TCU impõe diferentes regras para verificação privada em contratos de concessão

Os processos de verificação privada contratados por concessionários do setor de infraestrutura têm diferentes interpretações por parte do TCU (Tribunal de Contas da União), parte delas contraditória.

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Enquanto para alguns contratos eles são permitidos, em outros eles foram proibidos ou permitidos com restrições. As diferentes interpretações ocorrem dentro de uma mesma secretaria do órgão, em alguns casos, e também no plenário.

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Os processos de verificação privada são feitos quando os contratos de concessão determinam que o concessionário tem que obter de uma outra empresa, que em geral se submete a processo de certificação ou acreditação por órgão público, um aval para avaliar a qualidade de algum serviço ou obra do concessionário.

É um mecanismo usual nas prestações de serviços de infraestrutura em todo o mundo, não somente em concessões, mas também em obras públicas. Os agentes públicos se baseiam nos trabalhos dessas certificadoras ou verificadoras para tomar suas decisões. Uma resolução do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) de 2017 criou incentivos para esse modelo nas concessões.

Mas o procedimento enfrenta fortes resistências dentro do órgão de controle, como mostrou a votação dos processos de análise dos estudos de viabilidade para as concessões da Ligação Rio-São Paulo e da BR-381-262/MG-ES, realizada na última quarta-feira (28). O ministro Vital do Rêgo chegou a usar a expressão ‘colocar a raposa para tomar conta do galinheiro’ para descrever o processo e lembrou que o TCU já proibiu o modelo em concessões de parques.

Responsabilidade solidária

A proposta da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para essas duas concessões de ter o chamado OAC (Organismo de Avaliação de Conformidade) acabou aprovada após um acordo que impôs várias restrições ao mecanismo. A principal delas é que deve haver a indicação expressa de que os servidores serão responsáveis solidários em casos de irregularidades dos OACs.

O argumento da agência para permitir o OAC foi que ela não tem capacidade financeira e de recursos humanos para fazer a fiscalização de todas as concessões rodoviárias que o governo federal realizou e pretende realizar nos próximos anos, por isso precisará de usar o modelo privado.

Mas, de acordo com um regulador que preferiu falar sob anonimato, com a decisão do TCU o que vai acontecer é um trabalho dobrado dos agentes públicos. Como o servidor será responsável solidário, ele terá que fazer praticamente todo o trabalho do OAC para garantir a regularidade.

A defesa dos auditores do TCU e do ministro Vital contra a verificação privada é que o trabalho de auditoria dos contratos deveria ser contratado pela agência para evitar conflito de interesses. O regulador lembra que, anos atrás, o TCU impediu a agência de fazer uma licitação para contratar uma empresa para esse serviço.

Avanço

Apesar da restrição decidida nesta quarta-feira, a aprovação do OAC nesse modelo já foi um avanço, visto que ele foi expressamente proibido pelo TCU nas avaliações de duas outras concessões rodoviárias recentes, as da BR-163/MT-PA e da BR-153-080-414/GO-TO, ambas neste ano. Na época, os ministros seguiram o parecer da SeinfraRodoviasAeroportos, secretaria responsável pela análise.

A secretaria manteve sua posição de proibir o mecanismo de verificação independente para a Ligação Rio-São Paulo e a BR-381-262/MG-ES, mas no plenário se chegou ao entendimento de fazer a permissão com restrições.

O advogado Maurício Portugal Ribeiro, sócio da Portugal Ribeiro Advogados, fez uma análise das decisões do TCU sobre o tema, criando um quadro comparativo informando sobre as contradições em relação ao tema.

Aeroportos e ferrovias

Segundo ele, a SeinfraRodoviasAeroportos e o plenário consideraram legais nas análises da 5ª e 6ª Rodadas de concessões aeroportuárias, que são feitas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a contratação de empresa especializada de auditoria independente por parte dos concessionários para verificar o cumprimento de indicadores de qualidade.

Segundo Portugal Ribeiro, com nomes diferentes, é o mesmo tipo de contratação previsto para as rodovias, cujos estudos para concessão são avaliados pela mesma secretaria do TCU que liberou a contratação no setor aeroportuário.

Ele lembra ainda que, nas renovações antecipadas de ferrovias, também feitas pela ANTT, não houve oposição ou restrição nem da secretaria que cuida de ferrovias nem do plenário do TCU à contratação do Inspetor Acreditado para verificar as obras, outro mecanismo privado.

