Alta de custos e falta de mão de obra desafiam o comércio

0

Em uma saída para as lojas é impossível não notar a alta generalizada de preços dos produtos, muito além da taxa oficial da inflação, que está na casa de 12% em 12 meses.

Veja alguns exemplos. A peça mais procurada durante a pandemia, a máscara, custava R$ 19,90 (o pacote com duas unidades da marca Lupo), assim que foi lançada. Hoje, R$ 26.

Um par de meia masculina clássica da mesma marca, que custava R$ 14,80 em dezembro de 2019, passou para R$ 17,70 em dezembro do ano passado e para R$ 19,80 hoje.

Uma camisa masculina da Remo Fenut, vendida a R$ 60, hoje sai por R$ 100. Um par de sapato masculino da Fascar, que era vendido a R$ 450 antes da pandemia, hoje custa R$ 630.

Em um país onde as famílias estão com o orçamento mais apertado e bem mais endividadas, comerciantes quebram a cabeça para driblar a forte pressão inflacionária.

“O cenário de hoje faz lembrar o final da década de 80, quando o país enfrentou uma escalada de preços absurda”, afirma Thiago Sitta, sócio da Remo Fenut, loja de roupas masculinas.

De acordo com ele, os seus custos de produção subiram pelo menos 50% do final do ano passado até agora.

“Pagava entre R$ 20 e R$ 25 para confeccionar uma camisa. Hoje, pago R$ 37, R$ 38”, diz.

Rafael Borges de Souza, sócio da Fascar, diz que os custos dos insumos para a produção de sapatos subiram cerca de 30% somente neste ano, com destaque para os produtos químicos.

Isabelle Rochat, franqueada da Lupo com seis lojas em São Paulo e Curitiba, diz que, desde o início do ano, os custos de meias, peças íntimas, pijamas e linha esportiva subiram 15%.

A mão de obra também está mais cara e mais difícil de achar, dizem eles, especialmente para realizar trabalhos mais específicos, como pesponto nos calçados e nas roupas.

Luís Ataíde, sócio da Confecção Barcelos, que fabrica ternos, informa que a falta de costureiras e também de tecidos provocou uma queda de 40% na sua produção.

Antes da pandemia, Ataíde produzia até 5 mil peças por mês para entrega em 30 dias de um lote de mil peças. Hoje, este número chega a 3 mil peças no máximo, para entrega em 45 dias.

Um terno básico que ele vendia para os lojistas a R$ 130, hoje sai por R$ 150. “Os aumentos de custos são de 15% a 20%”, diz ele.

Situação vivida pelos empresários citados acima exemplifica o que acontece em todo o país. Os produtos que dispararam de preços estão espalhados por todos os setores do varejo.

Pior, de acordo com os comerciantes, até este momento não há sinais de melhora do cenário até final do ano. A pressão da indústria continua forte, dizem eles.

Levantamento do IBGE revela que, nos últimos 12 meses encerrados em março deste ano, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 19,8% e o Índice de Preços no Varejo (IPV), 13,5%.

De 10 setores considerados no levantamento, cinco mostram alta de preços da indústria maior do que a do varejo.

São eles, supermercados e hipermercados, farmácias e perfumarias, combustíveis e lubrificantes, livrarias e papelarias e material de construção.

Os setores que conseguiram repassar os custos são: móveis e eletrodomésticos, informática e comunicação, artigos de uso pessoal e doméstico e tecidos, vestuário e calçados e veículos.

Veja os números no quadro abaixo referentes ao acumulado nos últimos 12 meses encerrados em março.

GRAF custos ibge

Vale lembrar que esses números do IBGE, levantados por Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), compõem uma média.

Muitos lojistas asseguram que conseguem repassar apenas parte da alta de custos para os preços, até porque o cenário não está nada favorável ao consumo no país.

Souza, da Fascar, diz que o volume de vendas hoje é 50% menor do que o registrado em 2019, quando a rede comercializava cerca de 14 mil pares de sapatos por mês.

Sitta, da Remo Fenut, afirma que o volume de vendas caiu entre 15% e 20%, na comparação com o período pré-pandemia.

Isabelle, da Lupo, informa que o volume de vendas das suas lojas não caiu porque a marca apostou forte nas máscaras, peças obrigatórias durante a fase mais crítica da pandemia.

Bentes, da CNC, diz que o fato de os preços nas indústrias estarem subindo mais do que no varejo revela que mais pressão inflacionária virá por aí.

“Os preços continuarão subindo, mas numa velocidade menor. No atacado, a alta já chegou perto de 25% e hoje está mais perto de 20%”, diz Bentes.

COSTUREIRAS SUMIRAM

No varejo de vestuário, de acordo com Ataíde, o fenômeno da falta de costureiras é um dos principais problemas enfrentados pelas confecções.

“Imaginávamos que essa situação poderia ocorrer em cinco a dez anos. Só que a pandemia acelerou este processo”, diz.

Quando as fábricas interromperam a produção no momento mais crítico da disseminação do coronavírus, muitas costureiras foram dispensadas pelas confecções.

“As empresas se desesperaram e demitiram funcionários em massa. As costureiras ou acabaram abrindo um negócio próprio em casa ou saíram do mercado”, diz Ataíde.

As confecções, de acordo com ele, têm agora a opção de contratar pessoas mais jovens e treiná-las, o que não é fácil devido ao desinteresse pela profissão.

De acordo com Ataíde, entre 80% a 90% das costureiras que estão no mercado já estão contratadas e dificilmente elas trocam de empresa.

“Confecções bem maiores que a minha, que tinham cerca de 5 mil empregados antes da pandemia e demitiram 2 mil pessoas, não conseguem recontratar mais ninguém.”

Se com consumo represado a falta de mão de obra já tem impacto forte na produção e nos preços, dizem os lojistas, imagina o que pode ocorrer quando a economia voltar ao normal.

Ataíde diz que a sua confecção tem pedidos para trabalhar nos próximos oito meses.

Se os preços estivessem mais comportados, as encomendas estariam fechadas até junho de 2023. “Com dólar e inflação do jeito que estão, não dá para fechar preço por um ano”, diz.

Fonte: Diário do Comércio

Em um ano, cesta básica sobe 17% e fica R$ 115 mais cara nos supermercados

0

A cesta básica subiu R$ 115,05 nos últimos 12 meses nos supermercados e chegou ao valor médio de R$ 758,72, segundo a pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Os itens acumulam alta de 17,87% no período. Já nos primeiros meses do ano – janeiro, fevereiro, março e abril – a elevação nos preços foi de 8,31%.

Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro pediu aos donos de supermercados e empresários da cadeia de abastecimento que reduzam o lucro dos produtos que fazem parte da cesta básica dos brasileiros.

Bolsonaro citou óleo de soja, ovos, leite, açúcar e café como os vilões do aumento da cesta básica, durante evento da Abras, onde ele falou por videoconferência, diretamente dos Estados Unidos, onde participa da Cúpula das Américas. Já o ministro Paulo Guedes defendeu que a tabela de preços de alimentos básicos seja reajustada pelos empresários apenas em 2023.

A inflação desacelerou nos últimos dois meses, mas ainda se mantém em dois digítos (11,73%). Apesar do aumento nos preços, o consumo no primeiro quadrimestre de 2022 acumula alta de 2,50%. Em abril, o indicador registrou aumento de 4,20% em comparação a março. Já na comparação ao mesmo mês de 2021 o crescimento registrado foi de 7,37%.

Segundo a associação, os recursos injetados na economia, como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do 13º salário têm ajudado a manter o consumo das famílias aquecido. A criação de 770,6 mil vagas de emprego nos primeiros quatro meses do ano também colaborou.

