Levantamento da consultoria IQVIA elencou os medicamentos mais vendidos nas farmácias nos últimos 12 meses até junho deste ano. No período, o varejo farmacêutico brasileiro atingiu a marca de 5,42 bilhões de unidades comercializadas. Trata-se de um crescimento de 1,92% em relação ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 5,32 bilhões.
O estudo revela uma predominância de quatro farmacêuticas nacionais no ranking, contra duas multinacionais. Mais uma vez o antidiabético de uso oral Glifage XR, da alemã Merck, ocupa a primeira colocação, com 116,7 milhões de unidades. No fim do ano passado, o medicamento atingiu a marca de 100 milhões de caixas produzidas no Brasil, o que corresponde a uma elevação de mais de 600% nos últimos dez anos.
Em segundo lugar vem o Neosoro AD, com 69,7 milhões de itens vendidos. Em abril, a linha foi ampliada com o lançamento do Neosoro Fluid para lavagem nasal diária. O descongestionante nasal faz parte do portfólio da Neo Química, que ainda tem mais quatro produtos no top 10. Um deles é a losartana potássica, anti-hipertensivo que contabilizou 48,7 milhões de unidades.
Já a quarta posição é ocupada pela Maxalgina (36,5 milhões). A dipirona sódica, da Natulab, detém 26,7% de market share, tendo sido o MIP mais comercializado no mercado em 2022. A lista ainda contempla o Puran T4, hormônio sintético para tratamento do hipotireoidismo da Sanofi, que vendeu 34,9 milhões de itens.
Medicamentos top 10 no varejo farmacêutico
(em milhões de unidades)
Medicamentos mais vendidos refletem onda do off-label e cesta OTC
Para especialistas, a lista dos medicamentos mais vendidos está em linha com duas tendências observadas desde 2022. “Os medicamentos antidiabéticos vêm ganhando peso não só pelo combate à doença, mas pelo seu uso off-label. Além disso, o share de analgésicos e relaxantes musculares na cesta de OTC vem aumentando gradualmente e também favorece a alta na demanda”, analisa Wilton Torres, fundador da plataforma de consulta de medicamentos Farmaindex.