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O que é Cisto de Baker? Saiba como tratar essa lesão no joelho

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Cisto de Baker

Sentiu um nódulo na parte de trás do seu joelho? Pode ser um caso de cisto de baker. A lesão benigna, que também é conhecida como cisto poplíteo, é um acúmulo de líquido em uma pequena bolsa na região poplítea, formando um nódulo embaixo da pele.

A movimentação da articulação pode ser prejudicada em alguns casos. O cisto, que pode ser palpável e visível, também pode causar dor ao caminhar. Essa bolsa costuma se formar entre dois grandes músculos, o gastrocnêmico medial e o semimembranoso.

Essa herniação, em adultos, costuma ser resultado de alguma lesão intra-articular, ou seja, dentro da articulação, que causa o acúmulo de líquido sinovial, que originalmente, tem como função lubrificar e nutrir essas estruturas, além de ajudar a absorver impacto e suportar o peso corporal.

Nas crianças, casos de cisto de baker são mais raros e não costumam estar ligados a traumas prévios.

O que causa o Cisto de Baker?

Para o bom funcionamento das articulações, elas precisam estar bem lubrificadas. Para tal, existe o líquido sinovial. Em estruturas saudáveis, há um equilíbrio entre a produção e a demanda desse líquido.

O cisto de baker surge, exatamente, quando algum fator interfere no “armazenamento” do líquido sinovial. Inflamações costumam inchar o joelho, o que comprime as estruturas internas, fazendo com que o líquido se acumule na região traseira da perna, mais precisamente na região popltítea, causando o cisto.

Possíveis causas são:

  • Artrites em geral
  • Lesões no menisco
  • Osteoartrose
  • Processos degenerativos
  • Traumas

Quem corre mais risco de sofrer com a lesão?

Apesar de pessoas de qualquer idade poderem desenvolver a herniação, os maiores de 60 anos estão mais propensos. Isso porque, com o passar do tempo, as articulações ficam mais frágeis e propensas a inflamações e doenças degenerativas.

Quais os sintomas?

O principal sintoma do cisto de baker é o inchaço na região posterior do joelho. Inclusive, nas crianças, é bem provável que esse seja o único sintoma apresentado.

Adultos podem apresentar outros sinais, como:

  • Dor ao subir escadas ou esticar o joelho
  • Dor ou incômodo na região do inchaço e arredores
  • Inchaço nas pernas
  • Rigidez na musculatura das pernas
  • Sensação de pressão na parte de trás do joelho

Longos períodos em uma mesma posição e a prática de exercícios físicos podem piorar os sintomas. Como esse é um quadro que deriva de outros problemas, esses tendem a não ser os únicos desconfortos sentidos pelo paciente.

Possíveis complicações

Casos de cisto de baker costumam ficar mais sérios quando ele se rompe ou quando cresce demasiadamente. Os sintomas, nesses casos, podem levar a diagnósticos equivocados de tromboflebite ou trombose venosa profunda.

Como a região posterior do joelho concentra vários vasos sanguíneos e nervos, o paciente pode apresentar sintomas como dormência, perda de força e edemas, caso o cisto os comprima.

Nos casos em que a herniação se rompe, o líquido se espalha pelo organismo, principalmente pelo joelho e músculos das pernas, podendo causar inflamações.

Os sintomas desse quadro são dor, vermelhidão, endurecimento da panturrilha e aumento de seu volume.

Exames para o diagnóstico

Como a bolsa costuma ser palpável e/ou visível, ela costuma ser diagnosticada por exames físicos. Exames de imagem podem ser utilizados para descartar a possibilidade de doenças mais graves.

Caso o ortopedista ou reumatologista deseje executar exames de imagem para descartar outras doenças, os mais comuns são a ressonância magnética, a ultrassonografia e a radiografia.

A ressonância magnética é utilizada para detectar outras lesões articulares paralelas ou causadoras do cisto de baker. Já a ultrassonografia é utilizada para determinar o tamanho e a constituição da herniação. A radiografia não é capaz de diagnosticar o cisto, mas é útil para analisar a saúde da articulação, detectando sinais de doenças como a artrose.

Como é o tratamento?

Em alguns casos, a herniação desaparece sozinha, não precisando de um tratamento específico. Só que isso não quer dizer que não haja uma maneira de tratá-la.

Casos mais graves, em que o cisto de baker causa muito incômodo ou limita a movimentação, podem demandar o uso de corticoides, para diminuir a inflamação e aliviar a dor.

Apesar de ser um tratamento mais complexo e invasivo, a aspiração também é uma opção. O procedimento, que é guiado por ultrassom, tem que ser minuciosamente realizado, para evitar novas lesões.

Cirurgia em último caso

O Cisto de Baker pode precisar ser retirado cirurgicamente, caso comprima estruturas do feixe vasculonervoso ou esteja muito volumoso. Além disso, a cirurgia também surge como opção caso os demais tratamentos citados não surtam efeito.

Fisioterapia

A fisioterapia não trata exatamente o cisto, e sim a lesão primária, a que causa o acúmulo de líquido sinovial. O tratamento passará pela redução da inflamação e da dor.

Com essa fase superada, o fisioterapeuta adequará um plano para o fortalecimento muscular e ganho de amplitude de movimento. A última etapa visará o ganho de força e equilíbrio, para que o paciente volte a sua movimentação normal.

Como posso prevenir?

Como o cisto de baker é uma consequência de outros problemas na articulação do joelho, não existe uma prevenção específica. O que se pode fazer é manter uma rotina de exercícios, focando no fortalecimento muscular das pernas, para proteger a região de sobrecargas.

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