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Luz do celular diminui produção de melatonina e prejudica

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Se você chega em casa exausto, se deita e, antes de dormir, troca mensagens, lê notícias ou joga em aplicativos no celular, pode estar prejudicando a produção de melatonina no cérebro – hormônio natural produzido com o intuito de regular o sono.

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Quando o dia começa a escurecer, o cérebro libera a melatonina para “avisar” ao corpo que está na hora de descansar. Com a chegada da manhã, há uma redução na produção da substância, o que sinaliza que está na hora de levantar.

“Quando a pessoa se expõe ao estímulo luminoso, seja pelo computador, pelo celular ou pela televisão, um receptor na retina capta a informação e inibe a secreção da melatonina. É uma mensagem imediata para o cérebro dizendo que não está na hora de dormir”, explica a médica Luciana Palombini, especialista em sono.

Demorar a dormir, acordar cansado e de mau humor no dia seguinte, sem que o sono tenha sido reparador, são algumas das consequências a curto prazo da desregulação da produção de melatonina. Com o tempo, a tendência é que haja prejuízos ao sistema imunológico, o corpo corre mais riscos de ter diabetes, sofrer doenças cardíacas e até câncer. Entre crianças e adolescentes, a má qualidade do sono tem sido uma queixa frequente, especialmente por conta da tendência de contato cada vez mais excessivo com produtos eletrônicos.

“Na adolescência, existe uma tendência natural de começar o sono mais tarde e há também uma necessidade maior de grandes quantidades de sono. Hoje, jovens são extremamente estimulados por celulares e computadores. Isso faz com que eles durmam menos. Tem vários trabalhos associando esse adolescente que tem poucas horas de sono à depressão, ao distúrbio bipolar e ao aumento de peso”, aponta a dra. Luciana.

Os comprimentos luminosos de onda azul, como os emitidos pelo celular e pela TV, são responsáveis por simular para o cérebro que ainda está claro e, portanto, não está na hora de dormir. Para diminuir a confusão, alguns celulares oferecem a opção “modo noturno”, quando o aparelho filtra a luz azul da tela com o intuito de prejudicar menos a visão do usuário. Há ainda aplicativos como o f.lux e o Twilight que cumprem a mesma função.

No entanto, segundo a especialista, essas opções resolvem apenas parte do problema. “O ideal é que a pessoa não realize atividades que continuem estimulando o cérebro, como ler notícias ou trocar mensagens”.

Leite materno passa hormônio para os bebês recém-nascidos

Do momento do nascimento aos seis meses de idade, os bebês não produzem melatonina, mas a recebem através do leite materno. “A mamãe precisa ter um padrão de sono semelhante ao do filho. Se o ritmo é diferente, ela vai ter mais dificuldade de secretar melatonina. Aí o bebê vai ficar acordado, e a casa vira uma bagunça”, afirma o professor Marco Tulio de Mello.

Depois desse período, a indicação é manter o ambiente claro quando a criança cochila durante o dia, para que o cérebro comece a se programar para priorizar o sono noturno. “A tendência é que a criança vá diminuindo o tempo de sono no período do dia e sincronizando com o sono dos adultos”, pontua o professor.

A partir daí, o foco deve ser voltado para a criação de hábitos saudáveis de sono. A doutora Luciana Palombini dá as dicas: “É preciso que os pais organizem o sono desde cedo, que evitem a exposição ao eletrônico uma hora antes de dormir e criem um ritual, fazer uma leitura com a criança, por exemplo”.

Substância é vendida em farmácias

Foi apenas no fim de 2016 que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação e a manipulação da melatonina como medicamento no Brasil, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, onde a substância é comercializada como suplemento alimentar em drogarias e até em supermercados há muito tempo.

“Muitas pessoas consomem a melatonina sem uma orientação médica e ultrapassam a dose que costuma ser recomendada. Com isso, no outro dia acordam chapadas, com muito sono”, explica o professor da UFMG, Marco Tulio de Mello, especialista em sono.

Outra grande questão que cerca a utilização da melatonina no Brasil diz respeito ao uso contínuo e excessivo para tratar e curar problemas de insônia. “As pessoas tomam melatonina de uma forma desorganizada, e isso pode provocar uma ‘down-regulation’, ou seja, o corpo pode produzir menos melatonina porque o hormônio sintético já está sendo usado continuamente”, explica o professor.

Fonte: O Tempo Contagem

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/15/profarma-specialty-busca-ampliacao-nas-regioes-norte-nordeste-e-sul/

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