Exército diz que distribuiu quase 3 milhões de cápsulas de cloroquina

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Em documento enviado à CPI da Covid, o Exército Brasileiro afirma que, entre 2020 e 2021, produziu e distribuiu 2.931.820 comprimidos de cloroquina 150 mg, medicamento comprovadamente sem eficácia contra a Covid-19, aos estados e hospitais militares.

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‘Em 2020 e 2021, foram distribuídos 477.610 comprimidos de cloroquina 150 mg para os hospitais militares e 2.454.210 comprimidos de cloroquina 150 mg para as secretarias estaduais e municipais de Saúde’, afirma.

O documento é assinado pelo general Francisco Humberto Montenegro Júnior, chefe de gabinete do Comandante do Exército Brasileiro.

A produção do medicamento ocorre graças à compra de 900 kg de difosfato de cloroquina em 2020. As informações constam no oficial, que é uma resposta ao requerimento, feito pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). No pedido, o parlamentar questiona a origem dos pedidos de produção de cloroquina.

‘O atendimento a essas demandas, de regra, é proveniente do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, pertencente à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovamção e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde, cabendo ao laboratório manifestar-se no sentido da possibilidade ou não de atendimento à demanda de produção ‘, diz.

‘Nesse sentido, à época do início da pandemia, houve o atendimento da demanda existente para a produção da cloroquina 150 mg, em apoio ao Ministério da Saúde, formalizada por intermédio da nota informativa nº5, do Ministério da Saúde, a qual orientou o uso da cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de formas graves da covid-19, bem como determinou a distribuição imediata do fármaco especificando, inclusive, o fator de embalagem, idêntica ao registro do medicamento do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército junto à Anvisa ‘, acrescenta.

No dia 17, a comissão do Ministério da Saúde responsável por assessorar a pasta no processo de incorporação e exclusão de medicamentos no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) contraindicou o uso da cloroquina, da hidroxicloroquina e da azitromicina no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19.

Fonte: Agora RN

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

Fitoterápicos da Farmácia Viva são distribuídos em 22 UBSs

Os medicamentos fitoterápicos produzidos pelas duas unidades de Farmácia Viva são distribuídos no Instituto de Saúde Mental e em 22 unidades básicas de saúde (UBSs) em 15 regiões administrativas. Eles são produzidos com o uso de plantas medicinais de ação terapêutica cultivadas nas próprias farmácias, localizadas no Riacho Fundo I e em Planaltina.

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Na produção dos fitoterápicos, os princípios ativos são extraídos das raízes, sementes e folhas. As unidades da Farmácia Viva seguem os protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Resolução Nº 886 de 20 de abril de 2010, que define que as farmácias vivas devem realizar as etapas de cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais. As espécies utilizadas devem ser originárias de horta ou horto oficial ou comunitário, devendo ser dispensadas no âmbito do SUS, não sendo permitida sua comercialização.

‘Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos’ Nilton Luz Netto Junior. chefe do Núcleo de Farmácia Viva

Isso quer dizer que todo medicamento produzido nas farmácias vivas por meio da extração de plantas deverá ser entregue nas unidades de saúde da região, sem nenhum custo para a população.

O uso dos medicamentos está condicionado à prescrição de um profissional de saúde. Desta forma, para retirá-los nas unidades de saúde, é necessário apresentar duas vias da receita, documento de identificação com foto e cartão do SUS.

Saiba onde retirar o medicamento

Produção de fitoterápicos

Na Farmácia Viva do Riacho Fundo são cultivadas várias espécies de plantas que são utilizadas na produção de medicamentos. Além de produzir, a unidade dispensa os produtos para 23 farmácias públicas. São cerca de 2,5 mil unidades de medicamentos por mês, de acordo com a demanda.

A unidade produz o xarope e a tintura de guaco – um expectorante que pode ser utilizado por pacientes com diabetes por não conter açúcar em sua formulação -, a tintura de boldo, que serve para a má digestão, e a tintura de funcho, indicada como medicamento antiespasmódico (atua na contração involuntária dos músculos), entre outros.

Além dos medicamentos, a Farmácia Viva produz materiais didáticos sobre o uso correto de plantas medicinais e a cada semestre distribui mudas de plantas às UBSs cadastradas para a população atendida. Em 2020, foram distribuídas mudas de ora-pro-nóbis e babosa. Nesse semestre, a ação começou com a distribuição de mudas de malvariço; no próximo, será o funcho.

‘A Farmácia Viva representa um modelo de saúde que aproxima a população dos seus valores tradicionais de uso de plantas medicinais. Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos, permitindo assim, incorporar aos profissionais de saúde da atenção básica a prescrição nos cuidados em saúde da população’, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva, o farmacêutico Nilton Luz Netto Junior.

