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Tecnologia reduz custo com self-checkout nas farmácias

Equipamento da Aris e da Pilot Self chega ao varejo com a promessa de reduzir em 70% custos com mão de obra

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Carlos Bueno Júnior destaca resultados com adoção da tecnologia nas lojas da CallFarma | Foto: Divulgação

O self-checkout nas farmácias, considerado um dos maiores gargalos do setor, motivou as empresas de tecnologia Aris e Pilot Self a se unirem no desenvolvimento de uma solução específica para autoatendimento. A inovação já foi adotada e comprovada, como projeto-piloto, em mais de 30 lojas da CallFarma, rede presente no Paraná.

Embora esteja se popularizando em diferentes segmentos do varejo, o self-checkout ainda “engatinha” no canal farma e a ideia das companhias é apresentar as vantagens da tecnologia na Farmácia do Futuro na Abradilan Conexão Farma, que acontecerá de 18 a 20 de março no Expo Center Norte (SP).

Além de agilizar o processo de compra, proporcionando mais autonomia e praticidade para o consumidor final, a adoção do tótem de autoatendimento ainda contribui para reduzir os custos com mão de obra em até 70%. “Não apenas é possível aprimorar a experiência do cliente, mas também otimizar os processos internos”, argumenta Carlos Bueno Júnior, CEO da Pilot Self e diretor da CallFarma.

Para o executivo, a solução tende a atenuar uma das maiores dores dos donos da farmácia – a formação das equipes, principalmente de operador de caixa, função historicamente associada à alta rotatividade.

“É muito comum o cliente ir a uma farmácia, conviver com fila na hora do pagamento e encontrar quatro caixas, mas com apenas uma pessoa efetivamente disponível para atendimento. E ao buscar na tecnologia uma alternativa para minimizar esse problema, percebemos que o caminho passava pela implementação de um equipamento”, declara.

Foi então que Bueno Junior resolveu criar sua própria solução, por  meio de um programa específico que reunisse tecnologia, acessibilidade e a melhor experiência para o cliente da farmácia. Enquanto a Aris disponibilizou o equipamento, a Pilot Self desenvolveu o software configurado para o canal farma.

Self-checkout nas farmácias otimiza espaço e reduz furtos

Um dos maiores desafios internos para aplicar o self-checkout nas farmácias foi convencer a rede de que os riscos de furtos seriam mínimos. “Partimos do princípio de que 99% dos nossos clientes são honestos, e os que não são roubam as mercadorias nas prateleiras sem passar pelo caixa. Mas para ter um indicador fiel desses números, ao longo de 2024 efetuamos inventários quinzenalmente nas primeiras lojas, antes e depois do autoatendimento, e não tivemos variações significativas no volume de desvios de mercadoria”, avalia Bueno Junior.

Para medicamentos de alto custo e produtos de maior valor agregado adquiridos no balcão, o controle é feito por um painel de pré-venda localizado nos caixas, que indicam a quantidade de itens disponibilizados na cesta do cliente. Nas farmácias que dispõem do equipamento de self-checkout, em média, 50% dos cupons emitidos são provenientes dos totens de autoatendimento. Na unidade de Ponta Grossa (PR), a rede contabilizou 56% do número total de cupons emitidos pelo equipamento.

Outra vantagem é que a disposição do equipamento não requer grandes espaços no PDV, podendo ocupar o lugar de caixas já existentes, encostado na parede ou no vidro.

A aquisição do self-checkout é feita por locação, a um custo mensal de R$ 1.580 por equipamento mais software. “O valor contempla consultoria e a implantação. Estima-se que as despesas para manter um operador de caixa em São Paulo, por exemplo, giram em torno de R$ 4.500 por mês, mais variáveis. Não significa que a função vai acabar. Mas com a ajuda da tecnologia, a gestão da farmácia ficará muito mais otimizada, na qual um operador de caixa se transforma em um atendente consultivo, com foco no cliente e, sozinho, consegue auxiliar até quatro self-checkouts em operação”, relata.

“Nosso objetivo é ser o parceiro ideal para os ERPs do mercado, pois nos tornamos especialistas nessa tecnologia”, finaliza o executivo, que antecipa os planos de trabalho em conjunto com as software houses para escalar a operação.

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