Desabastecimento de remédios ‘se agrava’ no Brasil, dizem entidades médicas, Conass e Conasems

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medicamentosO desabastecimento de medicamentos no Brasil ‘se agrava’, de acordo com entidades médicas brasileiras. Ocitocina, amicacina, atropina, neostigmina e dipirona, analgésico anti-inflamatório, estão entre os remédios em falta nos estabelecimentos hospitalares do país, segundo as instituições.

No início desta semana, pelo menos seis entidades enviaram um ofício ao Ministério da Saúde, endereçado ao ministro Marcelo Queiroga, que alerta sobre a escassez dos medicamentos no país e pedem que medidas sejam tomadas.

Em nota, a pasta informou que trabalha em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidades municipais e estaduais e indústrias farmacêuticas para apurar as causas e tomar ações emergenciais para resolver o desabastecimento.

As instituições que pedem auxílio ao Ministério da Saúde são: Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) e Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP).

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) também se manifestou sobre a falta de medicamento no Brasil. ‘Estamos em contato com os gestores municipais e, de acordo com os monitoramentos realizados periodicamente, o cenário de desabastecimento se agrava, já sendo percebido nos serviços da Atenção Básica’, disse o comunicado divulgado na quarta-feira (8).

Ainda de acordo com o Conasems, o desabastecimento de medicamentos de ‘alta essencialidade’ leva à desassistência de grande parte da população brasileira, principalmente aqueles que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS).

À CNN, nesta quarta-feira (8), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) também confirmou a escassez de medicamentos nos estabelecimentos hospitalares do país. A entidade afirmou que pediu explicações às autoridades responsáveis e ‘continua monitorando a situação junto às secretarias estaduais de saúde’.

Fonte: CNN Brasil

Anvisa alerta para camisinhas fora de validade ou até falsificadas

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Todo mundo já sabe: na hora do sexo é importante usar camisinha. O que nem todo mundo presta muita atenção é se o preservativo está no prazo de validade ou se é um produto aprovado pela Anvisa, com certificação Inmetro.

Esse cuidado é importante porque não é difícil encontrar no mercado produtos piratas ou mesmo com a validade vencida. O gerente-geral de Tecnologia de Produtos da Saúde da Anvisa, Leandro Rodrigues Pereira, explica quais são os riscos de se usar um preservativo de baixa qualidade.

O gerente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária disse, ainda, que uma das formas de verificar a segurança e eficácia do preservativo é conferindo se a embalagem informa o número de registro do produto na Anvisa.

Outra informação de segurança que aparece nas embalagens dos preservativos é o selo de certificação Inmetro. Esse registro também é adquirido depois que a empresa responsável submete o produto a uma série de testes. O selo Inmetro só é concedido aos produtos que superam os principais critérios de desempenho dentro dos padrões internacionais.

Fonte: Agência Brasil

Airela destina R$ 100 milhões para investimentos em pesquisa

investimentos em P&D

A farmacêutica catarinense Airela anuncia R$ 100 milhões de investimentos em pesquisa e infraestrutura. O aporte é sustentado pelos números de expansão da empresa, que viabilizou o lançamento de 155 produtos em 2021 e já obteve, só no primeiro quadrimestre de 2022, quase metade do faturamento do ano passado.

Com receita de R$ 205 milhões, a Airela prevê movimentar R$ 350 milhões no ano. O próximo passo da companhia é expandir o parque fabril, que atualmente tem mais de 16 mil m² de área construída. “Vamos aumentar a capacidade instalada para 26 milhões de unidades de SKUs por mês até o final do ano”, afirma o presidente Marconi Sampaio.

Vitamina C é o carro-chefe dos investimentos em pesquisa

investimentos em P&D

A Airela já conta com 170 apresentações de produtos e o ritmo de lançamentos continua alto, principalmente nas categorias de probióticos e medicamentos controlados. Somente na última Abradilan Conexão Farma, realizada em São Paulo, foram 30 novos itens, com destaque para a linha voltada ao reforço do sistema imune. Entre os lançamentos de 2022 na linha farma, destaque para Abidor, Akalmese, Condroflan, Leflora, Abryflui, Expectovic, Aberalgina, Alyviazes, Resfenax, Hyalux Skin, Imunodez e Cogniplex.

