Entenda o poder do live commerce na farmácia

LIVE COMMERCE NA FARMÁCIAMarketing digital, orientação empresarial, farmácia
Foto: Freepik

Estratégias de live commerce na farmácia podem transformar a interação com os clientes nas plataformas digitais. Tendência em alta, essa experiência está revolucionando o comércio eletrônico e arrebatando o consumidor brasileiro em especial.

Um estudo realizado pela agência Marco, envolvendo 14 países, revela que os internautas do Brasil estão entre os mais impactados pela publicidade online no mundo. Por aqui, 73% dos shoppers já tomaram alguma decisão de compra por indicação de personalidades digitais.

 

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Durante essas lives, marcas e influenciadores criam uma conexão direta com o público, apresentando produtos, esclarecendo dúvidas em tempo real e oferecendo promoções exclusivas. Enquanto isso, a audiência tem a oportunidade de adquirir instantaneamente aquele produto ou serviço.

Live commerce na farmácia cria experiência personalizada

Para Victor Okuma, gerente nacional da Indigitall, a opção pelo live commerce na farmácia vai muito além de facilitar a conversão de vendas. “Esses eventos conferem mais transparência às marcas e fortalecem a conexão emocional com o consumidor. São táticas de engajamento que não apenas humanizam as empresas, como também contribuem para a construção de relacionamentos sólidos e duradouros, algo essencial em um mercado cada vez mais competitivo”, acrescenta.

O executivo destaca ainda que a interação em tempo real durante as transmissões permite compreender melhor as necessidades dos clientes e adaptar estratégias de vendas com rapidez. “Essa dinâmica é uma oportunidade de diferenciação, que agrega valor, fideliza e potencializa a percepção de credibilidade”, ressalta.

Valorização dos microinfluenciadores

Para Rômulo Rampini, consultor credenciado pelo Sebrae-MT e fundador da TR3S Comunicação, essas ações criam um senso de urgência que impulsiona as vendas. “A personalização também se estende ao e-mail marketing, que agora aposta em histórias reais e ofertas exclusivas baseadas no comportamento do consumidor”, acrescenta.

No campo das redes sociais, a valorização dos microinfluenciadores é uma tendência simples e altamente eficaz, que vem conquistando espaço pela autenticidade. “Destaque também para o social selling, que utiliza o Instagram e o TikTok para compra direta na própria plataforma, por meio de anúncios interativos que permitem ao usuário explorar produtos e promoções sem sair do aplicativo”, ressalta.

Dicas para transformar as lives em oportunidades de engajamento e conversão

Ouça seu público: Descubra o que sua audiência quer ver na live. Produtos desejados? Promoções imperdíveis?

Aposte no rosto certo: O sucesso da live começa com quem está na tela. Escolha influenciadores que dominem a arte de interagir e vender ao vivo

Seja estratégico com o horário: Não concorra diretamente com lives de marcas semelhantes. Evitar sobreposições pode ser a chave para maximizar resultados

Crie expectativa: Use todos os seus canais para aquecer o público antes da live. Divulgue horários, promoções e quem estará apresentando. Isso mantém a audiência interessada e pronta para comprar

Garanta uma experiência impecável: Do suporte técnico à logística, cada detalhe conta. Certifique-se de que o estoque esteja alinhado e que o pós-venda ofereça agilidade e transparência

Sindusfarma inaugura sede e empossa nova diretoria

SINDUSFARMANova diretoria do Sindusfarma, indústria farmacêutica
Maurizio Billi, Cleiton de Castro Marques, Rômison Mota, Omilton Visconde Junior e Nelson Mussolini | Foto: Divulgação

O novo Conselho Diretor do Sindusfarma para o triênio 2025-2027 foi empossado oficialmente na última segunda-feira, dia 17, em evento com a presença de mais de 140 executivos da indústria farmacêutica. O encontro também marcou a apresentação da nova sede da entidade e a assinatura de um acordo de cooperação técnica com a Anvisa.

Além do presidente Rômison Mota, a autarquia foi representada no evento pelos diretores Daniel Carvalho e Danitza Passamai Rojas Buvinich, a diretora adjunta Suzana Yumi Fujimoto e o gerente-geral Marcus Aurélio Miranda de Araújo.

