Paracetamol aumenta chance de tomar decisões arriscadas, segundo estudo

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Ficar com dor de cabeça é uma situação incômoda e às vezes, requer medicamento. Quase sempre um analgésico de venda livre (que não requer receita médica) resolve o problema – mas gera outro. Em um estudo publicado na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience, pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio relataram que o paracetamol, droga utilizada nessas ocasiões, aumenta a assunção de riscos.

De acordo com o neurocientista Baldwin Way, o medicamento parece fazer as pessoas sentirem menos emoções negativas quando consideram atividades arriscadas. ‘Elas simplesmente não se sentem tão assustadas’, disse.

As descobertas somam-se a outra pesquisa que avaliou os efeitos do paracetamol na redução da dor, também acompanhada de vários processos psicológicos – como a redução da receptividade das pessoas em relação aos sentimentos, empatia reduzida e funções cognitivas alteradas. Ambos estudos sugerem que a capacidade afetiva das pessoas de perceber e avaliar os riscos pode ser prejudicada quando elas tomam paracetamol.

Testes do estudo

A equipe de Way mediu, em diversos experimentos envolvendo mais de 500 estudantes universitários, como uma única dose de 1.000 mg de paracetamol (dosagem única máxima recomendada para adultos) teve impacto no comportamento de risco dos voluntários, em comparação com placebos dados aleatoriamente para um grupo controle.

Os testes envolveram uma atividade de bombear um balão não inflado na tela do computador e com cada bomba ganhando uma recompensa em dinheiro imaginário. Nas instruções, os participantes tinham que alcançar o maior valor possível fazendo movimentos de encher balão – a ressalva era não não estourar a bexiga, caso contrário, eles perderiam o dinheiro.

A atividade de motivação-benefício mostrou que os pacientes que tomaram paracetamol assumiram significativamente mais riscos durante o exercício, em relação ao grupo de placebo, que se mostrou mais cuidadoso. No final, aqueles que tomaram paracetamol bombearam (e estouraram) seus balões mais do que a equipe de controle.

Em outra simulação, os universitários preencheram pesquisas durante dois dos experimentos. Elas avaliavam o grau de risco percebido em situações hipotéticas, como apostar a renda de um dia em um evento esportivo, bungee jumping de uma ponte alta ou dirigir um carro sem cinto de segurança.

Ainda que em alguns dos experimentos tenha havido oscilação nos resultados, a conclusão da equipe é de que há uma relação significativa entre tomar paracetamol e escolher mais risco, mesmo que o efeito observado possa ser leve.

Uso do paracetamol

O paracetamol, o ingrediente ativo do Tylenol ®, está presente também em quase 600 outros medicamentos e é tomado a cada semana por mais de 20% da população adulta dos Estados Unidos. A droga é considerada pela Organização Mundial da Saúde como remédio essencial e tem sido usada nos sintomas leves da Covid-19.

Inclusive, a Anvisa alerta para os riscos do uso indiscriminado do remédio, que vão além dos efeitos psicológicos e cognitivos: se passado da dosagem máxima indicada por dia, o remédio pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte.

O medicamento age na redução da dor e da febre, porém, se estende a processos psicológicos. Way disse que “com quase 25 por cento da população dos EUA tomando paracetamol todas as semanas, a percepção de risco reduzida e o aumento da assunção de riscos podem ter efeitos importantes na sociedade.”

A equipe que conduziu o estudo acredita que explorar essas explicações psicológicas para a tomada de risco – bem como investigar os mecanismos biológicos responsáveis ??pelos efeitos do paracetamol nas escolhas das pessoas – deve ser abordado em pesquisas futuras.

Fonte: Canaltech

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Ativistas fazem ato em defesa da Cannabis medicinal na Câmara dos Deputados

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Ativistas e associações foram ao Salão Verde da Câmara dos Deputados, ontem, para defender os benefícios do uso da Cannabis medicinal no combate a doenças como epilepsia, ansiedade, Parkinson e esquizofrenia. O grupo contou com apoio de deputados federais e distritais.

O evento também serviu para lembrar o Dia Nacional da Cannabis Medicinal, marcado para o dia 27. A jornalista Thais Saraiva, co-fundadora da InformaCann, grupo participante da mobilização, acredita que o diálogo constitui a melhor ferramenta para combater o preconceito sobre o tema. É o caminho, segundo ela, para que a maconha medicinal tenha a matéria-prima produzida no Brasil.

