Arrecadação federal em outubro aumenta 4% em relação a 2020

0

Arrecadação federal – Durante o último mês de outubro, a arrecadação federal aumentou mais de 4% em comparação com o mesmo mês no ano passado: foram arrecadados mais de R$ 178 bilhões. É o que aponta o resultado da arrecadação das receitas federais, divulgado nesta quarta-feira.

Segundo os números, essa foi a maior arrecadação para o mês de outubro desde 2016, quando naquele ano outubro registrou R$ 188 bilhões. Já no acumulado de janeiro até outubro deste ano, o arrecadado foi de R$ 1,5 trilhão, um aumento real de 20%, corrigidos pelo IPCA, o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Esse foi o melhor resultado do acumulado, desde 1995, se analisada a série histórica.

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes, explicou que o bom desempenho de outubro foi impulsionado por fatores atípicos, como o recolhimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

O mês de outubro registrou queda de quase 5% na produção industrial em comparação com outubro de 2020. Por outro lado, o setor de serviços teve aumento de 11% em outubro comparado com o mesmo mês de 2020. O valor das notas fiscais emitidas subiu mais de 16%.

Fonte: Agência Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/polydrogas-lanca-campanha-de-black-friday-para-farmacias/

Davene passa a vender pelo sistema porta a porta

0

Davene

Davene vai começar a vender seus produtos pelo sistema porta a porta. Segundo reportagem do Estado de S.Paulo, em recuperação judicial desde 2011, a fabricante de itens de higiene e beleza tem 98% de seu faturamento proveniente do varejo tradicional e 2% do comércio eletrônico, que começou a funcionar no ano passado.

A empresa diz esperar que, até o fim do próximo ano, a venda direta responda por 8% a 10% das vendas e o e-commerce, por cerca de 6%.  pontapé para a entrada no porta a porta foi dado este mês, na Grande São Paulo. A meta da companhia é chegar a 500 revendedoras até o fim do ano nas cidades da região. Elas poderão oferecer, por meio de catálogo e aplicativo, 250 itens produzidos pela Davene, entre perfumaria, hidratação e produtos para cabelo.

Ao entrar na venda porta a porta, a estratégia é ganhar capilaridade e evitar o risco associado ao fechamento das lojas, em uma eventual nova onda da pandemia, como tem acontecido na Europa. Também seguir a tendência e atuar em vários canais de distribuição. O objetivo é expandir a venda direta para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a partir do segundo ano de atuação. Em três anos, quer estar em todas as capitais.

Para Eugênio Foganholo, sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, é uma boa estratégia para o momento de alto desemprego. “A venda direta encontra uma massa de pessoas, potencialmente revendedoras, ávidas por renda adicional”, diz. Porém, ele afirma que o varejo tradicional pode se sentir melindrado com a entrada da marca na venda direta e isso pode resultar em “conflito de canal”.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/colgate-quer-atender-farmacias-independentes-com-loja-virtual/

P&G vai estrear no segmento feminino de desodorantes

0

secret

A P&G se prepara para ampliar seu portfólio na categoria de desodorantes femininos no Brasil. Já presente no segmento masculino com as marcas Gilette e Old Spice, a companhia traz ao país a Secret, marca americana lançada há mais de 60 anos.

Segundo reportagem do Valor Econômico, há algumas razões para entrar na categoria, tão disputada e com liderança bastante concentrada em outras grandes multinacionais, como Unilever (que tem quase 50% do mercado), Beiersdorf e Coty (com mais de 10% cada uma).

Para Isabella Zakzuk, diretora sênior de operações de marcas e líder das marcas de beleza e desodorantes da P&G Brasil, a primeira razão para investir é que a categoria é “muito grande”, embora seja bastante competitiva.

No país, o desodorante Secret chega nas versões em barra e em gel, segmentos de valor agregado mais elevado e de preços mais altos – a recomendação de preço da P&G ao varejo é de R$ 20 a R$ 25.