‘As lógicas são as mesmas. E o TCU deixou passar [nos aeroportos e ferrovias]. Parece que a área técnica de rodovias tem um problema com isso e o plenário não consegue harmonizar’, afirmou o advogado.

Posição do TCU

Em posicionamento a pedido da Agência iNFRA sobre o tema, o TCU informou que ‘o Plenário do Tribunal se manifesta por meio de seus acórdãos e os ministros relatores apresentaram os argumentos para a deliberação em seus respectivos votos’.

Fonte: Agência Infra

Trabalho à Distância é tema de novo manual do Sindusfarma

Atento ao cenário de pandemia e seus desdobramentos e à nova realidade das relações de trabalho, o Sindusfarma acaba de publicar o ‘Manual para o gestor de boas práticas em trabalho à distância’.

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A obra compartilha práticas, orientações, cuidados e dicas importantes para profissionais e gestores, a fim de manter a produtividade, o bem-estar e a segurança nas rotinas no novo cenário de trabalho remoto.

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‘A pandemia acelerou uma mudança que seria inevitável com as novas tecnologias, mas que no Brasil levaria mais tempo, diz Arnaldo Pedace, gerente de Relações Sindicais Trabalhistas do Sindusfarma. ‘Por isso, recomendamos a leitura atenta do material, que dispõe sobre horários, benefícios do trabalho à distância, aspectos relacionados à postura no posto de trabalho, pausas necessárias, além dos fatores associados à interação social, dinâmica trabalho-família, administração de tempo e tarefas’.

O manual foi elaborado por Arnaldo Pedace em colaboração com a analista do Programa Educacional do Sindusfarma (PES), Isabely Oliveira.

Fonte: Sindusfarma

 

Crescimento do mercado de cosméticos durante a crise

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O mercado ganhou um novo fôlego com as flexibilizações das medidas de restrições às atividades comerciais.

As mudanças causadas pela pandemia da Covid-19 na população brasileira também refletem nos hábitos de beleza no país, que segundo dados da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), é hoje o quarto maior consumidor do segmento no mundo.

A fim de aumentar a sensação de bem-estar, a procura por produtos de cuidados pessoais vem crescendo durante o período. Com isso, os itens de beleza têm se tornando ótimos aliados para o enfrentamento da crise.

Além disso, houve a gradual retomada das atividades econômicas em grande parte do Brasil, que deu um impulso para o segmento.

Como consequência, o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos se viu diante de um importante crescimento no primeiro quadrimestre de 2021. Ainda de acordo com dados da ABIHPEC, foi registrada uma alta de 5.7% em vendas ex-factory em relação ao mesmo período do ano anterior.

Através desse crescimento, a demanda pelos serviços de profissionais da beleza, como cabeleireiros, voltou a se estabilizar, abrindo novas possibilidades para o mercado, como a distribuição de cosméticos profissionais, que é o fornecimento de produtos exclusivos para atender esses trabalhadores.

A fábrica do empresário Giba Junior, que produz produtos capilares profissionais, registrou um aumento expressivo desde o início da pandemia. ‘Com o retorno das atividades, a demanda para distribuição dos produtos cresceu. Muitas pessoas começaram a se interessar pelo ramo para complementarem ou até mesmo criarem suas rendas’, diz Giba.

Para o empresário, quem deseja trabalhar no ramo, precisa se dedicar inteiramente para ter um destaque no mercado. Pensando nisso, sua empresa investe na qualificação de seus distribuidores. ‘Não basta a pessoa se planejar, mas não ter qualificação para trabalhar. É isso que a Plakton oferece. Com diversos cursos e treinamentos, realizamos a formação de empreendedores qualificados para atender com excelência a demanda de produtos profissionais que vem crescendo a cada dia que passa’, conta.

Por conta do crescimento do setor, o varejo online para esse tipo de produto também subiu. Enxergando essa nova demanda, Giba decidiu diversificar seus produtos para atingir mais pessoas. ‘Criamos uma marca nova, popular e voltada à venda no varejo. Diferente da marca de cosméticos profissionais, essa pode ser vendida em supermercados, farmácias e e-commerce. Com essa estratégia, conseguimos acompanhar as tendências do mercado e os novos hábitos dos consumidores, que estão cada vez mais presentes no meio digital’, falou.

