O fundo norte-americano Woodland Partners desponta como novo candidato a firmar a compra da Kimberly-Clark na América Latina. As informações são do Pipeline, boletim do Valor Econômico, e refletem um olhar atento de grandes corporações para o setor de higiene pessoal.
A Woodland, inclusive, já teria contratado o Bank of America para assessorá-lo nas negociações. Mas outros grupos seguiriam na disputam a exemplo da RGE, dona da indústria de celulose Bracell, e da Suzano. Já a chilena CMPC, controladora da marca Softys, teria desistido da concorrência por considerar alto o valor estipulado pela Kimberly-Clark, na faixa de US$ 800 milhões a US$ 1 bilhão.
Potencial do Brasil motiva compra da Kimberly-Clark
A compra da Kimberly-Clark atende ao interesse da multinacional de rever seus negócios no continente após perder competitividade em quase todos os mercados mais relevantes. A exceção seria o México. Mas o potencial do Brasil, onde detém 8,3% de market share no setor de higiene pessoal, também é um fator relevante. A empresa detém marcas como Huggies, Kleenex, Neve, Scott e Intimus.
Em 2018, o Brasil tornou-se centro de inovação para os países da empresa na América Latina. Desde 2020, a empresa investiu cerca de US$ 120 milhões em território nacional, já considerando a previsão para 2022.
Em nota, a Kimberly-Clark informou que não comenta especulações e “reforça o seu compromisso nas localidades em que está presente, pautado em 150 anos de estreita parceria com os clientes e respeito aos consumidores e aos seus colaboradores”.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