Queda nas vendas de desodorantes

O isolamento social pesou sobre as vendas de desodorantes. No ano passado, as vendas caíram 2,9%, para R$ R$ 11,59 bilhões, e para este ano é projetada retração de 1,9%, segundo a consultoria Euromonitor. Pesquisa da NielsenIQ mostra queda na penetração do produto nos lares brasileiros, passando de 95,6% em 2019 para 92,2% no ano seguinte. Agora, o retorno gradual à vida fora de casa impulsiona as vendas, mas o horizonte não é de um mar de rosas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/colgate-quer-atender-farmacias-independentes-com-loja-virtual/

Walgreens ministra dose de reforço de vacina da Covid

0

walgreens

A Walgreens anunciou no dia 19 de novembro que todos os indivíduos com mais de 18 anos podem receber um reforço da vacina contra a Covid-19 da Pfizer, Moderna ou Janssen  em lojas em todo o país. Isso segue a recente decisão da Food and Drug Administration (FDA) além de novas orientações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

“Expandir a elegibilidade para doses de reforço fornece mais uma ferramenta para ajudar a prevenir a disseminação de COVID-19, especialmente em um momento em que muitas pessoas estão se reunindo para as férias”, disse Kevin Ban, diretor médico da Walgreens.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/congresso-da-abrafarma-debate-avanco-dos-servicos-farmaceuticos/

Medicamento da Roche demonstra eficácia contra a Covid-19

0

Roche

O medicamento Regn-Cov2, produzido pela Roche e pesquisado pela Regeneron, demonstrou eficiência na prevenção de casos leves e moderados da Covid-19. As informações são da Folha de S.Paulo.

Veja também: Luft Logistics apresenta Serialização como Serviço (SEaS) na FCE Pharma

A Anvisa já deu sinal verde para o medicamento. E a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde mantém, até o dia 3 de dezembro, uma consulta pública para opinar sobre o uso ambulatorial do remédio.

O Regn-Cov2 atua como um coquetel entre dois tipos de anticorpos monoclonais, o casirivimabe e o imdevimabe. Ao todo, 2.745 não infectadas, mas que conviveram com pessoas com Covid-19, participaram do estudo.

Siga nosso Instagram

Metodologia da pesquisa

No método usado, 600 mg de cada anticorpo foi testada neste grupo, assim como num grupo de pessoas com infecções leves ou moderadas pelo SARS-Cov-2.

Após o primeiro mês, o coquetel reduziu em até 81,6% as chances de desenvolvimento de sintomas da doença durante um período de oito meses.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Conheça os planos da Takeda para 2022

Em entrevista ao Portal 2A+ Farma, Rodrigo Martins de Oliveira, Diretor Executivo de Business Operations da Takeda, fala sobre os investimentos em diferentes áreas terapêuticas, o lançamento de novos produtos, modernização de fábricas e políticas voltadas para ESG.

Oliveira afirma que a empresa tem boas expectativas para os próximos anos. “A operação do Brasil foi uma das escolhidas para o plano estratégico da Takeda e a nossa meta é beneficiar mais três milhões de brasileiros até 2025, por meio de nossas terapias inovadoras focadas em necessidades médicas ainda não atendidas. Além de reforçarmos o potencial do nosso País, teremos a oportunidade de contribuir diretamente com o propósito da Takeda de oferecer uma saúde melhor para as pessoas e um futuro mais brilhante para o mundo”.

O diretor destaca a expansão de diferentes áreas como Doenças Raras (Hematologia, Imunologia, Doenças Lisossomais), Gastroenterologia, Neurociências, Oncologia, Terapias Derivadas do Plasma e Vacinas, reforçando o posicionamento da Takeda em suprir necessidades médicas ainda não atendidas.

“Paralelamente, estaremos focados na implementação do Plano Aspiracional, programa global da Takeda desenvolvido para países com grande potencial de expansão para a biofarmacêutica, entre os quais o Brasil faz parte. Considerando as 80 afiliadas, o País figura entre as dez maiores operações da Takeda no mundo e temos como meta beneficiar mais três milhões de brasileiros com acesso a tratamentos inovadores até 2025, além dos pacientes já atendidos”, acrescenta.