Com os planejamentos adotados, o gestor conseguiu manter suas operações durante a pandemia, não precisou demitir ninguém e ainda contratou novos colabores. ‘Não foi preciso investir muito, apenas buscamos novas alternativas e nos adaptamos. Hoje, os nossos produtos estão presentes em todo o país por meio dos 150 representantes que atendem em todos os estados’, finaliza.

Fonte: 2A+ Cosmética

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Beleza ‘on demand’: conheça o movimento que personaliza os cosméticos

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O mercado de cosméticos tem muita força no Brasil e em diversos países mundo afora. Prova disso são os números que o segmento ostenta frequentemente; nossa nação, por exemplo, é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. Dados do Euromonitor International (provedor de pesquisas) mostram que o Brasil só fica atrás de Estados Unidos, China e Japão no consumo de produtos desse tipo. Em caráter de fragrâncias, os brasileiros só perdem para os norte-americanos na classificação.

Não bastassem os números expressivos apresentados, a comercialização de produtos de beleza e cuidados pessoais no Brasil atingiu a marca de 109,7 bilhões de reais em 2018, uma alta de 1,53%, de acordo com relatório do mesmo Euromonitor International. E o mercado de cosméticos tem uma novidade que pode mexer ainda mais com esses números: o crescimento das vendas de produtos de beleza sob demanda.

O movimento ‘on demand’, como é chamado em inglês, é a produção de diversos itens de beleza sob medida, de acordo com os gostos e necessidades de cada cliente. A ideia da produção de itens sob demanda aproveita o forte crescimento digital – em um cenário de consumidores conectados e exigentes – e o desenvolvimento tecnológico expansivo da indústria da beleza. O resultado disso é um fator muito valorizado pelos clientes: a exclusividade, algo que só uma produção individual é capaz de trazer.

Os produtos ‘on demand’ se diferem, porém, de fármacos manipulados – estes já conhecidos há muito tempo no mercado. A distinção se dá pelo propósito: os itens sob demanda não se restringem à alteração de fórmulas na composição do produto e têm como foco o atendimento de desejos muito mais específicos da clientela. Ou seja, enquanto o mercado de cosméticos tradicional oferece xampus para cabelos lisos, crespos e ondulados, por exemplo, um produto sob demanda da mesma categoria oferece uma gama maior de personalização, já que empresas do ramo formulam, inclusive, questionários aos clientes para saber o que eles mais esperam do item capilar.

As empresas produtoras de cosméticos ‘on demand’ também fazem uso de algoritmos que permitem categorizar preferências individuais e outras informações importantes para a construção do produto ideal. Batons e maquiagens, por exemplo, já podem ser feitos levando em consideração a textura, vibração da cor e realces no rosto que uma cliente almeja. Além disso, é possível que o produto seja comercializado com um rótulo personalizável e conectado a uma experiência digital exterior, para aumentar a interação da compradora com o produto e sua exclusividade. A ideia fundamental, em suma, é oferecer o que de mais pessoal e belo um cosmético pode apresentar. Afinal, como já disse Aristóteles, famoso filósofo grego, ‘a beleza pessoal é uma recomendação maior que qualquer carta de referência’. Melhor ainda se o belo for personalizável.

*Shalisa Boso é sócia-diretora da Prohall, empresa do ramo de cosméticos que atua para cuidar da beleza de seus clientes, além de prezar a participação de parceiros e distribuidores neste processo.

Fonte: 2A+ Cosmética

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Butantan pede à Anvisa para incluir pessoas de 3 a 17 anos na bula da CoronaVac

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O Instituto Butantan solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (30) a ampliação da faixa etária de indicação da vacina CoronaVac. A ideia é autorizar a aplicação do imunizante em crianças e adolescentes de três a 17 anos.

A vacina já tem autorização da Anvisa para uso emergencial no Brasil e faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) desde o início deste ano. O laboratório Sinovac e o Butantan precisam realizar estudos que demonstrem a segurança e a eficácia da CoronaVac para essa faixa etária.

No Brasil, apenas a vacina da Pfizer recebeu sinal verde da Anvisa para aplicação em menores de 18 anos. No entanto, o Ministério da Saúde ainda está debatendo a inclusão de adolescentes entre os vacináveis. A Janssen, que também fornece vacinas para o país, foi autorizada pela Anvisa e já trabalha com estudos para ampliar o uso do imunizante entre os menores de 18 anos.