A vitamina C é o carro-chefe da companhia, que tem o Vitaxon C como líder absoluto de vendas, com mais de 22 milhões de unidades comercializadas. “Atualmente temos 27 produtos figurando entre as três primeiras colocações em vendas no Brasil, além de ocupar a sétima posição em produção de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e o segundo lugar em unidades vendidas de vitaminas e sais minerais, de acordo com dados da IQVIA”, ressalta Sampaio.

Distribuição pulverizada

Baseada em Pedras Grandes (SC), a farmacêutica fica a 150 km da capital Florianópolis e está próxima aos grandes centros do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba, com fácil acesso a rodovias, portos e aeroportos. “Essa localização favorece nossa capilaridade. Hoje estamos em 78 mil farmácias, por meio de 400 distribuidoras”, informa.

Embora tenha forte atuação no Sudeste, com 33% de penetração, a empresa mantém operações consistentes nas cinco regiões do país. O eixo Norte-Nordeste, por exemplo, responde por 47% das vendas.

Parte dessa pulverização está associada à estratégia de extensão do portfólio por meio de diferentes bandeiras de negócios. O grupo mantém outras duas empresas coligadas. A Avvio, localizada na Bahia, atua nas áreas de cosméticos e produtos para a saúde. Já a Meiskin, com sede em São Paulo, mantém um catálogo exclusivo de produtos voltados para a estética. É a única na América Latina com licença para comercializar o ativo peptídeo botulínico, derivado da toxina botulínica.

“Mais do que dotar as farmácias de um rico acervo de produtos, apostamos também na capacitação da linha de frente. Os PDVs contam com um programa consolidado de treinamentos coordenado por Sidney Casais, consultor com mais de 30 anos de experiência no setor farmacêutico”, destaca o executivo. A meta é treinar 10 mil profissionais até o fim do ano.

Airela

Fundação: 2019
Sede: Pedras Grandes (SC)
Faturamento: R$ 205 milhões
Operação: presença em 78 mil farmácias, por meio de 400 distribuidoras
Presença geográfica: Sudeste (33%), Nordeste (32%), Norte (15%), Sul (13%) e Centro-Oeste (7%)

Fonte: Redação Panorama Farmacêuticoinvestimentos em P&D

Comissão discute desvio de dinheiro no Farmácia Popular

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Farmácia Popular
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta terça-feira, dia 14, para discutir o desvio de dinheiro do Farmácia Popular. A reunião ocorrerá no plenário 9, às 10 horas. As informações são da Agência Câmara.

O evento contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e do Departamento Nacional de Auditoria do SUS/DENASUS. Estão confirmadas as presenças do Secretário de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (TCU), Marcelo Chaves Aragão; da procuradora da República Letícia Carapeto Benrdt; e do CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.

Também foram convidados o delegado da Polícia Federal, Franklin Medeiros; um representante do Grupo Profarma (Drogaria Rosário); o presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFARMA), Pedro Zidoi; o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores do SUS; Antônio Carlos Pipponzi, presidente do Conselho de Administração da RaiaDrogasil; Jonas Laurindvicius, CEO do Grupo DPSP (Drogarias São Paulo e Pacheco); e um representante da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).

Fraudes no Farmácia Popular

O pedido para debater o assunto é do deputado Elias Vaz. Ele cita reportagem exibida pelo Fantástico que aponta entre as fraudes a existência de farmácias fantasmas. “As principais artimanhas dos golpistas atualmente são a compra e a venda das chamadas farmácias populares para aplicar golpes e driblar a burocracia, porque o processo normal para ter um estabelecimento credenciado costuma ser demorado”, denunciou o deputado. Outras fraudes, segundo ele, já aparecem no aplicativo “Conecte SUS”, que registra a retirada de remédios por pessoas sem que elas tenham feito isso.

O programa oferece remédios para diversas doenças como hipertensão, asma, diabetes e colesterol alto. Na maioria dos medicamentos, não há custo nenhum. Em outros casos, o desconto chega até a 90%.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Testes positivos da Covid-19 seguem em alta nas farmácias

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Testes positivos da Covid-19

O total de testes positivos da Covid-19 nas farmácias teve mais uma semana de alta. Entre os dias 30 de maio e 5 de junho, o número de casos chegou a 58.631, contingente 14% superior aos 51.397 dos sete dias anteriores.