“Os recursos injetados na economia e a manutenção do Auxílio Brasil estão sustentando o consumo nos lares diante de um cenário de elevada e persistente inflação, que impacta diretamente a cesta de alimentos’, afirma o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

A associação afirma que a alta da cesta básica é decorrente dos elevados custos de produção nas cadeias produtivas do setor. A guerra da Ucrânia e os lockdowns na China contribuíram para o aumento do preço das commodities (matérias-primas com cotação internacional). O frete também ficou mais caro, por conta do diesel, que subiu 52,2% nos últimos 12 meses.

Os itens da cesta registram alta mensal em abril de 3,04%. Entre os alimentos que tiveram aumento mais expressivo nos supermercados no primeiro quadrimestre de 2022 estão o óleo de soja (20,38%), leite longa vida (22,35%), feijão (19,71%), farinha de trigo (15,45%), café torrado e moído (13,22%), margarina (6,54%), arroz (2,32%) e açúcar (1,39%).

As proteínas com maior aumento em abril foram os cortes bovinos traseiro (5,72%) e dianteiro (4,95%). O frango e o pernil, produtos substitutos à carne bovina, registraram queda de 0,27% e 5,59%, respectivamente. Mas ovo subiu 11,32% no período.

Na categoria de higiene e beleza, os produtos com maior variação nos preços foram: sabonete (+10,19%), creme dental (+4,51%), xampu (+4,43%) e papel higiênico (+4,14%). Na categoria limpeza as maiores variações foram puxadas por sabão em pó (+8,09%), detergente líquido para roupas (+4,21%), desinfetante (+3,19%), água sanitária (+2,66%).

O Sudeste teve a maior variação no preço médio da cesta (3,59%), que passou de R$ 722,14 em março para R$ 748,05 em abril. Em 12 meses, a região registra variação no preço de 20,10%.

Em seguida, com o segundo maior aumento está o Sul, que teve alta mensal de 3,44%. A região tem a cesta básica mais cara do país, R$ 842,49. No mês anterior, o preço dos mesmos alimentos era R$ 814,48. Nos últimos 12 meses, o aumento acumulado é de 21,22%.

No Nordeste, o valor da cesta passou de R$ 665,66 em março para R$ 681,36 em abril. A variação mensal foi de 2,36%. No último ano, o aumento é de 19,58%.

Já no Centro-Oeste o crescimento de preço em abril foi de 3,21% e o valor da cesta chegou a R$ 694,02, no mês anterior custava R$ 672,41. A variação anual é de 15,30% na região.

A região Norte tem o menor aumento em um ano (13,57%). Em abril, a cesta passou a custar R$ 827,68, variação de 2,57% em relação a março, quando o preço dos alimentos somava R$ 806,98.

A cesta Abrasmercado é composta por 35 produtos de largo consumo como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

Fonte: Notícias do Brasil

Comissão discute desvio de dinheiro no Programa Farmácia Popular

0

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados promove audiência pública na terça-feira (14) para discutir o desvio de dinheiro público do Programa Farmácia Popular.

O pedido para debater o assunto é do deputado Elias Vaz (PSB-GO) . Ele cita reportagem exibida pelo Fantástico que aponta entre as fraudes a existência de farmácias fantasmas. “As principais artimanhas dos golpistas atualmente são a compra e a venda das chamadas farmácias populares para aplicar golpes e driblar a burocracia, porque o processo normal para ter um estabelecimento credenciado costuma ser demorado”, denunciou o deputado. Outras fraudes, segundo ele, já aparecem no aplicativo ‘Conecte SUS’, que registra a retirada de remédios por pessoas sem que elas tenham feito isso.

O programa oferece remédios para diversas doenças como hipertensão, asma, diabetes e colesterol alto. Na maioria dos medicamentos, não há custo nenhum. Em outros casos, o desconto chega até a 90%.

Fonte: Ele 1

Manual: Como abrir uma empresa em Goiânia?

0

Quer abrir uma empresa em Goiânia? Veja tudo o que precisa para abrir uma empresa na capital de Goiás, neste artigo!

Abrir uma empresa é uma atividade que demanda muito planejamento, visão e foco. É necessário que o empreendedor tenha conhecimento sobre as burocracias da cidade na qual vai empreender, além de ter um panorama das habilidades administrativas e financeiras do negócio.

Com disposição para aprender os itens essenciais, você vai conseguir transformar os seus projetos em realidade. Por isso, o Abertura Simples preparou um artigo com tudo o que você precisa saber para empreender em Goiânia e ter sucesso no seu negócio. Confira!

Sobre Goiânia

Goiânia é a capital do estado de Goiás e a segunda capital mais populosa da região Centro-Oeste. A cidade está entre as capitais com o melhor índice de qualidade de vida.

Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$31,29 bilhões. 80% da economia do município está no setor terciário com destaque para a área de saúde, atividades imobiliárias e administração pública, além de ser uma das capitais brasileiras que mais geram empregos.

Como empreender em Goiânia?

Empreender em Goiânia envolve muitas etapas, sendo que a maioria delas pode ser feita de forma online, sem dor de cabeça. Para que uma empresa funcione 100% regularizada, você precisará cumprir uma série de exigências e reunir uma série de documentos que garantirão sua segurança enquanto marca, bem como a de seus clientes e funcionários.

Além disso, também é necessário ter um panorama das habilidades administrativas e financeiras da empresa. Com esses conhecimentos e um negócio bem estruturado, será possível tirar todos os seus projetos do papel, fazendo com que eles deixem de ser um sonho e se tornem uma realidade bem gratificante.

Para facilitar essa jornada, listamos a seguir algumas qualidades que todo empreendedor deve ter!

Tenha uma ideia de negócio inovadora

Os quatro cantos da cidade oferecem oportunidades de crescimento e contam com uma demanda gigantesca. É óbvio que, neste cenário, a concorrência será enorme. Por isso, se você quer que sua empresa em Fortaleza tenha muito sucesso, será necessário investir na inovação como uma forma de se diferenciar da concorrência.

Caso você já exerça alguma atividade que goste e desempenhe bem, ou tem alguma habilidade específica, e acredito que isso pode se tornar um negócio lucrativo, invista! Trabalhar com algo que gosta ou já domina é um ótimo caminho para o sucesso.

Agora, se você ainda não tem uma ideia de negócio, nem imagina algo que gostaria de fazer, a abordagem precisa ser diferente. Neste caso, é preciso enxergar sua empresa como uma solução, criando uma lista de problemas que ela poderia solucionar com base em todas as suas expertises e experiências.

Por que seu cliente deve escolher você, ao invés do seu concorrente? Essa é a pergunta que você deve responder, sendo ideal que consiga ser o mais específico possível em sua resposta, a fim de atingir uma proposta inovadora. Desta forma, você conseguirá começar a agregar valor ao negócio.

Tenha um plano de negócios

Uma empresa de sucesso precisa ter um plano de negócios para conseguir basear todas as suas ações e decisões. Este é um documento muito importante, pois descreve, detalhadamente, todas as ações que envolvem criação, construção, desenvolvimento e resultados de um negócio, independentemente se ele está em processo de abertura ou deseja apenas expandir suas atividades.

O plano de negócios faz a empresa ganhar vida. Por isso, nele devem estar descritos todos os detalhes que envolvem sua empresa. O documento é composto, na maioria das vezes, por seis partes, que podem ser subdivididas em outros tópicos. Essas categorias dependerão da complexidade e do tamanho da empresa que você pretende abrir em Goiânia.

O plano de negócios de uma empresa é composto pelas seguintes seções:

Sumário executivo;

Análise de mercado;

Planejamento operacional;

Análise da concorrência;

Planejamento financeiro;

Análise de fornecedores.

Aprenda a precificar seus produtos e serviços

Você já sabe como funciona o processo de precificação dos produtos ou serviços que sua empresa vai oferecer? Essa é uma etapa super importante e determinante durante o processo de abertura da empresa.

