do AZD7442 na profilaxia de covid-19.

Fonte: A Crítica Manaus

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/astrazeneca-pede-ao-fda-para-usar-droga-preventiva-que-desenvolveu/

FMI reduz projeção de crescimento do PIB do Brasil para 1,5% em 2022

0

O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou as projeções para o desempenho da economia brasileira em 2021 e 2022. No ano que vem, a estimativa é de crescimento de 1,5% -redução de 0,4 ponto percentual em comparação com a projeção anterior, de julho (1,9%). Para este ano, revisou a expectativa de crescimento de 5,3% em julho para 5,2%.

Dado está no relatório Perspectiva Econômica Mundial divulgado nesta 3ª feira (12.out.2021). Eis a íntegra, em inglês (12 MB).

Segundo a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, o reajuste da estimativa para o Brasil baseia-se no efeito da alta esperada da taxa básica de juros, dada a inflação elevada no país,

O órgão também revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB mundial. Em julho, a estimativa para 2021 era de crescimento de 6,0%, e agora é de 5,9%. Para o ano que vem, a projeção é que a economia global cresça 4,9%.

Segundo o FMI, a revisão para baixo para 2021 reflete a redução das projeções para as economias avançadas -em parte devido a interrupções na cadeia de fornecimento- e para países em desenvolvimento de baixa renda, em grande parte devido ao agravamento da dinâmica da pandemia.

Diferenças no acesso às vacinas contra a covid-19 e de espaço fiscal para investir em políticas de estímulo econômico ampliam a discrepância de resultados no ritmo da recuperação entre países avançados e emergentes e em desenvolvimento.

Na análise do FMI, a variante delta e o risco de surgimento de novas variantes aumentaram a incerteza em relação a quanto tempo o mundo levará para superar a pandemia, o que também impactou a revisão.

Eis as projeções do FMI para o crescimento do PIB dos países:

O FMI avalia que a inflação deve seguir em alta no mundo até o fim de 2021, mas arrefecer no ano que vem e retornar a níveis pré-pandemia. O fundo diz, no entanto, que uma ‘incerteza considerável permanece’ e a inflação pode exceder as previsões.

‘Uma comunicação clara, combinada com políticas monetárias e fiscais adequadas, pode ajudar a evitar que os ‘sustos da inflação’ perturbem as expectativas de inflação’, afirma o relatório.

Para o Brasil, o fundo passou a estimar uma alta de 7,7% do IPCA para este ano, contra 4,5% em sua última projeção de inflação, em abril.

O relatório cita exemplos de políticas adotadas para combater a inflação e menciona o Brasil entre 2002 e 2005. A autoridade monetária afirma que a experiência comprovou a ‘necessidade de maior ação de política monetária para contrariar expectativas não ancoradas e estabelecer credibilidade’ e como políticas transparentes e de contingenciamento do Estado poderiam complementar as políticas monetárias.

O FMI projeta que a taxa de desemprego brasileira ficará em 13,8% este ano e 13,1% em 2022 -uma melhora em comparação com as taxas estimadas em abril de 14,5% e 13,2%.

Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/com-vacinacao-mais-rapida-us-9-trilhoes-serao-agregados-a-pib-global-diz-fmi/