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Medibras entra com pedido de recuperação judicial

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Recuperação judicial
Foto: Canva

 

Mais uma distribuidora de medicamentos pede recuperação judicial. Desta vez foi Medibras, de Araraquara (SP), que entrou com pedido com um passivo de mais de R$ 100 milhões. Nesta quarta-feira, dia 31, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – Comarca de Ribeirão Preto determinou a realização de uma perícia para a “realização de constatação prévia para aferição da real situação de funcionamento da empresa”.

Este é apenas o caso mais recente envolvendo uma distribuidora de medicamentos. Nos últimos 24meses, já são seis empresas do segmento em processo de recuperação judicial quatro delas entrando com pedido ao longo de 2023. São elas a DP4, que entrou com o processo em março; Rio Drog’s (junho), Neosul (outubro) e American Farma (novembro). Já a Dislab entrou com pedido em outubro de 2022.

Retração de vendas e inadimplência: o caminho para a recuperação judicial

Especialistas do mercado ouvidos pelo Panorama Farmacêutico atribuem a situação a uma somatória de variáveis, que incluem margens baixas, custo operacional elevado, forte aumento da inadimplência e retração nas vendas, fatores que prejudicam a operação das distribuidoras. Além das citadas acima, mais nove grupos encontram-se em dificuldades financeiras consideradas graves.

No pedido de recuperação judicial da American Farma, dentre outros motivos, a principal causadora da atual crise foi a Covid-19. Segundo a companhia, a impossibilidade de seguir com a visitação médica afetou gravemente seu negócio de farmácias de manipulação.

Em paralelo, as varejistas independentes do Norte do país, com menos acesso a crédito bancário, pediram à distribuidora o alargamento de prazos de pagamento, o que gerou um ciclo financeiro invertido. Atualmente o passivo geral se encontra na ordem dos R$ 101 milhões.

Na época, a Dislab, em comunicado enviado ao mercado, afirmou que os principais motivos que impulsionaram a tomada de decisão foram o aumento da inflação e taxa de juros, que impacta significativamente em custos e despesas operacionais e financeiras; e a escassez de medicamentos, instabilidade e alternância na demanda de algumas categorias de produtos, e indústrias, que afetaram diretamente a previsibilidade de vendas, rebaixa de preços e rentabilidade em vários produtos.

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