Segundo os indicadores da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o percentual de resultados positivos nesse início de junho representou 27,54% do volume de testagens – 212.878 –, contra 24,78% do mês de maio. É o maior índice de casos em 16 semanas.

Testes positivos da Covid-19 seguem em alta

“Em uma semana, tivemos o equivalente a quase 40% do total de casos registrados em maio. Demonstra a necessidade de mais velocidade na aplicação das vacinas de reforço, e indica que o autocuidado continua sendo mandatório”, avalia o CEO da entidade, Sérgio Mena Barreto.

A escalada do vírus a partir de maio fica evidente no gráfico a seguir:

Testes positivos da Covid-19

Desde a implementação desse serviço, em abril de 2020, as farmácias brasileiras promoveram 17.905.840 testes rápidos. Os resultados positivos somaram 4.081.256 (23%), contra 13.824.584 negativos (77%).

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Projeto Farmácia Amiga prevê distribuição gratuita de medicamentos

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Farmácia Amiga

O Projeto de Lei Farmácia Amiga, de autoria do deputado estadual Carlos Macedo, prevê a criação de pontos de doações de medicamentos de uso contínuo que estejam em desuso por parte da população. O PL foi apresentado no dia 1º de junho na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Como funciona o Farmácia Amiga

Segundo Macedo, a ideia é que as pessoas sejam convidadas a levar os medicamentos que não estejam mais fazendo uso em pontos de coleta a serem definidos pelo poder executivo estadual.

“Uma vez feito isso, um grupo de farmacêuticos e vigilantes sanitários vão avaliar os itens doados e os que não estiverem em condições de uso serão descartados. Já os que estiverem apropriados para o uso serão redistribuídos para aqueles pacientes que não têm condições de comprar os medicamentos de uso contínuo”, explica.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Fiocruz produz insumos para diagnóstico da varíola dos macacos

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varíola dos macacos

Os primeiros casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox, como é conhecida a doença em inglês) no Brasil levaram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a produzir, no tempo recorde de uma semana, por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), insumos para auxiliar no diagnóstico seguro da doença.

Os primeiros reagentes foram entregues à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), para serem distribuídos em, pelo menos, 20 países. Outra remessa de controles positivos foi distribuída nesta quarta-feira, dia 8, aos laboratórios de referência do Brasil, atendendo a pedido da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde).

Segundo a Fiocruz, os controles positivos refletem a capacidade nacional de produção de insumos críticos para o diagnóstico.

“Essa ação estratégica, iniciada após o aprendizado na cadeia de suprimentos vivenciado na emergência da Covid-19, hoje se materializa no fortalecimento do arranjo produtivo local e amplia a capacidade de resposta nacional frente a emergências de saúde pública”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Ela disse que, com o desenvolvimento dos controles positivos, a Fiocruz dá um importante passo para a autonomia e a independência na produção local de testes de diagnóstico.

Confiabilidade na produção de insumos para diagnóstico da varíola dos macacos

O controle positivo garante a confiabilidade da reação durante a realização do teste molecular (qPCR), impedindo a ocorrência de erros que interfiram no resultado. O material desenvolvido pelo IBMP é destinado ao uso exclusivo em pesquisa, sob responsabilidade dos laboratórios brasileiros e latino-americanos de referência para controle do vírus Monkeypox.

De acordo com o gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP, Fabricio K. Marchini, foram utilizadas matéria-prima e expertise da própria instituição no desenvolvimento de kits para diagnóstico, somado ao que está publicado pela literatura científica internacional, para produzir as reações com qualidade e que possibilitem o diagnóstico molecular preciso e seguro do Monkeypox.

Atualmente, quatro laboratórios no Brasil estão aptos a diagnosticar a doença: Laboratório de Biologia Molecular de Vírus do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais/Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Saúde Pública de São Paulo/Instituto Adolfo Lutz e Laboratório de Referência em Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz.

Primeiro caso confirmado no Brasil

O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta quinta-feira, dia 9, o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista. Ele tem bom estado clínico.