“A gente quis fazer esse ato para que as pessoas se familiarizem com o tema da Cannabis; para que saibam quantas propriedades benéficas ela possui tanto na medicina quanto na indústria”, afirmou. “Se usar as palavras certas, conversando com calma, trazendo os dados científicos, as pesquisas científicas como as da USP, que é a maior produtora de pesquisas acadêmicas sobre o tema no mundo, a gente consegue avançar”, acrescentou.

Também co-fundadora da InformaCann, Manuela Borges observou que o Brasil poderia faturar tanto em exportação, quanto alavancar a economia local com a produção legal da Cannabis. “O Brasil pode importar a preço de ouro, mas não pode produzir a matéria-prima para o medicamento. Mesmo assim, o cultivo legal por associações de pacientes já é realidade com o aval da justiça”, esclareceu.

Borges ainda comparou. “Enquanto o acesso ao medicamento é caro e burocrático, o tráfico mantém seu negócio milionário livre de impostos. O parlamento precisa entender que a regulação da Cannabis gera emprego, tributos para o país e o mais importante: liberdade de escolha e acesso mais igualitário ao tratamento”, explicou.

Desinformação

O deputado distrital Leandro Grass (Rede) acompanhou a comitiva. Ele definiu a cannabis medicinal como um instrumento importante para a saúde pública e a qualidade de vida das pessoas. “Temos que gerar informação contra a ignorância, gerar conhecimento. Temos a missão de popularizar esse debate, de tentar dizer às pessoas que muitas vezes se confundem sobre uso recreativo com o medicinal sobre questão de regulamentação e legalização de drogas com acesso a medicamentos“, esclareceu.

“Quando falamos sobre um maior acesso da maconha medicinal, estamos travando uma batalha pela vida e pela saúde das pessoas. Acredito que não haja questão ideológica ou política neste tema”, ponderou.

Os deputados federais Bacelar (Podemos/BA), Alex Manente (Cidadania/AP), Túlio Gadelha (PDT/AP), Joenia Wapichana (Rede/RR) e a senadora Mara Gabrilli (PSDB/SP) também apoiaram a causa.

Atualmente, no Brasil, a obtenção de medicamentos com base em canabidiol e outras substâncias provenientes da maconha ocorre de duas formas: pela importação, ou pela compra em farmácias autorizadas pela Anvisa. Em ambos casos, o custo é elevado.

Fonte: Correio Braziliense

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Como diminuir o impacto das compras de medicamentos?

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A compra de medicamentos ou produtos de farmácias é responsável por grande parte dos gastos dos brasileiros. Isso faz com que na hora dessa compra uma das principais preocupações seja com o preço.

Isso é o que aponta a Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor de Farmácia no Brasil – Edição 2021, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), com 4.000 consumidores. Os resultados desse levantamento apontam que os consumidores das farmácias priorizam os preços baixos e programas de fidelidade.

Isso se observa na resposta à pergunta sobre o principal fator para a escolha de uma farmácia, 75,4% dos entrevistados afirmaram que o preço foi primordial na decisão.

Além desse ponto, 14,9% apontaram a localização como fator mais importante para a escolha, seguido por disponibilidade de estoque (5,1%), possuir atendimento da Farmácia Popular (2,4%%), o bom atendimento (1,1%) e a facilidade de estacionar (0,9%).

Reforçando a importância de obter as melhores condições financeiras, os programas de fidelidades possuem grande relevância para o consumidor da farmácia, sendo que 86,8% dos entrevistados afirmando participar de algum tipo de programa.

Um dado importante apresentado no material é em relação às pesquisas de preços por parte dos consumidores, 88,4% dos entrevistados afirmaram que não costumam realizar essa ação antes das compras, 8,7% afirmaram que não pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, 1,8% afirmaram que pesquisaram naquele dia e 1,1 pesquisaram via Web.

Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos? “Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

Para auxiliar os consumidores, veja orientações elaborados por Reinaldo Domingos sobre como economizar na compra desses produtos:

1. Pesquise preços

Não estou falando para ir em diversas farmácias, agora não é hora, mas a maior parte das farmácias fornecem valores pela internet ou mesmo aplicativos e WhatsApp, é interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade e participe de programas de aquisição de medicamentos, pois a prática pode resultar em descontos futuros. Consultar comparadores de preços online também é uma boa saída.