Fonte: Agência Brasília

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Bovespa: Índice de ações do setor industrial fecha praticamente estável em -0,18% nesta terça-feira, 25 de maio de 2021

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O Índice do Setor Industrial da BM&FBovespa fechou o pregão desta terça-feira cotado em 26.367,24 pontos – uma desvalorização de -0,20% em relação ao pregão anterior.

Veja também: Luz, gás e remédio substituem comida como vilões da inflação

Fruto de um convênio entre a Federação das Industrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a BM&FBovespa, o INDX (Índice do Setor Industrial) foi desenvolvido com o objetivo de aferir a performance das ações mais representativas do setor industrial, importante segmento da economia brasileira.

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Ao longo do dia, a cotação do índice oscilou pouco, registrando uma diferença de 428,08 pontos entre os valores mínimo (26.298,84) e máximo (26.726,92) obtidos pelo indicador.

No total, 34.264 negócios envolvendo as ações que compõem a carteira de ativos do Índice do Setor Industrial foram realizados durante o pregão, movimentando mais de 96.413.100 ações.

Com a desvalorização de hoje, o INDX acumula uma alta de +71,06% nos últimos doze meses. No ano, o índice acumula uma alta de +12,73%.

Desempenho das principais ações componentes do Índice INDX no pregão de 25 de maio de 2021

Um total de 24.631 negócios foram realizados envolvendo as ações preferenciais e ordinárias da AMBEV – maior empresa da américa latina e uma das maiores fabricantes de cerveja do mundo. Esses negócios envolveram a transação de 13.963.000 ações da empresa e a movimentação de R$ 246.181.653,00

* As ações ordinárias da AMBEV fecharam cotadas em R$ 17,54 uma baixa de desvalorização de -0,51%.

Um total 27.038 negócios foram realizados envolvendo as ações ordinárias da Embraer S/A – uma das maiores fabricantes de aviões do mundo. Esses negócios envolveram a transação de 13.361.000 ações da empresa e a movimentação de R$ 233.510.197,00

* As ações ordinárias da Embraer fecharam cotadas em R$ 17,32 – uma alta de valorização de +1,58%.

Um total de 13.487 negócios foram realizados envolvendo as ações ordinárias da Natura Cosméticos S/A – empresa líder do mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal. Esses negócios envolveram a transação de 3.435.900 ações da empresa e a movimentação de R$ 175.186.233,30

* As ações ordinárias da Natura fecharam cotadas em R$ 51,18 – uma alta de valorização de +0,61%.

Principais destaques positivos e negativos do Mercado Bovespa no pregão de 25 de maio de 2021

Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações da Bovespa, 47,88% (530) fecharam o pregão desta terça-feira operando em alta. As maiores altas registradas no fechamento do pregão foram:

1) Valorização de +251,43% da ação ordinária FII RBRHGRADCI

2) Valorização de +20,97% da ação recibo de depósito TAL Education

3) Valorização de +20,31% da ação recibo de depósito New Oriental Education &?

Veja o ranking completo das maiores altas do Mercado Bovespa.

Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações da Bovespa, 48,42% (536) fecharam o pregão desta terça-feira operando em baixa. As maiores baixas registradas no fechamento do pregão foram:

1) Desvalorização de -36,77% da ação recibo de depósito IAC InterActiveCorp

2) Desvalorização de -20,00% da ação fundo FII GP RCFA CI

3) Desvalorização de -14,97% da ação fundo FIP Port Sud CI

Veja o ranking completo das maiores baixas do Mercado Bovespa.

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Fonte: ADVFN

Metade da população adulta dos EUA já está imunizada contra covid-19

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Metade dos cidadãos dos Estados Unidos com mais de 18 anos já está completamente imunizada contra a covid-19. Dados do CDC (Centro de Controle de Doenças) mostram que, até essa 3ª feira (25.mai.2021), 129.054.480 pessoas acima dos 18 anos receberam todas as doses indicadas de vacinas anticovid.

O CDC é equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), nos Estados Unidos. O órgão é responsável pela liberação de medicamentos e vacinas no país.

Os Estados Unidos aplicam atualmente 3 imunizantes. Os da Pfizer e da Moderna exigem duas doses. O da Janssen é aplicado em dose única.

Ao se considerar a totalidade da população, 49,5% dos cidadãos dos EUA receberam ao menos uma dose e 39,5% estão completamente imunizados.

Com o avanço da vacinação, os Estados Unidos vão aos poucos voltando à normalidade. Em meados de maio, o CDC autorizou que os norte-americanos que estão totalmente vacinados parem de usar máscaras ou mantenham o distanciamento social na maioria dos ambientes internos e externos, independentemente do tamanho.