Diretoria do Sindusfarma reúne 12 representantes da indústria

A nova diretoria do Sindusfarma congrega 12 executivos de laboratórios brasileiros e multinacionais, tendo como presidente Cleiton de Castro Marques, CEO da Biolab. Em seu discurso de posse, o empresário ressaltou a inovação como caminho natural e desejável a seguir, dado o estágio atual da indústria farmacêutica instalada no país.

“O Brasil precisa deixar de ser apenas um grande exportador de commodities, produtos agrícolas e agroindustriais. É necessário que o país passe a formular estratégias que o façam ocupar também uma posição de destaque no mercado global da inovação, especialmente no campo da saúde”, acredita. Para Marques, essa transformação passa pelo estímulo à inovação incremental. “Mas para que essa dinâmica ganhe tração, devemos resolver uma questão que me parece insolúvel – a precificação de medicamentos”, pondera.

O CEO da Biolab defende uma ampla renovação do arcabouço regulatório no setor farmacêutico. “A precificação dos medicamentos originários de inovação incremental é um gargalo a ser sanado se quisermos enveredar, de fato, no promissor terreno da inovação em saúde”, pontua.

Cooperação técnica com a Anvisa

Marques também frisou a importância da harmonização regulatória e do intercâmbio de documentações e dossiês com outros países. “O trabalho da Anvisa vem recebendo um justo reconhecimento internacional por iniciativas como o acordo firmado pelo PIC/S. Esse convênio permitiu que nossas fábricas instaladas no Brasil, inspecionadas e certificadas pela agência, fossem aprovadas pela autoridade reguladora de medicamentos canadense”, explica.

O reajuste para cima dos valores de referência do Farmácia Popular será outra bandeira levantada pelo Sindusfarma. “Queremos dialogar com o governo para fortalecer essa política de Estado vencedora”, finaliza.

Dever cumprido

Em seu discurso de despedida da presidência do Conselho Diretor, Omilton Visconde Junior, CEO da Cellera Farma, fez um rápido balanço de suas cinco gestões na presidência da entidade. “Encerro hoje meu ciclo com a sensação de dever cumprido. Foi um período longo, de cinco mandatos não consecutivos, sendo este último particularmente desafiador em função da pandemia e das turbulências que marcaram a gestão pública do país na área da saúde. E a indústria farmacêutica entregou o que se esperava dela. Salvou vidas”, relembra.

Mas, para ele, várias questões ainda precisam ser resolvidas, como a flexibilização do controle de preços, o modelo de incorporação e financiamento das terapias avançadas e a fiscalização efetiva da dispensação de remédios sujeitos a prescrição médica.

“É importante lembrar que o período de liberdade de preços no fim dos anos 1990 foi decisivo para a construção e consolidação do moderno parque industrial farmacêutico que existe hoje no país, nivelado aos melhores do mundo. Uma correta regulação garantiria mais investimentos da indústria farmacêutica em inovação radical e incremental”, ressalta.

Nova sede

Fundado há 92 anos no estado de São Paulo, o Sindusfarma conta com 610 empresas associadas. Elas respondem por mais de 95% do mercado de medicamentos no país, empregando em torno de 900 mil colaboradores de forma direta e indireta.

Nova sede na Vila Olimpia em Sao Paulo conta com sete andares Foto Ana Claudia Nagao
Foto: Ana Claudia Nagao

Instalado na esquina das ruas Alvorada e Casa do Ator, no coração do bairro paulistano da Vila Olímpia, o prédio icônico foi elaborado para se tornar um marco arquitetônico. O imóvel mescla vários andares ajardinados em contraste com os imensos prédios envidraçados da metrópole.

Com sete andares e aproximadamente 3.275 m² de área construída, a edificação foi erguida no mesmo terreno da sede antiga, inaugurada em 1981, que foi demolida. Das modernas instalações constam auditório, salas de reunião, foyer, áreas administrativas e uma cobertura. Durante a obra, a entidade ficou em um endereço provisório na Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin. A mudança definitiva ocorreu no início de janeiro.