O plano, segundo o diretor, prevê ainda que a Takeda Brasil mantenha-se entre as 10 principais indústrias farmacêuticas em atuação no país, buscando o crescimento de duplo dígito acima do mercado farmacêutico total (retail e non-retail).

Lançamentos

Atualmente, a Takeda comercializa 44 produtos no Brasil. Os principais medicamentos disponíveis são: Adcetris® (brentuximabe vedotina), Advate® (alfaoctocogue – fator VIII de coagulação – recombinante), Dexilant® (dexlansoprazol), Elaprase® (idursulfase), Entyvio® (vedolizumabe), Evobrig® (brigatinibe), Feiba® (complexo protrombínico parcialmente ativado), Firazyr® (icatibanto), HyQvia® (imunoglobulina G 10%), Kiovig® (imunoglobulina G), Ninlaro® (citrato de ixazomibe), Replagal® (alfagalsidase), Takhzyro® (lanadelumabe) e Venvanse® (dimesilato de lisdexanfetamina).

Até o fim do ano fiscal de 2023, a Takeda tem a previsão de lançar mais 14 produtos e/ou novas indicações. “Especificamente para 2022, temos a expectativa de lançar cinco produtos das áreas de oncologia, gastroenterologia e imunologia, incluindo a candidata à vacina tetravalente da Takeda contra a dengue, submetida para a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no primeiro semestre de 2021”, revela.

Modernização

Recentemente, em novembro de 2020, a Takeda inaugurou sua nova sede em São Paulo, mas em função da pandemia as atividades no escritório foram retomadas apenas no final de outubro último. “Com estilo arrojado, o escritório foi projetado para atender a 100% da capacidade, respeitando os protocolos de segurança impostos pela pandemia de Covid-19.

“Além disso, o espaço incorpora uma série de evidências no apoio à saúde física, mental e social dos funcionários, características que conferiram à Takeda certificação máxima do Fitwel, sistema de avaliação internacional desenvolvido pelo Center for Disease Control and Prevention (CDC) e General Services Administration (GSA). A nova sede da Takeda recebeu uma das maiores pontuações do mundo, tornando o espaço o primeiro e único escritório do Brasil a obter o nível máximo da certificação Fitwel”, diz Oliveira.

Em relação à fábrica de Jaguariúna, localizada no interior de São Paulo, o diretor diz que está previsto, ainda para o ano fiscal de 2021 (abril/21 a março/22), o início da produção de oito produtos – entre medicamentos e novas indicações – que irão beneficiar pacientes acometidos por doenças gástricas, raras e neuropsiquiátricas.

 ESG

A Takeda investe em políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). A fábrica de Jaguariúna (SP), com capacidade para produzir 100 milhões de unidades de medicamentos por ano, tornou-se modelo em sustentabilidade entre as 31 plantas da Takeda pelo mundo. No Brasil, é referência também para laboratórios que buscam as melhores práticas em gestão ambiental.

O destaque veio em decorrência de metas atingidas no ano fiscal de 2020, que colocaram a fábrica de Jaguariúna em novos patamares de sustentabilidade. Hoje, 100% dos resíduos são destinados para reciclagem e coprocessamento, e os orgânicos para biodigestão.

A ação também engloba resíduos de construção civil, enviados a uma usina de separação e britagem, ou seja, somos uma empresa Zero Aterro. Em relação à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), a planta, conectada a um sistema de energia incentivada, já atingiu o marco de carbono neutro para gases gerados pela produção de energia elétrica.

Em gestão hídrica, por meio do Programa Zero Efluente, cujo objetivo é reutilizar todo efluente tratado, e implantar as unidades de ultrafiltração e osmose, a fábrica deixará de usar cerca de 5 mil m³ de água da rede pública por mês, que ficarão totalmente disponíveis à população local.