De acordo com o órgão de saúde norte-americano, as pessoas imunizadas podem:

Retomar as atividades sem usar máscaras ou se distanciar fisicamente, exceto quando exigido por lei e outros regulamentos ou orientações locais;

Retomar as viagens domésticas sem precisar de teste antes ou depois da viagem;

Abster-se de fazer o teste antes de sair dos Estados Unidos para uma viagem internacional (a menos que seja exigido pelo país de destino) e de fazer quarentena após voltar aos Estados Unidos;

Abster-se de fazer o teste após uma exposição conhecida ao vírus, se ficar assintomático (há algumas exceções para casos específicos);

Abster-se da quarentena após uma exposição conhecida, se assintomático;

Abster-se de testes de triagem de rotina.

De acordo com as autoridades de saúde dos EUA, evidências sugerem que as pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de ter infecção assintomática ou transmitir o coronavírus a outras pessoas. O tempo de proteção da vacina ou a imunidade às variantes, no entanto, ainda estão sendo investigados.

No entanto, o diretor do NIAID (Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas) dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse em entrevista ao site norte-americano Axios que o equipamento de proteção deve ser usado até por quem já tomou as vacinas contra a covid-19.

‘Acho que as pessoas estão interpretando mal, pensando que isso é uma liberação da máscara obrigatória para todos. Não é! É uma garantia para aqueles que estão vacinados de que podem se sentir seguros, estejam eles ao ar livre ou dentro de casa’, afirmou Fauci.

Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/17/sp-completa-um-mes-de-vacinacao-contra-a-covid-19-com-31-da-populacao-imunizada-e-sem-data-para-vacinar-todos-os-idosos/

Funcionários de hospitais do Rio voltam a diluir sedativos por falta de medicamentos

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Unidades de saúde do Rio de Janeiro voltaram a sofrer com a falta de estoque de medicamentos usados na sedação de pacientes com sintomas graves de covid-19. De acordo com denúncias de funcionários que atuam nas unidades do Hospital Albert Municipal Schweitzer, Hospital Municipal Pedro II, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e os Hospitais da Rede Federal do Andaraí e dos Servidores do Estado, a situação voltou a ser preocupante.

A falta de sedativos, considerados itens do ‘kit intubação’ afetam diretamente os pacientes internados nas UTIs. O médico e diretor da Associação de Hospitais Privados do Estado do Rio (AHERJ), Graccho Alvim explica que se o paciente não recebe sedação, é mais difícil realizar alguns procedimentos comuns em pacientes, um deles seria a posição de “prona”, quando o paciente é colocado de barriga para baixo, o que melhora a oxigenação do paciente. “Sem sedativo e anestésicos, o paciente acaba brigando com uma quantidade de ar e não consegue expandir isso para o pulmão”, explica o médico.

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O gestor de Fisioterapia Intensiva do Hospital Icaraí e do Hospital e Clínica São Gonçalo, Leonardo Cordeiro informou que o grande impacto da falta de medicamentos são em pacientes muito graves e intubados com covid-19. “Muitas das vezes se faz necessário que o paciente esteja totalmente relaxado para que os ventiladores tenham o total controle desse paciente”, diz o especialistas. Leonardo também ressalta a importância da posição em “prona”, que em alguns casos podem levar de 16h a 20h na mesma posição. “Para ter sucesso, é preciso que o paciente esteja sedado, sem o sedativo fica muito difícil”, diz o especialista.

Segundo um funcionário do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, a ordem segue a mesma desde a última denúncia feita ao jornal O Dia, no dia 16 de abril deste ano: diluir sedativos. “O Propofol é para ser aplicado puro, só que como tem pouca quantidade, orientam a gente a diluir ele”, relata um funcionário do hospital municipal. Ainda de acordo com a fonte, os medicamentos Midazolan, Fentanil, Rocurônio e Propofol, todos usados para intubação, estão em falta há 30 dias.

De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Previdência Social no Estado do Rio (Sindsprev/RJ), Sidney Castro, essa manobra em casos de escassez de sedativos não é uma surpresa, mas usar isso para pacientes com covid-19 pode levar à morte. “Medicamento sempre faltou, ele falta em todas as unidades. Esta orientação de diluir os sedativos é uma forma de economizar, já que os medicamentos estão cada vez mais escassos e essa é a realidade que vivemos nos hospitais federais”, diz Castro.

O Sindsprev denunciou também a falta de sedativos para intubar pacientes no Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte. Há uma semana, funcionários procuraram o Sindisprev para relatar que havia apenas 50 ampolas no estoque da unidade, que estava prestes a acabar. Na ocasião, 300 ampolas de sedativo foram doadas pelo Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, para continuar as atividades.

A falta de sedativos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho não chegou até a unidade, no entanto, o diretor da instituição, Marcos Freire, informou que a chegada de novas remessas de medicamentos por parte da Secretaria de Estado de Saúde e Ministério da Saúde são imprevisíveis.