“Trata-se de uma retribuição em serviços e qualidade de atendimento às empresas associadas. Estamos preparados para atender às demandas presentes e futuras da indústria farmacêutica”, comemora o CEO da Cellera, que dá o nome ao novo prédio.

Composição do novo Conselho Diretor

Presidente: Cleiton de Castro Marques (Biolab)
1º Vice-presidente: Amanda Spina (Johnson & Johnson)
2º Vice-presidente: Omilton Visconde Jr (Cellera)
3º Vice-presidente: Maurizio Billi (Eurofarma)
Diretor: Alexandre Gibim (Pfizer)
Diretor: Breno Oliveira (Hypera)
Diretor: Fernando Sampaio (Sanofi Medley)
Diretor: Isabella Wanderley (Novo Nordisk)
Diretor: Lorice Scalise (Roche)
Diretor: Marcus Sanchez (EMS)
Diretor: Maria Heloísa Simão (Blanver)
Diretor: Patrick Eckert (GSK)

Suplentes

1º Andrea Sambati (Boehringer Ingelheim)
2º Eder Fernando Maffissoni (Prati-Donaduzzi)
3º Eduardo Tutihashi (Abbvie)
4º Fernando Gabriel Itzaina Sanchez (FQM)
5º Fernando de Jesus Vaz Afonso (Vertex)
6º Guilherme Maradei (Natulab)
7º Heraldo Marchezini (Biomm)
8º Jairo Yamamoto (Althaia)
9º José Arnaud (Merck)
10º José Vicente Marino (Aché)
11º Laurena Magnoni (Besins)
12º Roberto Vieira Rocha (Teva)

Membros efetivos do Conselho Fiscal

1º Odilon Costa (Cristália)
2º Rubens Gimenes Filho (Almeida Prado)
3º Walker Magalhães Lahmann (Eurofarma)

Suplentes

1º Fernando Salles A. Marques (Arese Pharma)
2º Juliana Megid (EMS)
3º Magda Giudicissi (Cazi Química)

Presidência executiva

Nelson Mussolini

Roubos de Ozempic aumentaram 116% em 2024

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Roubos de Ozempic
Farmácias têm optado por diminuir estoques e aumentar segurança – Foto: Canva

Os relatos de roubos de Ozempic, Wegovy e Saxenda em farmácias têm se tornado cada vez mais comuns no cotidiano dos profissionais do setor. Os tão desejados fármacos contra o diabetes, popularmente utilizados para emagrecimento, contam com altos valores agregados e facilitam revendas em mercados ilegais. As informações são da Folha de S.Paulo.

A crescente tendência é rapidamente comprovada após uma análise de dados disponibilizados pelo governo de São Paulo. Após registrar apenas uma ocorrência em 2022, o número de roubos subiu para 18 no ano seguinte e 39 no ano passado, o que representa um aumento de aproximadamente 116,7% entre 2023 e 2024.

Entretanto, a incidência de casos tende a ser ainda maior, já que em cerca de metade dos roubos relatados não houve especificação dos medicamentos que foram alvos dos criminosos.

Roubos de Ozempic alteram rotinas no varejo

Buscando entender melhor as consequências dos roubos de Ozempic para o varejo brasileiro, a equipe da Folha de S.Paulo procurou a RD Saúde e o Grupo DPSP, mas as redes não se pronunciaram.

Wilson Martins, gerente da farmácia independente Farma O Imperador, comentou a problemática: “Quem estoca Ozempic não consegue trabalhar em paz. As pessoas perguntam: Você tem Ozempic? Não, não temos. Assim, não somos roubados”, explica.

Pedro Ivo Corrêa dos Santos, chefe de polícia do Departamento de Investigação Criminal do Estado de São Paulo, explicou a preferência dos criminosos pelos PDVs: “As farmácias são, frequentemente, alvos fáceis, Muitas operam 24 horas por dia, armazenando o produto em uma geladeira sem segurança real, apenas protegida pelo farmacêutico”.

