Covid: 3 critérios para mundo voltar a abrir portas para turistas do Brasil

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Com o avanço da vacinação contra a covid pelo mundo, países começam a abrir as fronteiras para turistas imunizados, sem necessidade de quarentena. Mas o Brasil tem ficado de fora da nova flexibilização.

A União Europeia decidiu permitir a entrada de viajantes que tenham recebido a segunda dose da vacina ao menos 14 dias antes de viajar. A regra vale para vacinas aprovadas pela agência sanitária europeia, mas países do bloco também podem ampliar a permissão para imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde, como é o caso da CoronaVac.

Na quarta-feira (9), a França, principal destino turístico internacional, abriu as portas para viajantes imunizados de quase todos os países do mundo. Apenas 15 nações ficaram de fora, entre elas o Brasil. As regras valem para vacinas aprovadas pela agência europeia: Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen (Johnson & Johnson).

Na segunda (7), a Espanha começou a receber visitantes vacinados de praticamente todos países. Nesse caso, foram permitidas vacinas aprovadas pela OMS, como a CoronaVac. Mas, novamente, o Brasil ficou de fora. E isso deve se repetir à medida que outros membros da União Europeia iniciem o esquema de abertura para imunizados.

Ou seja, para os brasileiros, não basta estar totalmente vacinado para vislumbrar férias nos principais destinos internacionais.

Considerado de “especial risco epidemiológico”, o Brasil pode continuar isolado de grande parte do mundo por causa do descontrole da pandemia e o ‘caldeirão de variantes’ que circulam pelo território.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, para que as portas de EUA e Europa voltem a se abrir a turistas brasileiros, o país possivelmente precisará cumprir ao menos três critérios:

1. Reduzir taxa de infecções por 100 mil habitantes

O número proporcional de infecções é um dos critérios usados pelas equipes de aconselhamento dos EUA e União Europeia na hora de decidir de onde receber turistas vacinados, destaca o pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza.

A União Europeia estabeleceu como regra permitir a entrada, sem quarentena, de pessoas vacinadas vindas de países com taxa de até 75 casos de covid por 100 mil habitantes, em 14 dias.

O Brasil está longe dessa meta. Nas últimas duas semanas somadas, teve 416 novos casos de covid por 100 mil habitantes, conforme dados utilizados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Trata-se da 12ª pior taxa do mundo, sendo que dos 10 países com mais infecções por 100 mil habitantes, sete são latino-americanos. Ou seja, para cumprir as regras atuais da União Europeia, o Brasil precisaria reduzir em 82% a taxa de infecção por 100 mil habitantes.

Segundo o professor de Política de Saúde Global Peter Baker, a experiência mostra que vacinação, medidas de confinamento e distanciamento social são os caminhos para diminuir casos de covid.

Reino Unido e grande parte dos países europeus introduziram lockdowns nos primeiros estágios de vacinação para conter infecções e surgimento de variantes nesse período.

“O principal a fazer é reduzir os casos de contaminação. Um país como Brasil deveria poder acelerar a campanha de vacinação e deveria receber ajuda de países ricos. Outra opção é aumentar medidas de distanciamento social”, diz Baker, que é pesquisador do Centro de Desenvolvimento para Saúde Global, no Reino Unido.

2. Controlar o surgimento de variantes

O principal motivo para a exclusão do Brasil da decisão da União Europeia de receber turistas vacinados é o risco de variantes do coronavírus, dizem Bozza e Baker. Atualmente, a P.1, identificada primeiramente em Manaus e rebatizada de gamma pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é a cepa prevalente em todo o território brasileiro.

Ela preocupa por ser mais transmissível e pela capacidade de evadir anticorpos ao apresentar mutações que facilitam a entrada do vírus nas células humanas. Um estudo publicado na revista Science mostrou que a P.1 é até 2,4 vezes mais transmissível que outras linhagens e mais capaz de reinfectar quem já teve covid.

E pesquisas preliminares apontam que vacinas perdem eficácia contra essa variante, embora ainda ofereçam forte proteção contra hospitalizações e casos graves da doença.

Cepas surgidas a partir de mutações da P.1 também já foram identificadas no Brasil e não se sabe se são mais letais e transmissíveis.

Para piorar o cenário, a variante indiana, conhecida como Delta, apontada como responsável pelo atual surto de covid na Índia, já foi identificada em cidades brasileiras.

Como nenhuma vacina é 100% eficaz em impedir infecções, embora sejam muito eficientes em evitar hospitalizações, não é impossível que uma pessoa imunizada embarque num avião com o vírus, principalmente se sair de um país onde circulam variantes que reduzem ainda mais esse percentual de proteção.

“Se você pensa numa pessoa totalmente vacinada chegando à fronteira, ela apresenta risco baixo. Mas se ela estiver vindo de um país onde estava altamente exposta à circulação de uma variante, pode ser que esteja infectada apesar das duas doses de vacina”, explica Baker.

“É algo raro, mas pode acontecer.”

Ou seja, para que turistas brasileiros voltem a ser recebidos em outros países, conter o surgimento de variantes seria essencial, diz o especialista ouvido pela BBC News Brasil.

“A principal preocupação é com circulação de variantes. Infelizmente, esse é o critério correto e o Brasil se enquadra entre os países que têm novas cepas em circulação.”

3. Acelerar a vacinação

O ritmo de vacinação no Brasil começou lento, por causa da decisão do governo federal de não comprar vacinas ainda 2020, quando mais doses estavam disponíveis.

Devido à escassez de imunizantes para atender a todos os brasileiros, apenas 11% da população recebeu duas doses da vacina até 9 de junho e 24% recebeu uma dose, segundo dados do Our World in Data, ranking global de dados oficiais compilados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

No ranking da proporção da população que recebeu duas doses, o Brasil aparece em 74º no mundo numa lista com 190 países.

A cobertura vacinal é um dos elementos considerados pela União Europeia, EUA e Reino Unido ao definir de quais países receber visitantes. Quanto maior o percentual de população imunizada, menor a circulação do vírus e o risco de contaminação.

Inicialmente, a União Europeia anunciou que receberia vacinados com doses aprovadas pela agência reguladora do bloco, o que excluiria a CoronaVac, principal vacina utilizada hoje no Brasil. Muitos brasileiros ficaram preocupados em não poder viajar no futuro por terem sido imunizados com a vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China.