“Os processos de aquisição estão todos em dia. Sofremos com atrasos de entregas por parte dos fornecedores, que justificam o fato pela escassez dos produtos no mercado brasileiro. Os estoques têm sido mantidos por meio das remessas imprevisíveis da Secretaria de Estado de Saúde / Ministério da Saúde, doações gerenciadas pela Fundação Coppetec, empréstimos e permutas negociadas com outros hospitais – sempre em quantidades que suprem apenas alguns dias de assistência’, disse o diretor geral.

Aumento expressivo do uso de sedativos em unidades do Rio

Em um documento disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio, na sexta-feira (21) e publicado no jornal O Globo, é possível perceber o aumento no número de pedidos de Cisatracúrio, um bloqueador neuromuscular. Neste mês de maio, 245 mil unidades do Cisatracúrio. Em novembro de 2020, foram usados 47 mil do mesmo medicamento. Além disso, no documento, a SES informa que não há nenhum quantitativo de estoque para os medicamentos que fazem parte do ‘kit intubação’.

Hospitais particulares não estão sofrendo com a falta de medicamentos

Ao contrários das demais unidades de saúde pública do estado do Rio, a Associação de Hospitais Privados do Estado do Rio (AHERJ) informou que os associados não relataram no mês de maio a falta de medicamentos do ‘kit intubação’. O presidente da Associação, Graccho Alvim, relembrou que em março eles notificaram o Ministério Público e o Ministério da Saúde sobre a falta de sedativos.

Falta de repasse do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde repassou ao Rio de Janeiro 1,04 milhão de medicamentos relacionados ao ‘kit intubação’ desde o início da pandemia. O painel de distribuição de medicamentos hospitalares do Ministério da Saúde aponta que a pasta fez um grande repasse entre julho e agosto de 2020 (260 mil medicamentos), primeira onda da pandemia. Esse número, no entanto, foi quase zero no início do ano. Em fevereiro, a única distribuição do Ministério da Saúde foi de 200 unidades do Cloridrato de Cetamina, que serve para indução de anestesia. A distribuição de remédios voltou a subir em março (306 mil), quando as denúncias de falta de medicamentos eclodiram nos veículos de comunicação.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, neste mês, cerca de 225 mil medicamentos para intubação foram distribuídos e novas remessas estão previstas para serem entregues nas próximas semanas.

Em nota, o ministério esclareceu que “desde setembro de 2020 há acompanha, semanalmente, da disponibilidade dos medicamentos de intubação em todo o Brasil e envia informações da indústria e distribuidores para que estados possam realizar as aquisições. Esse monitoramento é feito e discutido em reuniões realizadas três vezes por semana envolvendo todos os Conselhos estadual e municipal do SUS, além de representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).”

Procurada para comentar sobre a situação atual da falta de sedativos nas unidades municipais, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio negou as denúncias e informou que “os estoques estão regularizados nos hospitais da rede municipal. Para os medicamentos que estão em falta no mercado nacional, há substitutos com a mesma função terapêutica”. Afirmou ainda que o Ministério da Saúde tem feito entregas regulares dos medicamentos do chamado kit intubação.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (SAFIE), informou que recebeu uma remessa com medicamentos integrantes do kit intubação, de aquisição própria e de repasse do Ministério da Saúde (MS). Esses medicamentos estarão disponíveis para retirada a partir desta quarta-feira (26), mediante agendamento prévio, na Coordenação Geral de Abastecimento (CGA).

São 181.189 ampolas compreendendo sete medicamentos: ATRACÚRIO 25mg/ 2,5mL, CISATRAÚRIO 10mg, DEXMEDETOMIDINA, CLORIDATO 100MCG/ML (2 ML), EPINEFRINA 1MG/ML (1ML), SUXAMETÔNIO, CLORETO 100 MG, FENTANILA, CITRATO 0,05 MG/ML (10 ML) e PROPOFOL 10 MG/ML (50 ML).

A SES esclareceu ainda que diante do cenário atual, o mercado mundial não dispõe de capacidade para abastecer de maneira confortável as redes públicas e privadas. A Secretaria explicou também que a falta de algum item específico não representa, necessariamente, que o hospital esteja sem alternativas viáveis para tratar pacientes intubados, podendo usar outros medicamentos da mesma classe terapêutica ou em diferente apresentação (volume) para substituição. “É importante ressaltar que a falta de algum medicamento no estoque central da SES não significa que as unidades hospitalares estejam desabastecidas, uma vez que os itens do ‘kit intubação’ devem ser adquiridos pelos hospitais e pelas secretarias municipais de Saúde”, disse por meio de nota.

Confira a nota da SES na íntegra:

” A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (SAFIE), informa que recebeu uma remessa com medicamentos integrantes do kit intubação, de aquisição própria e de repasse do Ministério da Saúde (MS). Esses medicamentos estarão disponíveis para retirada a partir desta quarta-feira (26), mediante agendamento prévio, na Coordenação Geral de Abastecimento (CGA).