A quantidade corresponde ao abastecimento de cerca de 1,5 mil habitantes, considerando cálculo da Organização das Nações Unidas (ONU), que estipula que 3,3 m³ (cerca de 110 litros de água por dia) são suficientes para atender às necessidades de consumo e higiene de uma pessoa, por um mês.

Em outubro de 2021, por sinal, a Takeda lançou o seu Relatório de Sustentabilidade referente às ações do ano fiscal de 2020 (abril 2020 a março de 2021), que traz todos os resultados da companhia e seus impactos positivos em governanças Ambiental, Social e Corporativa.

Ao longo desse período, a empresa apoiou 30 projetos sociais via investimento social privado e leis de incentivo, com o objetivo de diminuir as consequências da pandemia para as pessoas e as comunidades. Ao todo, foram beneficiadas 297 mil pessoas de forma direta e 308 mil indiretamente.

Do ponto de vista do meio ambiente, a Takeda coletou mais de 136 toneladas de medicamentos para o descarte correto.

Fonte: Portal 2 MAIS FARMA

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/luft-logistics-apresenta-serializacao-como-servico-seas-na-fce-pharma/

Inflação de produto de higiene e limpeza alerta especialistas

0

O aumento nos preços dos produtos de higiene e limpeza alerta quem acompanha a evolução da inflação nas categorias além dos alimentos.

Veja também: Inflação global é impulsionada por alta demanda e problemas em cadeias produtivas

Esse tipo de produto foi o que apresentou a maior alta em oito capitais em outubro, depois dos alimentos, segundo levantamento da empresa de inteligência de mercado Horus, com base em notas fiscais, em parceria com o Ibre FGV.

Siga nosso Instagram

O amaciante para roupas chegou a registrar aumento de preço médio de 5,2% em Curitiba em outubro. O detergente líquido saltou 4,5% em Manaus no mês. O sabonete subiu 3,5% também em Curitiba, enquanto o sabão para roupa avançou 3,2% em Salvador.

Para Luiza Zacharias, diretora da Horus, as variações de um mês para o outro alertam porque estão diretamente relacionadas à pressão do câmbio e do petróleo, que pesam nos custos da indústria química e dos plásticos usados nas embalagens.

“Depois de alimentos e bebidas não alcoólicas, essa é a terceira categoria mais presente na cesta de consumo e vem subindo. O tíquete médio do material de limpeza saiu de R$ 18,30 no ano passado para R$ 20,40 neste ano”, afirma Zacharias.

Fonte: Yahoo

Inflação global é impulsionada por alta demanda e problemas em cadeias produtivas

0

O termo inflação resume um movimento de alta de preços e, em 2021, esse fenômeno se espalhou pelo mundo a ponto de se falar de uma “inflação global”, consequência da pandemia de Covid-19.

Veja também: Conta de luz deve subir mais de 20% no ano que vem, estima ANEEL

A ideia ganhou força em especial após os recordes de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, com a maior alta nos últimos 30 anos, e ao produtor na China, com a maior elevação em 25 anos.

Siga nosso Instagram

Como os países são as duas maiores economias do mundo, os efeitos inflacionários, em especial o aumento em custos de produção e nos preços de produtos, tendem a se espelhar.

Um ponto em comum em muitos casos são problemas em cadeias de fornecimento, com preços altos ou falta de produtos, e uma demanda aquecida da população devido a estímulos governamentais.

Esses dois fatores, segundo especialistas, estão entre as principais causas de um fenômeno inflacionário que ainda deve durar, pelo menos, até o primeiro semestre de 2022, afetando a recuperação econômica mundial.

As causas

O cenário atual de inflação global decorre de uma série de questões que surgiram a partir de um mesmo evento, a pandemia de Covid-19.

“A pandemia é um elemento externo à economia, não é um fenômeno econômico, mas tem consequências econômicas porque desorganiza a produção com a necessidade de períodos de isolamento”, afirma Simão Silber, professor da FEA-USP.