A precificação deverá levar em consideração que os preços cobrados devem cobrir todos os custos de produção, distribuição, encargos e, ainda, te proporcionar algum lucro.

Para que isso seja possível, é preciso ter um método de precificação. Isso tornará o processo de cálculo de venda muito mais fácil e prático. Além disso, também te dará uma margem de possíveis valores de desconto, caso seja necessário durante a negociação da venda.

Esteja sempre atualizado

Empreender em Goiânia vai exigir que você esteja sempre atualizado acerca do que está acontecendo no mercado ao qual seu negócio está inserido. Também é preciso que você esteja por dentro de todas as tendências e novidades.

Para isso, recomendamos que você faça cursos especializados, participe de feiras de empreendedorismo e eventos voltados para o seu mercado. Fazer networking com possíveis parceiros de negócios também é indispensável, pois isso te manterá ativo no mercado.

Dessa forma, sua empresa tem mais um recurso para se manter um passo à frente no mercado competitivo.

Quais são as principais ideias de negócios para abrir empresa em Goiânia?

Vejamos abaixo algumas ideias de empreendimentos para abrir na capital de Goiás!

Mercado Fitness

O mercado fitness representa uma fatia significativa na economia global. De acordo com a International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), a receita desse mercado cresce a uma média anual de 8,7% no mundo.

Em faturamento, o mercado fitness brasileiro alcançou a marca de 2,1 bilhões de dólares em 2019, sendo o terceiro maior das Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá, e o maior da América Latina.

Outro número significativo é a quantidade de academias presentes no país. O Brasil conta com 35 mil unidades oficiais, fazendo com que o país seja a segunda nação com mais academias do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, com 40 mil unidades.

Já em número de clientes, o Brasil aparece em quarto lugar, com 9,6 milhões de usuários contabilizados.

E embora antigamente o mercado fitness se resumisse às academias e equipamentos, atualmente impressionam pelo mix, que vai desde alimentação até vestuário. A cada dia surgem produtos e serviços, aumentando mais e mais o faturamento de empresários brasileiros, que, de acordo com previsões da IHRSA, chegará a 106 bilhões de dólares em 2020.

Para se ter uma ideia da grandiosidade do setor, as vendas do segmento de alimentos saudáveis, que engloba produtos sem açúcar, glúten ou conservantes, atingiram a marca de 100 bilhões de reais em 2020, segundo a consultoria Euromonitor International.

Mercado Estético

O tamanho do mercado global de estética deve chegar a 124,7 bilhões dólares até 2028 e se expandir a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9,8% de 2021 a 2028, segundo o Grand View Research.

De 2014 a 2019, o mercado de estética cresceu 567% no Brasil. O Brasil se tornou o terceiro maior mercado de estética no mundo, ficando atrás, apenas, de Estados Unidos e China.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), associação que reúne empresas do setor, mostram que, no ano passado, a indústria da beleza cresceu quase 6%.

Ainda de acordo com a ABIHPEC, o setor movimentou mais de 47,5 bilhões de reais com perspectivas otimistas para os próximos anos.

Além disso, só nos últimos cinco anos, o mercado masculino de estética dobrou de tamanho, e o número de linhas de produtos e tratamentos direcionados a esse público disparou com o aumento da demanda.

Setor Têxtil

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em 2021, foram criados 117.128 novos postos de trabalho no setor têxtil, com um saldo de mais de 15 mil pessoas empregadas no segmento. Em comparação com o ano de 2020, o crescimento foi de quase 370%.

O faturamento desse setor também teve alta. Segundo o balanço da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), estima-se que a receita do setor foi de 194 bilhões de reais, em 2021, 20% maior do que no ano anterior.

A estimativa da Abit é de um crescimento de 1,2% do setor em 2022, em comparação a 2021.

Como desenvolver um bom planejamento para abrir empresa em Goiânia com segurança?

Um relatório do Sebrae, de 2014, constatou que um dos principais motivos para a falência das empresas é a falta de planejamento prévio.

‘Ao abrir a empresa, parte dos empreendedores não levantou informações importantes sobre o mercado’, explica o relatório. ‘Mais da metade não realizou o planejamento de itens básicos antes do início das atividades da empresa’.

Diante disso, é fundamental que o empreendedor se dedique ao planejamento do seu negócio. Por isso, veja a seguir como montar um bom planejamento para a sua empresa em Goiânia!

Defina a missão, visão e valores da empresa em Goiânia

A primeira etapa de um planejamento estratégico eficiente é a determinação da missão, a visão e os valores da empresa.

Missão: Pode ser definida como a identidade da empresa e deve ser concisa, clara e objetiva. Tem como função transmitir o propósito é motivo de existência da empresa;

Visão: É onde a empresa quer chegar. Ou seja, seus objetivos futuros;

Valores: São as crenças, comportamento, ética e métodos da empresa que serão adotados para alcançar a visão descrita acima.

A definição desses três pilares irá ajudar na criação de uma cultura organizacional e a dar um direcionamento sobre as principais razões de existência do negócio, sejam elas lucrativas ou não.

Estabeleça metas e objetivos realistas

As metas e os objetivos representam os resultados que a empresa pretende alcançar em determinado período. Para definir as metas e os objetivos corretamente, é necessário usar uma base de dados para realizar uma projeção e traçar novos alvos.

Faça uma análise interna detalhada

Entender os pontos fracos e fortes de uma empresa é fundamental para elaborar planos de melhorias, corrigindo possíveis fraquezas e potencializando as forças do negócio.

Para isso, é possível utilizar a matriz SWOT (Strengths – forças; Weaknesses – fraquezas; Opportunities – oportunidades; Threats – ameaças) para realizar o mapeamento. Tal recurso fornece uma visão mais detalhada de onde e como é preciso agir.

Analise o cenário econômico

Diversos fatores externos podem afetar diretamente a empresa. Esse é o caso de:

crises políticas e econômicas (como a que vivemos recentemente);

alterações na legislação tributária;

mudanças no hábito de compra dos consumidores;

movimentos da concorrência; ou

tendências de mercado.

Ou seja: o negócio precisa preparar-se para encarar qualquer tipo de imprevisto que possa surgir, não permitindo que isso interrompa o processo de continuidade do plano inicialmente traçado.

Para isso, a matriz SWOT ainda poderá ser utilizada, ajudando na visualização tanto dos ambientes internos quanto externos.

Conheça o público-alvo do seu negócio em Goiânia

Os clientes são as principais fontes de receita de um negócio, então, dedique-se para conhecê-los e definir o perfil do seu público-alvo. Nesta etapa, pode ser utilizada uma pesquisa direta, em que serão perguntados:

Dados sobre aspectos geográficos;

Demográficos;

Psicográficos; e

Comportamentais.

Depois de descobrir para quem deve vender, procure maneiras de fidelizar o cliente. Com as informações certas, é possível planejar ações de marketing e vendas antecipadas, surpreendendo positivamente o consumidor.

Crie estratégias de negócios

Para alcançar resultados satisfatórios, é preciso definir ações que levem a empresa a se destacar dentre a concorrência.

Uma dica é adotar a segmentação de mercado para encontrar formas de atender às necessidades e aos desejos mais específicos do público-alvo. Essa prática ajuda a descobrir grandes oportunidades de negócios e identificar o caminho ideal para a empresa se tornar líder de fatias do mercado.

Desenvolva um plano de ação

Um planejamento bem detalhado é importante, mas serve apenas como guia. Se não for possível aplicá-lo à realidade do negócio, será pouco eficiente. Por isso, cada meta definida deve conter uma estratégia a ser alcançada.