Mas, pouco depois, a União Europeia informou que poderão ser incluídas vacinas aprovadas pela OMS. A Coronavac teve sua utilização emergencial aprovada pelo organismo internacional em 1º de junho. Especialistas dizem que a tendência é que todos os países recebam, no futuro, vacinados com imunizantes chancelados pela OMS.

Ou seja, qualquer vacina aprovada pela OMS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já deixa o brasileiro mais perto de voltar a viajar pelo mundo.

“Não importa qual marca de vacina você recebe entre as oferecidas no Brasil. Não é isso que vai restringir a sua mobilidade para viajar no exterior. Todas elas foram aprovadas pela OMS. O mais importante é ser vacinado”, destaca Peter Baker, do Centro para Desenvolvimento Global, no Reino Unido.

‘Imagem negacionista também pesa’

Além do descontrole da pandemia, da existência de variantes e do ritmo lento de vacinação, o pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza cita a postura negacionista do governo federal como fator que contribui para o isolamento do Brasil. Em várias ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a gravidade do coronavírus e até hoje se opõe fortemente a medidas de distanciamento social.

“Tem uma questão de caráter político, que é o fato de o governo brasileiro ter se mostrado negacionista de toda a racionalidade do controle da pandemia. Isso também, olhando externamente, leva a uma percepção ruim em relação ao país como um todo”, diz Bozza, que é chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Medicina Intensiva do Instituto Evandro Chagas.

“Então, o entendimento internacional é a de que não há porque flexibilizar as regras para o Brasil, um país com variante, infecção alta e um governo que gera a percepção de não se preocupar com o controle da pandemia.”

Mas Peter Baker, do Centro para Desenvolvimento Global, também critica os países ricos por comprarem doses excessivas de vacinas e não ajudarem países pobres e em desenvolvimento a sair da crise. Para ele, a responsabilidade deve ser compartilhada.

“Países ricos agora deveriam financiar a expansão do acesso a vacinas em países pobres e de renda média. Não é só por uma questão de caridade, mas porque é o necessário a fazer para garantir o retorno do comércio internacional e do turismo”, defende o pesquisador britânico.

Fonte: BBC Brasil

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Queiroga anuncia chegada de 3 milhões de doses da vacina Janssen

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A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) aprovou neste sábado (12) o envio de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, da Johnson & Johnson, ao Brasil. De acordo com ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os imunizantes chegarão na terça-feira (15) no país. As informações são da AgênciaBrasil.

O prazo de validade da vacina aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de três meses. A agência reguladora brasileira analisa a possibilidade de ampliar para quatro meses e meio. A decisão de estender a validade foi aprovada pelo FDA na última quinta-feira (10).

Segundo Queiroga, as vacinas serão distribuídas para as capitais por conta da logística e têm validade até o dia 27 de junho, que poderá ser estendido até o dia 8 de agosto caso seja prorrogado pela Anvisa.

‘Assim temos mais agilidade em entregar essas doses à população brasileira’, explicou Queiroga. De acordo com ministro, o imunizante assegura 85% de segurança em casos severos de covid-19.

A vacina da Janssen é aplicada em dose única. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído aos estados em 48 horas, ou seja, a partir de quinta-feira (17). O ministro da Saúde informou ainda que houve um desconto de 25% no valor dos imunizantes e que o pagamento acontecerá apenas pelas doses, de fato, aplicadas.

Copa América

Segundo Queiroga, os membros da delegação venezuelana que estão no Brasil para participar da Copa América foram testados positivos para covid-19 estão em quarentena, isolados. Ao todo, oito jogadores e quatro integrantes da equipe permanecerão no país até testarem negativo para a doença.

A competição começa neste domingo (13), a partir das 18h (horário de Brasília), com Brasil e Venezuela se enfrentando no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Há suspeita de quatro casos de covid-19 entre jogadores da seleção da Bolívia. No entanto, a Conmembol ainda aguarda os resultados dos exames tipo RT-PCR para confirmar ou não os casos. A seleção boliviana joga contra o Paraguai na segunda-feira, às 18h, em Goiânia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Agências reguladoras negam risco de infertilidade de vacinados

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Conteúdo verificado: texto de um site de internet afirma que um estudo realizado no Japão levantou preocupações sobre eventuais riscos reprodutivos que podem ser provocados pelas vacinas de mRNA, como as da Pfizer e Moderna.

É falso que um estudo da Pfizer aponte para risco de infertilidade em pessoas vacinadas. Essa alegação foi feita pelo site Estudos Nacionais e tira de contexto um dos estudos conduzidos pela farmacêutica para averiguar a segurança dos imunizantes.

O conteúdo publica um link para um estudo com a inscrição ‘Pfizer confidencial’. Apesar de ter respondido ao Comprova, a farmacêutica não comentou sobre a autenticidade do documento presente na página Estudos Nacionais, mas a reportagem encontrou os mesmos dados dele em relatório da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) como sendo realmente da Pfizer. Entretanto, a publicação do Estudos Nacionais omite que o estudo citado foi feito em ratos, não em humanos.

Ao Comprova, a Pfizer, que classificou o conteúdo verificado como desinformação, afirmou que ‘nenhuma evide?ncia de achados macrosco?picos ou microsco?picos relacionados a? vacina foi encontrada nos ova?rios nos estudos de toxicidade de dose repetida e nenhum efeito sobre a fertilidade foi identificado nas fases pre?-cli?nicas do desenvolvimento do produto, que foram avaliadas pelas diferentes age?ncias regulato?rias no mundo’.

Além disso, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Food and Drug Administration (FDA), autoridade sanitária dos Estados Unidos, e o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) do mesmo país, atestam a segurança dos imunizantes.

O site Estudos Nacionais foi procurado, mas não respondeu.

COMO VERIFICAMOS?

Buscamos os documentos disponíveis no site das principais agências reguladoras que já deram aprovação para uso emergencial das vacinas de mRNA. Consultamos o relatório de avaliação para uso da vacina Pfizer junto à Agência Europeia de Medicamentos e a análise para uso emergencial do imunizante da Moderna junto à Food and Drugs Administration (FDA), autoridade sanitária dos Estados Unidos.

Por e-mail, entramos em contato com a Pfizer, Anvisa e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para saber sobre a segurança e eficácia dos imunizantes.

Também entrevistamos Celso Amadeo, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para averiguar a validade científica de alguns comentários sobre coagulação e a covid-19.

