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Nostrum Laboratories aumenta em 300% o preço de medicamento para gripe

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A companhia farmacêutica americana Nostrum Laboratories aumentou o preço de um medicamento pra gripe vendido sob receita médica em mais de 300%, para mais de US$ 170, apesar das críticas do ex-presidente da agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos. O aumento do preço da solução oral de prometazina e codeína acontece depois que a Nostrum mais que quadruplicou o preço do nitrofurantoin, uma composição de antibiótico, para mais de US$ 2.000 no ano passado. Nirmal Mulye, presidente-executivo, afirmou na ocasião que havia uma “necessidade moral de vender o produto pelo preço mais alto”, mas Scott Gottlieb, è época diretor da Food and Drug Administration (FDA), respondeu que não havia “imperativo moral à alta exagerada do preço para se aproveitar dos pacientes”. http://www.nostrumlabs.com/

A Nostrum Laboratories aumentou o preço da garrafa de 473ml de prometazina e codeína em 326% para US$ 170,55 no fim de abril, segundo o banco de dados de medicamentos da Elsevier. A prometazina é um anti-histamínico que alivia as irritações e espirros, enquanto a codeína é usada no combate à tosse e alivia as dores. Após o mais recente aumento de preço, Mulye disse ao “Financial Times” que o preço de tabela de um medicamento – que sempre é diferente do preço pago pelo segurador ou pelo paciente – era “completamente sem sentido”. Mas sob qualquer plano de seguro saúde, um aumento no preço de tabela aumentar o valor que os pacientes precisam pagar. Concorrentes estão vendendo a mesma dosagem do mesmo medicamento a preços muito menores.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/04/26/pesquisa-abraidi-constata-que-precos-de-dispositivos-medicos-diminuiram-nos-ultimos-cinco-anos/

A Tris Pharma está oferecendo o produto por US$ 27 e a Hi-Tech Pharmacal, uma subsidiária da Akorn, está vendendo por US$ 12,35 segundo a Elsevier. “Esperamos que com o aumento do preço os concorrentes façam o mesmo e possamos vender alguma coisa”, disse Mulye ao “Financial Times”. “Mas as chances de eles aumentarem os preços são próximas de zero.” As companhias farmacêuticas vêm sendo pressionadas para restringir os aumentos dos preços de seus produtos, com republicamos e democratas prometendo reduzir o que os pacientes precisam pagar.

A administração Trump propôs uma reforma do sistema de descontos, para que eles – que representam a diferença entre o preço de tabela e o preço líquido – recaiam sobre os pacientes, e não sobre intermediários gestores de benefícios farmacêuticos. Mas as companhias farmacêuticas aumentaram os preços de tabela de quase 3.000 medicamentos nos EUA nos primeiros três meses do ano – uma média de quatro vezes a taxa de inflação. As versões genéricas do antidepressivo Prozac e do analgésico Vicodin estão entre os medicamentos com aumentos de três dígitos porcentuais em seus preços de tabela. Michael Rea, presidente-executivo da RX Savings Solutions, que fabrica softwares para ajudar empresas e pacientes a reduzirem suas contas com medicamentos, disse que o aumento de preço da Nostrum mostra que “o comportamento predatório” ainda acontece no mercado. “Repreender não surte efeito. Os consumidores estão no meio de um jogo financeiro cuja finalidade é produzir lucros”, disse ele.

Fonte: Jornal Valor Econômico

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