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Mercado informal recebe seis a cada dez trabalhadores, diz OIT

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Aaron Favila/Agência Pública

Cerca de seis a cada dez trabalhadores atuam no mercado informal, segundo dados da OIT calculados em 2018

Cerca de 2 bilhões de trabalhadores ao redor do mundo atuam no mercado informal, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O número compreende aproximadamente 61% dos componentes da força de trabalho mundial.

O levantamento revela também que, entre os trabalhadores, 52% são assalariados, enquanto 34% atuam por conta própria, além de outros 11% que ajudam em trabalhos familiares. Somente 3% são empregadores. O mercado informal se destaca sobretudo entre os que atuam por conta própria, já que, segundo a Organização, 85% destes atuavam na informalidade em 2018, ano da pesquisa.

Entre os assalariados, cerca de 40% atuam no mercado considerado informal pela OIT, que diz ainda que “significativamente, os trabalhadores informais são muito mais propensos a viver em condições de pobreza do que os trabalhadores formais”, mas argumenta que “a formalidade não é garantia de escapar da pobreza e que os trabalhadores informais não se limitam a ser pobres”.

No Brasil, de acordo com os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do resultado de 2018, a soma de pessoas que atuam por conta própria com os que estão no mercado informal se mostrou superior ao total de empregados com carteira assinada. Em números, 33 milhões trabalhavam com CLT , 23,8 milhões por conta própria e 11,5 milhões trabalhavam sem carteira assinada.

Além do aumento da informalidade, os últimos anos foram marcados também pelo envelhecimento da população, e, consequentemente, o crescimento da população inativa. No Brasil, a questão contribui para o aumento do  rombo da Previdência e da dívida pública, gerando, segundo o governo de Jair Bolsonaro (PSL), a necessidade de alterar as regras para aposentadoria no País.

Segundo a OIT, o número de pessoas com idade para trabalhar é de 5,7 bilhões em todo o mundo. Entre esse grupo, 3,3 bilhões estão empregados, e o desemprego atinge 172 milhões. Outros 2 bilhões de pessoas estão fora da força de trabalho, aproximadamente.Envelhecimento da população e desafios aos jovens 

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Além do crescimento do mercado informal, envelhecimento da população é desafio

Entre 2013 e 2018, a participação das pessoas da faixa etária entre 15 e 24 anos na força de trabalho diminuiu 2,2 pontos percentuais, um recuo bem maior que a queda de 0,5 ponto percentual da média total. Segundo a OIT, isso aponta melhora nos índices de frequência escolar.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), dois em cada dez jovens que vivem em países com economias emergentes não estudam nem trabalham , ainda assim.

“Em primeiro lugar, e mais importante que tudo, os sistemas previdenciários existentes serão forçados a manter as pessoas idosas fora da pobreza. Em segundo lugar, o aumento da taxa de dependência aumenta a demanda de trabalho em setores específicos, como o setor de saúde, acelerando a transformação estrutural”, avalia a Organização, que conclui ainda que “uma força de trabalho cada vez mais envelhecida desafia a capacidade dos trabalhadores para acompanhar o ritmo da inovação e mudanças estruturais no mercado de trabalho”.

No Brasil, a proposta de reforma da Previdência deverá incluir, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, um  regime trabalhista diferenciado opcional para os que irão ingressar ao mercado, em que haveria “menos direitos e mais empregos”. Ele reforça, no entanto, que todos os direitos trabalhistas serão preservados .Desigualdade de gênero no mercado de trabalho 

shutterstock

Apesar de homens estarem mais sujeitos ao mercado informal, mulheres são minoria da força de trabalho mundial

Segundo o levantamento, 75% dos homens participam da força de trabalho pelo mundo, enquanto, entre as mulheres, essa proporção cai significativamente, para 48%. O número significa que, a cada cinco pessoas que trabalhavam no ano passado, três eram homens. Além disso, mostra que mais da metade das mulheres não trabalha.

Em contrapartida, apesar de as mulheres serem mais vulneráveis ao desemprego e inatividade do que os homens, elas são minoria no mercado informal . Cerca de 58% das mulheres atuam sem formalização, número que vai a 63% entre homens.

Fonte: IG

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