As paralisações, necessárias para conter a disseminação do coronavírus, levaram a uma queda na produção e, consequentemente, na oferta de produtos. Ao mesmo tempo, a demanda da população cresceu conforme as economias reabriram, além dos incentivos com programas de auxílios por parte de diversos governos para mitigar os impactos econômicos da pandemia.

Nesse cenário, entrou em ação a famosa lei da oferta e demanda: se a demanda é maior que a oferta, os preços sobem.

“Os governos fizeram programas de transferência de renda muito significativos. Então, de um lado a produção cai, mas boa parte da demanda se mantém, com até aumento na renda, via transferências fiscais”, diz o professor.

Um dos motivos para a inflação ser vista cada vez menos como transitória, mas sim como persistente, é a dificuldade das cadeias produtivas de se realinharem e equilibrarem novamente oferta e demanda.

Um dos principais exemplos é a falta de chips suficientes para atender às necessidades de produção de eletrônicos e automóveis, levando à falta de produtos.

No caso da China ainda há a política de “Covid zero”, que leva a fechamentos constantes de fábricas e afeta em algum grau a produção.

Já no caso do petróleo, os principais produtores, reunidos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortaram a produção durante a pandemia, e ainda não decidiram retomar o patamar anterior à crise sanitária, limitando a oferta enquanto a demanda segue alta.

Armando Castelar, pesquisador associado do Ibre-FGV, cita ainda a alta mundial nos preços dos alimentos como fator para a inflação. Nesse caso, ela está ligada primeiro a uma série de eventos climáticos extremos que afetaram a produção, como as geadas e seca no Brasil.

Somou-se a isso os preços elevados dos contêineres usados no transporte marítimo, novamente por uma demanda maior que a oferta, o que encarece os custos de exportação e eleva os preços.

Para William Castro, estrategista-chefe da consultoria Avenue, todos esses fatores criaram um cenário de escassez, ou falta de determinados produtos, o que leva à alta nos preços. O problema que alguns países, como os Estados Unidos, estão passando de não encontrar trabalhadores para vagas de remuneração mais baixa também piora o problema.

“Muitas pessoas optam por não trabalhar ou trabalhar de maneira diferente do que anteriormente. O mundo ainda não voltou totalmente ao normal”, afirma Castro.

Segundo Silber, o cenário acabou se tornando mundial exatamente pelo fato de a pandemia ter o caráter global, além da ligação intensa das cadeias de suprimento, passando por vários países. Além disso, os fenômenos locais de alguns países ou regiões pioram quadros de inflação.

Na Europa, os países estão lidando com um aumento nos preços do gás natural, tanto pela demanda chinesa maior quanto pela produção menor da Rússia, principal fornecedor. A alta atinge as contas de luz, afetando consumidores e produtores, e encarecendo produtos e serviços.

Já na China, uma crise energética tem prejudicado a produção. O país cortou a importação e produção de carvão para combater as mudanças climáticas, mas não conseguiu atender toda a demanda de energia com outras fontes. Com isso, os preços de energia subiram e apagões ficaram mais frequentes.

O Brasil também tem uma inflação em alta, associada a uma série de fatores, como uma crise energética com a maior crise hídrica em 90 anos, uma demanda mais aquecida por programas de auxílio de renda, o dólar valorizado e incertezas fiscais. As incertezas fiscais, associadas à política, também pioram o quadro de inflação de outros países, como a Turquia.

“Isso tudo já reflete na inflação, seja nos Estados Unidos, China ou Brasil, e a previsão ainda é de alta nos preços para proteger as margens [de lucro]. Muito se falava que [a inflação] era transitória, mas ela tem sido temporariamente permanente”, diz Castro.