2. Cuidado com as armadilhas das farmácias

As farmácias estão planejadas para levar as pessoas a comprarem mais, principalmente os chamados não medicamentos e medicamentos isentos de prescrição, todo o trajeto em uma farmácia organizada levam à compra de produtos que não são prioritários. Por isso, todo cuidado é pouco, compre somente o necessário e evite produtos que não são seu foco e que não sejam os produtos fins das drogarias, como balas e chocolates, pois geralmente poderia comprar esses produtos no outro lado da rua pela metade do preço.

3. Prefira genéricos

Na grande maioria das vezes os medicamentos genéricos são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.

4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular

Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita – que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.

5. Utilize programas de fidelidade

A grande maioria das farmácias possui programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma rede.

6. Remédios gratuitos pelo SUS

É possível retirar gratuitamente alguns medicamentos disponibilizados pelo Ministério Público em Unidade Básica de Saúde (UBS), desde com a receita e o documento de identidade em mãos. Lembrando que no meio da pandemia existem casos de agendamento prévio para retirada de medicamentos e a possiblidade de terceiros retirarem com uma procuração.

Fonte: Jornal A Voz do Paraná

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SP pede ao governo federal e à Anvisa passaporte da vacina para estrangeiros

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A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo pediu nessa terça-feira, 23, ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a exigência do passaporte da vacina para estrangeiros. O ofício, assinado pelo secretário Edson Aparecido, manifesta preocupação com a entrada dos visitantes no País sem a imunização contra a covid-19. A gestão Jair Bolsonaro, porém, é contrária a criar obrigações desse tipo.

A expectativa é de que haja aumento do fluxo de turistas na cidade nos próximos meses, com as festas de fim de ano e o carnaval. “Diante da necessidade da continuidade do controle da pandemia da covid-19, e principalmente da responsabilidade como poder público, em zelar pela segurança e bem-estar da nossa população, manifestamos a preocupação quanto a entrada de estrangeiros não vacinados no País”, diz o ofício. O pedido da administração paulistana se estende para aeroportos e portos. O Rio de Janeiro já fez solicitação semelhante ao governo federal.

O Ministério da Saúde disse que, segundo portaria interministerial editada conjuntamente pelas pastas da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça e Segurança Pública, os passageiros que desejarem entrar no País deverão mostrar à companhia aérea o teste para rastreio do coronavírus negativo ou não detectável até 24 horas antes da viagem. Também deverá apresentar, antes do embarque, a Declaração de Saúde do Viajante.

As pessoas que tiverem conexão, que seja necessário sair da área restrita ou permanecer por mais de 72 horas no País, será solicitado um novo teste. A portaria também proíbe a entrada de estrangeiros por rodovias. Já a entrada por meio de transportes aquaviários fica condicionada ao cenário epidemiológico e às condições de cumprimento de quarentena para passageiros e embarcações. Já a Anvisa, em nota, disse que a responsabilidade sobre esse tipo de medida é do Executivo.

Fonte: Diário do Grande ABC ONLINE

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SP alcança marca de 100% da população adulta vacinada com 2ª dose ou dose única

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População vacinada – A cidade de São Paulo alcançou nesta quarta-feira, 24, a marca de 100% da população adulta vacinada contra a covid-19 com a segunda dose ou dose única. A informação foi antecipada pela Coluna do Estadão.

O desafio agora é avançar com a imunização entre adolescentes de 12 a 17 anos para completar o esquema vacinal. Quem tem mais de 18 anos e tomou a segunda dose há pelo menos cinco meses também pode tomar a dose de reforço.

A partir desta quinta-feira, 25, equipes da Secretaria Municipal da Saúde vão às escolas da rede municipal e estadual para aplicar a segunda dose da vacina nos adolescentes. Os pais e responsáveis, porém, devem assinar um documento autorizando a imunização.

“Com a vacinação nas escolas, será possível completar o ciclo vacinal dos adolescentes e garantir as segundas doses para esse público”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas até esta terça-feira, 23, 893.268 primeiras doses, representando uma cobertura vacinal de 105,8%. Com relação à segunda dose, foram 338.553 aplicações, ou 40,1% de adolescentes.

A Secretaria Municipal de Saúde também pediu ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a exigência do passaporte da vacina para estrangeiros. Há preocupação com a entrada dos visitantes no País sem a imunização contra a covid-19 nos próximos meses, com as festas de fim de ano e o carnaval.

Fonte: Diário do Grande ABC ONLINE

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Anvisa quer controlar fronteiras contra Covid-19, mas Bolsonaro diz que país tem que conviver com o vírus

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) propôs que o governo federal cobre o certificado de vacinação contra a Covid-19 como condição para liberar a entrada de viajantes no Brasil.