São 181.189 ampolas compreendendo sete medicamentos: ATRACÚRIO 25mg/ 2,5mL, CISATRAÚRIO 10mg, DEXMEDETOMIDINA, CLORIDATO 100MCG/ML (2 ML), EPINEFRINA 1MG/ML (1ML), SUXAMETÔNIO, CLORETO 100 MG, FENTANILA, CITRATO 0,05 MG/ML (10 ML) e PROPOFOL 10 MG/ML (50 ML).

A SAFIE ressalta a importância da agilidade, por parte das secretarias municipais de Saúde, no processo de distribuição dos medicamentos às unidades, assim como a necessidade de que os hospitais preencham semanalmente o formulário eletrônico com informações sobre seus estoques, conforme pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

Diante do cenário atual, o mercado mundial não dispõe de capacidade para abastecer de maneira confortável as redes públicas e privadas. No entanto, todas as unidades têm sido abastecidas frequentemente. A SES ainda esclarece que a falta de algum item específico não representa, necessariamente, que o hospital esteja sem alternativas viáveis para tratar pacientes intubados, podendo lançar mão de outros medicamentos da mesma classe terapêutica ou em diferente apresentação (volume) para substituição. Além disso, é importante ressaltar que a falta de algum medicamento no estoque central da SES não significa que as unidades hospitalares estejam desabastecidas, uma vez que os itens do ‘kit intubação’ devem ser adquiridos pelos hospitais e pelas secretarias municipais de Saúde.

As compras realizadas pela SES e pelo Ministério da Saúde têm caráter emergencial, dentro de uma política de contingenciamento, em apoio à crescente demanda do momento. Nesse sentido, a SES está empenhando todos os esforços em busca de alternativas viáveis para manter o abastecimento de unidades de saúde que atendem pacientes em tratamento de Covid-19 com anestésicos, sedativos e relaxantes musculares utilizados no processo e na manutenção da intubação de pacientes. E também realiza repasse dos medicamentos enviados pelo Ministério da Saúde (MS) de forma equânime e com participação do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), para as unidades e municípios.

A Secretaria participou do registro de preço que gerou a ata do Ministério da Saúde (MS) para aquisição dos medicamentos e já obteve respostas positivas. Além disso, realiza um processo de compra para suprir a necessidade do estado nos próximos três meses. Todas as etapas dos processos são compartilhadas com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, visando dar transparência às aquisições.”

Fonte: O Dia RJ Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/17/ministerio-recebeu-sete-alertas-sobre-sedativos-e-enviou-57-do-necessario/

Aziz: CPI reconvocará Pazuello e Queiroga; Weintraub será chamado

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O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta terça-feira (25/5), que os requerimentos de reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro Eduardo Pazuello, serão aprovados nesta quarta-feira (26/5), assim como a convocação do ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub.

‘Vamos convocar o segundo escalão do Ministério da Saúde todo. Além do doutor Élcio [Franco], tem outras pessoas também. O Arthur [Weintraub], que apareceu num vídeo no site [Metrópoles]. Será reconvocado o [Marcelo] Queiroga e o [Eduardo] Pazuello’, declarou Aziz.

Pazuello depôs na quarta (19/5) e quinta-feira (20/5) à CPI da Covid, mas apresentou diversas contradições. Ademais, ele participou de um ato no último domingo (23/5), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, com motociclistas no Rio de Janeiro, sem máscara e causando aglomeração.

‘As mentiras estão aparecendo. Não sou eu que estou dizendo. Se ele [Pazuello] vier sem habeas corpus, não será igual à outra vez. Não seremos desmoralizados’, disse Aziz.

Já Arthur Weintraub será convocado após o Metrópoles publicar reportagem e vídeo indicando que o ex-assessor coordenou um grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.

Mayra Pinheiro, a ‘Capitã Cloroquina’, depôs, nesta quarta-feira (25/5), durante cerca de 7 horas. Ela foi a nona depoente do colegiado. Antes deles, os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimentos.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

Fonte:

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/24/cpi-quer-ouvir-weintraub-apos-videos-indicarem-participacao-em-gabinete-paralelo/

STF julga proibição de testes e abates de animais apreendidos. Entenda

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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nesta quarta-feira (25/5), dois casos relacionados à causa animal. Os ministros terão que decidir sobre a proibição de testes de cosméticos feitos em animais e também sobre abates de bichos apreendidos.

A ação que trata sobre testes em animais foi ajuizada em 2018, pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, contra a lei nº 7.814, de 2017, do Rio de Janeiro.

O dispositivo ‘proíbe a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes, limpeza e seus componentes, no âmbito do Rio de Janeiro, sem prejuízo de proibições e sanções previstas em outros dispositivos legais: municipal, estadual ou federal’.