Para isso, é necessário:

Definir os profissionais responsáveis;

As metodologias e tecnologias que serão adotadas;

Onde (ambiente externo, interno e online) e quando serão aplicadas;

Quais e quantos recursos serão utilizados.

Nesse caso, o investimento no lançamento de produtos e serviços ainda não oferecidos pela concorrência, na qualificação dos profissionais e em ações de marketing digital pode ser uma boa ação.

Controle os resultados

Monitorar e controlar os resultados de perto são outras ações primordiais para garantir o sucesso do planejamento estratégico. Essa é a melhor maneira de descobrir possíveis desvios e adotar soluções imediatas de correção, mantendo a empresa sempre no rumo traçado para o alcance dos objetivos propostos.

No meio do caminho, oportunidades também podem ser descobertas, o que permite aos gestores potencializar a força do plano desenvolvido.

Como abrir uma empresa em Goiânia?

Agora que você já conhece os setores em potencial e já sabe como ser um bom empreendedor, chegou a hora de colocar a mão na massa e começar o processo para abrir uma empresa na capital de Goiás. Continue a leitura!

1 – Escolha o tipo de atividade

O primeiro passo para abrir uma empresa em Goiânia é identificar o segmento da atividade que você deseja. Para isso, existem três distinções:

Serviço: trabalho realizado a título de mão de obra física ou intelectual;

Indústria: atividade econômica que visa transformar matéria-prima em materiais comercializáveis;

Comércio: direcionado ao consumidor final.

2 – Escolha a Natureza Jurídica

Após identificar o segmento de atividade, é necessário verificar qual o tipo de natureza jurídica da sua empresa. Isso ajudará a definir o regime jurídico no qual ela se enquadra.

Informar a natureza jurídica no ato de formalização da empresa é indispensável, já que cada uma delas possui diferentes formas de aplicação das normas. Existem diversas naturezas jurídicas, mas às empresas, são atribuídas:

Empresário Individual (EI): Uma única pessoa constitui uma empresa, cujo nome empresarial deve ser composto por seu nome civil, completo ou abreviado. É a pessoa física titular da empresa, podendo constituir apenas uma em seu nome;

Sociedade Limitada (LTDA): É aquela que reúne dois ou mais sócios a fim de explorar atividades de produção ou circulação de bens e serviços. Inclui-se toda a empresa que contribui com moeda para a formação de capital social e realização da constituição empresarial;

Sociedade Simples (SS): Exploram atividade de prestação de serviços decorrente de atividades intelectuais e de cooperativa. Ou seja, os sócios não exercem nenhuma atividade voltada ao comércio, e sim exercem suas profissões. Exemplo: contadores, advogados, cooperativas e representações comerciais;

Sociedade Anônima (SA): Todas as empresas que não atribuem seu capital social a um nome específico, mas sim se dividem em ações. Essas ações podem ser transacionadas e eliminadas. Neste caso não é necessário nenhum contrato social ou outro ato oficial como nas sociedades limitadas.

3 – Defina o porte da empresa

Após a definição da natureza jurídica da sua empresa, chegou a hora de saber qual o porte do seu negócio. As opções devem ser escolhidas a partir do seu faturamento.

Microempreendedor Individual (MEI): Modalidade em que o faturamento máximo deve ser de R$81 mil por ano e não permite com que o parceiro participe como sócio ou titular de outra empresa;

Microempresa (ME): É permitido empresário individual e sócios. O teto de faturamento anual é de R$360 mil.

Empresa de Pequeno Porte (EPP): Modalidade em que a faixa de faturamento anual começa em R$360 mil e vai até R$4,8 milhões.

4 – Reúna a documentação necessária

Para abrir uma empresa em Goiânia você precisará apresentar alguns documentos obrigatórios. Alguns deles possuem prazos determinados para serem cumpridos, já que possuem data de validade. Por isso, essa etapa requer a ajuda de um contador especializado em abrir empresa em Goiânia!

Confira a seguir alguns dos documentos para abrir uma empresa:

Para os sócios

Caso você decida abrir empresa em Goiânia com sócios, será necessário seguir os documentos de cada um deles:

1 cópia simples do comprovante de residência;

Certidão de casamento (se casado);

2 cópias autenticadas do RG e CPF de cada (A Carteira Nacional de Habilitação também é válida);

1 cópia de folha espelho do IRPF, caso tenha comprovado no ano vigente.

Para a empresa

CNPJ;

2 cópias simples do IPTU do imóvel;

2 cópias do Contrato de Locação ou Compra e Venda.

Contrato Social

O contrato social é um documento importante e que deve ser assinado por todos os sócios da empresa, a fim de firmar a sociedade. Nele devem estar descritos a participação de cada um dos sócios da empresa, bem como suas cotas, investimentos e participação nos lucros.

5 – Realize o registro na Junta Comercial

O registro é considerado uma certidão de nascimento da empresa e deve ser feito antes de obter o CNPJ. Sua empresa só funcionará legalmente se você realizar o seu registro na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas do Estado de Goiás.

6 – Abra um CNPJ

O processo de abertura de um CNPJ para abrir uma empresa em Goiânia é muito simples. Após o registro na Junta Comercial, você receberá o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE). Ele será solicitado para entrar no site da Receita Federal para abrir o CNPJ. No site, você irá fazer o download do Documento Básico de Entrada e em seguida, realizar a impressão. Depois é só enviar à Receita Federal pelos Correios ou pessoalmente.

7 – Solicite o Alvará de Funcionamento

Um Alvará de Funcionamento é o documento que indica se a empresa pode exercer as suas funções no local que você deseja instalar.

O empreendedor pode solicitar o Alvará gratuitamente pela internet. Este documento é emitido pela Prefeitura Municipal ou Órgão Governamental Municipal.

Cada atividade requer um certo tipo de Alvará e, por isso, é necessário estar atento se a atividade escolhida está representada no registro por um código CNAE de atividades protegidas.

Os documentos necessários para solicitar o Alvará de Funcionamento em Goiânia são:

Planta do imóvel onde você abrir seu negócio;

Cópia do recibo do IPTU pago;

CPF e RG, originais ou cópias, da pessoa responsável pelo negócio;

Cadastro do Contribuinte Mobiliário, ou CCM, na Secretaria das Finanças;

O Setor, Quadra e Lote – também chamado de SQL – do imóvel;

Declaração de atividade: para que você usará o imóvel e qual área será destinada aos consumidores;

Certificado de conclusão de imóvel recém-construído.

As principais dúvidas sobre abrir uma empresa em Goiânia

Agora que você já conhece todo o processo necessário para abrir empresa, é possível que tenham surgido algumas dúvidas. Diante disso, decidimos responder as mais comuns:

Quanto tempo demora para abrir uma empresa em Goiânia?

Com toda a documentação entregue e aceita, as informações serão enviadas para a Receita Federal e a Junta Comercial. A partir daí, é dado início ao processo de abertura da empresa em Goiânia.

A aprovação leva cerca de 3 a 5 dias úteis após o envio da documentação. Após este prazo, você terá em mãos o número do seu CNPJ. Para emitir suas notas fiscais em Goiânia, será necessário realizar um cadastro na Rede Simples.

Além disso, para abrir uma empresa em Goiânia, também será necessário realizar a Análise Prévia da Viabilidade de Localização, a fim de obter o alvará de funcionamento. Essa análise determina se a empresa poderá, ou não, utilizar determinado imível para o tipo de comércio desejado.

Como contratar funcionários para uma empresa em Goiânia?

Agora que sua empresa já está aberta, chegou a hora de tocar o negócio e, com isso, surge a necessidade de contratar funcionários para te ajudar na gestão e nas rotinas da empresa em Goiânia.

Confira a seguir os documentos necessários para registrar um colaborador na sua empresa em Goiânia:

RG, CPF ou CNH;

Carteira de trabalho;

Título de eleitor;

Comprovante de residência;

Exame admissional;

Certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos;

Valor do salário;

Cargo em que será registrado;

Horário de trabalho.