Tentamos contato por e-mail com o médico canadense Byram W. Bridle, citado no texto dos Estudos Nacionais – ele enviou apenas uma resposta automática -, e Cristian Derosa, autor do conteúdo -, que não respondeu.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 11 de junho de 2021.

VERIFICAÇÃO

Vacinas de mRNA

É a primeira vez que vacinas gênicas, como a da Pfizer, são distribuídas à população. No entanto, elas eram estudadas há anos. As vacinas de mRNA já eram avaliadas no combate à Zika, raiva e influenza. Atualmente, os imunizantes da Pfizer e da Moderna utilizam essa técnica no combate à covid-19.

O DNA é a molécula que contém toda a informação genética das pessoas e fica protegido no núcleo da célula. Para que haja a produção de proteínas fundamentais para a célula, o DNA é transcrito em RNA, que funciona como uma espécie de mensagem que vai dizer o que deve ser produzido. Essa mensagem vai até as estruturas da célula responsáveis por essa produção.

Quando o coronavírus infecta uma célula, ele sequestra as estruturas celulares para produzirem suas proteínas a partir do seu próprio RNA. As vacinas da Pfizer e da Moderna imitam esse processo, porém determinando exclusivamente a produção da proteína Spike, aquela que o SARS-CoV-2 usa para se conectar às células humanas. O sistema imunológico identifica essa estrutura estranha e a combate.

Assim, quando o corpo for invadido pelo coronavírus inteiro em uma eventual infecção, ele será rapidamente identificado e eliminado. As vacinas de mRNA possuem a molécula de RNA viral transportada dentro de nanopartículas de gordura (lipídios).

O Comprova já mostrou que vacinas de mRNA não possuem a capacidade de interagir com o DNA humano. Isso porque ele fica no núcleo, onde a molécula de RNA da vacina não consegue entrar.

O estudo

O texto do site Estudos Nacionais afirma se basear em uma ‘nova pesquisa conduzida no Japão’ que teria mostrado que ‘nanopartículas lipídicas (LNPs), contendo o código do mRNA, foram encontradas amplamente pelo corpo após a vacinação’. Afirma ainda que ela ‘assusta por incluir ovários e testículos, com capacidade para alterações reprodutivas’.

O estudo lincado no texto foi feito para avaliar a biodistribuição dos componentes da Pfizer. Em outras palavras, foi analisado o comportamento dos componentes da vacina em células de laboratório e no organismo de ratos e camundongos. Portanto, é falso que o estudo se refira a humanos vacinados. Este estudo também não faz nenhum alerta sobre riscos à saúde quanto ao uso dessa vacina, ao contrário do que diz o blog.

O texto checado afirma que o estudo teria sido feito por japoneses. O Comprova encontrou o mesmo documento, em japonês, disponível no site da agência regulatória japonesa Pharmaceuticals and Medical Devices Agency. Perguntamos à agência a origem do documento, mas não obtivemos resposta até a publicação deste texto.

Continuamos buscando a origem do estudo e chegamos ao relatório de avaliação da EMA para comercialização da vacina da Pfizer. Na página 45, os técnicos discutem a farmacocinética do imunizante. Eles citam o mesmo estudo com ratos e afirmam que foi conduzido pela Pfizer em julho de 2020. Os técnicos ressaltam que não foram detectados impactos na fertilidade.

Perguntamos à Pfizer sobre a autenticidade do documento publicado no Estudos Nacionais, mas a empresa não respondeu essa questão. Afirmou que ‘nenhum efeito sobre a fertilidade foi identificado nas fases pre?-cli?nicas do desenvolvimento do produto, que foram avaliadas pelas diferentes age?ncias regulato?rias no mundo’.

Agências aprovam segurança das vacinas

De fato, nenhuma das principais agências regulatórias do mundo levantou suspeitas sobre a segurança da vacina.

Procurada pelo Comprova, a Anvisa afirmou não haver indicativo de que as vacinas contra a covid-19 autorizadas no Brasil apresentem risco à fertilidade ou toxicidade. ‘Todas as vacinas avaliadas pela Anvisa apresentaram dados de segurança de pesquisa clínica que permitem o seu uso pela população dentro dos limites e indicações definidos para cada produto’, explica ainda o órgão brasileiro.

A Opas também afirmou ao Comprova que não há evidências que sugiram que as vacinas contra o SARS-CoV-2 provoquem infertilidade. Segundo a entidade, esse boato já circulou no mundo todo sobre muitas vacinas diferentes, mas não existem vacinas licenciadas de qualquer tipo que causem infertilidade.

‘Quando qualquer vacina é autorizada, a evidência vem principalmente de ensaios clínicos controlados e randomizados em dezenas de milhares de participantes. Após a introdução de uma vacina, um monitoramento próximo continua a ocorrer para detectar quaisquer efeitos colaterais adversos inesperados e avaliar a eficácia entre um número ainda maior de pessoas’, explica a Opas.

A entidade também destaca que nenhuma vacina pré-qualificada ou aprovada para a lista de uso emergencial pela OMS possui componentes tóxicos para o ser humano.

A FDA diz, em seu site, que ‘não há evidência científica de que a vacina da Pfizer cause infertilidade em mulheres’. Na época, circulava uma desinformação pelas redes sociais afirmando que a proteína Spike era similar a uma proteína encontrada na placenta. Segundo a FDA, essa informação é falsa. O órgão americano também lembra que, até onde se sabe, a infertilidade não é um resultado da infecção à covid-19. Logo, ‘a resposta imune ao vírus, seja causado por uma infecção natural ou pela vacina, não é uma causa de infertilidade’.

O CDC, centro de controle de doenças dos EUA, também diz que a vacina da Pfizer é segura e recomendada para pessoas a partir dos 12 anos.

A Therapeutic Goods Administration (TGA), equivalente da Anvisa no governo da Austrália, afirma que nenhuma das vacinas contra o novo coronavírus em uso no país causa esterilização ou infertilidade. Atualmente, os australianos utilizam os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca. Segundo a TGA, não há evidência científica que indique esse efeito após o uso das vacinas avalizadas pelo país. O órgão também reitera que a proteína Spike não é igual a nenhuma proteína encontrada na placenta.

‘Não há evidências de que os anticorpos formados na vacinação contra a covid-19 causem qualquer problema com gravidez, inclusive no desenvolvimento da placenta. Além disso, não há evidências sugerindo que problemas de fertilidade sejam um efeito colateral de nenhuma vacina’, afirma a TGA.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a vacina da Pfizer é segura e eficaz e recomenda o seu uso para pessoas acima de 16 anos.

