A Pfizer está apostando grande parte de seu futuro em medicamentos contra câncer, como forma de aumentar o faturamento e reverter a queda na receita dos produtos relacionados à Covid-19. As informações são do The Wall Street Journal/ InvestNews.
Com a aquisição da empresa de biotecnologia Seagen, a farmacêutica colocou no mercado três terapias oncológicas de última geração e tem pelo menos uma dúzia de novos fármacos em desenvolvimento. A companhia espera que os ADCs, conhecidos como drogas e anticorpos conjugados, gerem US$ 10 bilhões (R$ 54,7 bilhões) em vendas anuais até 2030.
Mas para isso, ao laboratório precisa de uma cartada certa. Uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo em vendas, a Pfizer teve ganhos espantosos durante a pandemia, graças à sua vacina contra a Covid-19, desenvolvida com a BioNTech.
A receita em 2022 ultrapassou os US$ 100 bilhões (R$ 546,9 bilhões). Mas depois que a emergência da pandemia recuou, as vendas de vários novos remédios ficaram abaixo do esperado. E a primeira tentativa da empresa com uma pílula para perda de peso, que gerou muita expectativa, não foi bem-sucedida.
Seagen é pioneira em medicamentos contra câncer
A Seagen foi pioneira nos ADCs, que conectam a quimioterapia a um anticorpo que causa o câncer, possibilitando o ataque direto de toxinas ao tumor, poupando células saudáveis. Foram décadas para resolver os problemas da tecnologia. Agora, seus medicamentos são aprovados para combater linfomas, câncer de bexiga, de colo do útero, entre outros.
A Pfizer agora tem cinco dos 11 ADCs no mercado. Um deles, o Padcev, para câncer de bexiga, deve gerar cerca de US$ 4 bilhões (R$ 21,8 bilhões) em vendas anuais até 2029, segundo analistas.