Vacina da dengue segue com oferta baixa na rede privada

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Vacina da dengue
Com público limitado no SUS, aplicação particular tem alta demanda, mas baixo estoque / Foto: Freepik

A vacina da dengue ainda não deslanchou no Brasil. Isso porque, no SUS, o imunizante está disponível apenas para pessoas de 10 a 14 anos. E na iniciativa privada, está em falta. As informações são do portal VivaBem, do UOL.

Atualmente, duas vacinas foram aprovadas no Brasil: a QDenga, da Takeda; e a Dengvaxia, da Sanofi. Os preços variam de R$ 500 a R$ 300 respectivamente.

Em resposta à reportagem, a farmacêutica japonesa confirmou priorizar o SUS, mas, segundo ela, está atendendo à necessidade de segunda dose para aqueles pacientes que já foram imunizados fora do sistema público. Já o laboratório francês afirma que a produção, comercialização e distribuição estão normalizadas.

Paciente já foi em mais de dez clínicas 

A paciente Andrea Lourenço, entrevistada pelo portal, vive uma verdadeira peregrinação atrás da vacina da dengue. Ela já visitou mais de dez clínicas particulares e não conseguiu se imunizar. “Já deixei meu nome na lista, mas não tem previsão de chegada”, lamenta.

Entrada de vacina da dengue no PNI causou desabastecimento 

Apesar de apenas a QDenga ser aplicada no SUS, a rápida inclusão da vacina no PNI acabou gerando uma demanda acima do previsto pela Takeda. “Há uma falta generalizada da vacina. São poucas as doses disponibilizadas para os serviços privados, que não dão conta da demanda”, afirma a presidente do conselho da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), Fabiana Funk.

“O laboratório fornece, para poucas clínicas de vacinação, cerca de 10 a 20 doses por mês. Sou de Chapecó (SC) e aqui tem clínica com fila de espera de 2,5 mil pessoas”, completa.

Trabalho conjunto é solução, aponta especialista 

Para Karina Chiuratto, farmacêutica e consultora científica da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), o trabalho conjunto é a forma de amenizar o impacto do desabastecimento. “O momento atual exige um esforço conjunto entre setor privado, público e população, para garantir que todos tenham acesso à proteção mais eficaz disponível contra a doença”.

Butantan quer surgir como opção 

No último mês de janeiro, o Butantan iniciou a produção de sua vacina contra a dengue, a Butantan-DV. A expectativa é que a Anvisa oficialize sua análise nos próximos meses.

O imunizante em questão difere das opções presentes no mercado por ser ministrado em dose única. A condição de aplicação facilita os processos de logística e distribuição, ampliando a adesão e o alcance do imunizante. A vacina é tetravalente, ou seja, foi desenvolvida para combater quatro sorotipos do vírus.

Reforma tributária afeta reajuste no preço dos medicamentos

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reajuste no preço dos medicamentos
Reajuste 2025 deve ser oficializado em março– Foto: Canva

O anual reajuste no preço dos medicamentos deve ser anunciado no início de março. A decisão, de responsabilidade da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), é baseada em um cálculo que pondera diversos índices econômicos.

O impacto dessa mudança na prática, no entanto, pode ser diferente do esperado, tendo em vista que as farmácias não costumam negociar seus produtos no limite do preço: “As farmácias praticam preços muito inferiores ao teto por três motivos: a possibilidade de ajuste para ofertas; a concorrência; e por fim, a diferença do ICMS praticado em diferentes regiões”, explica Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma

“Atualmente, você tem estados em que o ICMS é 22% e outros em que a alíquota é de 18%. É aí que entra o mais importante do reajuste da CMED. Existe um preço-fábrica e um preço ao consumidor, o que gera um problema tributário que afeta a competitividade nos estados”, explica.

O executivo ainda aponta o possível aumento na taxa básica de juros como potencial vilão. “A alta da Selic vai minar o poder de compra do brasileiro”, complementa.

Quatro fatores influenciam reajuste no preço dos medicamentos

O cálculo realizado pela CMED leva em conta índices como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), os custos não captados pela inflação, como câmbio e tarifas de energia elétrica, concorrência no mercado e o nível de produtividade das indústrias farmacêuticas.