Em nota divulgada na quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que oito casos estão em investigação em todo o país. Segundo a pasta, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo têm um caso suspeito cada um, e há ainda dois casos em monitoramento em Rondônia e outros dois em Santa Catarina.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Cannabis medicinal: Conselho de Saúde do CE debate Projeto de Lei e texto pode passar pelo Governo

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O Ceará, desde o ano passado, tem um texto de um Projeto de Lei (PL) sobre uso da Cannabis (maconha) para fins terapêuticos. Agora, o Grupo de Trabalho (GT) sobre Cannabis Medicinal do Conselho Estadual da Saúde do Ceará (Cesau) avançou na proposta.

O texto está pronto e, nesta quarta-feira (8), o GT (que tem a sociedade civil e o poder público) definiu que conselheiros do Cesau devem decidir se o enviam à governadora Izolda Cela, para que ela avalie se encaminha, via Governo, o PL à Assembleia Legislativa para votação.

A decisão sobre se o PL será enviado à Izolda deve sair no dia 14 de junho, conforme a secretária executiva do Cesau, Goretti Araújo. Na ocasião, o pleno do órgão (conselheiros) irá se reunir.

O texto foi formulado por integrantes de associações de pacientes no Ceará que fazem uso da Cannabis com finalidade medicinal.

A proposta passou pela avaliação do setor jurídico do Cesau e também tramitou na Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) para que a pasta tenha conhecimento. O secretário da Saúde, Marcos Antônio Gadelha, dizem os conselheiros do Cesau, tem ciência da proposição e a aprova.

COMO SERÁ A VOTAÇÃO

Ao todo o Cesau tem 40 conselheiros titulares e 40 suplentes. Na votação para saber se a recomendação do GT de envio à governadora é acatada ou não, valerá a decisão da maioria simples, ou seja, metade mais um.

Caso participem 20 conselheiros, por exemplo, se 11 forem favoráveis, a discussão sobre o PL da Cannabis medicinal avança mais uma etapa no Ceará e a Casa Civil receberá o texto para que a governadora decida se prossegue com o trâmite.

Desde 2015, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 399/15, que regulamenta o plantio da Cannabis sativa para fins medicinais e também a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta no país.

Logo, a proposta do Ceará, assim como outras leis estaduais tenta assegurar pela via estadual o que ainda carece de regulamentação federal. Contudo, o projeto trata do incentivo à pesquisa, capacitação de profissionais e atuação das associações. Não trata do cultivo individual.

Veja situação de leis referentes ao assunto aprovadas em outros estados e Distrito Federal:

  1. Rio de Janeiro: a Assembleia Legislativa aprovou em 2020 um projeto de lei que autoriza o cultivo de Cannabis por associações de pacientes e institutos de pesquisa. O governador, à época, vetou, mas os deputados derrubaram o veto.
  2. Distrito Federal: em abril de 2021, aprovou uma lei distrital de incentivo à pesquisa e estudo sobre o uso medicinal da Cannabis.
  3. Paraíba: em junho de 2021, o Governo sancionou uma lei aprovada na Assembleia Legislativa referente, dentre outros pontos, ao incentivo de pesquisas sobre as possibilidades terapêuticas da Cannabis e à produção de seus derivados, por meio de parcerias técnico-científicas.

O QUE DIZ O PROJETO DE LEI NO CEARÁ

Diário do Nordeste teve acesso ao primeiro esboço do projeto e separou alguns trechos. O PL, dentre outras definições, estabelece:

