A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta quinta-feira, 12, para um considerável aumento de casos de sarampo em todo o mundo. No ano passado, a doença registrou o maior número de contaminados dos último 23 anos, com 869.770 infectados, além de um aumento de 50% nas mortes em comparação com 2016, com 207.500 vítimas apenas em 2019.
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De acordo com a entidade global de saúde, o número de casos de sarampo vinha em um progresso constante entre os anos de 2010 e 2016. No entanto, as mesmas estatísticas passaram a subir desde então e em 2019 foi quando os números aumentaram de maneira mais progressiva, tendo a baixa cobertura de aplicação das duas doses da vacina como um dos principais motivos.
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“Nós sabemos como prevenir surtos e mortes de sarampo. Esses dados enviam uma mensagem clara de que não estamos conseguindo proteger as crianças do sarampo em todas as regiões do mundo. Devemos trabalhar coletivamente para apoiar os países e envolver as comunidades para alcançar todos, em todos os lugares, com a vacina contra o sarampo e deter este vírus mortal.”, disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo dados da própria organização, a taxa de cobertura da primeira dose de vacinação contra o sarampo está estagnada mundialmente há mais de uma década, entre 84% e 85%, enquanto a da segunda dose aponta cerca de 71%. Para ser considerada como ‘sob controle’, o percentual de cobertura deveria estar acima de 95%.
Em comunicado, a OMS ainda informou que, mesmo apresentando números inferiores em 2020, os esforços necessários para controlar a Covid-19 resultaram em interrupções na vacinação e paralisaram os esforços de controle e prevenção do sarampo.
Até o momento, no Brasil, foram confirmados pouco mais de 7,7 mil casos no ano, sendo que 21 estados apresentaram casos da doença e cinco estão com circulação ativa do vírus. Além disso, cinco mortes foram confirmadas até agosto deste ano, sendo uma em São Paulo e no Rio de Janeiro e três no Pará.
Fonte: A Tarde – BA