A última, inclusive, é a única variante que já é de conhecimento público, dificultando qualquer tipo de previsão sobre o novo índice. “Não sabemos qual será o reajuste. Temos conhecimento, conforme publicado, do fator de produtividade, que apresentou uma variação de 2.459%. Esse número faz parte do modelo que estima uma variação positiva no índice de produtividade da indústria farmacêutica para o período entre julho de 2024 e junho de 2025”, ilustra Mena Barreto.

Brasil é um dos países com maior tributação no mundo

As mudanças propostas pela reforma tributária incluem os medicamentos na lista de menor alíquota, com uma redução de 60% no IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e do CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).

“Hoje a carga tributária de medicamento no Brasil é uma das maiores do mundo, de cada R$ 100, 33% são impostos. Para você ter uma ideia, na média, no mundo a carga é de 6%, e em alguns países é zero. Se chegar em mais ou menos 10%, 12% ou 13%, terá sido a maior mudança do setor de saúde nos últimos 30, 40 anos. A gente gostaria que fosse zero no Brasil, mas não foi possível”, pontua o CEO da Abrafarma.

ABFMED quer mudanças na regulação do setor farmacêutico

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ABFMED
Entidade priorizará trabalho político em duas pautas / Foto: Freepik gerada com IA

A Associação Brasileira de Fornecedores de Medicamentos (ABFMED) elencou seus dois principais objetivos para 2025. A entidade dará especial atenção à revisão das regras da CMED e das licitações públicas no setor farmacêutico. As informações são do Migalhas.

Na tentativa de conferir mais segurança jurídica para o setor, a associação busca modificar a Lei 10.742/03. O texto determina os critérios para infrações e multas aplicadas pela CMED. A entidade vê falta de clareza nesse conjunto de normas.

Já o aprimoramento da Lei 14.133/21 visa a estabelecer requisitos mais específicos para medicamentos nos processos licitatórios, o que inclui os prazos mínimos de validade e entregas mais realistas. “O objetivo é garantir um ambiente mais seguro e competitivo para os fornecedores, assegurando a continuidade do abastecimento de medicamentos ao setor público”, afirma o presidente executivo, Deivis Guimarães.

ABFMED também critica teto de preços dos medicamentos 

Outro ponto de atenção para a ABFMED é a recente resolução da CMED que reduziu os tetos de preços de medicamentos. A associação já pediu esclarecimentos formais sobre os impactos da medida nos contratos vigentes, mas ainda não recebeu nenhuma resposta.

“As recentes mudanças na regulação de preços pela CMED representam um desafio significativo para os fornecedores de medicamentos. Estamos adotando medidas jurídicas para assegurar que os direitos de nossos associados sejam preservados”, afirma o diretor jurídico Guillermo Glassman.

Atlhetica Nutrition busca expansão em farmácias regionais

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O diretor comercial Jefferson Silva aposta em inovação e collabs / Foto: Divulgação

Especializada na produção de suplementos alimentares, a Atlhetica Nutrition completa 25 anos com foco no aumento da positivação de PDVs. E a entrada em farmácias regionais tornou-se a prioridade nos planos de crescimento da fabricante.

Atualmente, o varejo farmacêutico responde por 30% do volume de negócios da companhia e o setor é visto como estratégico para incrementar a receita em 45%. Com cerca de 300 SKUs, a marca está presente em 15 mil farmácias, incluindo 100% das unidades da RD Saúde e 80% das lojas do Grupo DPSP.

“O projeto que temos desenvolvido ao longo dos anos no grande varejo acabou servindo de vitrine, nos referenciando para outros empresários do canal farma como um caso de sucesso”, enfatiza o diretor comercial Jefferson Silva. O executivo também se ampara no potencial do mercado de suplementos no país.

De acordo com projeções da Future Market Insights, o segmento deve alcançar R$ 1,5 bilhão em vendas neste ano.

