O lucro da Elfa teve um incremento de 7,7% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2021. A receita líquida de R$ 1,31 bilhão, no entanto, representou uma retração de 1,3%. O grupo atribui esse resultado ao forte crescimento orgânico de 35,2% nos três primeiros meses do ano passado.
Um dos fatores que ajuda a explicar o resultado é a suspensão, desde 1º de janeiro de 2022, da cobrança do DIFAL (Diferencial de Alíquota de ICMS) para vendas interestaduais. Isso, combinado com a expectativa do aumento de preço da CMED de 10,89%, apontou para uma maior agressividade de preços praticados pelos principais concorrentes, principalmente na área de especialidades farmacêuticas.
Aquisições puxam o lucro da Elfa
Uma série de aquisições vem ditando o tom das operações da Elfa nos últimos anos e sustentam planos como o de abertura de capital.
A mais nova incorporação ocorreu em 2 de maio com a compra da Descarpack, líder nacional do setor de produtos descartáveis para as áreas de saúde e farmacêutica, que em 2020 apresentou receita líquida de R$ 1,2 bilhão. A aquisição girou em torno de R$ 942 milhões.
Com esse movimento, o Grupo Elfa passa a ser responsável pela carteira de clientes da Descarpack, que conta com mais de 5,5 mil distribuidores para o fornecimento de consumíveis (luvas, máscaras cirúrgicas, seringas, entre outros materiais para a área da saúde).
Desde 2014, quando foi adquirido pelo Pátria Investimentos, o Grupo Elfa já soma 20 aquisições. Por meio de M&A, a companhia vem reforçando seu portfólio de produtos e serviços, bem como expandindo sua presença regional e nacional. Somente em 2021, foram compradas cinco empresas dos segmentos de produtos, serviços e logística em saúde, sendo elas: Dupatri Hospitalar, Grupo Anbioton, Biodente, Grupo DRS e TLS. Juntas, essas aquisições somaram mais de R＄ 812,7 milhões em receitas.
“Nosso pipeline de aquisições segue ativo com suporte de time próprio e experiente. Os potenciais alvos buscam complementar nossa presença no Brasil (produtos e regiões) ou trazer novos conhecimentos e serviços que serão importantes diferenciais competitivos”, afirma José Antonio Vieira, CEO da Elfa.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