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Mas Jair Bolsonaro, que continua defendendo opiniões contrárias à eficácia dos imunizantes, quer apenas abrir as fronteiras, sem cobrar o “passaporte da vacina”, informa a Folha de S.Paulo. A agência enviou parecer ao Palácio do Planalto no último dia 12, após ser questionada sobre a ideia de Bolsonaro, mas não recebeu resposta.

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Segundo relatos de integrantes do governo, a agência sugere endurecer as regras tanto para cruzar as fronteiras terrestres como para voos internacionais.

Bolsonaro disse nesta quarta-feira (24) que prefere abrir as fronteiras. Ele afirmou que conversou com o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, sobre o tema.

Sustentando opiniões que representam uma cedência a pressões econômicas, Bolsonaro diz que “tem de conviver com ele” [o vírus].

A ideia da Anvisa é evitar que o aumento de casos da Covid-19 registrado na Europa, entre outros locais, ocorra no Brasil.

Fonte: Brasil 247

PEC dos Precatórios será votada na próxima 3ª na CCJ do Senado

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A votação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve ocorrer no dia 30 deste mês, data definida após pedido de vistas para dar mais tempo de discussão do parecer apresentado nesta terça-feira pelo líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

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O senador apresentou o relatório formalmente nesta terça à comissão e propôs sete alterações ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) já aprovado pela Câmara dos Deputados na tentativa de facilitar sua votação no Senado.

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Promovidas na intenção de amenizar as resistências ainda pendentes na Casa, as mudanças incluem a definição do Auxílio Brasil de 400 reais como um programa social de caráter permanente, e a vinculação do espaço fiscal a ser aberto com a proposta -mais de 100 bilhões de reais- a despesas com o novo programa social, a gastos previdenciários e a mínimos constitucionais para a educação e a saúde, entre outros pontos.

‘Diante da necessidade de prever, no arcabouço constitucional, um programa perene de enfrentamento à pobreza. Propomos, assim, a inclusão de alguns dispositivos para deixar claro que o Auxílio Brasil terá um caráter permanente, não obstante não possamos desde logo definir suas fontes de financiamento a partir do exercício de 2023’, afirmou Bezerra, no parecer.

Também na tentativa de angariar apoio, Bezerra firmou, no parecer, o compromisso de pagamento de precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e prevê, ainda, que o Congresso Nacional possa acompanhar o pagamento dos precatórios.

Ainda assim, persistiram dificuldades entre os integrantes da CCJ, boa parte delas em relação à ausência de fonte de financiamento para tornar o Auxílio Brasil permanente. Por isso mesmo, senadores fecharam acordo para um pedido de vistas até a próxima semana, conferindo a Bezerra e ao governo mais tempo para negociar a proposta.

‘Há pressa na votação, e nós temos interesse de ajudar. Somos a favor dos 400 reais. Agora, queremos saber se isso vai ser permanente, se isso é politiqueiro, porque as ações do governo em relação à economia não têm sido planejadas, pelo contrário, têm sido atropeladas com o discurso fanfarrão que nós temos na direção da economia, com discurso que não consegue explicar a quantidade de pessoas desempregadas, com o mesmo discurso do primeiro momento’, disse o senador Omar Aziz (PSD-AM), durante a reunião da CCJ nesta terça-feira.

O senador afirmou que deve discutir o parecer apresentado pelo líder do governo ainda nesta tarde.

Considerada prioritária pelo governo do presidente Jair Bolsonaro por permitir a abertura de espaço fiscal, a PEC modifica as regras de pagamento dos precatórios, dívidas do governo cujo pagamento foi determinado pela Justiça, e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A proposta pretende dar margem ao Executivo para colocar em prática o Auxílio Brasil em substituição ao Bolsa Família. A intenção de Bezerra é garantir a aprovação da PEC a tempo de permitir o pagamento do auxílio antes do Natal.

Fonte: Isto É Online

Juros: Taxas recuam com declarações de Campos Neto e alívio do câmbio

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Taxas – Declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e a melhora do câmbio levaram os juros a se firmarem em baixa à tarde, dissipando a frustração gerada pelo adiamento da votação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para 30 de novembro. A fala do presidente do BC foi considerada dovish nos aspectos da política monetária e fiscal e da atividade, reforçando a ideia de manutenção do ritmo de alta da Selic em 1,5 ponto porcentual. O alívio nos prêmios será testado amanhã pelo IPCA-15 de novembro, considerando que a taxas de inflação têm surpreendido para cima reiteradamente nas últimas leituras.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou em 12,13% (regular), de 12,267% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 terminou a regular em 11,83%, de 11,936% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2027 caiu de 11,763% para 11,73%. No fim da sessão estendida, tais vencimentos tinham taxas de 12,155%, 11,84% e 11,73%, respectivamente.