Entre 2023 e 2024, a Atlhetica Nutrition bateu a marca de 1 milhão de snacks comercializados na RD Saúde, o que a credencia entre as três maiores empresas do segmento com atuação em drogarias. Com essa expertise adquirida nas redes de maior porte, a ideia é replicar o modelo junto às associativistas e independentes, mas adequando o mix segundo a necessidade de cada farmácia.

“Nesses nichos, a reposição tem uma relevância ainda maior para o negócio, o que exige trabalharmos com pedidos menores e mais atrativos. Para respaldar essa operação, temos planos de desenvolver centros de distribuição regionais e parcerias que dinamizem as operações logísticas”, ressalta Silva.

Atlhetica Nutrition investe em inovação e collabs 

Com olhos voltados para a inovação, a Atlhetica Nutrition é uma empresa 100% nacional e familiar. Tem como carros-chefes os mais de 20 sabores que compõem o portfólio da linha Best Whey, como panetone, brigadeiro e doce de leite.

E seguindo a tendência das collabs, a companhia comemora o sucesso das vendas do Best Whey Toddy em parceria com a PepsiCo. “Foi uma chance ímpar de unir a nossa marca com a segunda maior empresa de alimentos do mundo, que acumula mais de 90 anos de tradição no mercado”, comenta.

Segundo ele, a parceria atesta a qualidade dos produtos e a capacidade da companhia de sustentar uma parceria de tal magnitude, abrindo as portas para outros projetos. “Um exemplo é a criação do Best Whey Dadinho, o famoso doce de amendoim que desperta a memória afetiva do consumidor”, pontua.

A aposta nos sabores e produtos diferenciados localizados no checkout das lojas visa a chamar a atenção para o consumo de suplementos e alimentos saudáveis. É o caso de snacks como o Best Whey Protein Ball, que se tornou o produto mais vendido do gênero na Drogaria São Paulo, pela sua capacidade de entregar sabor mantendo uma alta concentração de proteína. Um dos principais projetos para 2025, inclusive, será uma collab voltada para a linha de bebidas energéticas.

A ampliação do portfólio é sustentada pela planta de Matão, no interior paulista. A fábrica conta com 75 mil metros quadrados de área, que concentra 95% da produção. “E já temos reservado um terreno adicional de 20 mil metros quadrados para expansão da capacidade”, antecipa.

Ações de trade 

Entre as ações realizadas no PDV, a Atlhetica Nutrition promove treinamentos e eventos de degustação para estimular a venda por impulso e indulgência. “Estamos organizando um projeto de trade marketing para trabalhar melhor as pontas de gôndola e o planograma da loja, com a presença de promotores para cuidar do posicionamento das nossas linhas”, acrescenta.

Outra frente de atuação é a oferta de kits de whey com creatina, que facilita a venda para o consumidor e contribui para aumentar o tíquete médio. Para uma melhor visualização dos produtos na farmácia, a empresa desenvolveu embalagens de 450 gramas, menores que os potes tradicionalmente comercializados em lojas especializadas.

ATHLETICA NUTRITION
Fundação: 2000
Sede: planta de 75 mil metros quadrados em Matão (SP)
Escritório comercial: Vila Olímpia, zona sul de São Paulo (SP)
Capilaridade: presença em 8 mil PDVs especializados e 15 mil farmácias
Número de SKUs: 300

Colômbia discute implementação de distância mínima entre farmácias

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distância mínima entre farmácias
Debate contrapõe liberdade e sustentabilidade do setor – Foto: Canva

O varejo farmacêutico da Colômbia está debatendo a volta de uma lei que regula a distância mínima entre farmácias no país. As normas, que já existem há anos, determinam que apenas um PDV possa atuar a cada 75 metros. As informações são do portal America Malls & Retail.

A questão voltou a pautar discussões depois que a Corte Constitucional do país confirmou que as regras devem ser aplicadas em todo o território colombiano, decisão que desagradou as grandes varejistas e contou com o apoio de organizações como a Asocoldro (Asociación Colombiana de Droguistas y Detallistas). O principal intuito é evitar o acúmulo de drogarias, combatendo os monopólios e possibilitando uma concorrência mais justa.

“A lei é uma medida de planejamento territorial que busca equilibrar a oferta de serviços farmacêuticos no país”, afirma um trecho da decisão oficial da corte.