Fonte: Brasil 61

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Telemedicina é usada para atendimento pós-covid no RS e na rede básica da Capital

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Depois da autorização para que a telemedicina entrasse no hall das saídas possíveis para os gargalos gerados pela pandemia, a área da saúde deu início aos trabalhos de aplicação do serviço nas rotinas de atendimento. No Rio Grande do Sul, durante 2020, milhares de atendimentos eletivos foram cancelados e pacientes deixaram de ser recebidos por especialistas, principalmente, aqueles que vem do Interior para Porto Alegre.

Em outubro do ano passado, o Diário Gaúcho mostrou que 650 mil consultadas deixaram de ser oferecidas na Capital entre março e outubro de 2020. Mas esse número poderia ser ainda maior. Naquela época, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) já havia iniciado o atendimento de pacientes por meio do teleambulatório criado no hospital – foram 32 mil atendimentos no período entre março e outubro passado. Ainda assim, havia 67 mil atendimentos que foram cancelados, e 30% dessa demanda foi aglutinada pelo teleambulatório. O monitoramento de pacientes em recuperação da covid-19 também ficou a cargo do time formado por médicos e especialistas de outras áreas, como nutricionistas, fonoaudiólogos ou gastroenterologistas.

– Estamos trabalhando na criação de um ambulatório pós-covid, para acompanhamento de pacientes com sintomas prolongados da doença. Se pensarmos que 10% dos contaminados terão esse quadro, seriam 130 mil pessoas somente no Rio Grande do Sul necessitando de um acompanhamento que pode ser feito integralmente de maneira remota – projeta o médico George Mantese, professor no teleambulatório do HCPA.

Além de pacientes que são do próprio hospital, como aqueles que passam pela emergência ou atendimentos internos, o teleambulatório também auxilia na regulação de pacientes encaminhados de todo Estado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS). Conforme George, juntando todos os serviços do teleambulatório, são realizadas cerca 160 tentativas de contato por dia, com uma média de 100 pacientes atendendo essas ligações.

UBS Santa Cecília tem 27% dos atendimentos feitos por telessaúde

Saindo do Teleambulatório no segundo andar do HCPA e caminhando pelos corredores internos, chega-se até a Unidade Básica de Saúde Santa Cecília, gerida pelo próprio hospital. Não é um posto de saúde comum, o movimento intenso de médicos nos corredores, muitos deles ainda estudantes de medicina, mostra o espaço como uma sala de aula em constante movimento.

E nesse espaço de aprendizado, a nova realidade trazida pela pandemia já ganhou cadeira cativa. Em pontos ainda adaptados, como num dos corredores da UBS, computadores se transformaram em consultórios. Ali, residentes da medicina trocam o estetoscópio pelos headsets (fones de ouvido com microfones). A melhor análise vem do ouvido, de perceber na fala do paciente e na informações que ele passa quais os procedimentos a serem seguidos. O atendimento de forma remota na rede básica tem sido muito bem aceito, principalmente, pelos idosos. Isso porque o fim da necessidade de ir ao posto apenas para renovar uma receita ou apresentar um exame economiza tempo, traz segurança e conforto.

Mas, como uma receita virtual ou uma solicitação de exame pode ter sua autenticidade confirmada? Agora, esses documentos são gerados com um código que pode ser validado no site do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). O paciente recebe a solicitação e, quando vai ao estabelecimento solicitado – farmácia ou laboratório, por exemplo – tem a validação por meio da assinatura digital no site do Cremers. Neste ano, dos 17.134 atendimentos realizados na UBS Santa Cecília até junho, 4.677 foram por meio do teleatendimento – o que representa 27%.

– Ter cerca de 30% dos atendimentos por telessaúde é um objetivo do HCPA – cita o professor no serviço de Atenção Primária do HCPA, Marcelo Rodrigues Gonçalves.

Capital: 10 unidades trabalham com modalidade

Em Porto Alegre, não é só o posto de saúde nas dependências do HCPA que já trabalha com a telemedicina. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também tem apostado na iniciativa. Há alguns anos, o o DG mostra como as teleconsultorias e telediagnósticos auxiliaram a prefeitura na redução da fila do SUS na Capital. Agora, com a autorização da telemedicina durante a pandemia, o telefone veio como solução para evitar deslocamentos desnecessários até as UBSs.

