O medicamento para emagrecer VK2735, da Viking Therapeutics, causou alvoroço no mercado. Isso porque os resultados de seu ensaio de Fase II indicam um concorrente “de peso” ao Ozempic, da Novo Nordisk. As informações são da Exame.
De acordo com os estudos, o remédio causou uma perda média de 14,7% do peso em 13 semanas. O grande ponto é que os fármacos atuais levam 68 semanas para atingir um resultado semelhante.
Apesar de agir assim como os demais medicamentos já consagrados, “imitando” o hormônio que gera a saciedade, o VK2735 tem um diferencial: ele também simula o efeito de um polipeptídeo que retarda os movimentos intestinais.
Em comunicado, o CEO da Viking, Brian Lian, disse que a companhia está ansiosa para avançar no desenvolvimento da terapia inovadora.
Medicamento para emagrecer “engordou” contas de farmacêutica
Como já visto com a Novo Nordisk, cujo avanço afetou até mesmo o PIB da Dinamarca, a Viking também já colhe os frutos de seu medicamento para emagrecer.
Depois da divulgação dos resultados promissores, as ações da farmacêutica apresentaram um avanço considerável. Em apenas dois dias, os papeis dispararam 146% na semana passada.
Agora, o laboratório aguarda uma reunião com a FDA, que deve acontecer no meio do ano, para determinar os próximos passos da pesquisa.
O outro lado da moeda
Se as fabricantes de medicamentos para emagrecer, como Novo Nordisk, Eli Lilly e a Viking tem nadado de braçada, outros setores se preocupam com o advento desses remédios.
O varejo é um deles. Em outubro passado, o CEO do Walmart, John Furner, apontou que esses fármacos impactam diretamente os negócios da companhia, que atua no varejo alimentar e farmacêutico.
Segundo ele, os pacientes que fazem uso da semaglutida compram menos alimentos e o efeito da redução do apetite pode atingir até mesmo os gigantes do mercado de fast food.