  1. Cria a Política Estadual de Cannabis para fins terapêuticos, com a finalidade de apoio técnico-institucional para pacientes, seus responsáveis e associações de pacientes;
  2. Incentiva a pesquisa científica e projetos de extensão em Universidades públicas e privadas, além da capacitação de pessoal para prescrição e atendimento e distribuição na Rede Estadual de saúde dos produtos a base de Cannabis por estes prescritos.
  3. Permite a atividade de pesquisa, ensino e extensão com plantas de Cannabis e seus derivados, com amostras fornecidas por pacientes e/ou Associações, que tenham decisão judicial para cultivo de Cannabis com fins terapêuticos;
  4. As instituições de pesquisa poderão auxiliar nas atividades relacionadas ao cultivo, colheita, manipulação de sementes, mudas, insumos e derivados de Cannabis de pessoas físicas e jurídicas, desde que devidamente autorizadas.
  5. O poder público poderá celebrar convênios e parcerias com as Associações de pacientes e Instituições de pesquisa, com a finalidade de promover campanhas informativas acerca das boas práticas de procedimentos operacionais, das potencialidades e riscos do uso da Cannabis.
  6. Poderá incentivar a capacitação dos profissionais da Rede Estadual de Saúde acerca da terapêutica canabinoide, com vistas ao acolhimento, orientação, prescrição e tratamento de enfermidades e promoção da busca do bem-estar biopsicossocial dos pacientes.

O texto poderá sofrer ajustes por parte do Governo caso Izolda decida avaliá-lo e enviá-lo à Assembleia. No caso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) deve analisar o teor da proposta.

EXPECTATIVA É QUE PLENO APROVE

A expectativa é que o texto seja aprovado no pleno do Cesau, diz o conselheiro Hugo Victor. “Acredito que os meus pares no pleno irão aprovar. Por quê? Porque isso aqui vai exatamente ajudar a saúde de pessoas que precisam usar Cannabis. Infelizmente, para quem precisa, tem que judicializar. Acredito que o nosso pleno vá aprovar”.

Ele reafirma que o secretário da Saúde tem ciência da proposta, “Ela sabe e, assim, claro que ele como secretário ele não pode dar o encaminhamento sem a aprovação daqui do Cesau. Então, acredito que o Cesau logo após aprovar, ele vá já recomendar encaminhando até porque ele já está ciente. Ele é solícito e realmente tem empatia pelo assunto”.

GRUPO DE TRABALHO RETOMADO

O GT da Cannabis Medicinal existe desde 2019 e foi reativado agora em 2022. Na reunião desta quarta-feira, os integrantes do GT também definiram todas as entidades que vão compor oficialmente o Grupo de Trabalho (GT) do Cesau sobre a Cannabis nessa retomada.

Entidades do GT Cannabis Medicinal do Cesau

  • Programa Farmácia Viva da UFC
  • Rede Nacional de Feministas Antiproibicionista (RENFA)
  • Sativoteca
  • Comitê Orientador da Plataforma Brasileira de Política de Drogas
  • Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Rede Reforma)
  • Associação Brasileira de Cannabis Medicinal (Abraçam)
  • Canapi
  • Associação Araçatubense de Cannabis Medicinal Santa Flor
  • Associação Floral
  • Marcha Maconha Fortaleza
  • Comissão de Políticas Públicas sobre Drogas da OAB/CE
  • Associação das Mães Escolhidas – AME Cannabis Cariri
  • Flor de Kaneh
  • Instituto Damasceno – Instituto de Pesquisa e Tecnologias Fitoterápicos
  • Associação Medicinal do Ceará
  • Escola de Saúde Pública do Ceará
  • Conselho das Secretárias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems/CE) – foi convidado
  • Ministério Público Federal no Ceará (MPF) – será convidado
  • Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE_
  • Defensoria Pública do Estado do Ceará – foi convidada.

Fonte: Diário do Nordeste

Cada R$ 1 investido em vacinas gerou impacto de R$ 9 no PIB

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Mensurar os efeitos positivos gerados pela vacinação durante a pandemia de Covid-19 é um dos objetivos do estudo “O impacto socioeconômico das vacinas durante a pandemia de Covid-19” encomendado à GO Associados pela Pfizer Brasil, considerando dimensões econômicas, sociais e sanitárias do país entre os meses de janeiro de 2020 até março de 2022.

O levantamento estima que, para cada R$ 1 investido em vacina, gerou-se um impacto positivo no PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 9. “Esse impacto demonstra que vacinar é o melhor investimento em termos de saúde pública”, explica Gesner Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio da GO Associados, consultoria que conduziu o estudo.

Além disso, o estudo avalia que a vacinação em massa, em âmbito nacional, evitou, ao menos, 500 mortes por dia só nos primeiros quatro meses, a partir de fevereiro de 2021. “Lidar com todos os desafios da pandemia foi devastador, mas a vacinação trouxe a esperança. A divulgação desse estudo nos mostra, mais uma vez, a importância dos imunizantes como meio para proteção da saúde”, afirma Adriana Ribeiro, diretora Médica da Pfizer Brasil.