Os efeitos para a recuperação econômica

Além do efeito imediato que a população sente com a inflação – a redução do seu poder de compra – um quadro inflacionário pode trazer outras consequências. A principal é a resposta dos bancos centrais: alta nas taxas de juros para desincentivar o consumo, ou seja, a demanda, e fazer os preços caírem, às custas de desacelerar as economias.

Para especialistas, o grande debate hoje é entender quando, exatamente, os países vão começar a aumentar suas taxas para combater a inflação. William Castro afirma que cada país deve ser analisado individualmente, já que é preciso considerar fatores internos.

“É difícil ver isso acontecendo na Europa, que está se recuperando agora e que está sentido o impacto da inflação mais hoje. Os Estados Unidos estão mais à frente nesse sentido. No Japão não é algo que faz sentido pensar, até porque o PIB caiu. Eles têm um cenário de estagnação há anos”, diz.

Ao mesmo tempo, Castelar lembra que diversos países emergentes já começaram a subir seus juros para conter a inflação, caso do Brasil.

“Como o dólar ainda é moeda mundial, o encarecimento dela com a alta de juros cria uma pressão adicional em cima do real e outras moedas de emergentes”, afirma Silber.

O banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, já tomou algumas medidas para conter a inflação. “Em vez de comprar todo mês uma quantidade de títulos do tesouro para injetar dinheiro na economia, ele vai reduzindo essa quantidade de compra até parar em 2022. O Fed prevê ao menos dois aumentos de juros em 2022 também, com a taxa encerrando em 1%”, diz o professor.

Entretanto, o banco central tem enfrentado pressões para adiantar esses aumentos para o primeiro semestre de 2022. Qualquer variação nos juros tem um impacto global, no sentido de retirar investimentos de países, em especial emergentes, com a atratividade maior dos títulos norte-americanos.

“É óbvio que existem pressões para que o Fed pare mais rápido essa compra e acelere a alta dos juros. É possível, mas a economia tem dado os sinais que o Fed quer ver, em especial, a queda da taxa de desemprego. Ela chegando na meta poderia acelerar esse processo”, afirma Castro.

Castelar considera que “a tendência é a taxa de juros americana subir, mais provavelmente a partir do segundo semestre de 2022. As expectativas ainda são de inflação alta lá, e precisa de juros maiores para conter. Mas o mercado não coloca isso, não precificaram um aumento tão grande ainda”.

As mesmas pressões começam a surgir na Europa, em relação ao Banco Central Europeu (BCE) e até na China. Por trás delas, está a visão de que a inflação durará mais tempo que o esperado, e não é exatamente transitória como alguns diziam antes, inclusive o Fed, daí a necessidade de acelerar as altas de juros.

Os especialistas consultados pelo CNN Brasil Business concordam que a inflação deve permanecer alta no primeiro semestre de 2022, mas é difícil saber o quão alta.

“O debate hoje não é se vai subir mais, mas sim o quão rápido vai cair. É difícil subir tanto mais porque os preços já estão muito altos, então, não seria o tamanho de alta que já ocorreu”, diz Castelar.

Com isso, a pergunta, para ele, é se a inflação cai ou se está entrando em uma fase de inflação sustentadamente alta, que exigiria um período de juros reais mais fortes, com ação maior dos bancos centrais.

“Eu acho que a pior fase já passou, mas não quer dizer que o efeito terminou. Ele deve durar até 2022. Até onde consigo acompanhar, só 2023 deve ter organizado o processo de fornecimento a nível mundial, “afirma Silber.

Para Castro, o Federal Reserve tem, em geral, sido bem-sucedido em convencer o mercado de que a inflação tende a ser controlada em um horizonte de dois anos, o que evita um pânico e a necessidade de “remédios maiores”.

O perigo, para o analista, é o que ele chama de “exportação” da inflação dos Estados Unidos e, em especial da China. “São as duas maiores economias do mundo. Se sobe lá, sobe em todos os países do mundo. Isso sem considerar o efeito no dólar”, afirma.