Caroline Schirmer, diretora de Atenção Primária da SMS, explica que é importante ressaltar que o uso na rede é amplo, abrangendo mais do que só médicos, mas também passando por dentistas, enfermeiros e demais especialidades de uma UBS. No momento, 10 unidades de saúde trabalham com agendas de telessaúde, entre elas, o posto Modelo, uma referência na cidade. A prefeitura também tem parceria com o programa Conexão Santa Casa, do complexo hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Pela plataforma, são atendidos por teleconsultas pacientes com sintomas de covid-19.

– Temos o cuidado com pacientes de alta hospitalar. Por exemplo, uma mãe que teve alta com bebê recém-nascido, precisa de uma primeira consulta em sete dias, ela já sai desse hospital com isso marcado para receber por teleatendimento. Não é só consulta, é monitoramento de tratamento de doenças como a sífilis, por exemplo, onde conversamos com o paciente se ele tem feito o uso correto dos medicamentos, se tem ido às consultas presenciais. Até o uso de plataformas para fazer cursos e treinamentos aos profissionais de atenção primária. Estamos trazendo esse mundo virtual para a nossa realidade permanente – conta Carol.

Modelo

Conforme dados da SMS, somente neste ano, foram 631 atendimentos realizados nestas unidades, atingindo 556 pacientes – os dois números são diferente pois um paciente pode ser atendido mais de uma vez. No Modelo, um projeto-piloto tem focado no atendimento aos idosos por meio das teleconsultas, principalmente, para renovação de receitas e solicitação de exames. E, além das 10 unidades com teleatendimento contínuo, todas as UBSs do município têm períodos da agenda dos profissionais reservados para dedicação a atendimentos remotos, se houver disponibilidade e necessidade nos locais.

Coordenadora do projeto-piloto no Modelo, a médica de família e comunidade Rafaela Aprato Menezes conta que cerca de 70% dos atendimentos feitos por teleconsulta têm sido resolvidos sem a necessidade de que o paciente se deslocar até o local. Quando a necessidade de um exame físico é constatada durante a ligação, o paciente recebe uma data e horário para ir ao Modelo, sem precisar esperar em filas ou passar pelo acolhimento na chegada ao espaço.

– Conseguimos solicitar exames, encaminhar a solicitação ao paciente e eles mesmos nos encaminham os resultados depois. Tudo sem a necessidade se deslocar até o posto – pontua Rafaela.

Fonte: Diário Gaúcho

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CPI da Covid retoma trabalhos focada em irregularidades na compra de vacinas

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Depois de quase 20 dias em recesso, a CPI da Covid retoma os trabalhos de apuração das ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento à pandemia e, nesta primeira semana, foca em contratos com indícios de irregularidade.

As documentações envolvendo a compra de vacinas começaram a ser investigadas pelo colegiado após descobertas da imprensa e da própria CPI no final de junho e início do mês de julho que apontaram para indícios de superfaturamento em contratos envolvendo a Precisa Medicamentos. Esta empresa era intermediária da farmacêutica indiana Bharat Biotech na negociação da Covaxin. A participação de outros atores na tentativa de venda de vacinas também é apurada.

O primeiro depoimento a ser tomado pelos senadores, nesta terça-feira (3), é o do reverendo Amilton Gomes de Paula. Ele comanda a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) que, apesar do nome, é uma empresa privada. A companhia passou o primeiro semestre ofertando as vacinas AstraZeneca e Janssen a estados e municípios, por valores acima dos cobrados pelas próprias farmacêuticas.

A AstraZeneca, que produz vacinas em conjunto com a Fiocruz no Brasil, já disse publicamente que não negocia vacinas com empresas e que vende apenas para governos.

O reverendo terá de explicar como teve, conforme ele, acesso ao alto número de doses prometidas. Ele também deve ser questionado sobre laços que possua com a Davati Medical Supply, empresa americana que acusou o Ministério da Saúde de pedir propina de US$ 1 por dose de vacina comprada pela União. Representante da empresa no Brasil, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse em depoimento à CPI que conseguiu entrar no Ministério da Saúde graças às articulações de Amilton Gomes com o então secretário-executivo da pasta, o coronel do Exército Élcio Franco.

O depoimento da quarta-feira (4) ainda permanece em aberto. A comissão aceitou o pedido da defesa do CEO da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e adiou depoimento dele. A nova data ainda não foi definida, mas deve ocorrer após o dia 9 de agosto, quando o empresário retorna de viagem. A defesa de Maximiano indicou que o brasileiro está em Hyderabad, na Índia. Não foi definido ainda quem o colegiado receberá no lugar dele.