Em boa medida, a curva limpou algum excesso de prêmio para um ciclo de aumento da Selic mais agressivo depois da sinalização de Campos Neto, durante participação em live do Bank of America. ‘Quando ele cita a potência da política monetária, sugere que o BC está confiante de que não será preciso acelerar o ritmo’, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Campos Neto admitiu que o País passa por um momento único, com dupla pressão do aumento de preços tanto no País quanto no exterior, mas, por outro lado, a política monetária se tornou mais potente sem a pressão que era exercida por subsídios de crédito que foram retirados. Mas foi enfático ao reconhecer que o desvio das expectativas em relação à meta central do ano que vem ganhou terreno. ‘O Banco Central entende que lida com uma crise sem precedentes’, disse.

Outros aspectos ‘dovish’ na fala do comandante do BC, na avaliação do diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga, foram a questão fiscal e de atividade. ‘Ele relativiza um pouco o qualitativo versus quantitativo no fiscal’, afirmou Braga. Campos Neto disse que o aumento do prêmio de risco visto na curva decorrente da PEC foi muito maior do que o desvio fiscal, destacando ainda a melhora dos dados e as projeções menos negativas para a dívida se comparadas ao início deste ano.

Apesar dos números fiscais, a preocupação com as contas públicas vai se alimentando do imbróglio em torno da PEC, tantos são os vaivéns e mudanças do texto. Diante da falta de consenso em pontos-chave, o parecer apresentado pelo relator Fernando Bezerra (MDB-PE) na CCJ foi alvo de pedidos de vista coletiva e, com isso, a votação foi adiada para a próxima semana, prolongando a agonia dos investidores.

Destaque da agenda do dia, a ata do Federal Reserve ampliou a cautela nos ativos em Wall Street, ao indicar que alguns membros defenderam aceleração no ritmo do tapering, mas não chegou a ter impacto sobre a curva.

Nesta quinta-feira, o mercado já abre conhecendo o IPCA-15 de novembro, que, segundo a mediana das estimativas, deve desacelerar a 1,14%, de 1,20% em outubro. Em 12 meses, o caminho deve ser o inverso, com aceleração da alta a 10,70%, de 10,34% no mês passado.

Fonte: Isto É Online

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Relator da PEC dos precatórios torna Auxílio Brasil permanente, mas não sinaliza fonte de recursos

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Auxílio Brasil – O relator da Proposta de Emenda Constitucional dos Precatórios no Senado, Fernando Bezerra, tornou o Auxílio Brasil permanente. Mas não indicou a fonte de recursos para o benefício. A votação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça ficou para a semana que vem.

O relator, senador Fernando Bezerra, do MDB, que é líder do governo, manteve os principais pontos do texto aprovado pela Câmara. A PEC fixa um limite anual para gastos com precatórios, dívidas da União reconhecidas pela Justiça – e contra as quais não cabe mais recurso. Caso a proposta seja aprovada, dos R$ 89 bilhões de precatórios que deveriam ser pagos em 2022, quase R$ 44 bilhões seriam adiados para os anos seguintes.

O texto também muda o cálculo do teto de gastos – regra que impede o crescimento descontrolado dos gastos públicos. Hoje, o teto para cada ano é corrigido pelo IPCA, indicador oficial de inflação, acumulado até junho do ano anterior. Pela PEC, a correção será feita pela estimativa para o IPCA até dezembro. A mudança libera mais R$ 62 bilhões.

Ao adiar o pagamento de parte dos precatórios e alterar a regra do teto de gastos, o governo vai ter mais R$ 106 bilhões em 2022. Pela PEC, parte desse dinheiro obrigatoriamente tem que ir para o Auxílio Brasil e para as áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social.

Em busca de votos, o relator Fernando Bezerra fez alterações no texto. A principal foi tornar o Auxílio Brasil um programa permanente de combate à pobreza e à extrema pobreza, previsto na Constituição. Bezerra defendeu que o novo texto vai viabilizar um benefício de R$ 400.

‘Com maior espaço fiscal, será possível majorar substancialmente o ticket médio do novo apoio assistencial e, além disso, implantar um piso de R$ 400 mensais por beneficiário. Não há dúvidas de que o novo arcabouço social que se desenha amenizará as agruras financeiras atuais de contingente expressivo da população, impactando positivamente na redução da desigualdade de renda’, declarou Fernando Bezerra.