Preciso de contador para abrir empresa em Goiânia?

Sim. Para que você tenha êxito e garanta que o seu negócio funcione 100% regularizado, é extremamente importante contratar um contador para abrir uma empresa em Goiânia! O profissional será responsável por realizar todo o processo de forma rápida e segura. No entanto, é importante encontrar um bom escritório. Abaixo listamos algumas dicas.

Bom atendimento

Com toda a tecnologia que temos disponível atualmente, as respostas devem ser cada dia mais rápidas e precisas. Por isso, o escritório que você escolher deve estar pronto para atendê-lo a qualquer momento.

A recomendação é que você avalie todos os canais de comunicação do escritório como e-mail, site, redes sociais e telefones. A velocidade, disponibilidade, cordialidade e atendimento devem ser fatores significativos antes de fechar negócio.

Dizem que a escolha de um contador para uma empresa é como escolher um médico para sua família. Ou seja, é necessário estabelecer um laço de confiança de longa duração. Por isso, é essencial que seu escritório também ofereça uma boa relação com os profissionais.

Infraestrutura

É importante analisar se o escritório de contabilidade está oferecendo a infraestrutura necessária para atender a sua demanda. Isso diz respeito tanto a tecnologia do escritório, quanto a quantidade de funcionários que eles podem oferecer.

Existem desde escritórios com apenas um contabilista responsável até gigantescas firmas com dezenas de empregados. Você pode avaliar a organização do espaço, o clima organizacional, a relação dos funcionários. Assim, é possível entender qual a melhor opção para sua empresa.

Competência técnica

É fundamental ser atendido por profissionais capacitados e experientes, que se mantenham frequentemente atualizados principalmente a respeito das legislações tributárias e trabalhistas. Além disso, é essencial que essa competência esteja ligada à capacidade de resolução de problemas e definição de conceitos (e como aplicá-los).

O cliente não precisa ser especializado em assuntos tributários e trabalhistas, mas o contador sim. Além disso, ele deve simplificar os conceitos e os termos para melhor compreensão do cliente.

Para ter certeza da competência técnica de um escritório, você pode entrar em contato com o profissional e ter uma conversa sobre as principais dificuldades do empreendimento. A partir disso, peça também atualizações periódicas e materiais sobre seu segmento, medindo a profundidade de conhecimento desse profissional.

Relação custo x benefício

Assim que você identificar quais são as reais necessidades de sua empresa, busque por um profissional contábil que seja especializado no seu ramo. Em seguida, peça um orçamento e avalie a qualidade das atividades executadas na proporção do preço pelo qual o serviço é cobrado.

É importante ressaltar que os profissionais com maior competência e conhecimentos específicos podem cobrar mais por seus serviços, mesmo que tenham uma estrutura menor. Isso porque a segmentação e especialização em nichos faz com que o escritório apresenta soluções eficazes para determinados problemas.

Da mesma forma que uma empresa pode cobrar mais barato por um produto, como é o caso dos escritórios de contabilidade que prestam serviços básicos, como pagamento de impostos em dia, etc.

Localização

O ideal é que o escritório esteja numa localização próxima e de fácil acesso da empresa. Quando o escritório atua na mesma cidade, fica muito mais fácil realizar reuniões e visitas pessoais para verificar sua estrutura funcional, seus representantes e a dinâmica.

Dessa forma, é possível economizar tempo e manter uma boa frequência de reuniões, que se aconselha que seja no mínimo mensal. Não só pelo deslocamento, é importante ter um escritório de contabilidade na mesma cidade também pelo fato de que a legislação contábil e as obrigações tributárias podem ser diferentes de uma cidade para outra.

Em alguns casos, as empresas encontram complicações com o IPTU e o ISS, além dos impostos municipais. Se o escritório estiver em outro município, isso se tornará ainda mais difícil.

Mas afinal, o que faz um escritório de contabilidade em Goiânia?

O profissional de contabilidade é a pessoa responsável por toda a área financeira, econômica, tributária e patrimonial de uma empresa. Assim como em Goiânia e em todas as outras cidades, suas principais funções são:

controle do fluxo de caixa e estoque;

preenchimento e envio de obrigações acessórias;

escrituração de documentos e livros de entrada e saída da empresa;

emissão, registro de notas fiscais e pagamento de impostos (caso for acordado entre as partes);

entre tantas outras funções.

O contador pode ser também um grande aliado na administração e gerenciamento de um negócio. Se você contar com um bom profissional, ele pode auxiliar no planejamento estratégico, elaboração de relatórios gerenciais e também na tomada de decisões essenciais.

Para se tornar um profissional de contabilidade é necessário ter formação em Ciências Contábeis (superior) ou em Contabilidade (técnico). Além disso, é essencial ser registrado no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) para exercer a profissão de forma regular e legal.

Importância do contador

Todo empreendedor sabe que a rotina é muito corrida para lidar com todas as questões de uma empresa. E muitas vezes, por mais qualificado e preparado que seja o profissional, ele não dispõe de todas as habilidades para lidar com todos os assuntos. A contabilidade é um exemplo.

Exercer algumas tarefas exige certos conhecimentos específicos, domínio das práticas contábeis, e também desenvoltura para lidar com situações que, muitas vezes, estão fora do alcance do conhecimento do administrador.

Abertura Simples

O Abertura Simples é parceiro de escritórios de contabilidade em Goiânia que realizam todo esse processo para você que deseja abrir uma empresa na região. Assim, você pode realizar seu sonho de forma rápida, simples, segura e sem dores de cabeça.

Entre em contato com nossos representantes e saiba como ter o auxílio de um escritório de contabilidade para sua empresa em Goiânia.

Fonte: Abertura Simples

Sincomércio prevê crescimento de 18,5% na compra de presentes para o Dia dos Namorados

0

A projeção do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba)/Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado e São Paulo) para a compra de presentes para o Dia dos Namorados é de um crescimento expressivo de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, apontam as entidades, as vendas do conjunto de atividades tradicionalmente mais sensíveis à ocasião devem apontar queda de 2,3% no comparativo anual, evidenciando um Dia dos Namorados mais tímido em 2022.

Geralmente, as comemorações noturnas em restaurantes, bares e hotéis/motéis são mais beneficiadas pela data do que o consumo de presentes. ‘A exceção é o setor de vestuário, hoje em evidência graças ao frio antecipado. O clima, aliás, deve contribuir para a alta, já que os preços médios das roupas de inverno são maiores do que a média geral destes produtos. Além disso, a variedade de opções e preços para presentes alcançam praticamente todos os perfis de renda’, explicou o presidente do Sincomércio Piracicaba, Itacir Nozella.

Em menor escala, os segmentos que também devem lucrar com o Dia dos Namorados serão as farmácias e perfumarias (0,8%) e os supermercados (0,5%), já que muitos casais optam por comemorar a ocasião com um jantar caseiro especial. As vendas de eletrodomésticos e eletrônicos devem ter queda de 6,8%.

A compra de presentes para o Dia dos Namorados deve ajudar a aumentar as vendas, em junho, do segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados.

As floriculturas também costumam ter desempenho positivo na data. Contudo, o impacto é menor no conjunto do faturamento do varejo.

No mês, os consumidores devem gastar (tíquete médio), R$ 445,77 com itens de vestuário (alta de 16,8% na comparação anual) e R$ 445,36 (-0,6%) com cosméticos e artigos de beleza. Já quando se trata de alimentação e produtos de higiene, os valores podem chegar a R$ 1.741 mil (-0,8%). Por fim, eletrodomésticos e eletrônicos têm projeção de redução de 8,1%, com gastos na ordem de R$ 377,65.