A Precisa é considerada uma peça-chave para compreender a importação de doses da vacina indiana Covaxin pela União. O caso, revelado no final de junho pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF), indica que o governo federal priorizou a compra da Covaxin, uma vacina que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não atestou eficácia ou a segurança, em lugar de imunizantes utilizados mundo afora.

A importação da Covaxin era articulada via intermediárias, ao contrário de outras vacinas que seriam negociadas diretamente com as empresas. O resultado dessa atravessadora era um preço superior ao que seria pago pelas concorrentes.

O custo foi justamente o que chamou a atenção de Luís Ricardo Miranda, servidor da Saúde e irmão do deputado Luís Miranda. As suspeitas de irregularidades foram levadas ao presidente Jair Bolsonaro que, segundo os dois, indicou que tal esquema seria obra do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Até o momento Ricardo Barros nega envolvimento, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), orientou que Maximiano volte ao Brasil a tempo de sua oitiva, sob pena de ter sua prisão preventiva decretada. O senador definiu a viagem do depoente como uma tentativa de se evadir do país durante investigação em curso, o que seria um crime em sua visão.

Na quinta-feira (05) deve ser tomado o depoimento de Túlio Belchior Mano da Silveira, que também integra a Precisa Medicamentos. Randolfe ainda disse que devem ser votados, durante a semana, quebras de sigilos e o congelamento de ativos da Precisa, no valor do contrato firmado com a União.

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Fonte: Congresso em Foco Online

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Brasil bate a marca de 100 milhões de pessoas vacinadas

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O Brasil chegou a 100 milhões de pessoas imunizadas ao menos com a primeira dose da vacina contra a covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 62% da população já recebeu ao menos uma dose. ‘Estamos cada vez mais próximos de chegar na nossa meta: até setembro, 100% dos adultos estarão vacinados com a primeira dose. E, até o final do ano, todos estarão imunizados’, afirmou o ministério, em nota à imprensa.

Ao mesmo tempo, o governo tem alertado a população sobre a importância da segunda dose. O ministério lançou no início de julho uma campanha para incentivar as pessoas que já tomaram a primeira dose a procurarem os postos de saúde para completar o esquema vacinal.

Nas redes sociais, o ministério ressalta a importância de se vacinar: ‘Quando chegar a sua vez, vacine já!!’

Aahhhhhhhhhh!!! Batemos 100 milhões de brasileiros vacinados com a primeira dose da vacina Covid-19. O ritmo da vacinação só avança e, em breve, todos estarão vacinados. Você já sabe!! Quando chegar a sua vez, vacine já!! #BrasilUnido #PátriaVacinada pic.twitter.com/HdJ0auApHt

– Ministério da Saúde (@minsaude) July 31, 2021

O chefe da pasta, ministro Marcelo Queiroga defendeu que governo federal, estados e municípios devem reforçar a comunicação para estimular a procura das pessoas que já tomaram a primeira dose para que completem o ciclo dentro do prazo previsto. Em evento em Presidente Prudente (SP), no início da tarde de hoje (31), Queiroga destacou o avanço da vacinação contra covid-19 no país, e afirmou sua expectativa de cumprir a meta de vacinar todos os brasileiros acima de 18 anos até setembro.

Fonte: Folha de Pernambuco

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/levantamento-aponta-baixa-hospitalizacao-de-pessoas-vacinadas-contra-a-covid-19/

Grandes organizações internacionais pedem para priorizar vacinação em países pobres

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Quatro das organizações mais importantes do mundo em saúde, economia e comércio lançaram um pedido conjunto neste sábado (31) aos produtores de vacinas anticovid para que priorizem a entrega de doses aos países pobres.

Em um comunicado conjunto, os líderes da Organização Mundial da Saúde, da Organização Mundial do Comércio, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial defenderam que os países com programas de vacinação mais avançados liberem suas doses para os Estados menos afortunados.

“Reiteramos a urgência de fornecer acesso às vacinas contra a covid-19, aos testes e aos tratamentos para os países em desenvolvimento”, afirmaram.

“Em relação às vacinas, uma limitação principal é a aguda e alarmante escassez na oferta de doses a países de baixa e média-baixa renda, especialmente no que resta de 2021”, acrescentaram.

“Pedimos aos países com programas de vacinação avançados que liberem o quanto antes o máximo de suas doses contratadas que puderem ao Covax, à AVAT (o Fundo Africano de Aquisição de Vacinas, ndlr) e aos países de renda baixa e média-baixa”, solicitaram.

