Das 706 empresas bilionárias que atuam no Brasil, 33 pertencem ao mercado farmacêutico. O número de representantes do setor nesse grupo é recorde e está abaixo apenas do das áreas de alimentos & bebidas, comércio varejista e energia elétrica.
A análise faz parte de um estudo do Serasa Experian e do Centro de Estudos em Finanças da EAESP-FGV. O levantamento elenca as 1 mil maiores empresas do país em receita líquida, além de traçar uma radiografia do valor de mercado dessas corporações, com base em variáveis como o Ebitda e a rentabilidade patrimonial.
Das 33 empresas bilionárias do segmento, 24 são da indústria farmacêutica, mas é o varejo que encabeça a lista. Três redes de farmácias afiliadas à Abrafarma estão entre as quatro principais companhias do canal farma. A Raia Drogasil foi a única a superar R$ 20 bilhões e ocupa a 43ª posição no ranking total. Vice-líder do setor, a DPSP tem menos da metade da receita líquida da concorrente, mas aparece entre as 100 maiores. Já a Pague Menos está na 130ª colocação geral.
Entre os laboratórios farmacêuticos, só a Pfizer atingiu dois dígitos de receita líquida, com R$ 10,5 bilhões impulsionados especialmente pela comercialização de vacinas da Covid-19. A Eurofarma contabilizou R$ 7,1 bilhões, seguida por Bayer (R$ 6,3 bi) e Hypera Pharma (R$ 5,9 bi) – as duas últimas projetam a liderança a partir de um intenso ritmo de lançamentos e aportes em pesquisa & desenvolvimento.
Setor de distribuição ganha espaço entre empresas bilionárias
Seja como fontes pagadoras de medicamentos de especialidades e alta complexidade ou como hubs do varejo, as companhias que atuam no ecossistema de distribuição vêm ganhando protagonismo e estão entre as que mais avançaram no ranking de empresas bilionárias.
A Viveo, que está no 159º lugar, subiu 19 posições e registrou incremento de 40,9% na receita líquida. A corporação fundamenta seu crescimento na aquisição de 17 empresas, com a meta de se posicionar como uma one stop shop do setor de saúde. Já a Elfa aposta na capilaridade e na ampliação para outras regiões, subindo 96 colocações. A líder desse setor é a Profarma, com R$ 6,4 bilhões.