Fonte: Jornal de Piracicaba

Exclusivo: DPSP amplia oferta de vacina contra a Covid

vacinas contra a covid

 

Após uma semana de início da venda da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, o Grupo DPSP decidiu ampliar o número de lojas que ofertam o serviço. O Panorama Farmacêutico traz com exclusividade essa notícia, que faz parte de um investimento de R$ 450 milhões para fortalecer a atuação da companhia como um ecossistema de saúde.

Disponível inicialmente em duas unidades em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, agora a oferta da vacina foi expandida para 12 pontos de venda. Os imunizantes estarão disponíveis em cinco farmácias da capital paulista; uma em São Caetano do Sul (SP); três no Rio de Janeiro e ainda nas cidades de Belo Horizonte (MG), Vitória (ES) e Recife (PE).

Capilaridade e conveniência em prol da vacina contra a Covid

 

vacinas

 

Outra novidade é a vacinação da quarta dose para pessoas de 18 a 49 anos que tenham receita médica que tem início a partir deste sábado, dia 11. O valor será de R$ 229,90. A rede também está ampliando o portfólio com mais dez opções de vacinas para diversas patologias. “Trata-se de um serviço de conveniência para quem busca a comodidade do agendamento e a possibilidade de se imunizar aos fins de semana, além de aproveitar a capilaridade do grupo”, avalia Daniel Cavallete, gerente executivo de novos negócios – cargo recém-criado pela DPSP em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico.

Ao todo são 60 salas específicas de vacinação e a meta é terminar o ano com mais de 100 desses espaços. “Todas as lojas novas já são equipadas com salas de imunização e espaços de assistência farmacêutica. Hoje temos em torno de 400 salas clínicas e projetamos fechar o ano com 500”, acrescenta o executivo.

Medicamentos especiais

Outra frente de negócios recém-criada é a venda de medicamentos especiais, sejam de alto custo ou de alta complexidade, para tratamentos oncológicos, fertilidade, doenças raras e terapias hormonais. O acompanhamento é feito por farmacêuticos, que atuam esclarecendo dúvidas sobre a utilização e o acondicionamento correto desses medicamentos.

A venda está disponível nos sites das Drogarias Pacheco e da Drogaria São Paulo, além de aplicativos, televendas e sob encomenda, nas lojas físicas do estado São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro. “Sabemos que contar com a expertise de um profissional especialista num momento tão delicado da vida faz toda a diferença e é isso que queremos oferecer com esse novo serviço. Nossos farmacêuticos atuarão para assegurar a devida adesão ao tratamento”, explica Cavalette.

A extensão do rol de parcerias com outros players do segmento de saúde, incluindo operadoras e laboratórios clínicos, também já está no radar da também recém-criada gerência de novos produtos. “É um passo importante para começarmos a estabelecer conexões a fim de complementar a jornada do paciente, que circula no hospital, que fala com o plano de saúde ou com o SUS e passa pela drogaria”, finaliza.

Grupo DPSP estreia no Mato Grosso

Atualmente com mais de 1.400 lojas espalhadas pelo Distrito Federal e pelos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Bahia, a rede prepara-se para entrar no Mato Grosso, com a inauguração de três lojas em Cuiabá, todas com a bandeira Drogaria São Paulo. A primeira farmácia tem previsão de ser aberta no fim de junho. “Estamos expandindo este ano para 70 novas unidades e em 2023 teremos mais de 100 novas lojas”, ressalta Cavalette.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

‘Pandemia transformou farmácias em hubs de serviços de saúde’, diz presidente da Panvel

0

A rede de farmácia Boots, a maior do Reino Unido, foi a primeira a criar marcas próprias de cosméticos, hidratantes e colônias.

No Brasil, quem aposta firme nesse modelo é a Panvel, rede de farmácias do Rio Grande do Sul. Eles lançaram sua marca própria em 1989. Hoje, 500 produtos são vendidos sob a marca Panvel, de maquiagem a bolsas térmicas para água quente.

A rede nasceu em 1967, inicialmente como Dimed Distribuidora de Medicamentos para atender as drogarias gaúchas Panitz e Velgos. Cinco anos depois, as três se juntaram. Da fusão dos nomes das drogarias veio o nome Panvel, com a Dimed no controle da rede.

Ao longo de sua história, a Panvel cimentou sua presença no Rio Grande do Sul, onde virou símbolo regional e hoje tem 22% do mercado local de farmácias. Também se espalhou para os outros estados sulistas, Paraná e Santa Catarina, e em 2016 chegou à capital paulista.

Na bolsa desde 1977 (PNVL3), as ações da empresa ficaram empoeiradas num canto até que, em 2020, a Panvel decidiu fazer um follow-on que movimentou R$ 1 bilhão, numa espécie de ‘re-IPO’. A captação deu início a uma nova fase da expansão da rede, com a abertura de 60 novas lojas no ano passado. Ao final do primeiro trimestre de 2022, a Panvel contava com 527 pontos de venda – 373 no Rio Grande do Sul, 85 no Paraná, 63 em Santa Catarina e seis em São Paulo.

Nesta entrevista, Julio Mottin Neto, CEO do Grupo Panvel, explica como andam os planos de expansão e conta como a pandemia fez das farmácias não só varejistas de produtos, mas também importantes hubs de prestação de serviços, como vacinação e exames de sangue.

Apesar da expansão recente para São Paulo, os esforços da Panvel ainda se concentram no Sul do país. Por quê?

Basicamente por duas coisas. A primeira é que nossas oportunidades de crescimento em Santa Catarina e no Paraná são muito grandes. Estamos em ambos os estados já há bastante tempo, e ainda assim temos um share de mercado de um pouco menos de 6% em cada um deles. Em termos de comparação, no Rio Grande do Sul, nosso share é de 22%. Existe um gap aí que é bem importante trabalhar nos próximos anos.

A segunda é que o segmento de farmácias se caracteriza por ser um setor de muita presença e muita conveniência, então o volume de lojas que você tem de abrir numa localidade para ter uma operação relevante é muito maior do que em outros setores.

Em alguns segmentos, o varejista coloca uma loja naquela cidade e resolve a sua penetração de mercado, mas a farmácia precisa de muita capilaridade e precisa estar muito perto do consumidor. E o Sul é uma região com praticamente 30 milhões de pessoas – geograficamente grande, com muita população e uma renda interessante também. Nosso plano de região Sul se concretiza praticamente em 2025, então temos mais três anos de foco total.

E para depois de 2025, quais são os planos?

A gente vai continuar a expansão em São Paulo. Temos uma operação tímida na cidade ainda [seis lojas, contra 373 no RS], mas com uma parte digital bem importante. E vamos olhar outros estados. A expansão vai acontecer de forma orgânica: provavelmente Mato Grosso, estados próximos uns dos outros, até por causa da característica de capilaridade da farmácia.

A Panvel importou o modelo de farmácia da Boots para o Brasil. Como foi esse processo?

Nós temos uma característica em comum interessante com a Boots que é a marca ser forte por si só. E ela não remete a farmácias: nós não temos, por exemplo, a palavra ‘droga’ no nome. Nós somos Panvel. Isso nos dá uma flexibilidade, assim como a Boots tem, para navegarmos muito bem no segmento de higiene e beleza com a nossa marca.

Foi um ativo que a gente construiu ao longo do tempo e hoje somos fortes com a marca própria. Dentro do bolo de produtos dessas categorias que vendemos, as de higiente pessoal e beleza, um pouco mais de 20% são de produtos Panvel. Tem itens, por exemplo protetor solar e maquiagem, nos quais os mais vendidos em nossas lojas são os da própria marca Panvel.

Mas hoje todas as concorrentes atuam pesado no setor de cosméticos. Como competir?