O Covax é um mecanismo liderado pela OMS para entregar vacinas aos países menos desenvolvidos.

Os líderes dessas organizações denunciaram que os contratos de entrega de vacinas às nações pobres estavam sofrendo atrasos e que menos de 5% das doses adquiridas foram entregues.

“Pedimos aos fabricantes de vacinas anticovid que redobrem seus esforços para dimensionar a produção de vacinas especificamente para esses países e que garantam que o abastecimento de doses para o Covax e países com rendas baixa e média-baixa tenham prioridade na entrega de doses de reforço”, pediram.

Também pediram aos governos que reduzam ou eliminem as barreiras à exportação de vacinas e materiais exigidos para sua produção.

As quatro agências internacionais criaram uma unidade conjunta para identificar e resolver os problemas de produção de vacinas covid-19 para países em desenvolvimento. Esta equipe teve sua primeira reunião em 30 de junho.

Até agora, mais de 4 bilhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas no mundo, segundo uma contagem da AFP.

Nos países de alta renda, segundo a classificação do Banco Mundial, foram aplicadas 98,2 doses a cada 100 habitantes.

Por outro lado, nos 29 países com menor renda do mundo, foi aplicada apenas 1,6 dose a cada 100 pessoas.

Fonte:  

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Quase 100 mil idosos ainda não tomaram a segunda dose contra a Covid-19 no Rio

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Em meio ao anúncio do plano de flexibilização da cidade do Rio – que prevê a primeira etapa de reabertura para início de setembro – quase 100 mil idosos ainda não completaram o esquema vacinal na cidade. Segundo dados do painel da Prefeitura do Rio atualizados nesta sexta-feira, dia 30, 97.445 pessoas maiores de 60 anos tomaram apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Apesar de percentualmente os idosos terem uma alta cobertura vacinal completa, mais de 10 mil pessoas com 80 anos ou mais que tomaram a primeira dose no Rio ainda não completaram o esquema vacinal. O maior passivo é no grupo de 60 a 64 anos, onde 58 mil idosos ainda estão vacinados somente com a primeira dose.

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O calendário de idosos acabou há mais de três meses, em 24 de abril, com a data de 60 anos ou mais, o que já ultrapassaria o tempo da segunda dose para a vacina da CoronaVac – com prazo de 28 dias – e da AstraZeneca: 12 semanas. O imunizante da Pfizer, que no Brasil é aplicado em duas doses no intervalo de 12 semanas, não era aplicado na cidade.

A prefeitura alega que grande parte desses idosos ainda estão no prazo de completar o ciclo de imunização, porque receberam a primeira dose da vacina em dias de repescagem. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse reforçar e monitorar o passivo de pessoas que estão com a segunda doses atrasadas, mas não informou o quantitativo atual. Em meados de junho, o número beirava aos 80 mil. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, há a previsão de, nas próximas três semanas, serem aplicadas 400 mil vacinas como segunda dose.

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– Muito deles estão no prazo para se vacinar e irão se imunizar nas próximas três semanas semanas, quando ainda temos comorbidades e um grupo de idosos para completar o ciclo – explica Soranz.

Para a especialista em saúde pública da UFRJ Ligia Bahia, é necessário realizar campanhas de conscientização para todos irem tomar a segunda dose nos dias corretos. Ela explica que nesse quantitativo pode haver pessoas que tenham evitado voltar ao posto, influenciadas por notícias falsas sobre a segurança e efetividade das vacinas.

– Até agora, não vimos nenhuma campanha específica no Rio para que essas pessoas sejam resgatadas. Pedidos que líderes religiosos ajudem, em locais frequentados pelos idosos, como mercados e agências bancárias. Essa tem de ser uma mobilização da sociedade. A rede pública também pode ir às casas das pessoas. Elas têm nome, endereço e telefone – afirma.

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O plano de flexibilização apresentado nesta quinta -feira, dia 29, pela Prefeitura do Rio prevê que até 2 de setembro 45% dos cariocas estejam com o esquema vacinal completo. Já para a terceira e última fase, quando as máscaras deixariam de ser obrigatórias, a projeção é de uma cobertura de 75% dos moradores do Rio com a segunda dose. Também há o planejamento que, a partir de outubro, o Rio aplique a terceira dose em idosos, mas o tema ainda é alvo de debates no Ministério da Saúde e Anvisa.

Fonte: Extra online

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