Para a entidade, a Assembleia Legislativa do Rio, ao editar a norma, usurpou a competência conferida à União para estabelecer normas gerais sobre fauna, conservação da natureza e proteção do meio ambiente. O relator desse caso é o ministro Gilmar Mendes.

De acordo com o advogado especialista em direito administrativo e sócio da Advocacia Maciel, João Gama, a questão levantada pela associação é ‘eminentemente formal’. Ele explica que existe uma lei federal que regula o uso científico de animais (nº 11.794, de 8 de outubro de 2008) e, portanto, a norma estadual viola as regras de competência legislativa.

‘Por mais repulsiva que seja a prática testar produtos de qualquer natureza em animais, é certo que temos regras constitucionais a serem seguidas. Permitir que estados criem restrições comerciais, ou se sobreponham a determinações federais, não encontra aderência com o espírito federativo. Nesse sentido, me parece que a norma é, de fato, inconstitucional’, disse.

Abate de animais

Já a ação sobre abate de animais apreendidos em operações contra maus-tratos foi protocolada em 2019 pelo Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que é contra a iniciativa.

A legenda argumenta que a legislação sobre o tema determina que os animais apreendidos em práticas ilegais de maus-tratos devem ser prioritariamente libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, ‘porém, não é isto que vem ocorrendo’.

A intenção da sigla é de que sejam declarados constitucionais vários dispositivos da lei de crimes ambientais, com a determinação de interpretação conforme aos preceitos fundamentais contidos na Constituição Federal, de modo a excluir a interpretação de trechos que possibilitam o sacrifício de animais.

Por outro lado, o argumento da Advocacia-Geral da União (AGU) reside no fato de que eventual afastamento da norma pró-abate geraria hipóteses de risco sanitário ou eventual desequilíbrio ecológico e, ainda, de aumento de sofrimento dada a irreversibilidade imediata destes animais.

Segundo Leandro Pachani, advogado criminalista sócio do Marcílio e Zardi Advogados, é importante destacar que o abate de animais capturados por estarem sofrendo maus-tratos não é solução autorizada por lei.

‘Somente é possível esta situação em ocasiões excepcionais, desde que haja recomendação específica de um profissional competente, e que estejam observadas as recomendações dos órgãos de fiscalização, como o Ibama’, explicou.

Para ele, a Constituição Federal deixa claro que a ‘efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado tem estreita relação com o Poder-dever do Estado em proteger a fauna, impossibilitando qualquer prática que coloque ou conduza risco a animais sob qualquer tipo de crueldade’.

Campanha Salve O Ralph

Recentemente, circulou nas redes sociais um curta-metragem de animação, sobre o tema, que emocionou internautas. Nas imagens, é possível ver o coelho ‘Ralph’ sendo entrevistado para um documentário em sua rotina diária como ‘cobaia’ em um laboratório.

‘Eu estou cego do olho direito e nesta orelha não consigo ouvir nada. Só zumbido’, diz no vídeo. Em outra cena, ele fala: ‘meu pelo já foi raspado, tenho queimaduras químicas nas costas, mas só dói mesmo quando respiro e me mexo’.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/26/stf-julga-proibicao-de-testes-e-abates-de-animais-apreendidos-entenda/

Luz, gás e remédio substituem comida como vilões da inflação

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Segundo análise do grupo de conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a inflação pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) deve encerrar o ano com alta de 5,3% -acima do centro da meta, de 3,75%. Boa parte da aceleração deve se dar pelos preços administrados, que têm alta esperada de 8,4%.

Fazem parte dos itens com preços administrados os impostos e taxas, os serviços de utilidade pública com tarifas reguladas (telefonia e energia elétrica), derivados de petróleo e medicamentos, por exemplo. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, ainda que essa pressão já fosse esperada, ao se considerar os reajustes que foram represados no ano passado, essa alta tem surpreendido os analistas.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (25), o IPCA-15 de maio, prévia da inflação, teve como destaque a alta de 2,31% da energia elétrica, levando o grupo da habitação a subir 0,79%, vindo de 0,45% no mês anterior, depois da adoção da bandeira tarifária vermelha (mais alta) no mês.

Também se destacou no grupo o 12º mês consecutivo de avanço do gás de botijão, de 1,45%, embora abaixo da taxa de 2,49% no mês anterior, o que tem impedido um número de crescente de famílias de consumir o produto.

Para os próximos meses, embora não se descarte uma desaceleração da inflação dos combustíveis, deve ocorrer tanto o reajuste nas tarifas de transporte público quanto uma alta mais expressiva da energia elétrica, o que deve elevar os preços monitorados.

Quanto ao transporte público, o reajuste de tarifas deve ser inevitável, já que a demanda caiu muito durante a pandemia e mais companhias de ônibus passaram a operar no vermelho.

Para os próximos meses, como boa parte das altas de preços monitorados já aconteceu no começo do ano, os economistas esperam uma alta mais suave. A partir do meio do ano, o que deve acelerar é a inflação de serviços, principalmente itens de cuidados pessoais (cabelereiro, manicure), recreação, viagens e hospedagem, que foram muito afetados durante a pandemia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Uece e Fiocruz terão encontro em junho para aprofundar relações sobre a vacina cearense

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Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) terão em junho um encontro com representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para aprofundar as relações sobre a produção da HH-120-Defenser, vacina cearense contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela instituição de ensino.

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Atualmente, o imunizante cearense encontra-se na fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicabilidade de testes com humanos.

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Na última segunda-feira (24), os pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular (LBBM) da Uece se reuniram com o diretor da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, para tratar da produção do imunobiológico.

Projeto

A pesquisa finalizou a etapa pré-clínica com testes em camundongos e agora aguarda a aprovação da Anvisa para iniciar testes em humanos.

O projeto do imunizante contra Covid-19 tem sido desenvolvido pelo pesquisador, inventor e doutorando em biotecnologia na Uece, Ney de Carvalho Almeida, com a colaboração de outros 10 pesquisadores.

Ele deve ser um imunizante aplicado por via intranasal, ou seja, gotinhas no nariz, e teria que contar com uma segunda dose cerca de 15 dias depois.

‘No caso da vacina que a gente está desenvolvendo, pegamos um coronavírus aviário, que acomete a bronquite infecciosa aviária. A vacina contra essa doença é feita desse vírus vivo enfraquecido, que a gente chama de atenuado. Então, pegamos esse vírus que é ‘primo’, tem semelhança com o SARS-Cov-2 e utilizamos ele como um imunizante’, detalha.

Neutralizar o novo coronavírus

Com isso, a proposta espera utilizar um vírus que não provoca a doença em humanos para neutralizar o novo coronavírus e, a depender dos resultados, suas possíveis cepas.

Nos testes iniciais realizados em camundongos, já chegou a ser comprovada a produção de anticorpos que neutralizaram a entrada do SARS-Cov-2.

Apesar de não possuir nenhum apoio financeiro, o projeto conta com parcerias realizadas com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e com o Laboratório LABLUZ, do Instituto da Primeira Infância (Iprede). Após aprovação da Anvisa, a Uece buscará apoio financeiro junto aos órgãos vinculados ao Governo.

Fonte: Diário do Nordeste Online

IPCA-15 acumula alta de 3,68% na RMBH

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A prévia da inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por mais um mês, avançou. Em maio, frente a abril, foi registrada alta de 0,49%. Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) já acumula alta de 3,68% no ano na RMBH. Nos últimos 12 meses, o índice disparou para 8,04%. Em maio, o indicador foi puxado, principalmente, pela alta em medicamentos e energia elétrica. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra ainda que o índice para a RMBH foi o quinto maior resultado mensal entre as onze áreas pesquisadas. Já a variação acumulada em doze meses (de 8,04% na RMBH) foi o quarto maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa.

De acordo com o coordenador da pesquisa IPCA do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata, em maio, a alta sobre abril, 0,49%, teve como principais impulsos a elevação dos preços de medicamentos e da energia elétrica.

‘No mês de maio, o que impulsionou a inflação foram os remédios – produtos farmacêuticos – com alta de 3,53%. Também contribuiu para a alta a energia elétrica residencial, que ficou 1,82% mais cara em função da mudança de bandeira tarifária, passando da amarela em abril para a vermelha em maio’, explicou.

Neste mês, na RMBH, sete grupos apresentaram variações positivas, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que apresentou elevação de 1,48%. Alta também em Artigos de Residência (1,39%), Habitação (1,06%), Vestuário (1,06%), Despesas Pessoais (0,42%), Educação (0,16%) e Alimentação e Bebidas (0,14%). No período, apenas dois grupos apresentaram deflação: Comunicação (-0,02%) e Transportes (-0,26%).

Segundo os dados do IBGE, a alta no grupo de Saúde e Cuidados Pessoais (1,48%) impactou o índice geral de maio em 0,21 pontos percentuais. O resultado foi influenciado principalmente pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos (3,53%), com o reajuste nos medicamentos a partir de 1º de abril, autorizado pela Anvisa.

Dentre as elevações, destaque para os aumentos nos preços dos remédios dermatológicos (5,59%), oftalmológicos (4,81%), antialérgicos e broncodilatadores (4,74%), hormonais (4,61%), anti-inflamatórios e antireumáticos (4,56%), anti-infecciosos e antibióticos (4,45%) e gastroprotetores (4,40%). Os perfumes também apresentaram uma alta de 3,60% e impactaram o índice em 0,03 p.p.

No grupo de Artigos de Residência, com alta de 1,39%, destacam-se os aumentos do televisor (5,60%) e do item mobiliários (1,62%), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p., respectivamente. Em Habitação (1,06%), o maior impacto individual do índice (0,08 p.p.) veio da energia elétrica residencial (1,82%), por conta da mudança de bandeira tarifária amarela para vermelha patamar 1 em maio. Ainda dentro deste grupo, o IBGE destaca os aumentos do gás de botijão (1,08%) e do aluguel residencial (1,06%), com impactos de 0,02 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.

Em Alimentação e Bebidas (0,14%), o resultado foi provocado principalmente pelo tomate (18,16%) e pelas carnes (2,5%). Olhando as quedas, os destaques foram o mamão (26,93%) e, de forma geral, as frutas (11,58%). No grupo de Transportes (0,26%), foram registradas quedas das passagens aéreas (35,00%) e do transporte por aplicativo (18,89%). Por outro lado, houve aumento da gasolina (1,15%).

Indicador dispara em 12 meses

Com o novo aumento do IPCA-15 em maio, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) está com a inflação elevada nos últimos 12 meses, com o índice em 8,04%.

Para comparação, o resultado do IPCA-15 mostra que o índice acumulado nos últimos 12 meses na RMBH ultrapassa a meta estipulada para o País pelo Banco Central. Para 2021, a meta da inflação é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, ou seja, podendo variar entre 5,25% e 2,25%.

O coordenador da pesquisa IPCA do IBGE Minas, Venâncio Otávio Araújo da Mata, explica que a desvalorização do real frente ao dólar estimulou as exportações de alimentos, reduzindo a oferta no mercado interno e contribuindo para o aumento dos preços.

‘No acumulado dos últimos 12 meses, a alta se deve ao real desvalorizado frente ao dólar, o que fez com que alguns produtos do grupo de alimentação e bebidas fossem mais exportados. Isso causou uma falta de produto no mercado interno. Podemos observar isso nas carnes, no óleo de soja e no arroz, que tiveram aumentos consideráveis’.

Ainda segundo Da Mata, o grupo de alimentos e bebidas tem grande peso na formação do IPCA e nos últimos 12 meses avançou 12,90%. No período, o preço do arroz subiu 51,66%, do feijão, 8,76%, do óleo de soja, 81,81%, e as carnes tiveram alta de 40,42%.

Outro produto com alta e peso relevante, a gasolina, que tem os preços atrelados ao dólar e à cotação do barril de petróleo, teve o valor reajustado em 41,03% nos últimos 12 meses.

País registra maior taxa para o mês em 5 anos

São Paulo – A prévia da inflação brasileira apresentou novo arrefecimento em maio, mas ainda assim registrou a maior taxa para o mês em cinco anos e a alta acumulada em 12 meses disparou bem acima do teto da meta oficial, mantendo as atenções sobre a trajetória dos preços no País.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir em maio 0,44%, de alta de 0,60% em abril, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a leitura mais elevada para o mês desde 2016, quando o índice atingiu 0,86%.

Enquanto isso, a taxa acumulada em 12 meses até maio disparou a 7,27%, acima dos 6,17% vistos no mês anterior, refletindo a saída do cálculo de dados fracos vistos no ano passado. É o maior nível desde novembro de 2016, quando o IPCA-15 em 12 meses foi a 7,64%.

Assim, a leitura vai ainda mais acima do teto da meta do governo para este ano, de 5,25% – o centro do objetivo é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Os resultados, entretanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,55% na comparação mensal e de 7,39% em 12 meses.

O IPCA-15 de maio teve como destaque a alta de 2,31% da energia elétrica, levando o grupo Habitação a subir 0,79% de 0,45% no mês anterior, depois da adoção da bandeira tarifária vermelha no mês.

Também se destacou no grupo o 12º mês consecutivo de avanço do gás de botijão, de 1,45%, embora abaixo da taxa de 2,49% no mês anterior.

O grupo Saúde e cuidados pessoais também acelerou a alta a 1,23% de 0,44% em abril, influenciado pela alta de 2,98% nos preços dos produtos farmacêuticos com o reajuste de 10,08% nos medicamentos a partir de 1º de abril.

Houve aumentos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%).

Os preços de Alimentação e bebidas subiram 0,48% com impacto do avanço de 0,50% da alimentação no domicílio em maio. Os destaques foram as carnes (1,77%) e o tomate (7,24%).

O único grupo a apresentar deflação em maio foi Transportes, de 0,23%, devido à queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas.

A trajetória da inflação no Brasil tem sido acompanhada com cautela. O Banco Central já elevou a taxa básica de juros a 3,5% desde março ante a mínima histórica de 2,0%, em meio ao aumento persistente da inflação corrente e das expectativas para a inflação de 2022.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com uma centena de economistas mostra que a expectativa para a alta do IPCA neste ano é de 5,24% e para 2022 chega a 3,67%. (Reuters)

Fonte: Diário do Comércio MG

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/28/ipca-acumulado-em-12-meses-acelera-para-617/