Segundo a entidade, existem poucos dados sobre a segurança do uso do imunizante em mulheres que já estejam grávidas. No entanto, elas podem ser vacinadas se o benefício da vacinação superar eventuais riscos. Por isso, grávidas com alto risco de exposição ao SARS-CoV-2, como profissionais de saúde, ou que tenham comorbidades que aumentem os riscos de um quadro grave de covid-19, podem se vacinar, seguindo a orientação do seu médico.

A OMS também diz que, embora a vacina não tenha sido estudada ainda em mulheres lactantes, ela não é feita a partir do vírus e o mRNA não entra no núcleo das células, sendo destruído rapidamente, portanto, ele não interfere no funcionamento das células humanas. O grupo de especialistas em imunização que assessorou a OMS não recomenda a suspensão da amamentação após a vacinação.

Sobre as vacinas de mRNA de modo geral, a OMS informa que essa tecnologia foi ‘rigorosamente avaliada quanto à segurança’ e que os ensaios clínicos demonstram que ela promove uma resposta imune de longa duração. ‘As vacinas de mRNA têm sido estudadas por várias décadas, incluindo no contexto da gripe, raiva e Zika vírus. Elas não são produzidas a partir do vírus vivo e não interferem no DNA humano’, explica a entidade.

O site

Segundo a aba ‘Quem somos’, o Estudos Nacionais é um site que ‘busca aprofundar as reflexões utilizando o jornalismo em sua missão informativa e contestadora da atual situação, oferecendo um contraponto exigente à situação de dúvida e incerteza gerada pelo atual modelo informativo’.

Na reportagem ‘A rede de fake news que ajudou a derrubar Mandetta’, publicada pela Agência Pública em abril de 2020, o site é citado como um dos que ‘começaram a pôr em dúvida os dados de mortos por covid-19’, sem nenhuma evidência.

Quem assina o conteúdo verificado aqui é Cristian Derosa, editor e colunista do site que se apresenta como mestre em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e escritor. Seus títulos são ‘A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda’ (2016), ‘Fake news: quando os jornais fingem fazer jornalismo’ (2019) e ‘Fanáticos por poder: esquerda, globalistas, China e as reais ameaças além da pandemia’ (2020).

De acordo com sua apresentação no site, ele também é aluno do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho, guru do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O site Estudos Nacionais já foi alvo de outras verificações sobre vacina feitas pelo Comprova, sempre classificadas como enganosas. Em novembro do ano passado, a página desinformou ao escrever que morte de voluntário estava relacionada a alterações neurológicas causadas por vacina e, antes, em abril, afirmou erroneamente que as vacinas contra a covid-19 usam células de fetos abortados.

O texto sobre a vacina de mRNA checado aqui é baseado em uma publicação do site americano Natural News, que, em sua descrição, diz que ‘critica fortemente’ alguns temas como ‘medicamentos, cirurgia e vacinas’. A plataforma também já apareceu no Comprova. Em novembro de 2020, ao afirmar que a CoronaVac matou voluntários e que vacinas causaram danos neurológicos ou de DNA, e, em abril, dizendo que a vacina teria microchip para rastrear a população – os dois conteúdos são falsos.

Quem é Byram W. Bridle

O texto do Estudos Nacionais ainda traz a transcrição em português de uma entrevista do médico canadense Byram W. Bridle. Dando o alerta de que ‘a história que estou prestes a contar é assustadora’, ele relaciona a proteína Spike a uma série de problemas de saúde, como sangramentos e coágulos sanguíneos. Também questiona se elas não estariam tornando os vacinados inférteis.

Byram W. Bridle é um doutor em imunologia viral e professor associado da University of Guelph, em Ontário, no Canadá. Seu trabalho de pesquisa tem dois focos: bioterapia contra o câncer, buscando uma forma do sistema imunológico atacar as células cancerígenas, e a resposta do hospedeiro a vírus e outros estímulos inflamatórios.

Após o lançamento das vacinas, Bridle levantou dúvidas sobre elas, questionando o tempo recorde em que foram desenvolvidas, o que segundo ele impediu o estudo de impactos de longo prazo. Também questionou o tempo de intervalo entre as aplicações de doses das vacinas da Pfizer e da Moderna.

Enviamos perguntas para Bridle por e-mail, e na sequência chegou uma resposta automática. Nela, o pesquisador afirma que mesmo em seu local de trabalho está sendo alvo de ataques após a entrevista para o podcast On Point, e indica um relatório curto escrito por ele mesmo para a Canadian Covid Care Alliance, entidade que diz ser ‘uma aliança de médicos canadenses independentes tentando reduzir hospitalizações e salvar vidas através da ciência baseada em evidências’. Apesar disso, a CCCA publicou um vídeo de um médico defendendo o uso da ivermectina como tratamento contra a covid-19 e diz estar filiada a duas outras organizações que pedem o uso do medicamento, ineficaz contra o coronavírus.

No relatório escrito por Bridle, o pesquisador cita estudos que apontariam a presença da proteína spike no sangue e riscos trazidos por ela e pede mais pesquisas. Também apela para que crianças e adolescentes não sejam vacinados com os produtos da Pfizer/Biontech e da Moderna.

Bridle afirma que um estudo mostrou que a proteína Spike, aplicada pela vacina da Moderna, foi encontrada no corpo de jovens até 28 dias após a vacinação. A pesquisa, que é um manuscrito e ainda não foi revisada por pares, identifica que a presença de antígenos (como a proteína Spike) cai conforme aumenta a presença de anticorpos. Ou seja, que a vacina é eficaz ao gerar resposta imunológica.

Além disso, é falso que a proteína Spike tenha sido encontrada 28 dias após a vacinação. Na verdade, dos 13 participantes, 12 não tinham nenhum antígeno no corpo mesmo após a segunda dose. Apenas um deles apresentou a proteína Spike no dia 29 – isto é, no dia seguinte à segunda dose – que foi eliminada dois dias depois.

A outra pesquisa citada por Bridle é uma revisão literária que relaciona a proteína Spike com quadro de hipertensão arterial pulmonar. Ela foi publicada no MDPI, periódico que recebe críticas pela baixa qualidade da revisão de seus artigos.