Outra mudança feita pelo relator dribla a Lei de Responsabilidade Fiscal. O texto de Fernando Bezerra inclui na Constituição um dispositivo que dispensa ao governo de encontrar uma fonte de receita para bancar as despesas com o programa.

O diretor da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, ressalta que essa busca de recursos precisa respeitar a responsabilidade fiscal.

‘É uma forma de se desviar da Lei de Responsabilidade Fiscal para dar celeridade ao programa. É importante, nesse momento, ter claro que há necessidade de se fazer um aumento dos gastos sociais, mas a forma importa. Quando eu digo a forma, não está se fazendo nenhum ajuste, nenhum corte de despesa, para combinar com esse aumento necessário’, afirmou.

O relatório do senador Fernando Bezerra será votado pela Comissão de Constituição e Justiça na terça-feira (30). Segundo o líder do governo, a votação no plenário do Senado pode ser no mesmo dia.

Para ser aprovada, a PEC precisa ser votada em dois turnos, com pelo menos 49 votos. Depois, o texto tem que ser analisado novamente pela Câmara por causa das mudanças feitas.

Fonte: G1.Globo

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Inflação baterá nos 10% em 2021, com Bolsonaro entre a negação e o deboche

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada elevou nesta quarta-feira 24 sua projeção para a inflação no Brasil em 2021. Agora, o Ipea avalia que o IPCA deve fechar este ano com alta acumulada de 9,8% (em setembro, previa 8,3%). O teto oficial da meta, já destruído, era de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Apesar da elevação, a projeção do Ipea segue aquém do que espera o mercado financeiro. Na última segunda-feira 22, o Boletim Focus do Banco Central indicou, pela 33ª semana consecutiva, que o mercado elevou para 10,12% sua estimativa para a inflação de 2021 – uma semana antes, projetava 9,77%.

Em 10 de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que a inflação no Brasil voltou a acelerar em outubro e chegou a 10,67% no acumulado em 12 meses, maior índice desde janeiro de 2016. No ano, a taxa tem alta de 8,24% e registrou, no mês passado, elevação de preços em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados.

Mesmo diante do dramático cenário, o presidente Jair Bolsonaro insiste em se eximir de qualquer responsabilidade pelo avanço galopante dos preços. Na segunda 22, ele tentou mais uma vez culpar governadores que tomaram atitudes para frear a disseminação da Covid-19 no País.

‘A inflação que está aí é consequência do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois”, repetiu a apoiadores. ‘Estamos com um problema de inflação. Chegou a 10%. Os alimentos subiram mais que isso. Agora, é no mundo todo, pela política do ‘fique em casa’. Agora que chega a conta, eu sou o culpado? Sou malvadão?’

Bolsonaro tenta reiteradamente ligar a situação brasileira a um movimento global. Mas, como mostrou CartaCapital, essa alegação ignora que a inflação do País é a 3ª mais alta entre as nações do G-20, de acordo com levantamento da Trading Economics, plataforma que analisa os dados históricos e as projeções de quase 200 países.

O monitoramento leva em consideração a inflação acumulada nos últimos 12 meses, até outubro. A pior situação, com sobras, é a da Argentina, onde o índice chega a 52,1%, seguida pela da Turquia, com 19,89%.

Enquanto isso, o Banco Central aperta os cintos na política monetária e diz tentar conter a inflação. No final de outubro, o Copom elevou a taxa de juros básicos, a Selic, de 6,25% para 7,75% ao ano, o que surpreendeu até analistas financeiros. O índice deve fechar 2021 em 9,25% e bater nos 11% em 2022.

Em setembro, apesar de reconhecer o avanço da inflação, Bolsonaro debochou dos impactos sobre a população durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

‘Por que aumentou? Não foi só no Brasil, foi no mundo todo, que passou a consumir muito mais. Além de o mundo crescer em média mais de 60 milhões de habitantes por ano, passou a consumir mais, porque o cara ficou mais em casa. ‘Ah, o pessoal passou fome’. Olha, muitos brasileiros passam mal, sei disso. Alguns passam fome? Sim, passam fome. Mas a média dos que passaram a comer mais foi bem maior. Se você lembrar de quanto pesava no ano passado e quanto pesa agora, na média todo mundo engordou um pouco mais. É uma realidade’.

Fonte: Carta Capital Online

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