Elas atuam, mas não com suas marcas próprias. Geralmente, criam uma terceira marca desses produtos. Para nos mantermos competitivos, apostamos em muita qualidade nesses itens. Eu acho que o grande erro de varejistas que têm marcas próprias é focar só em ser um produto acessível, barato. Nunca tivemos essa pretensão – sempre fizemos um bom balanceamento entre preço e qualidade. Também apostamos em inovação e temos um investimento digital super-relevante.

Falando em digital, a Panvel planeja lançar um marketplace próprio este ano. Como vai funcionar?

Hoje o digital representa um pouco mais de 16% das nossas vendas. Agora, em julho de 2022, vamos expandir a variedade de produtos que o consumidor encontra nas nossas plataformas.

A gente entende que o consumidor ao longo da pandemia mudou. Ele se acostumou a ter uma variedade maior de produtos dentro de uma única plataforma digital, e a melhor forma de você ter essa diversidade é através de marketplace.

É claro que nós ainda queremos ter uma curadoria importante, não vamos fugir das verticais de saúde e bem-estar porque a gente acha que isso termina confundindo as pessoas. Você encontrar um whisky, depois um salgadinho e daqui a pouco um produto para tratamento da pele dentro do mesmo ambiente? Isso é confuso. Queremos ser o melhor marketplace em saúde e bem-estar.

Por que escolheram fazer o follow-on apenas em 2020, apesar de estar na bolsa há muito tempo?

Vimos em 2020 uma oportunidade única de fazer uma captação com um valor de mercado importante. Foi um ano no qual a taxa de juros no Brasil ficou negativa [em termos reais, ou seja, com os juros perdendo da inflação], e quase todas as companhias cresceram muito na bolsa, principalmente as ligadas ao mundo digital. Então fizemos essa emissão para acelerar nossa expansão em uma janela importante de mercado que se criou.

Naquele momento, já vínhamos há três anos seguidos inaugurando pouco mais de 40 lojas por ano. A captação de recursos chegou para acelerar esse processo. Passamos a inaugurar 60 lojas por ano, e em 2022 serão 65, ainda focadas na região Sul. Reforçamos também o nosso investimento em digital.

Na época da captação, a Panvel disse que queria dobrar o faturamento em cinco anos. Como anda o plano?

Está acontecendo. No primeiro trimestre deste ano, crescemos mais de 19% em faturamento, em cima de uma base já alta. O nosso CAGR [taxa de crescimento anual composta] dos últimos anos deu um crescimento de 50%. A gente vem tendo uma aceleração de crescimento puxada evidentemente pela expansão de lojas, mas também pela plataforma digital.

Como a pandemia afetou a Panvel?

Acho que a pandemia acelerou um processo que já acontecia no segmento há algum tempo: a farmácia se tornar um hub de serviços em saúde. As farmácias foram fundamentais para saber se os casos estavam caindo ou subindo, para entender o estágio em que estávamos em termos de números de contágios. Das 500 lojas que a gente tinha, estávamos testando Covid-19 em quase 300 unidades, mais de 50% do total.

Antes, nós já tínhamos serviços, tínhamos vacinas e equipamentos de exame rápido de sangue nas lojas, por exemplo. Mas a pandemia veio para desvendar esse protagonismo das farmácias, e as pessoas daqui pra frente entendem a farmácia como muito mais do que um lugar para comprar produtos, mas também um local para se adquirir serviços de saúde.

Hoje, a parte de serviços já representa em torno de 4,5% do nosso faturamento e nós temos a pretensão de elevar isso até 10%.

O Brasil passa por um cenário de inflação nas alturas e juros idem, o que afeta principalmente as varejistas. Como enfrentar isso?

De fato é um cenário desafiador. Mas temos uma característica muito forte de controle de despesas. A Panvel é uma empresa de 55 anos que nunca deu prejuízo. A gente já passou por Plano Real, Plano Cruzado, Cruzado II, confisco do Collor. Só não tínhamos passado por uma pandemia porque a última tinha acontecido há 100 anos. Sempre fomos uma empresa muito boa de gestão de custos, em cenários muito mais adversos do que este que a gente está vivendo agora inclusive.

Então a gente entende que há uma oportunidade por essa característica e há uma oportunidade também pelo fato de que estamos muito bem de capital. Não são todas as empresas que estão bem capitalizadas nesse momento.

Mas as ações da Panvel estão em queda no ano. Por que o mercado não está tão otimista assim?

O mercado está pessimista justamente com a questão da inflação e dos juros, além da instabilidade das eleições. O grau de incerteza está derrubando os ativos – não é só a gente, praticamente todo o setor varejista vem sofrendo com uma queda significativa das vendas. Mas essas perdas não necessariamente refletem no balanço dessas empresas. Algumas não estão bem, outras estão. Então, para um investidor que está capitalizado, eu entendo que é uma boa oportunidade de entrada porque tem papéis hoje – e não apenas o nosso – que estão num bom preço.

No começo do ano, o grupo Panvel passou por uma reformulação de imagem e mudou de nome (era Grupo Dimed). Por que essa escolha?

Foi um movimento de simplificação. A gente entende que uma das coisas que aconteceu nos últimos anos é que cresce cada vez mais a importância da marca como uma marca empregadora. As pessoas cada vez mais querem fazer parte de empresas que são éticas, diversas e sustentáveis.

Queremos que elas saibam rapidamente que o grupo Panvel é ‘a Panvel’. Buscamos também um resgate de todos os valores que a marca construiu ao longo do tempo. A gente tem, inclusive, um mote comportamental internalizado: ‘todo o cuidado ao cuidar’. Isso caracteriza muito a cultura da empresa hoje: o foco do cliente, o foco nas pessoas e o foco na saúde.?

Fonte: Você S/A Online 

Conselho de Farmácia do Rio alerta para aumento de 265% nos casos de Covid-19

0

Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro emitiu uma nota para alertar a população sobre o aumento de 265% nos casos de Covid-19 no estado durante o mês de maio, em comparação com abril.

No período, foram confirmados 10.060 casos da doença, contra 2.759 no mês passado. De acordo com o CRF, é a primeira vez desde janeiro, quando a chegada da variante Ômicron causou um novo pico de infecções, que o indicador voltou a subir. A quantidade de testes realizados dobrou, ultrapassando a marca de 52 mil.

A média de casos positivos em maio foi a maior dos últimos quatro meses, segundo o levantamento. Foram 347 resultados positivos para a Covid-19 por dia. Em janeiro, a média chegou a passar de 2 mil casos confirmados diariamente.

O CRF afirmou que vê com preocupação o crescimento do número de infecções, que atribui aos eventos e aglomerações promovidos no estado e ao relaxamento do uso de máscaras.

“Estamos alinhados às organizações de Saúde mundiais, reforçando a importância do cumprimento do calendário vacinal por todos e reiterando a necessidade de reforçar as medidas preventivas como uso de máscara, principalmente em espaços fechados, constante higienização das mãos e o distanciamento social”, disse Camilo Carvalho, presidente do Conselho.

Fonte: R7 Notícias

UFPR pede autorização da Anvisa para teste da vacina contra Covid-19 em humanos

0

Anvisa

A Universidade Federal do Paraná encaminhou para a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) um pedido para a testagem da vacina contra a Covid-19 em humanos.

A instituição desenvolve, desde 2020, um imunizante contra a doença com insumos 100% brasileiros e com baixo custo de produção. (). A pesquisa conta com doação de recursos adicionais para o desenvolvimento da vacina.

Conforme a UFPR, ainda não há um prazo oficial para a resposta da Anvisa, mas a expectativa é de que nos próximos meses possa ser iniciada a testagem da vacina.

‘A vacina de fato protege da doença e tem capacidade neutralizante do vírus,” afirma o professor da instituição e um dos responsáveis pela pesquisa, Emanuel Maltempi de Souza.

