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Médicos do RJ investigam ligação de Covid-19 à perda de olfato

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Para tentar entender a correlação entre a perda de olfato e a Covid-19, um grupo de médicos do Rio de Janeiro organizou um questionário online e está levantando casos de pessoas que, em meio à pandemia, relataram ter perdido a capacidade de sentir cheiros.

A pesquisa, iniciada no último dia 25, foi respondida por 313 pacientes relatando ter perdido o olfato até a noite de terça-feira (30). O formulário com 14 perguntas busca identificar, por exemplo, se o paciente fez teste para Covid-19 e se a capacidade de sentir cheiros voltou ao normal – ou não.

Para a otorrinolaringologista do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle Lucia Joffily, que há 11 anos atua na especialidade, o aparecimento de pacientes relatando a perda do olfato é algo “raro”, e pode indicar que há afinidade do vírus em inflamar o nervo olfativo.  Ela explicou que a perda súbita da capacidade de sentir cheiros pode ser um indicativo de que houve o contágio e, assim, o paciente precisa entrar em isolamento social.

“Como está bem difícil de fazer o teste, às vezes isso é uma forma de identificar quem deve ir para o isolamento. Caso haja perda de olfato súbito nessas semanas de epidemia, você deve fazer isolamento social e entrar em contato com um médico para saber se vale a pena fazer o teste”, recomendou a especialista.

A orientação de Joffily segue o previsto em nota conjunta da Academia Brasileira de Rinologia (ABR) e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). No último dia 22, as instituições publicaram um documento no qual indicaram que profissionais orientassem os pacientes com anosmia (perda do olfato súbita) a se isolarem por 14 dias.

“Apesar de não haver evidência robusta, a ABR orienta que a presença de anosmia súbita (…) talvez possa sugerir COVID-19 neste cenário de pandemia e transmissão sustentada do vírus SARS-CoV-2, e sugere que pacientes nestas condições sejam orientados a realizar isolamento domiciliar por 14 dias e aguardar a resolução da anosmia, que parece ser temporária na maioria dos casos”, diz o texto.

Embora as entidades apontem para a perda temporária do sentido, Joffily alerta que, em alguns casos, o problema pode ser irreversível. “Pela experiência que a gente tem com outras viroses, pode ser [irreversível]. Não sei dizer se todos vão recuperar [o olfato]”, afirmou a médica.

Um resultado parcial do levantamento, solicitado pela equipe de reportagem à especialista na sexta-feira (27), mostrou que cerca de 12% das pessoas que responderam ao questionário voltaram a recuperar o olfato. O restante se dividiu entre recuperação parcial e total.

Fonte: G1

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/30/coronavirus-as-ultimas-noticias-sobre-a-pandemia/

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