Segundo ele, será possível avaliar em algum nível o grau de gravidade da situação prestando atenção, primeiro, se alta na inflação aos produtores da China se manterá e chegará à inflação aos consumidores, o que resultaria em uma desaceleração da economia do país e traria repercussões negativas para inúmeros países, inclusive o Brasil. Até o momento, esse não parece ser o caso.

Além disso, “os preços das commodities são super importantes de acompanhar, em especial petróleo e ferro, e ver se vai cair ou subir. Eles antecipam altas que vão ter na produção. As próprias expectativas inflacionárias, que nos Estados Unidos estão mais controladas, e no Brasil começam a ficar descontroladas, demandam atenção”.

Segundo ele, o pior cenário mundial com a persistência da inflação e as altas de juros seria a chamada estagflação, quando os preços aumentam sem um crescimento da economia e a população fica mais pobre. “Para o Brasil, isso atinge em cheio, principalmente pensando em inflação e empregabilidade”.

Para o Brasil, Castelar afirma que a inflação deve ficar mais baixo que os níveis atuais, com a combinação dos efeitos das altas de juros com um custo menor de energia e a gasolina subindo menos. Entretanto, os riscos fiscais, o ano eleitoral e a possibilidade de alta do dólar com uma elevação de juros nos Estados Unidos podem pesar negativamente.

“No caso do Brasil, e em menor escala em outros lugares, a pandemia segurou muito a inflação de serviços, e agora com a reabertura, a tendência é que ela comece a subir. Vai ser uma fonte de inflação ano que vem também”, diz.

“A inflação global já piorou muito, já está incorporada à desorganização da produção. Os surtos adicionais de Covid estão acontecendo, na Europa por exemplo, com confinamentos na China também. Talvez o pior ainda não tenha passado”, afirma Silber.

Fonte: CNN

Conta de luz deve subir mais de 20% no ano que vem, estima ANEEL

0

Projeções mostram que a conta de luz vai continuar aumentando no ano que vem. Os números vem de documentos oficiais do governo e do setor elétrico. Os reajustes nas tarifas devem chegar a 21% no ano de 2022, alta que vai aumentar ainda mais a inflação.

Um texto publicado internamente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e obtido com exclusividade pelo Estadão, mostra que o órgão prevê o impacto financeiro que a crise hídrica terá sobre a conta de luz no Brasil, em decorrência das medidas adotadas para garantir o fornecimento de energia. “Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%”, diz o documento.

Ainda segundo informações publicadas pelo Estadão, o reajuste acumulado em 2020 somente para o consumidor residencial chega a 7,04%. Com isso, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021.

Além disso, a área técnica da agência reguladora concluiu, após analisar as previsões de geração de energia e de custos – incluindo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) -, que até abril de 2022, as “melhores estimativas” indicam um rombo de R$13 bilhões, “já descontada a previsão de arrecadação da receita da bandeira tarifária patamar escassez hídrica no período”, ou seja, o nível mais alto de cobrança da taxa extra.

Com aumento na conta de luz, busca por energia solar dispara

O aumento na conta de luz este ano deu um impulso à busca por energia solar residencial. De acordo com informações do Portal Solar Franquias, a capacidade de geração dos painéis instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos em todo o País cresceu 53%. O número saltou de 4,7 gigawatts (GW) em janeiro para 7,3 GW no início de novembro. Ao todo, essa potência equivale a pouco mais da metade da capacidade de geração da usina de Itaipu (14 GW).

As projeções indicam que a instalação de painéis solares diminua as contas de luz em ao menos 50%, podendo chegar a 90% em alguns casos. Apesar do investimento ser alto – por volta de R$ 15 mil, de acordo com informações do Portal Solar -, o valor acaba se pagando num período de cerca de cinco anos.

Fonte: Jornal de Brasília 

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/luft-logistics-apresenta-serializacao-como-servico-seas-na-fce-pharma/

Agevisa promove capacitação de profissionais que atuam em farmácia de manipulação em Rondônia

0

Agevisa – Profissionais que atuam em Farmácias de Manipulação participaram de uma capacitação envolvendo profissionais dos municípios de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal, Vilhena, Ouro Preto e Jaru. O evento realizado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) teve como principal objetivo fazer uma abordagem prática da resolução RDC Nº 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficiais para Uso Humano em Farmácias.