Distância mínima entre farmácias: confira os principais argumentos

Grande apoiadora da legislação, a Asocoldro associa o sucesso do texto à garantia do acesso equitativo da população aos medicamentos, além da preservação da diversidade no segmento.

“As farmácias cumprem uma função social e não podem ser reduzidas a meras concorrentes numa guerra de preços. As regulamentações são necessárias para evitar o deslocamento de pequenas empresas que atendem comunidades há décadas”, explica Greison Camargo, diretor jurídico da associação.

Na posição contrária estão as grandes varejistas presentes no país, com destaque para a Farmatodo e a para a rede mexicana Dr. Simi, que classificou a norma como “obsoleta”. Na visão delas a legislação limita a livre concorrência do mercado e restringe a capacidade de expansão das empresas, prejudicando não apenas os consumidores, mas também a população em geral, que poderia se beneficiar com a abertura de vagas de emprego.

Solução de retail media da RD Saúde vira case em evento

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Solução de retail media
Solução opera em 15 canais diferentes, além das telas instaladas em loja / Foto: Reprodução Mercado & Consumo

A solução de retail media da RD Saúde, a Impulso, foi um dos cases de sucesso apresentados no Retail Innovations 2025, estudo realizado pelo Grupo Ebeltoft. A ferramenta utiliza os dados dos 46 milhões de clientes cadastrados para oferecer publicidade assertiva a seus perfis. As informações são do Mercado & Consumo.

Além das telas digitais instaladas nas farmácias do grupo, Drogasil e Raia, a Impulso também opera em outros 15 canais, como mídia programática, e-mail marketing e SMS, por exemplo. Além disso, a plataforma expandiu em mais de 50% o número de telas, de 6 mil para 10 mil, por meio da aquisição da E-Loopz.

“A Impulso exemplifica a inovação em retail media, mostrando como os varejistas estão diversificando seus modelos de negócios e monetização de ativos além do varejo tradicional”, afirma o estudo.

Solução de retail media maximiza resultados da RD Saúde no setor 

O reconhecimento recebido pela Impulso pode intensificar os resultados da RD Saúde em retail media. E esse é um mercado cuja expectativa era movimentar US$ 2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) na América Latina em 2024.

Quem afirma é a consultoria eMarketr, a partir de estudo organizado pela Newtail. A empresa de pesquisa de mercado também estima que, até 2028, esse montante chegue a US$ 5 bilhões (R$ 28,5 bilhões).

Em 2023, essa modalidade abocanhou R$ 2,6 bilhões, algo em torno de 8% do total investido em publicidade no país. E o varejo farmacêutico é um dos setores mais pujantes nessa inciativa.

Novo protocolo digital da Anvisa entrará em vigor em 13 de março

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protocolo digital da Anvisa
Iniciativa promete maior agilidade durante o trâmite de documentos – Foto: Canva

O novo protocolo digital da Anvisa foi anunciado na última sexta-feira, dia 14. As  regras e recomendações fazem parte da RDC 947, de 12/12/2024, que passa a valer oficialmente a partir de 13 de março. O texto prevê que todos os documentos terão que ser protocolados de forma eletrônica, ou seja, não serão mais aceitos documentos em papel.

A medida visa tornar mais ágeis a análise processual e a resposta ao cidadão, bem como eliminar custos com digitalização e guarda de documentos em arquivos físicos. Além disso, os documentos nato-digitais (aqueles que já são criados em meio eletrônico) ou digitalizados terão a garantia de integridade, de autoria e de autenticidade, mediante utilização de assinatura eletrônica.

Entre os tipos de assinatura digital aceitas estão a digital qualificada, com certificado digital no padrão de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil; e a digital avançada, realizada por meio do portal Gov.Br ou outro que venha a substituí-lo.

Novo protocolo digital da Anvisa é resposta a críticas

 A constante busca por melhorias e otimizações em seus processos é parte de uma série de ações da autarquia em resposta ao setor farmacêutico e ao próprio governo, que cobraram por diversas vezes nos últimos anos mais agilidade da agência.