Sobre o estudo

Foi realizado um exercício econométrico para avaliar a relação causal do avanço da cobertura vacinal brasileira sobre a melhora de variáveis de interesse como mobilidade e letalidade do início da pandemia até março de 2022. “Os resultados da investigação evidenciam como a vacinação promoveu a retomada das atividades, incluindo a geração de trabalho e renda”, explica Gesner Oliveira, professor da Fundação Getúlio Vargas e sócio da GO Associados, consultoria que conduziu o estudo.

Dentre as conclusões, também se destacou a relação custo-benefício da luta contra a Covid-19. Do total de R$ 784,9 bilhões de recursos previstos entre 2020 e 2022 direcionados ao combate da pandemia, R$ 67 bilhões foram destinados à aquisição de vacinas e de insumos para prevenção e controle da doença. Dessa forma, os imunizantes representaram 8,55% do total, constituindo um dos itens de melhor retorno de investimento. “A vacina ajuda combater a pandemia sem machucar a economia”, resume Gesner.

Outros aspectos que o levantamento trouxe à tona foram o avanço desigual da vacinação no país, seja em termos regionais, seja por faixa etária – a imunização infantil ainda encontra resistência – e a importância das campanhas de incentivo à vacinação, ressaltando a necessidade de cumprimento do calendário e do esquema vacinal (doses de reforço), além do combate às fake news.

“A baixa cobertura vacinal que registramos atualmente nos coloca diante de um cenário preocupante. Precisamos mudar isso, antes que tenhamos o registro elevado de casos como de meningite, sarampo e até mesmo de poliomielite que ameaça retornar ao país, entre outras doenças que podem provocar condições graves, com sequelas irreversíveis”, afirma Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Consequências da pandemia e sua dimensão econômica

O impacto econômico da pandemia levou o país a maior queda no PIB desde 1996 (início da série histórica do IBGE). O IPCA esteve dentro da meta em 2020 (4,52%), entretanto, estourou a meta em 2021 (10,06%)

O estudo também levantou dados das consequências socioeconômicas geradas pela pandemia, como aumento de desemprego, da violência, do nível de pobreza, a piora dos níveis educacionais, além de seus efeitos indiretos.

O desemprego bateu o recorde de 14,7% no primeiro trimestre de 2021. Estima-se que, em meados de 2021, cerca de 30% do total de trabalhadores ocupados tinha renda de até um quarto do salário-mínimo, de R$ 1.100,00. Em termos absolutos, entre 2020 e 2021, o número de pessoas com renda considerada muito baixa passou de 20,2 milhões para 24,5 milhões.

A pobreza também aumentou: a renda per capita da população 10% mais pobre não superou os R$ 128 por mês, mesmo com auxílio emergencial, que foi a única fonte de renda em mais de 40% dos domicílios no Brasil. Estima-se que, até o final de 2020, ao menos 67,9 milhões de pessoas haviam sido beneficiadas diretamente com o Auxílio Emergencial, o que corresponde a um terço da população brasileira.

Houve um crescimento da violência doméstica em razão do aumento dos níveis de estresse devido ao desemprego, incerteza financeira e a redução da renda, além do abuso de álcool e outras drogas.

A piora dos níveis educacionais será um reflexo que a sociedade terá que conviver a médio e longo prazo. O relatório da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica que o Brasil foi o país analisado que mais tempo manteve fechados os colégios durante a pandemia em 2020. De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil retrocedeu 15 anos na alfabetização de crianças em um cenário que já não era considerado ideal pelos especialistas.

Efeitos indiretos da pandemia ainda acentuaram outras questões, como o aumento de índices de ansiedade e depressão, a redução de campanhas de prevenção e imunização de outras doenças e possibilitou o aumento da propagação de fake news.

“Apesar dos impactos socioeconômicos negativos derivados da pandemia, dentre os países emergentes, o Brasil teve um dos maiores programas de combate ao novo coronavírus”, pontua Gesner. “O Governo Brasileiro tomou inúmeras iniciativas no sentindo de atenuar os custos da pandemia, mediante o auxílio-emergencial, apoio à micro e pequenas empresas, apoio à folha de pagamento, entre outras”, complementa.