Coágulo no sangue

Depois que um imunizante começa a ser aplicado na população, permanece sob observação dos órgãos reguladores para detectar eventos adversos muito raros que não seria possível de serem observados em estudos clínicos. Alguns casos de coágulos pós-vacinação com as vacinas da Astrazeneca, na Europa, e da Johnson & Johnson, nos Estados Unidos, levaram à suspensão temporária de sua aplicação até que os casos fossem averiguados.

Em março, alguns países europeus suspenderam temporariamente a aplicação da vacina da Astrazeneca após dezenas de relatos de coágulos no sangue pós-vacinação. A suspensão foi feita enquanto se averiguava a possível relação com o imunizante. Após investigação, a Agência Europeia de Medicamentos concluiu que os coágulos deveriam ser considerados ‘efeitos colaterais muito raros da vacina’. Mesmo assim, a EMA disse que os benefícios conhecidos da vacina superam os riscos conhecidos, por isso manteve a recomendação de aplicação do imunizante. Até abril, 19 pessoas haviam morrido por essa causa dentre os 20 milhões de vacinados. Ou seja, a ocorrência desse evento adverso grave era de 1 a cada 1 milhão de vacinados.

Situação parecida ocorreu nos Estados Unidos. Após a aparição de seis casos de coágulos, a agência regulatória FDA determinou a suspensão temporária da aplicação do imunizante da Johnson & Johnson. Após a análise caso a caso, concluiu-se que os coágulos também são um efeito adverso ‘extremamente raro’ desta vacina. Até 13 de abril, 6 casos foram observados dentre os mais de 6,8 milhões de doses aplicadas – ocorrência de menos de 1 a cada 1 milhão. A FDA manteve a consideração de que a vacina é segura e protege contra o coronavírus, por isso determinou a retomada de seu uso.

Tanto as vacinas da Astrazeneca/Oxford quanto a da Johnson & Johnson possuem tecnologia de adenovírus. Elas utilizam um vírus incapaz de infectar os seres humanos (chamado adenovírus), modificado geneticamente para conter a proteína Spike, característica do SARS-CoV-2. Assim, quando o corpo for infectado pelo coronavírus, ele será identificado e combatido por causa dessa proteína.

Até o momento, não houve casos de coágulos envolvendo vacinas de mRNA, caso da Pfizer e da Moderna.

Problemas cardiovasculares na covid-19

Como vimos acima, problemas de coágulos e trombose em vacinados são extremamente raros e foram observados em 1 a cada 1 milhão de vacinados (0,0001%). Por isso, as agências regulatórias consideraram que os benefícios conhecidos da vacina superam os seus riscos conhecidos.

Para se fazer uma comparação, um estudo pequeno publicado no jornal científico Jama Cardiology monitorou os efeitos da covid-19 em cem pacientes dois meses após a cura. 78% deles ainda tinham anomalias cardíacas e 60% foram diagnosticados com inflamação do músculo cardíaco. Ou seja, a possibilidade de desenvolver problemas cardiovasculares é muito maior sendo infectado pelo coronavírus do que tomando as vacinas atualmente aprovadas.

Isso ocorre porque a covid-19 causa uma intensa atividade inflamatória em todo o organismo, o que está intimamente ligado ao surgimento de doenças do coração, explica Celso Amadeo, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. ‘A covid-19 pode provocar efeitos imediatos sobre o coração, como a miocardite, ou efeitos mais tardios como atividade trombótica, levando ao desenvolvimento de quadros de arritmia, insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana.’

O médico canadense Byram W. Bridle cita uma pesquisa, de setembro de 2020, que relaciona os problemas cardiovasculares especificamente com a proteína Spike. O estudo, no entanto, traz a observação de que ainda era preciso mais pesquisas e investigações para se comprovar esta teoria.

Amadeo diz que essa hipótese é discutida, mas que ainda não foi bem esclarecida. ‘O que está bem esclarecido é o ‘estrago’ que esse vírus faz no sistema cardiovascular’, falou. Por isso, ele reforça a recomendação para que todas as pessoas elegíveis se vacinem.

‘Mesmo quando questionamos as vacinas mais modernas, como a da Pfizer, temos que olhar os dados. Ela tem 98% de proteção contra a infecção. Então, não há argumento. Independentemente da proteína Spike, eu olho as evidências. E elas mostram que as vacinas são bastante efetivas na proteção’, aconselha.

POR QUE INVESTIGAMOS?

Em sua quarta fase, o Comprova verifica conteúdos suspeitos sobre políticas públicas do governo federal e a pandemia de covid-19 que se tornaram virais nas redes e aplicativos de mensagens. O texto do blog Estudos Nacionais recebeu 3,3 mil compartilhamentos e 3,3 mil reações no Facebook. Um tuíte com link para o texto recebeu 7,5 mil interações.

A pandemia de coronavírus traz muitas dúvidas para a população e isso facilita a disseminação de conteúdos falsos ou imprecisos sobre o novo coronavírus. Além disso, a covid-19 também trouxe muito medo, sentimento que pode ser instrumentalizado no ambiente politizado em que vivemos.

As vacinas são a principal estratégia atualmente disponível para controle da pandemia e a desinformação sobre os imunizantes enfraquece os esforços de autoridades de saúde. O Comprova já mostrou ser falso que vacinas causariam câncer, danos genéticos e até ‘homossexualismo’.

O Boatos.org também checou a desinformação verificada neste texto.

Falso, para o Comprova, é conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma mentira.

Fonte: A Gazeta Online ES

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Alzheimer vive época de desafios e avanços

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Desde sua descoberta, em 1906, a doença de Alzheimer é um desafio. Na semana passada, o anúncio de que a Food And Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos que regula o uso de medicamentos, aprovou uma nova medicação para a doença trouxe à tona o esforço de pesquisadores, ao longo de mais de um século, para tentar atacar o quadro pela raiz e as tecnologias para fazer o diagnóstico precoce.

O uso do exame PET-CT (da sigla em inglês Tomografia por Emissão de Pósitrons), utilizado em pacientes com câncer, está começando a ser usado no País, mas em um número restrito de pessoas e ainda não é um procedimento gratuito, tendo em vista o alto custo por causa dos insumos importados. A proposta é encontrar a proteína beta-amiloide no cérebro, cuja deposição no órgão comprova a presença da doença.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que há 1,4 milhão de pessoas com a doença e que 55 mil novos casos ocorrem por ano. “A doença é caracterizada por alguns achados e um deles são placas senis no interior do cérebro, constituídas por proteínas anômalas. Quando existe um depósito em excesso no cérebro, é um dos constituintes associados para a demência de Alzheimer”, explica Carlos Alberto Buchpiguel, professor titular do Departamento de Radiologia e Oncologia e Diretor da Divisão de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InRad-HCFMUSP).

O InRad realiza o exame que é capaz de evitar procedimentos invasivos, como a coleta do liquor (por meio de punção lombar). “Sem muita agressão, detecta se o paciente expressa a proteína em grande quantidade no cérebro. Se for negativo, afasta totalmente o diagnóstico.”

O composto que aponta o acúmulo da proteína foi desenvolvido no instituto com base em um marcador usado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. “A gente ainda tem uma avenida a percorrer para mostrar com muita transparência que está conseguindo reverter ou curá-la (a doença), mas temos de usar todos os recursos para detecção precoce para reverter a história progressiva da doença e para ver se conquistamos o controle do Alzheimer”, diz Buchpiguel.

A expectativa, segundo ele, é de que a técnica, que já é utilizada nos Estados Unidos, no Japão, na China e em países da Europa, se torne mais acessível no futuro. Mesmo assim, a indicação deve ser após triagem de especialistas, como neurologistas, geriatras e psiquiatras.

Em fevereiro deste ano, um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou a eficácia da combinação de um algoritmo computacional com a eletrencefalografia, exame de baixo custo, para o diagnóstico da doença. O achado foi publicado na revista científica Plos One.

Outra expectativa é de que exames de sangue sejam capazes de auxiliar no diagnóstico. No ano passado, um estudo liderado pela Universidade de Lund, na Suécia, observou a proteína P-tau-27, presente no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, e constatou que os níveis aumentam nas fases iniciais da doença. Os pesquisadores estimam que seria possível detectar mudanças no cérebro até 20 anos antes do aparecimento dos sintomas.

Tratamento. Geriatra e diretora científica da ABRAz, Carla Núbia Borges diz que, ao longo da história, pesquisadores buscaram meios de frear o avanço da doença. No entanto, as medicações desenvolvidas atuavam apenas nos sintomas da doença já instalada, incluindo registros de desorientação, falhas de memória, alterações comportamentais, cognitivas e de linguagem, irritabilidade, depressão e perda da autonomia. “Depois do descobrimento, tivemos um gap em pesquisas e medicamentos. A primeira foi a tacrina e isso tem quase 30 anos; porém, tem muitos efeitos colaterais. Surgiram outros medicamentos, mas que têm a função de atuar nos sintomas.”

A medicação aducanumabe, fabricada pela Biogen Inc, que teve aprovação acelerada pela FDA, ainda não tem previsão de chegar ao Brasil, segundo a empresa. Mas foi submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano.

Christiane Machado, geriatra e diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), diz que a questão ainda é muito polêmica, pois a droga foi liberada ainda precisando entregar um estudo que comprove eficácia. “Isso diante de uma doença que não tem controle e progride. Quem concordar vai assumir os riscos. É um dilema ético e ainda vai ter muita discussão. A gente está no caminho do mecanismo de ação da doença, mas é preciso muita cautela.” Segundo Christiane, este tratamento ainda está “muito longe da nossa realidade” no Brasil.

Gerente geral da Biogen Brasil, Tatiana Marante afirma que a aprovação no País ainda pode abrir caminho para avanços no tratamento da doença. “Acreditamos que a aprovação do aducanumabe será um catalisador para os novos progressos científicos, críticos no enfrentamento da complexa doença de Alzheimer. Foi exatamente assim que o HIV/aids e muitas formas de câncer foram alteradas de doenças intratáveis para condições com opções terapêuticas viáveis.”

Fonte: A Crítica de Campo Grande

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Inflação perto de 7% pressiona Selic

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Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana, marcada para amanhã e quarta-feira, o Banco Central deverá elevar a taxa básica da economia (Selic), dos atuais 3,5% para 4,25%, conforme as previsõesdo mercado e a própria sinalização do BC. Contudo, com a disparada recente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo 0,83% em maio — a maior taxa para o mês em 25 anos — as previsões recentes admitem que a inflação oficial poderá fechar o ano perto de 7%. Analistas ouvidos pelo Correio apostam que o BC ficará mais rigoroso e não interromperá o ciclo de alta dos juros, iniciado em março, como vinha prometendo.

As previsões para a inflação de 2022 também estão sendo corrigidas para cima e ficam cada vez mais próximas do teto de 5% do ano que vem. Resta saber como a instituição monetária vai fazer esse comunicado para o mercado na semana que vem, pois o BC vinha insistindo na tese de que o choque de preços era temporário.

Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, aposta que os integrantes do Copom devem abandonar o discurso de inflação temporária e da estratégia de normalização parcial da taxa de juros, que vinha insistindo nas reuniões anteriores. “Mas eles não devem mudar o discurso de imediato. Pode ser que passem a reconhecer que a normalização parcial não é um compromisso”, aposta ela que, desde março, vinha apostando que a Selic encerrará o ano em 6,5%, no limite para a taxa de juros neutra prevista pelo mercado.

“A inflação está muito elevada devido à inércia, provocada enquanto o discurso for esse de que os choques nos preços são temporários. Cabe ao BC apresentar um cenário básico de que a política monetária continuará estimulativa. Mas o IPCA de maio mais forte é um número que poderá fazer com que o BC comece a mudar o discurso aos poucos, porque ele vai precisar se preocupar mais com a inflação do ano que vem. As estimativas já estão subindo e encostando no teto da meta”, acrescenta.

Pelas novas projeções do Credit Suisse, o IPCA deverá encerrar o 2021 em 6,3%, passando para 4,5%, em 2022, com o PIB crescendo 5,5%, neste ano, e depois desacelerando para 2,5% no ano que vem. “Parece que o BC está mais propenso em manter uma política estimulativa neste ano, mas, diante da alta da inflação, mantê-la será mais desafiador”, afirma Solange Srour. Segundo ela, os riscos da inflação em 2022 permanecem elevados em função da inércia e da provável alta dos preços de energia que deverão continuar lá em cima por conta da crise hídrica.

A analista ainda alerta para outros riscos que não podem ser ignorados, como uma terceira onda da pandemia. “O número diário de casos e internações manteve-se elevado no país, enquanto a mobilidade social segue uma tendência de alta que pode desencadear outra onda de infecções, como ocorreu no Chile, onde o percentual da população vacinada ainda não foi suficiente para aliviar a pandemia”, destaca. “Apesar de o risco de uma terceira onda de infecções ser elevado, acreditamos que seu impacto sobre a atividade econômica seria mínimo, e que o efeito mais negativo poderia cair nas contas públicas como resultado de maiores benefícios sociais e incentivos setoriais”, completa.

Futuro da metaLuiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e CEO sócio da gestora de recursos Mauá Capital, também reconhece que a inflação está incomodando mais do que o esperado e lembra que ela continua sendo mais pressionada por pressões vindas do exterior, via commodities e petróleo, “além do choque adicional da energia, resultado da maior seca desde 1980”. Para ele, a instituição monetária deu sinais de que está preocupada com os riscos de a inflação alta não ser temporária.

“O BC está elevando os juros em ritmo acelerado de 0,75 ponto para se aproximar da taxa de juros neutra e controlar esse cenário de inflação mais alta”, afirma. Pelas estimativas dele, o IPCA deverá encerrar o ano em 6%. “O Banco Central deverá continuar o aperto monetário, a dúvida é se ele vai de uma vez ou vai dar uma parada técnica, como vem sinalizando”, destaca Luiz Fernando Figueiredo, que prevê a Selic encerrando o ano entre 6% e 6,25%.

Na avaliação da economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), para não ter que continuar elevando a Selic no ano que vem diante desse cenário de inflação cada vez mais elevada, o governo poderá partir para a mudança da meta de inflação de 2022 para evitar o risco de estourar o teto por dois anos consecutivos, algo que nunca ocorreu desde 2002 e 2003. “Acho que vai ser a forma de o governo evitar uma alta mais forte nos juros e buscar conviver com uma inflação mais alta e todos os seus riscos”, avalia.

A meta de inflação deste ano é de 3,75%, com teto de 5,25%. Mas esse objetivo vem seguindo uma curva descendente desde 2019, passando para 3,5% no ano de 2022, com teto de 5%. “Os choques de preços são mais permanentes e podem aumentar quando o setor de serviços começar a se recuperar devido aos repasses de custos que serão inevitáveis e deverá pressionar o IPCA, que, pela nova metodologia, é mais impactado por serviços prestados às famílias do que por alimentação”, afirma. “Essa inflação mais alta está contaminando o regime de metas e a ‘prova do pudim’ do governo será fazer a economia crescer e manter a inflação dentro da meta”, complementa a economista do Ibre.

Silvia Matos destaca ainda que o choque de inflação recente é preocupante, especialmente porque a alta dos preços dos itens não está relacionada diretamente com o setor de serviços. E, portanto, quando houver uma onda de reajustes desse setor — que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia –, as pressões inflacionárias não devem arrefecer tão facilmente.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por sua vez, alerta para os riscos da atividade com juros mais elevados. “O crescimento econômico deste ano está contratado, o que é bom para o governo. Mas a inflação mais alta vai fazer o Banco Central aumentar a Selic, que pode chegar a 6% neste ano, e isso poderá criar um problema para o crescimento da economia no ano que vem”, afirma o ex-diretor do BC.

Fonte: Correio Braziliense

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Questão fiscal preocupa

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Um consenso entre os especialistas é de que o Brasil não pode se dar ao luxo de conviver com preços em forte alta, dado o histórico de hiperinflação da década de 1980 e o quadro fiscal ainda muito frágil. As contas do governo federal estão no vermelho desde 2014 e a dívida pública bruta do país é muito elevada se comparada com a média de países emergentes — de 60% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco Alfa, avalia que, se tudo correr bem, “a sensação de crescimento com a reabertura da economia vai acontecer ao mesmo tempo em que a inflação vai estar em desaceleração”. “Basta ver se o governo vai saber capitalizar isso”, frisa. Ele, contudo, também demonstra preocupação com a questão fiscal, já que o presidente Jair Bolsonaro poderá gastar mais no ano que vem. “Tudo vai depender de onde ele vai gastar mais. Se for com obras, que é gasto discricionário, não tem problema ou mesmo com um Bolsa Família turbinado, porque é híbrido. O problema é se for com aumentos de salários que são gastos obrigatórios”.

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Caso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 8,5% no acumulado em 12 meses até junho deste ano, como prevê o Credit Suisse, o limite para as despesas sujeitas ao teto gastos de 2022 terá um aumento de R$ 126 bilhões, passando dos atuais R$ 1,485 trilhão para R$ 1,611 trilhão. Margem extraNo entanto, analistas lembram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para os mais pobres e que corrige o salário mínimo pago pelas aposentadorias, poderá ficar em torno de 8%, bem acima das estimativas anteriores, de 5% a 5,5%. “Com isso, a margem extra para o governo poder gastar mais no ano que vem, devido ao teto de gastos maior, não será tão grande quanto se espera inicialmente”, alerta Silvia Matos, pesquisadora sênior e coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Na avaliação da economista do Ibre, a margem do governo para gastar mais com as despesas dentro do teto no ano que vem deverá ser menor do que os R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões que vinham sendo estimados inicialmente. Ela ainda demonstra preocupação com o fato de que há um afrouxamento nas preocupações do mercado e de parlamentares em relação aos riscos fiscais neste ano com a possibilidade de queda da dívida bruta para 85% do PIB. Além disso, alerta para os riscos de um espaço do teto para o governo poder gastar mais no ano que vem. “Os políticos vão querer fazer o governo gastar mais com a chance de o aumento do teto ser maior em pleno ano eleitoral. Mas o deficit continua elevado e parece que todo mundo esqueceu que as contas públicas estão no vermelho desde 2014 e que é preciso que o governo volte a fazer superavit primário”, afirma. (RH)

Fonte: Correio Braziliense

Anvisa decide sobre validade da vacina da Janssen

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Apostando na expertise em realizar campanhas de imunização em tempo recorde, estratégia empoeirada pela escassez de vacinas contra a covid-19 para colocar a engrenagem para rodar, o governo federal recebe amanhã 3 milhões de doses da Janssen, com vencimento para o dia 27 de junho. As vacinas ainda precisarão passar 48 horas no Centro de Logística, para, então, serem distribuídas para as capitais. A força-tarefa terá praticamente 10 dias para aplicar todas as doses, que atenderão três milhões de brasileiros, já que o esquema vacinal da Janssen prevê apenas uma aplicação.

Existe a possibilidade de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogar nos próximos dias o prazo de validade em até seis semanas, como fez a FDA (US Food and Drug Administration, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos), que aumentou a data de vencimento de 12 para 18 semanas.  Caberá à Diretoria Colegiada da Anvisa decidir sobre o assunto, em reunião nesta semana. Na sexta-feira, representantes da farmacêutica Janssen se reuniram para discutir o pedido de extensão. “A equipe da Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa esclareceu dúvidas e se comprometeu a finalizar a análise das informações apresentadas pela Janssen o mais breve possível”, garantiu a agência.

Em um cenário em que há escassez de insumo e muita gente que ainda não foi vacinada, o fator dose única é uma vantagem importante. Apesar de o imunizante estar liberado no Brasil desde março, para uso emergencial, esta será a primeira remessa a chegar no país e ficará restrita às capitais dos estados. Isso em razão da necessidade de aplicar as doses antes do fim do prazo de validade. “Assim, temos mais agilidade em entregar essas doses à população brasileira”, explicou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmando ser uma “questão de logística”.

Caso haja prorrogação, o prazo de validade das doses do imunizante produzido pelo grupo Johnson & Johnson pode ser estendido até 8 de agosto. O lote antecipado faz parte de um contrato que prevê 38 milhões de vacinas entregues ao país até dezembro. A primeira remessa estava prevista para chegar em solo brasileiro somente em julho. O ministro da Saúde informou ainda que houve um desconto de 25% no valor dos imunizantes e que o pagamento acontecerá apenas pelas doses, de fato, aplicadas.

Ad26.COV2-SFabricante: Janssen (Estados Unidos)Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicanteTipo de aprovação: EmergencialQuantidade de doses: UmaArmazenamento: Pode ficar em geladeira comum por até três mesesTaxa de eficácia: Nos estudos, variou entre 66% e 85%

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/queiroga-anuncia-chegada-de-3-milhoes-de-doses-da-vacina-janssen/

Grupo DPSP inova com plataforma de telessaúde

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Telemedicina ganhará força após pandemia da Covid-19

O varejo farmacêutico brasileiro redobra a aposta na telessaúde. Com o objetivo de ampliar o seu hub de serviços, o Grupo DPSP anuncia uma parceria com a Docpass, plataforma que disponibiliza consultas médicas online aos clientes da Drogarias Pacheco e da Drogaria São Paulo. A startup iniciou operações no fim do ano passado com a proposta de democratizar o acesso à telemedicina.

O portal conta com mais de 30 especialidades médicas e o serviço está disponível 24 horas e sete dias da semana. Ao todo, já são mais de 200 médicos cadastrados na plataforma. Os clientes das duas redes têm desconto de 20% para consultas com um clínico geral e de 10% para outras especialidades. O atendimento custa a partir de R$ 63 e pode ser solicitado pelo site https://portaldeservicos.dpsp.io/.

“A consulta online representa um recurso para o paciente que não quer sair do conforto do seu lar ou não pode ir até um hospital. É uma jornada que complementa todos os serviços de saúde e bem-estar que já temos em nossas lojas”, comenta Maria de Lemos, gerente de serviços e projetos de saúde do Grupo DPSP.

As especialidades disponíveis incluem clínica geral, pediatria, cardiologia, ginecologia/obstetrícia, pneumologia, nutricionista, psicólogo e psiquiatria. O pagamento pode ser feito via cartão de crédito e débito diretamente na plataforma. Após a consulta on-line, o paciente poderá utilizar o portal de prescrição eletrônica da DPSP para anexar o receituário médico. A prescrição ficará disponível para a finalização da compra nos canais virtuais e também nas lojas físicas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Dimed arrecada mais de seis toneladas de alimentos para entidades carentes

Mais de seis toneladas de alimentos. Este foi o resultado da Gincana Bem Solidária, realizada internamente pelo Grupo Dimed em benefício de entidades sociais. Concluída na última sexta-feira (11/6), a programação ocorreu ao longo de um mês, mobilizando diferentes áreas da companhia que competiram entre si. A disputada solidária teve como objetivo arrecadar o maior volume possível de alimentos não perecíveis.

Todos os donativos foram reunidos, conferidos e pesados durante a cerimônia de encerramento, realizada na sede da empresa em Eldorado do Sul. Os alimentos serão distribuídos ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do próprio Município, além do Abrigo Menino Jesus de Praga e da Associação de Cegos Louis Braille (Acelb), ambos de Porto Alegre. A entrega ocorrerá nos próximos dias.

Idealizadora da ação, a Diretora de Pessoas, Cultura e Sustentabilidade do Grupo Dimed, Maria Schneider, disse que o engajamento dos profissionais e setores ultrapassou as expectativas. “A ideia era levantar cerca de uma tonelada de alimentos, mas acabamos fazendo seis vezes mais. Foi uma competitividade extremamente positiva que muito nos enche de orgulho e que agora irá ajudar a quem mais precisa”.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Bayer espera aval para medicamento contra hemofilia no SUS

Adib Jacob 1

A Bayer espera ainda este mês a aprovação de seu primeiro medicamento contra hemofilia A na rede pública de saúde. O novo fármaco está em fase de consulta no Conitec, comissão responsável por avaliar incorporações de tecnologias e tratamentos inovadores no Sistema Único de Saúde (SUS).

O medicamento foi aprovado pela Anvisa e desde o fim de 2020 está em análise pela comissão. Atualmente, estima-se que 13 mil pacientes estejam em tratamento contra a doença por meio do sistema público.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da divisão farmacêutica da Bayer no Brasil, Adib Jacob, ressaltou que o remédio traz um fator de reposição de longa duração, uma alternativa que reduz a quantidade de infusões feitas no paciente por semana. Na droga usada hoje no SUS, essas aplicações são realizadas quase que diariamente.

Ainda segundo o executivo, o medicamento é um dos dez lançamentos inovadores que a farmacêutica projeta inserir no mercado brasileiro até 2022. Um dos produtos esperados trata mais de 20 tipos de câncer. A companhia também mira esforços nas áreas de cardiologia, oftalmologia e saúde feminina.

Em 2020, o faturamento da Bayer com medicamentos de prescrição aumentou 8% e chegou a R$ 2,1 bilhões. A projeção é crescer 14% neste ano.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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