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, reforçou a importância da realização de integração entre os profissionais que atuam na Vigilância, em especial na ponta, como é o caso dos que exercem atividades em Farmácias de Manipulação. ‘Quem ganha com o resultado dessas capacitações, que promovem exemplos na prática do que deve ser implementado nas farmácias é a sociedade. E enquanto gestores nos tranquilizam por saber que as equipes se preparam cada vez mais para prestar um serviço de qualidade aos rondonienses’, diz.

Beatriz Jacinto Xavier, farmacêutica inspetora sanitária da Agevisa explica que 24 profissionais participaram da capacitação, em Porto Velho, num evento que teve cerca de 16 horas de duração. ‘É de suma importância a realização de eventos desta natureza entre os profissionais que atuam em Farmácia de Manipulação. São momentos ímpares para a troca de experiências entre colegas de profissão que levam consigo técnicas e boas práticas para aplicarem em seus municípios’, garante.

Também participaram do evento, o vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Eneias Rocha, e o fiscal do Conselho Regional de Farmácia, Fernando Henrique Vasconcelos. Eneias Rocha tematizou o trabalho das farmácias com manipulação e reforçou o papel do farmacêutico como agente de saúde, dispensador de medicamentos e orientador em tratamentos de saúde seja via médico, odontólogo ou farmacêutico.

‘A manipulação de medicamentos tem como principal característica a preparação personalizada de medicamento destinado a determinado usuário, portador de prescrição ou orientação terapêutica realizada por profissional habilitado, considerando as características de cada paciente. A farmácia com manipulação é o único estabelecimento autorizado por lei para o preparo e comercialização do medicamento manipulado. Em consequência do crescimento, legislações mais rigorosas e consumidores mais exigentes, fez-se com que o setor magistral evoluísse constantemente, ocupando um importante espaço perante a população, favorecendo o acesso aos medicamentos individualizados’, destacou Eneias Rocha.

Em sua fala, ele explanou ainda que o Brasil é referência mundial em farmácia com manipulação no campo farmacotécnico e de tecnologia na produção do medicamento manipulado, além de contar com notável parque de farmácias de manipulação, com destaque internacional.

TEMAS ABORDADOS

Entre os principais temas abordados, as equipes presentes ao evento discutiram, o projeto arquitetônico e a estrutura: influência na rotina da farmácia de manipulação no que tange a garantia da qualidade e rotina de produção; necessidade de organização e limpeza do local; sistema de água purificada (osmose reversa) e seus meandros que a legislação obriga para farmácia de manipulação; controle de qualidade e ensaios clínicos exigidos para cada classe terapêutica.

Materiais e instrumentos utilizados nesse setor; recursos humanos e necessidade de educação continuada como método de garantir a qualidade e reprodutibilidade dos medicamentos e cosméticos produzidos na farmácia magistral; definições sobre entre excipientes, veículos e bases galênicas; medicamento de baixo índice terapêutico: conceito, definição, controle de qualidade, riscos e cuidados; procedimentos operacionais padrão e fluxogramas na garantia da qualidade; o papel do farmacêutico na farmácia de manipulação: cuidado além da dispensação (abordagem a farmacovigilância e todo o cuidado no processo produtivo); medicamentos sujeitos a controle especial (portaria 344/98) e necessidade do BSPO para insumos farmacêuticos ativos da classe terapêutica; produção de hormônios, citostáticos e antibióticos – Da infraestrutura para sua produção até a rotulagem e dispensação e área limpa: definições e abordagens da fiscalização nesse ambiente.

Fonte: Portal do Governo do Estado de Rondônia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/luft-logistics-apresenta-serializacao-como-servico-seas-na-fce-pharma/