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Paciente testa positivo em julho e setembro

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Paciente testa positivo – Um morador de Irapuã, de 47 anos, está sendo monitorado pela equipe da coordenadoria de Saúde da cidade e pela Unimed de Rio Preto, pois testou positivo para o coronavírus pela segunda vez em dois meses. O farmacêutico, que pediu para não ser identificado, fez um primeiro exame da doença em 24 de julho. O resultado foi positivo e ele cumpriu a quarentena de 14 dias, tendo retornado à sua rotina normal depois desse período. No último sábado, 26, porém, começou a apresentar novamente os sintomas da doença. Na segunda-feira, 28, fez novo teste, no pronto-atendimento da Unimed de Rio Preto, mesmo lugar onde realizou o exame há dois meses. Novamente o resultado foi positivo. O laudo foi liberado nesta quinta-feira, 1º de outubro.

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Segundo a coordenadoria de Saúde de Irapuã, o paciente está sendo acompanhado por um médico e uma enfermeira do Centro de Atendimento ao Covid, com o objetivo de entender o que está acontecendo. O Grupo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Estado da Saúde já foi notificada sobre o caso. O farmacêutico fez também exame de H1N1, que deu negativo.

Em nota, a Unimed informou que o paciente está recebendo todos os cuidados e sendo monitorado pelo Centro de Cuidados de Afecções Respiratórias da Unimed Rio Preto e pela equipe de infectologia.

Uma tomografia mostrou que os pulmões estão 25% comprometidos. Os níveis de saturação estavam conforme o ideal, por isso o paciente não foi hospitalizado. “Tive desmaio ontem (quarta) à noite, falta de paladar, falta de olfato, falta de ar e coriza. Falaram que meu caso é raríssimo. O médico vai me ligar duas vezes por dia”, relata. O homem conta que logo que começou a apresentar os sinais, no sábado, chegou a pensar que fosse Covid novamente, pois as sensações eram parecidas com as que teve da primeira vez, quando não chegou a ser internado, mas passou várias vezes por atendimento. “Eu desconfiei porque eram os mesmos sintomas e estavam mais fortes. Estou com muita fraqueza”, diz ele, que está sendo medicado com diversas substâncias.

Nas duas ocasiões, o teste realizado foi o do PCR, feito com o cotonete, considerado pelos especialistas como o mais seguro para comprovar a infecção por coronavírus. O paciente relata que os sintomas, desta vez, estão mais severos.

Na região de Rio Preto, não há casos comprovados de reinfecção por coronavírus. Na terça-feira, 29 de setembro, o secretário de Saúde de Rio Preto, Aldenis Borim, informou ao Diário que não havia nenhuma confirmação ou investigação na cidade. No Brasil, instituições como o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, de São Paulo, e a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto analisam ocorrências suspeitas.

Segundo Maurício Lacerda Nogueira, virologista responsável pelos testes feitos na Famerp, que recebe amostras de vários centros da região, essa análise não vem sendo feita. Em sua avaliação, do ponto de vista epidemiológico as reinfecções seriam irrelevantes, pois representariam um número pequeno frente ao grande volume de casos de Covid-19. Segundo ele, nada garante que se trata de uma reinfecção, e existem outros vírus respiratórios que podem levar a sintomas parecidos.

Carolina Pacca, doutora em virologia e professora da Faceres, explica que é preciso descobrir se o caso se trata de uma reinfecção ou é uma infecção crônica – ou seja, se o paciente contraiu o coronavírus uma segunda vez ou se o vírus permaneceu em seu organismo o tempo todo. “Provavelmente farão o sequenciamento das amostras deste paciente para avaliar isso, comparar a sequência genética das duas infecções e provavelmente avaliarão a resposta imune do paciente também para ver como o organismo dele está respondendo.” Segundo ela, não é uma análise tão simples de ser feita. “Infecção crônica é quando o vírus não saiu do corpo. Isso não é comum nesse tipo de família viral. Mas se ele faz uso, por exemplo, de corticoide, faz com que o vírus fique no organismo, sim.”

Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e Consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que para o diagnóstico de reinfecção é preciso fazer a chamada análise filogenética, para saber se o vírus rastreado no exame de julho é o mesmo que foi detectado em setembro – se for diferente, é considerada uma reinfecção. Conforme Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, mesmo que a infecção for crônica, não é esperado que ela se torne permanente – ou seja, espera-se que ela vai sair do organismo.

Fonte: Diário da Região

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/01/pouso-alegre-ganha-empreendimento-industrial-para-atender-o-setor-farmaceutico/

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