Cobertura vacinal no Brasil

O Brasil apresenta índices de vacinação maiores que alguns países desenvolvidos e que, inclusive, começaram a vacinação antes. Atualmente, quase 80% da população brasileira está imunizada com duas doses (ou dose única).

As regiões Sul e Sudeste avançaram consideravelmente mais em suas campanhas de vacinação do que as demais, o que reflete a desigualdade no país. Até 31 de março de 2022, enquanto as regiões Sul e Sudeste possuem, respectivamente, 78,16% e 82,67% de vacinados, a região Norte apresenta 58,22%”.

O levantamento mostra que os maiores esforços de vacinação devem ser feitos entre os mais jovens, principalmente os menores de 19 anos. Enquanto temos uma média de 1,07 doses aplicadas na faixa de 5 a 11 anos e 1,35 doses de 12 a 19 anos, as faixas a partir de 20 anos partem de uma média de 1,99 doses.

Um outro recorte do estudo constata a hesitação à vacinação infantil, e confirma que está potencialmente relacionada com propagação de fake news em redes sociais.

Achados sobre o impacto da vacinação em massa em Serrana (SP)

A partir de método econométrico conhecido como Controle Sintético, foi realizado um estudo de caso sobre o impacto da implementação do Projeto S na cidade de Serrana, no Estado de São Paulo, o qual antecipou a vacinação em massa na cidade. Construiu-se uma “Serrana sintética” a partir da ponderação de variáveis relevantes de um conjunto de municípios similares à Serrana (SP) real, de modo a criar um cenário contrafactual em que não houve implementação do Projeto S.

Os resultados indicam que a vacinação em massa em Serrana (SP) foi responsável por uma queda considerável no número de óbitos da cidade, chegando a uma redução recorde de mais de 25 óbitos por 100 mil habitantes no mês de maio de 2021 (o equivalente a uma redução de 48% nos óbitos).

Conclusões: Medidas para prevenir e mitigar os efeitos de possíveis novos surtos

Das muitas lições da pandemia, destacam-se: a necessidade de intensificação de campanhas de incentivo à vacinação em massa, ressaltando a importância da dose de reforço, investimento para o fortalecimento do SUS, esforços contínuos para divulgar evidências científicas em favor da vacinação e combate às fake news.

Fonte: Medicina S/A

Brasil passa a ter reconhecimento de firma digital

reconhecimento de firma digital
Divulgação: Colégio Notarial do Brasil

 

Boa notícia para as farmácias que têm poder de fogo para expansão, mas convivem com a burocracia. Pela primeira vez na história, o Brasil terá o reconhecimento de firma digital disponível em qualquer cartório.

Segundo estimativas divulgadas pela CNN, a plataforma online deve beneficiar em torno de 100 milhões de usuários, entre empresários e pessoas físicas. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil, o projeto foi concebido inicialmente em meados de 2020, como uma resposta ao isolamento social provocado pela pandemia e à crescente demanda pela digitalização dos processos.

Atualmente, os cartórios já realizam serviços online como escrituras públicas de compra e venda de imóveis até doação e partilha. A lista também inclui procurações, testamentos, apostilamentos e autenticações de documentos, que já totalizam mais de 1,6 milhão de atos digitais somente no estado de São Paulo.

Como funciona o reconhecimento de firma digital?

Para fazer o reconhecimento de assinatura de forma eletrônica, o usuário precisa ter um certificado digital notarizado, que pode ser emitido gratuitamente pela plataforma e-notariado. Na sequência, o tabelião fará a identificação do cidadão, que será vinculado ao certificado. O documento tem validade de três anos.

A mesma plataforma permitirá o envio do documento que precisa ter a assinatura reconhecida. O solicitante deve indicar quais são as pessoas que precisam assiná-lo e, então, enviar a assinatura eletrônica.

A última etapa é remeter o documento ao destinatário final. O serviço leva poucos minutos e terá o mesmo preço do ato físico, feito no balcão dos cartórios. O valor é tabelado por leis estaduais.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico