Liberados pela Anvisa, hospitais em MS seguem sem medicamentos para tratamento da Covid

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Com lista de seis medicamentos autorizados para uso em tratamento contra a Covid no país, nenhum ainda foi incorporado pelos hospitais em Mato Grosso do Sul. Com valores altos, há medicamentos que chegam a custar R$ 17 mil e como são usados em casos específicos, os hospitais não aderiram ao uso.

Atualmente, MS tem 138 leitos de UTI para tratar pacientes com coronavírus em estado grave. A taxa atual de ocupação é de menos de 25%, ou seja, 34 pessoas contaminadas estão internadas no Estado. Com a baixa taxa de internação e o aumento da vacinação, os hospitais afirmam que seguem monitorando a necessidade dos medicamentos para a terapia da doença.

A Santa Casa de Campo Grande afirmou que nenhum dos seis medicamentos liberados pela Anvisa integram o quadro de remédios da farmácia da instituição.

‘Conforme informado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa, a instituição não chegou a adquirir nenhuma dessas medicações citadas, ou seja, elas não fizeram parte das terapêuticas utilizadas nos pacientes em tratamento da COVID-19 na Santa Casa durante a pandemia’, disse em nota.

Sem demanda nos hospitais

A Unimed disse que no hospital da cooperativa em Campo Grande adquire os medicamentos de acordo com a necessidade, demanda ou prescrição médica. E reforçou que a vacinação tem sido grande aliada na redução de pacientes em estado grave.

‘Em relação ao tratamento de nossos pacientes, reforçamos que a Unimed CG segue todas as orientações e protocolos do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e demais órgãos oficiais de saúde, visando prestar assistência de alta qualidade e com total segurança aos seus beneficiários’, disse.

A Cassems (Caixa dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) disse em nota que a junta médica segue monitorando a necessidade de terapias, mas que ainda não houve a necessidade.

‘Caso surja a necessidade, a gestão da unidade hospitalar avaliará a possibilidade de incorporar ou não novas substâncias em seu arsenal medicamentoso, de acordo com a prescrição dos médicos especialistas. A Cassems continua acompanhando a necessidade de utilização de medicamentos para tratamento da Covid-19′, disse em trecho de posicionamento.

A reportagem acionou o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), mas até o fechamento desta matéria, não havia se posicionado.

Veja quais são os medicamentos liberados no Brasil:

Rendesivir, do laboratório Gilead: antiviral injetado, indicado apenas para pacientes com pneumonia que precisam de oxigênio extra para ajudá-los a respirar, mas que não estejam sob ventilação artificial.

Regkirona, anticorpo monoclonal da Celltrion Healthcare: a indicação é somente para pessoas com covid leve ou moderada, sem necessidade de suplementação de oxigênio, com alto risco para progressão da doença.

Banlanivimabe e etesevimab, anticorpos da farmacêutica Eli Lilly: a orientação é apenas para pacientes com formas leve a moderada da doença, com alto risco de piora do quadro.

Baricitinibe, também da Eli Lilly: indicado para pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.

Regen-Covi (casirivimabe e imdevimabe), anticorpos monoclonais das farmacêuticas Regeneron e Roche: para quadros leves e moderados de covid-19, com alto risco de progredir para formas graves da doença.

Sotrovimabe, da empresa GlaxoSmithKline: orientação é para caso de leve a moderado em pacientes que estão em risco de progressão para o estágio grave da doença.

Paraguai libera medicamento nas farmácias

O Paraguai liberou a venda do medicamento molnupiravir, usado no tratamento da Covid-19 e remédio já pode ser encontrado nas farmácias paraguaias. Na fronteira com o território paraguaio, os moradores de Mato Grosso do Sul poderiam ter acesso ao remédio atravessando a divisa, mas de acordo com o CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia), a importação pode ser considerada um crime.

No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu o pedido para uso emergencial da pílula da fabricante americana, Merck Sharp amp;amp; Dohme. No entanto, ainda não foi definida a liberação do medicamento em solo brasileiro, pois é estipulado um mês para a aprovação.

Com a incerteza do medicamento nas farmácias brasileiras, o cidadão que procurar comprar o molnupiravir, em Pedro Juan Caballero, por exemplo, pode enfrentar sanções. Assim como donos de farmácias que, eventualmente, forem flagrados vendendo o remédio.

Conforme o presidente do CRF-MS, Flávio Shinzato, o molnupiravir ainda não tem legalidade no Brasil e quem for pego comercializando o remédio poderá sofrer penalidades no meio civil, sanitário e ético.

‘Este é um medicamento que não está regulamentado no Brasil, logo se torna uma droga não lícita. De acordo com as leis brasileiras, um profissional que for pego comercializando produtos em estabelecimento em solo brasileiro sem registro, fica sujeito às infrações sanitárias e ainda responde criminalmente’, explicou.

Mas se um morador quiser comprar o medicamento em solo paraguaio? Flávio explica que até mesmo um cidadão comum pode enfrentar ‘dores de cabeça’ caso compre o remédio e importe para o lado brasileiro da fronteira.

‘Se esse mesmo medicamento for comprado por um cidadão comum, ele pode estar cometendo um crime. Ele não tem amparo legal e também não tem amparo se esse medicamento tiver comprometido a sua saúde. Se consumir em solo paraguaio, ele assume que consuma um medicamento cuja sem registro no Brasil e não tenha amparo’, orientou.

Fonte: Edição de Notícias


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Vacina da Janssen pode ser usada como dose de reforço, diz EMA

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A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) afirmou nesta quarta-feira (15) que a vacina anti-Covid da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, pode ser utilizada como dose de reforço, respeitado o prazo de dois meses após a primeira dose

Fonte: Economia em pauta


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Com Amazon, Ceará prevê atrair e ampliar cerca de 20 centros de distribuição em 2022 – Negócios – As Noticias de Hoje

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Após a vinda da Amazon em outubro deste ano, novos centros de distribuição (CDs) devem chegar ao Ceará em 2022. Segundo o secretário executivo do Comércio, Serviço e Inovação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Julio Cavalcante, o Estado está em negociação para a chegada ou ampliação de cerca de 20 complexos logísticos no ano que vem.

Conforme dados da Sedet, os maiores empreendimentos do Ceará geram aproximadamente 4,6 mil empregos diretos.

De acordo com Cavalcante, o governo tem tomado uma postura ativa para atrair empresas de outros estados e multinacionais para o Ceará, no momento em que o Nordeste se mostra como uma região potencial para expansão de negócios. A atração de centros de distribuição também é importante para a geração de emprego local.

Com o avanço do e-commerce, os centros de distribuição se tornaram estruturas ainda mais importantes para que as empresas possam chegar aos clientes de forma mais rápida.

Para o secretário, a chegada da Amazon no Estado deve atrair concorrentes para o Estado, na corrida de entregar produtos o mais rápido possível aos consumidores. Ele afirma também que a Sedet está em conversa com grandes players do mercado que devem instalar estruturas semelhantes a partir do ano que vem.

‘Na hora que a Amazon vem para o Ceará, o concorrente, que também queremos atrair, também fica com interesse maior de vir ao Ceará. A gente tem buscado atrair empresas que estejam nos setores priorizados, como logística, tecnologia da informação, cadeia da saúde’, destaca.

A pandemia acelerou uma mudança de consumo que já ocorria em passos mais lentos. As medidas de isolamento social forçaram o fechamento de lojas presenciais, tornando o online a única forma de realizar compras.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon), Ricardo Coimbra, explica que os centros de distribuição se tornaram ainda mais relevantes para as empresas neste momento. Sem o cliente ter como ir à loja, ter CDs espalhados no país foi uma estratégia para bater à porta do consumidor.

Como o mecanismo de comercialização está muito forte no e-commerce, os estoques não estão tanto nas lojas físicas. Como parte significativa das compras é feita pela internet, fica mais rápido e barato [ter CDs]

Ricardo Coimbra

presidente do Corecon-CE

É o que também aponta Julio Cavalcante. ‘Os CDs, ainda mais em um país continental como o Brasil, facilitam o serviço aos consumidores. Não adianta ter CD só em São Paulo e Rio de Janeiro se tem um grande contingente de pessoas no Nordeste’, diz.

Com as empresas migrando ou se fortalecendo no digital, apenas estar online não é o suficiente. O mesmo produto pode ser encontrado pelo cliente em diversos sites diferentes e em preços semelhantes e, neste momento, o diferencial competitivo é o tempo de entrega.

O gerente divisional de logística para o Nordeste, Norte e Centro-Oeste da Magazine Luiza, Antonio Paiva, conta que a empresa já realizou duas expansões no centro de distribuição no Ceará, sendo uma delas em 2021. Tudo com o objetivo de chegar mais rápido até o cliente.

A Magazine Luiza conta com CD no Ceará desde 2011, quando adquiriu a Lojas Maia e absorveu a estrutura de 7 mil metros quadrados (m²) da empresa. O espaço teve expansão para 19 mil m² em 2019 e para 21 mil m² em 2021.

‘O Magalu tem o lema de ser a entrega mais rápida do Brasil. Quanto mais perto do cliente, mais rápida a entrega. Ter o CD no Ceará é importante para o cliente do Ceará ter o produto entregue mais rápido até ele’, coloca.

A Via, responsável pelas bandeiras Casas Bahia e Ponto, tem centro de distribuição no Estado desde 2015 e também realizou em maio deste ano expansão de 60% da capacidade para acelerar o tempo de entrega.

‘Eu preciso ter estoque próximo para conseguir oferecer mercadorias em prazo para o cliente, [sem o CD] teria esse prazo de entrega estendido porque teria que vir de outra localidade’, reforça o diretor executivo de logística da Via, Fernando Gasparini.

Também em plena expansão, a RaiaDrogasil inaugurou um CD no Estado para possibilitar o abastecimento pleno de todas as farmácias – estabelecimentos que permaneceram aberto mesmo durante a pandemia.

Conforme o diretor-adjunto de operações do centro de distribuição da empresa, César Silveira Anicet Junior, mensalmente, 4 milhões de produtos passam pela estrutura no Ceará.

‘O objetivo do CD é aproximar os estoques de produtos e medicamentos dos clientes, mantendo as farmácias sempre abastecidas. Estamos sempre trabalhando para abastecer nossas farmácias com rapidez e eficiência’, evidencia.

Para além do Sul e Sudeste, o Nordeste se mostra para as empresas como uma região estratégica para expandir operações. É o que percebe o diretor de operações da Amazon Brasil, Ricardo Pagani.

A multinacional já tinha centro de distribuição na Bahia e em Pernambuco antes de inaugurar a estrutura no Ceará.

A região é de extrema importância para a Amazon, tanto que inauguramos o nosso terceiro centro no Nordeste e o segundo nos últimos meses de 2021. O intuito da nova operação é aumentar a capilaridade logística da empresa no Brasil, melhorando a experiência dos clientes, por meio da maior quantidade e reduzindo o tempo de entrega em nível nacional

Ricardo Pagani

diretor de operações da Amazon Brasil

Em nota, a Americanas também chamou atenção para o potencial de crescimento de negócios na região. A empresa possui um centro de distribuição no Ceará desde outubro de 2020 e o espaço teve expansão de 60% ainda em 2021.

‘O Nordeste é uma das regiões com maior potencial de vendas do e-commerce brasileiro e a segunda região mais populosa do Brasil, com mais de 57 milhões de habitantes. Essa economia pulsante, somada a estudos sobre o perfil de consumo da população local, direcionou nossos investimentos logísticos na região nos últimos anos, como inauguração e também a ampliação de centros de distribuição’, considera.

Dentro do Nordeste, o Ceará tem algumas vantagens competitivas para sair na frente dos outros oito estados da região. A localização geográfica, o Porto do Pecém, o Aeroporto Internacional de Fortaleza, administrado pela Fraport Brasil, e mesmo o capital humano são alguns pontos que fazem a diferença, conforme Julio Cavalcante.

O fato de termos o Porto do Pecém em crescimento constante, o fato de termos uma costa larga com vários pontos de cabotagem é interessante. A Fraport nos coloca em relevância porque é uma operadora que mexe com carga e nos ajuda a fazer atração de empresas de logística que trabalhem com produtos que têm que ser transportados por avião

Julio Cavalcante

secretário executivo do comercio, serviço e inovação da Sedet

Segundo Ricardo Coimbra, o crescimento econômico do Estado também é visto pelas empresas como sinal de solo fértil para crescimento.

‘O Ceará vem se destacando, a economia do estado do Ceará vem em um ritmo de crescimento maior que o resto do Nordeste. Vem maior que a média de crescimento nacional e da região. Isso acaba sendo um ponto extremamente positivo para a atração desses equipamentos’, diz.

O equilíbrio fiscal possibilita uma maleabilidade maior na hora da concessão de benefícios, o que ajuda na concorrência entre os outros estados. Mas, conforme Julio, essa não é a estratégia mais utilizada no momento da negociação.

‘Os estados tentam dar atrativos e benefícios de redução ou isenção de impostos para atrair. A gente faz, mas não consideramos que esse seja um caminho sustentável, a gente não pode dar benefícios maiores do que outros estados do Nordeste. A gente tem dado ênfase a vantagens mais sustentáveis e uma delas é o posicionamento geográfico’, destaca.

A posição do Estado é estratégica tanto para empresas da América do Norte como da Europa – mais até do que o sudeste do Brasil. Ao mesmo tempo, a malha rodoviária, marítima e aérea possibilita a distribuição para o resto do País de forma facilitada.

Além de terem uma importância logística para as empresas, os centros de distribuição causam uma boa reviravolta na economia local. Conforme o economista, Ricardo Coimbra, os efeitos podem ser percebidos antes mesmo da implantação da estrutura.

‘Há a atração de atividades que possam ser complementares ao CD, empresas que trabalham com prestações de serviço de frete, por exemplo, motoristas. Empresa de manutenção de caminhões, pneus. Cria setores de atividades que são complementares, fortalece novas cadeias ao redor, alimentação, infraestrutura’, contextualiza.

Julio Cavalcante acrescenta que os centros de distribuição são equipamentos importantes para a geração de riqueza, contribuindo inclusive para o crescimento de pequenos negócios. A chegada de empresas de outros estados e países no Ceará está vinculada a investimentos de melhoria em rodovias e na malha marítima e aérea.

O secretário afirma que o impacto positivo dos CDs na economia é um dos motivos de o Estado buscar ativamente empresas que tenham interesse na região.

‘O que a gente tenta fazer é mapear e analisar quais empresas são mais interessantes para vir para o estado do Ceará e tentar ter acesso a pessoas de decisão para mostrar que é importante estar no estado do Ceará’, explica.

Segundo ele, a Sedet mantém conversa com grandes players que demostraram interesse em vir ao estado. Não é possível, contudo, divulgar nomes até o fim da negociação.

Um dos pontos em destaque para a atração de investimentos em complexos logísticos é a geração de empregos. Julio Cavalcante estima que cada centro de distribuição gera, em média, 300 empregos entre diretos e indiretos.

Mas, para além do número, um ponto importante são os valores salariais mais altos. Isso ajuda a melhorar a renda média do Estado e o consumo.

O primeiro emprego do operador de máquinas do CD da Magazine Luiza, Ronaldo Alcântara, de 25 anos, foi em um centro de distribuição. Esse primeiro passo possibilitou uma carreira que o jovem pretende seguir na área da logística.

‘Minha mãe trabalhava na loja e me disse que precisava de funcionário no depósito. Eu comecei como auxiliar, fui para conferente e de conferente para operador de máquinas hoje em dia’, conta.

Ele afirma que percebeu o impacto do e-commerce nas atividades do dia a dia, com o crescimento do CD. Para Ronaldo, ele também teve a oportunidade de crescer.

Originalmente da área de RH, a supervisora de logística da Via, Bárbara Karida, encontrou seu lugar no centro de distribuição quando estava desempregada. Mesmo sem nunca ter pensado em trabalhar com logística, o dia a dia agitado e dinâmico logo virou rotina.

A profissional cresceu rápido, passando de auxiliar de logística para assistente e, ano passado, para supervisora de operações, cargo que ocupa hoje. Mulher, ela fica feliz em estar em uma posição de liderança.

Eu amo trabalhar aqui, como mulher a gente vê que outras empresas têm certo preconceito. Meus gestores me incentivam e me capacitam para eu ser mais do que eu já sou

Bárbara Karida

supervisora de logística da Via

É o que também percebe a gerente de logística do CD da Raiadrogasil Ceará, Pryscila Lemes. Goiana, ela veio para o Ceará assumir o cargo e todos os dias trabalha para que a produção diária de 175 mil unidades chegue nas lojas de seis estados nordestinos no tempo correto e da melhor forma possível.

‘Ser uma gestora mulher dentro desse segmento que predomina a figura masculina, fazer parte disso sendo gestora de um CD no Nordeste me causa muito orgulho’, ressalta.

O movimento de crescimento no número de centros de distribuição no Estado reflete na baixa vacância de condomínios logísticos. De acordo com o CEO da SiiLA – empresa que monitora o mercado imobiliário na América Latina -, Giancarlo Nicastro, a taxa de vacância no Ceará está em 0,33%.

No Ceará, o monitoramento começou em 2018, quando a taxa de vacância era de 6%.

Nicastro explica que o mercado de condomínios logísticos do Estado não é grande, mas é ‘bom’, com baixa rotatividade. A maior procura por condomínios logísticos tem acontecido em todo o País.

‘A pandemia acelerou a forma como se consome grande parte das coisas, hoje se compra até pilha na internet. Coisas que são mais do dia a dia estão migrando para o mercado online. Automaticamente sai das lojas físicas para os imóveis logísticos’, frisa.

A vacância próxima de zero é explicada pela expansão de empresas e a chegada de novas. A Amazon ocupou 30 mil m², 10% de todo o mercado cearense, segundo ele.

Giancarlo detalha que ainda há espaço para crescer, mas as empresas que vierem para o Ceará podem ter de esperar um período de tempo maior para começar a instalação.

‘A gente tem monitorado para o ano que vem mais 50 mil m² que devem ser entregues e até 2025 mais 75 mil m². Tem para onde crescer, tem terrenos, mas não adianta construir tudo de uma vez porque quando tem mais oferta que demanda afeta a rentabilidade dos ativos. Vai indo conforme o mercado vai aceitando’, justifica.

Fonte: As Notícias de Hoje


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EMS conquista prêmios Líderes do Brasil e Líderes Regionais

A EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, é uma das empresas vencedoras da 11ª edição do Prêmio Líderes do Brasil, que reconhece o comprometimento das empresas com o futuro do país. Promovida pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, a premiação é considerada o maior reconhecimento nacional do talento, competência e comprometimento das companhias e líderes que buscam soluções eficazes e sustentáveis para um Brasil melhor.

A cerimônia ocorreu na noite desta segunda-feira (6), em São Paulo, de maneira híbrida (presencial e online) e foi transmitida ao vivo pelas plataformas digitais do LIDE. A edição 2021 contou com 30 categorias de diferentes setores e a EMS levou o troféu no quesito “Saúde: Farmacêutica Brasileira”. O prêmio foi entregue a Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS. “O reconhecimento nos enche de orgulho e reflete nosso empenho em seguir investindo em pesquisa, desenvolvimento e inovação para levar mais acesso à saúde aos brasileiros”, comemora o executivo.

O evento também foi marcado pelas homenagens àqueles que fazem a diferença para o Brasil, trazendo impactos positivos à comunidade. Entre eles, estão os veículos de comunicação que trabalharam contra a disseminação de notícias falsas, no decorrer da pandemia; os institutos científicos; além das lideranças femininas em destaque e figuras reconhecidas pelas suas atuações. Confira mais informações pelo site líder.inc.

Prêmio Lide Campinas

Na última sexta-feira (03/12), a empresa também foi homenageada pelo LIDE Campinas durante o evento Business Dinner Homenagem Especial. A empresa recebeu o Prêmio Líderes Regionais 2021, na categoria “Líderes em Saúde”, em reconhecimento à sua história de superação, engajamento e liderança na macrorregião campineira. A estatueta foi entregue a Josemara Tsuruoka, gerente de Marketing Institucional da EMS, durante um jantar, em Campinas (SP).

“É uma honra sermos reconhecidos mais uma vez por nossa atuação. Nossa presença na Região Metropolitana de Campinas ultrapassa décadas, com uma trajetória escrita com trabalho e pioneirismo. Com apoios sociais, geração de empregos e investimentos em infraestrutura fabril, em pesquisa e em inovação, contribuímos para o crescimento e desenvolvimento regionais, o que é muito gratificante para nós”, destaca a executiva.

A EMS já foi vencedora do Prêmio Líder da RMC, concedido pelo Lide Campinas, nas categorias “Indústria” (2014); “Tecnologia e Inovação” (2015); “Inovação na Saúde” (2017); “Responsabilidade Social” (2018); e “Empresa do Ano? (2019).

Sobre a EMS

A EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado há 15 anos consecutivos, pertence ao Grupo NC. Com 57 anos de história e mais de cinco mil colaboradores, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e hospitalar, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da Medicina. Tem presença no mercado norte-americano com a sua controlada Vero Biotech, localizada em Atlanta, Geórgia (EUA), por meio da qual a EMS obteve em 2019 a aprovação de seu primeiro produto revolucionário, fruto de inovação radical, submetido à FDA (EUA), posicionando o laboratório como uma empresa inovadora no mercado global.

A EMS também investe consistentemente em inovação incremental, em genéricos de alta complexidade e é uma das acionistas da Bionovis, de medicamentos biotecnológicos ? considerados o futuro da indústria farmacêutica. A empresa possui unidades produtivas em Jaguariúna (SP); em Brasília (DF); em Hortolândia (SP), onde funcionam o complexo industrial, incluindo o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, um dos mais modernos da América Latina, e a unidade totalmente robotizada de embalagem de medicamentos sólidos; e conta também com a Novamed, localizada em Manaus (AM), uma das maiores e mais modernas fábricas de medicamentos sólidos do mundo. Na Sérvia, possui a farmacêutica Galenika, adquirida em 2017 como parte do processo de internacionalização da companhia. A EMS exporta para 55 países e tem, na Itália, o laboratório de pesquisas MonteResearch.

A empresa mantém um histórico consistente de iniciativas sociais, culturais, ambientais e esportivas dentro e fora do país como uma forma concreta de também promover saúde e qualidade de vida.

Fonte: About Farma


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Anvisa vai aprovar vacina a partir de 5 anos, mas governo não tem dose para crianças

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crianças – Na véspera de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar a vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos, o governo Jair Bolsonaro (PL) ainda não tem em mãos as doses específicas para este grupo. Mesmo com a decisão da agência, os mais jovens não poderão ser imediatamente imunizados.

O limite para responder ao pedido da Pfizer se encerra em 24 de dezembro, mas o órgão regulador vai anunciar na quinta-feira (16) que aprovou ampliar o público-alvo da vacina. Integrantes do Ministério da Saúde dizem que só vão avançar na negociação para a compra das doses específicas das crianças depois da manifestação da Anvisa.

Em janeiro de 2021, o governo publicou uma medida provisória, convertida em lei em março, para permitir a compra de imunizantes mesmo antes do aval da Anvisa. Ainda não há aval no Brasil para o uso de vacinas contra o novo coronavírus em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 17 anos. A farmacêutica também quer pedir, em 2022, permissão para vacinar o público acima de 6 meses de idade.

A vacinação das crianças é tema sensível no governo. Bolsonaro tem distorcido dados para levantar dúvidas sobre a segurança e eficácia dos imunizantes, especialmente nos mais jovens. ‘É uma decisão, realmente, complicada para qualquer pai’, disse o presidente no último dia 2 sobre a vacina da Pfizer. ‘A gente quer, quando se fala em vacina, muitas vezes, a vacina é essa que sabemos quais são. Já comprovadas, que levaram 5, 10, 20 anos, para depois de muitos testes ser aplicada na população. Agora essa está muito rápida’, declarou ainda, ignorando que o imunizante tem registro definitivo da Anvisa.

Depois do aval da Anvisa, o governo Bolsonaro ainda terá de inserir as crianças no plano de vacinação da Covid e organizar a entrega das doses específicas aos estados. Procurados, Pfizer e Ministério da Saúde não informaram se o contrato de compra de doses para 2022 inclui o modelo para crianças. Diretores da Anvisa receberam ameaças por causa da análise do pedido da Pfizer. A agência pediu, mas não recebeu, proteção policial da sua cúpula e dos técnicos mais expostos.

As vacinas da Pfizer aplicadas no grupo de 5 a 11 anos e nos mais velhos têm o mesmo princípio ativo, mas algumas diferenças na composição. A dose destinada às crianças equivale a 1/3 daquela indicada ao grupo de 12 anos ou mais. O frasco do imunizante dos mais jovens tem coloração laranja justamente para diferenciar o produto.

Este frasco da vacina das crianças também comporta mais doses e pode ficar armazenada por mais tempo (até 10 semanas) em temperaturas de 2 °C a 8 °C, intervalo usado em refrigeradores convencionais do SUS. Já o outro modelo se mantém por até 31 dias nestas condições. O Ministério da Saúde p revê, no plano de vacinação do próximo ano, imunizar 70 milhões de crianças, o que depende de aprovação da Anvisa. Além da vacina da Pfizer, a pasta também avalia a compra de modelos de vacinas usados há mais tempo em crianças, como de vírus inativado, caso da Coronavac.

Mas não há pedido aberto na Anvisa para avaliar o uso de outra marca de vacina em crianças. Em agosto, a agência recusou a aplicação da Coronavac no grupo de 3 a 17 anos. A Anvisa começou a avaliar o pedido da Pfizer de vacinação das crianças no dia 16 de novembro. A agência pediu complementos na documentação da farmacêutica em 23 de novembro, o que suspendeu o prazo de análise. Este período voltou a ser contado em 6 de dezembro.

A agência havia pedido informações sobre a resposta do imunizante contra a variante delta, predominante no Brasil, além da comparação de registro de reações adversas nesta faixa etária e em grupos mais velhos, entre outras manifestações. A Anvisa mudou o método de análise das vacinas em crianças e se reuniu em dezembro com instituições médicas ligadas à saúde da criança e imunologia.

O objetivo foi compartilhar com o grupo de especialistas externos os dados de eficácia e segurança da vacina para que eles possam contribuir com o processo de avaliação técnica da Anvisa. Participaram da reunião representantes da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), do Departamento de Infectologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia) e da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).

Fonte: Jornal de Brasilia

Veja Também: https://panoramafarmaceutico.com.br/senado-mantem-isencao-de-pis-e-cofins-para-medicamentos/

Butantan faz novo pedido à Anvisa para vacinar crianças com Coronavac

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu um novo pedido do Instituto Butantan para que a Coronavac possa ser usada em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. O prazo de avaliação da Anvisa para esse novo pedido é de até 30 dias.

Veja também: Anvisa recebe pedido para vacinar pessoas de 3 a 17 anos

Para incluir novos públicos na bula do imunizante contra a Covid, o laboratório precisa conduzir estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia para determinada faixa etária. Esses estudos podem ser conduzidos no Brasil ou em outros países.

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‘Tivemos a informação de que a Coronavac entrou com pedido no dia de hoje. Durante a nossa reunião, fomos alertados pelas áreas técnicas que a Coronavac deu entrada no pedido de análise’, disse o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15).

Este é o segundo pedido do laboratório para indicação do imunizante para essa faixa etária.

O primeiro pedido apresentado em julho foi avaliado pela Anvisa e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento. A agência reguladora afirmou, em decisão tomada em 18 de agosto, que faltavam informações para comprovar a eficiência e a segurança da Coronavac para esse grupo.

Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, a Coronavac está autorizada para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro deste ano para maiores de 18 anos.

Por ora, no Brasil, a Pfizer é a única vacina autorizada pela Anvisa para menores de 18 anos, e apenas para aqueles que têm entre 12 e 17.

Fonte: Jornal de Brasilia

Queda da gasolina tem impacto discreto na inflação, diz especialista da FGV

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A queda de R$ 0,07 no preço do litro da gasolina, que começa a valer nesta quarta-feira (15), deve ter impacto discreto na inflação de dezembro. Bem menor que o da esperada alta nos valores praticados na comercialização da carne bovina, após o fim do embargo sanitário da China ao produto de origem brasileira.

Veja também: Powell diz que Fed precisa avaliar efeitos da Ômicron na economia dos EUA

Segundo André Braz, coordenador do Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), o comportamento dos preços dos dois tipos de produtos será bem diferente.

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Embora o anúncio da Petrobras seja de queda de 3% no preço do combustível, ele deve se refletir em variação de apenas 1% nas bombas.

‘O preço da gasolina é muito influenciado também pelo etanol anidro, que está presente com 27% da composição do litro vendido nos postos. Ele sofre com a alta da cana-de-açúcar, por conta das secas que afetaram a última safra. Voltou a chover em outubro, mas o ciclo de produção é longo e, assim, não há nenhuma previsão de refresco’, afirma o economista.

A gasolina é um produto de consumo familiar, diferente do que acontece com o diesel. Contudo, esse combustível não apresentou redução de preços, o que poderia ter um impacto mais forte na economia.

‘A queda do preço da gasolina será um componente apenas residual, porque é uma variação muito baixa, e que só vai valer na metade do mês, uma vez que os preços vigoraram na tabela anterior até 14 de dezembro. Com o diesel seria um pouco diferente, porque ele é usado no frete de mercadorias e no transporte público. Mas dependeria também do grau de redução para que o impacto fosse significativo’, pondera.

Com relação ao embargo à carne brasileira, que já durava quatro meses, a expectativa é que a retomada das exportações pressione os preços também no mercado interno.

A China é a principal compradora da mercadoria brasileira e, sem ela, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume de exportações caiu 43% em relação ao mesmo período de 2020.

‘Certamente haverá alta no mercado interno, interrompendo uma queda bem pequena detectada nas últimas semanas. A alta da carne deve ser um dos destaques da inflação de dezembro. Esperamos algo entre 0,75% e 0,80% para o mês. É um patamar mais baixo que o de novembro (0,95% no IPCA), mas ainda elevada para os padrões de dezembro’, conclui.

Caso a projeção se confirme, o Brasil terminará 2021 com a inflação oficial em dois dígitos, o que não acontecia desde 2015 (10,67%). Antes disto, a ocorrência anterior havia sido em 2002 (12,53%).

Fonte: CNN Brasil

Cobiçada no auge da pandemia, Sputnik V é deixada de lado pelos países

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Sputnik V – Apesar de ter sido a primeira vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) a ser registrada no mundo, em agosto do ano passado, a russa Sputnik V tem ficado para trás na corrida para imunizar a população geral.

Os países que num primeiro momento foram considerados vitrines da Sputnik V, como México e Argentina, passaram a priorizar outros imunizantes na vacinação.

No Brasil, o Ministério da Saúde chegou a firmar, em março deste ano, um contrato para a compra de 10 milhões de doses do imunizante russo, mas o seu uso não foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o ministro Marcelo Queiroga já indicou que o país não precisa mais da vacina. ‘É preciso fazer análise de conveniência e oportunidade’, disse o gestor.

O Consórcio do Nordeste anunciou a aquisição de 37 milhões de doses, mas a negociação também não foi para frente – apesar de, neste caso, a Anvisa ter autorizado parte da importação, ‘sob condições controladas’.

Com isso, nenhuma dose da Sputnik V foi aplicada no Brasil.

O tão propagandeado voo da Sputnik V esbarra sobretudo na falta de transparência do governo russo sobre a produção da vacina e a conseguinte resistência de autoridades sanitárias. Além da Anvisa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ainda não aprovaram o uso do imunizante. Em novembro, a OMS informou que segue avaliando a vacina e não divulgou uma possível data de aprovação.

Ainda, os russos apresentam dificuldades de produzir o imunizante em alta escala, o que deixou alguns países na mão, pois precisaram usar outras vacinas para aplicar a segunda dose e completar a imunização da população.

‘Toda a produção russa está voltada para cobrir os 144 milhões de habitantes do país’, explica o médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), Gonzalo Vecina Neto, em conversa com o Metrópoles.

‘A Sputnik V chegou a emplacar na Argentina e no México, o problema é que não tem quantidade, pois as fábricas russas não têm capacidade produtiva. Vejo que o Fundo Russo de Investimento Direto [RDIF] exagerou na retórica’, complementa ele.

Graças à Sputnik V, Argentina e México foram os primeiros países da América Latina a iniciar a vacinação contra a Covid-19. Contudo, o imunizante deixou de ser o mais usado por essas nações.

Dados publicados no último dia 24 pelo governo argentino mostram que o país recebeu, desde o início do Plano Estratégico de Vacinação, 94,4 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus. Desse total, 20,3 milhões (21,6%) correspondem à Sputnik V. Foram enviadas, porém, 31,7 milhões (33,5%) e 26,5 milhões (28,1%) de doses da Sinopharm e da AstraZeneca, respectivamente.

Por sua vez, das 185,9 milhões de vacinas aplicadas no México, 18,8 milhões (10,1%) foram Sputnik V.

No total, mais de 70 países aprovaram o uso da Sputnik V, segundo dados do RDIF. A lista inclui o Brasil. Em junho, a Anvisa autorizou, em caráter excepcional, a importação do imunizante.

As principais condições para o uso da Sputnik no país preveem pontos como: importação somente de vacinas das fábricas inspecionadas pela Anvisa na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita); obrigação de análise lote a lote que comprove ausência de vírus replicantes e outras características de qualidade; e notificação de eventos adversos graves em até 24 horas.

Ficou autorizada a importação, pelos estados, de mais de 2 milhões de doses, correspondente à vacinação de 1% da população.

As condições impostas pela Anvisa, no entanto, desanimaram os gestores estaduais. Em agosto, o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), anunciou a suspensão da importação da Sputnik-V.

‘É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil’, declarou o petista.

Procurado desde sexta-feira (10/12), o Consórcio Nordeste não se manifestou sobre o andamento da negociação.

O pedido para uso da Sputnik no Brasil foi feito pela União Química. A Anvisa informou, ao Metrópoles, que fez questionamentos técnicos (chamado de exigência), e estes questionamentos ‘não foram respondidos para que a agência pudesse dar seguimento à análise’.

O principal argumento para rejeitar a vacina russa no Brasil foi a falta de informações suficientes para garantir a segurança e a eficácia do imunizante. De acordo com a área técnica da Anvisa, a partir das informações que foram apresentadas até o momento, o imunizante russo não provou que seus benefícios são maiores do que os riscos.

‘Aqui tivemos esse problema da Anvisa não aprovar, mas a informação que nós temos é que a OMS está avaliando para a aprovação’, explica o presidente da União Química, Fernando Marques, em conversa com o Metrópoles.

O CEO da RDIF, Kirill Dmitriev disse à TV Bloomberg esperar que a Sputnik V seja aprovada pela OMS até o final deste ano.

‘Então, o principal problema foi o rigor da Anvisa, com relação a uma vacina. Esse foi um aspecto que prejudicou a entrada. Além disso, a vacina que prevaleceu, a da Pfizer, disponibilizou uma quantidade muito grande para o Brasil. Isso diminuiu a pressão de trazer outras vacinas’, complementa o empresário.

Segundo registro do colunista Guilherme Amado, o governador Wellington Dias afirmou que a suspensão da compra da vacina Sputnik V afetará o cronograma de imunização das pessoas acima de 18 anos em todos os estados da região.

‘Estudávamos diminuir o intervalo das doses e não foi possível porque falta vacina. Com a variante Delta no exterior, a Jansen passou a entregar quantidades menores. Estamos em contato com a Pfizer para que eles também não atrasem. A Fiocruz tinha a previsão de concluir a análise de qualidade da produção do IFA em território nacional em julho, mas já estamos em agosto e os trâmites ainda não foram concluídos’, afirmou o governador.

Vecina avalia que, apesar de os governadores não terem conseguido ainda importar o imunizante, é preciso tirar o chapéu para eles.

‘Eles deram um pé na bunda do governo federal. O que sobrou dessa história foi muito positivo; a pressão que o consórcio fez sobre o ministério. Se desse certo, seria uma coisa desastrosa para o SUS. O consórcio foi muito importante no sentido de pressionar o Ministério da Saúde. Nós só fomos comprar vacina da Pfizer em março de 2021’, relata o especialista.

Fonte: Portal Metrópoles Online

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STF forma maioria por exigência de passaporte vacinal ou quarentena para quem não tiver comprovante

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O Supremo Tribunal Federal ( STF ) formou maioria de votos nesta quarta-feira (15) a favor de manter a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que determinou a obrigatoriedade do chamado passaporte da vacina para viajantes que chegarem ao país.

O julgamento acontece em plenário virtual, no qual os ministros inserem o voto eletronicamente no sistema do STF. A decisão de Barroso foi tomada no último sábado (11) e atendeu a um pedido do partido Rede Sustentabilidade .

A maioria dos ministros acompanhou o voto de Barroso, mantendo a exigência do passaporte, mas estabelecendo que brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil que viajaram para o exterior após 14 de dezembro e, ao retornar, não apresentarem comprovante de vacinação deverão:

comprovar o teste negativo de Covid-19;

fazer quarentena de 5 dias, que somente se encerrara? com novo teste negativo.

De acordo com a decisão do ministro, quem viajou antes do dia 14 precisa, ao retornar, apresentar comprovação de teste negativo de Covid.

Até a última atualização desta reportagem tinham votado os ministros Edson Fachin, Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux, todos a favor da tese de Barroso. O julgamento termina nesta quinta (16), às 23h59.

Ainda no voto, Barroso propôs: “Cabe às autoridades sanitárias regulamentarem o monitoramento e as consequências da inobservância de tais determinações”.

Barroso entende que o controle do comprovante de vacinação pode ser feito pelas companhias aéreas no momento do embarque, como já é feito com o exame de PCR e a declaração à Anvisa .

Assim como estabelecia o governo, os estrangeiros que não apresentarem o passaporte poderão ser impedidos de entrar no país.

Para o ministro do STF, a apresentação do certificado representa “medida indutora da vacinação, devidamente chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, para evitar que, na volta, aumentem o risco de contaminação das pessoas que aqui vivem”.

Exigência do passaporte

A exigência do passaporte da vacina foi proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) ao governo federal. Ao comentar o assunto, o presidente Jair Bolsonaro distorceu a proposta , afirmando que a Anvisa queria “fechar o espaço aéreo”, e chamou o passaporte de “coleira” .

Em 9 de dezembro, o governo publicou uma portaria na qual determinava a exigência do comprovante de vacina ou cumprimento de quarentena a quem quisesse entrar no Brasil sem estar vacinado. Diante do ataque hacker ao aplicativo do Ministério da Saúde que abriga o comprovante, o governo decidiu suspender a portaria .

No entanto, atendendo a um pedido da Rede, Barroso determinou a exigência do passaporte da vacina. É esta a decisão agora em análise pelo plenário do STF.

Fonte: O Rio Branco


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Powell diz que Fed precisa avaliar efeitos da Ômicron na economia dos EUA

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que a autoridade monetária precisa avaliar os efeitos da variante Ômicron da covid-19 na economia dos EUA, pois ‘não estão claros os seus efeitos sobre a inflação e demanda’.

Powell destacou que os dirigentes do Fed estão ‘confortáveis para lidar com a Ômicron, sem o programa de afrouxamento quantitativo’, que poderá ser encerrado pelo banco central americano em março.

O presidente do Federal Reserve também destacou que ‘vamos observar’ se a alta dos salários supera a produtividade total de fatores da economia, o que segundo ele ainda não ocorreu.

Ele fez os comentários em entrevista coletiva após a conclusão da reunião do Fed de dezembro, encerrada nesta quarta-feira.

Powell afirmou ainda que com a projeção de dirigentes do Fed que a taxa de desemprego atingirá 3,5% em 2022, tal fato representará que a economia dos EUA estará forte e será coerente com uma ação de política do BC americano.

De acordo com o gráfico de pontos de projeções macroeconômicas divulgadas nesta quarta pela instituição oficial, a maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) passou a prever que ocorrerão três elevações dos juros em 2022.

‘Há a mediana de 3 altas de juros no próximo ano pelos membros do FOMC, mas pode mudar se o ritmo do nível de atividade enfraquecer’, comentou Powell, em entrevista coletiva.

De acordo com Jerome Powell, os dirigentes do Federal Reserve estão abertos para modular a política monetária de acordo com a evolução do mercado de trabalho nos EUA. ‘Mas com a inflação alta do jeito que está é preciso tomar decisões em tempo real.’

Fonte: Diário do sudoeste


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