Após a aprovação da Anvisa, conforme a instituição, será necessária a contratação de uma empresa para a produção do imunizante para teste. Isso porque a UFPR não dispõe de estrutura adequada para a produção da vacina para humanos.

“A gente produz a vacina em ambiente de laboratório, para teste em animais, mas isso não é permitido para que eu use este produto produzido aqui (laboratório) em pessoas. Ela tem que sair de uma fábrica de vacinas. Então fábrica nós não dispomos na UFPR. Outra atividade que vamos depender de uma contratação,’ comenta o professor.

“A gente produz a vacina em ambiente de laboratório, para teste em animais, mas isso não é permitido para que eu use este produto produzido aqui (laboratório) em pessoas. Ela tem que sair de uma fábrica de vacinas. Então fábrica nós não dispomos na UFPR. Outra atividade que vamos depender de uma contratação,’ comenta o professor.

Vacina UFPR

Desde junho de 2020, um grupo de pesquisadores da UFPR desenvolve a vacina. No momento, estão sendo concluídos os testes da fase pré-clínica. Nos últimos meses, novos experimentos trouxeram mais resultados promissores, segundo a instituição.

A proteína, que vinha sendo produzida com o auxílio da bactéria Escherichia coli, agora também é feita a partir de células de mamíferos, o que permite uma maior produção de anticorpos neutralizantes que bloqueiam o vírus, em relação aos primeiros estudos.

‘Poderemos usar essa tecnologia na produção de vacinas para outras doenças também. Esse é o maior avanço, visto que já temos outras vacinas para a Covid. Mas avançamos, porque aprovada a tecnologia, ela vai nos alçar para tratamento de outras doenças, até mais complexas em termos de vacina, como a dengue, por exemplo”, explica Emanuel.

A tecnologia de produção é totalmente pertencente à universidade e é fruto de pesquisas com biopolímeros biodegradáveis e com partes específicas de proteínas virais.

Outro fator importante é o custo. As doses devem ser mais baratas do que outras disponíveis no mercado, com custo estimado entre R$ 5 e R$ 10.

Conforme os pesquisadores, os testes preliminares comprovaram que a vacina não apresenta efeito tóxico para o fígado e rim em camundongos nas doses utilizadas.

Estão previstos ainda estudos para avaliar a toxicologia com amostras de células invitro.

Após a conclusão dessa fase, será possível planejar o recrutamento de voluntários para os testes com humanos, segundo a UFPR.

Fonte: G1.Globo

Câncer no reto: medicamento consegue eliminar tumor raro de 100% dos pacientes em estudo

0

Um medicamento à base de imunoterapia conseguiu eliminar um tipo raro de tumor no reto em 100% dos pacientes em um estudo clínico. Os resultados, são de cientistas de Nova York e foram publicados nesta semana no “The New England Journal of Medicine”.

O remédio tem previsão de comercialização no Brasil em agosto (veja detalhes mais abaixo).

O remédio, chamado dostarlimabe, foi dado a cada 3 semanas por 6 meses. Depois do tratamento, nenhum paciente precisou de químio ou radioterapia, nem de cirurgia. Eles foram acompanhados por, no mínimo, 6 meses após o término da terapia (o tempo mais longo foi de 25 meses, pouco mais de dois anos). O tumor não voltou a aparecer em nenhum deles.

A pesquisa foi feita com 12 pessoas que tinham um tumor local, mas avançado, no reto – a parte final do intestino grosso. Todos os pacientes tinham uma alteração molecular específica, rara, que fazia com que o câncer fosse suscetível ao remédio.

A médica Rachel Riechelmann, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, explica que esse tipo de abordagem, com imunoterapia, já era usada em casos com metástase – quando o câncer já se espalhou por vários órgãos.

“Essa foi a primeira vez que foi testada num tumor não metastático”, afirma a médica.

“Essa foi a primeira vez que foi testada num tumor não metastático”, afirma a médica.

Ela explica que, para câncer no reto, o tratamento padrão é quimioterapia, radioterapia e cirurgia. No entanto, quando o tumor tem a alteração vista nos pacientes do estudo – cerca de 1% a 3% dos casos -, ele passa a ser suscetível a essa imunoterapia.

“Só o remédio já eliminou a doença, sem precisar de rádio, químio e cirurgia. É fantástico, mas [o tratamento] vai ser para um grupo pequeno de pacientes, onde o tumor se desenvolveu através dessa alteração molecular”, esclarece Riechelmann.

“Só o remédio já eliminou a doença, sem precisar de rádio, químio e cirurgia. É fantástico, mas [o tratamento] vai ser para um grupo pequeno de pacientes, onde o tumor se desenvolveu através dessa alteração molecular”, esclarece Riechelmann.

A oncologista acrescenta que, embora o número de pacientes seja pequeno, o fato de a alteração ser rara faz com que o número seja suficiente para considerar o remédio efetivo. Mesmo assim, mais estudos ainda são necessários. “Quanto mais juntar, e, depois, publicar, apresentar, melhor”, diz.

Dificuldade no acesso

O dostarlimabe já foi aprovado para uso no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em março deste ano, e tem previsão de comercialização a partir de agosto, segundo a fabricante, a GSK.

Por ora, entretanto, a aprovação serve para tratar apenas um tipo – também raro – de câncer de endométrio (a camada mais interna do útero); ainda não há aprovação para câncer no reto.

Mas Rachel Riechelmann explica que a mesma alteração vista no câncer no reto dos pacientes americanos pode, por exemplo, aparecer no endométrio – e, assim, os resultados seriam parecidos.

“Todas as imunoterapias que a gente tem no Brasil funcionam para essa alteração molecular rara, que está presente no câncer de reto mas que pode estar presente em torno de 1% a 3% de todos os tumores sólidos”, esclarece.

“Todas as imunoterapias que a gente tem no Brasil funcionam para essa alteração molecular rara, que está presente no câncer de reto mas que pode estar presente em torno de 1% a 3% de todos os tumores sólidos”, esclarece.

Nos Estados Unidos, o medicamento foi aprovado em agosto de 2021. Lá, ele pode ser usado contra qualquer tipo de tumor sólido avançado que, mesmo após trata mento inicial, continue progredindo e que não tenha outra alternativa de tratamento. Essa aprovação geral veio quatro meses depois de uma autorização inicial – que também só aprovava o uso contra um tipo de câncer de endométrio.

Por aqui, mesmo que o remédio passe a ser autorizado para uso em câncer no reto, há a dificuldade no acesso, explica Rachel Riechelmann, do A.C.Camargo. Isso porque a grande maioria das imunoterapias para câncer, mesmo as que já são usadas no Brasil, não estão disponíveis no SUS – a primeira delas foi aprovada só em 2020 e para melanoma, um tipo de câncer de pele. Para câncer de reto, o tratamento ainda é tradicional no sistema público (com químio, rádio e cirurgia).

“O [tratamento] que a gente tem no Brasil é em torno de R$ 50 mil por mês, mais ou menos. É impagável. É [um resultado] incrível, mas [só] quem tem convênio vai ter acesso. Infelizmente, 80% da população do SUS não vai ter acesso – o que é um absurdo. É muito triste”, lamenta a oncologista.

“O [tratamento] que a gente tem no Brasil é em torno de R$ 50 mil por mês, mais ou menos. É impagável. É [um resultado] incrível, mas [só] quem tem convênio vai ter acesso. Infelizmente, 80% da população do SUS não vai ter acesso – o que é um absurdo. É muito triste”, lamenta a oncologista.

Em nota, a GSK informou ao g1 que ainda não tem o preço final do dostarlimabe no Brasil, mas que ele “poderá ser adquirido por clínicas e hospitais públicos e privados”.

Fonte: G1.Globo