Nova febre, ‘Melzinho do amor’ entra na mira da Anvisa e da polícia

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Vendido como um produto 100% natural, um estimulante sexual popularmente conhecido como ‘Melzinho do amor’ virou moda no Brasil nos últimos meses, principalmente entre os jovens, sendo citado em letras de funk e por famosos como o ex-jogador Vampeta. Na internet, são inúmeros os sites de venda que oferecem o produto, além de páginas nas redes sociais criadas para promover sua comercialização. Apesar de ter virado febre, o estimulante pode não ser tão inofensivo para a saúde quanto aparenta. Há dúvidas em relação aos seus verdadeiros componentes e o mel não possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser vendido no Brasil. Além disso, quem comercializa o produto está cometendo crime. Na sexta-feira, um homem foi preso pela 12ª DP (Copacabana) vendendo o ‘melzinho’.

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O EXTRA identificou ao menos seis marcas vendidas no Brasil – cinco delas importadas e produzidas em países como Líbano e Malásia. Apenas uma delas é nacional, comercializada por uma empresa sediada em São Paulo. Sites de compras oferecem a entrega do produto para todo o Brasil, assim como perfis no Instagram, com pronta-entrega em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo .

Na internet, famosos já fizeram propaganda do mel, que virou moda principalmente no universo do funk. O ex-jogador Vampeta, durante transmissão ao vivo, ensinou como usar o produto. Já Sérgio Mallandro apareceu com uma embalagem na mão na gravação de seu podcast. O funkeiro MC Kevin, que morreu ao cair de um hotel no Rio, também já tinha admitido o uso do estimulante. O mel ainda virou música criada por outro MC, o Di Magrinho.

Apesar da popularidade, o produto não possui autorização da Anvisa. Segundo a agência, em razão da divulgação atribuindo ao melzinho propriedades terapêuticas, principalmente com atuação como estimulante sexual, seria necessário que a permissão fosse para a venda de medicamentos. A Anvisa diz ainda que não há clareza sobre os ingredientes do produto, apesar de as embalagens anunciarem que ele contém apenas mel e extratos naturais.

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O ‘Domingo Espetacular’, da Record, levou o melzinho de uma marca não divulgada para análise em laboratório e constatou a presença de sildenafil, componente do Viagra.

Agência vai abrir dossiê para avaliar venda do produto

O urologista Artur Ramos Moreno, do Dr. Consulta, alerta para os riscos de consumir um produto sem ter certeza daquilo que compõe sua fórmula. Apesar de, segundo ele, o sildenafil ser uma substância segura, há casos nos quais há contraindicação ao uso do medicamento, como pessoas com risco cardiológico, que precisam antes passar por avaliação. O urologista faz outro alerta:

– Há um risco muito grande para as mulheres, pois os estudos para o sildenafil foram apenas para os homens. Então não se sabe os efeitos que essa substância pode ter para as mulheres. Principalmente as grávidas e lactantes. Há, ainda, os riscos de misturar essa substância com o álcool.

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Segundo a Anvisa, por se tratar de um produto não permitido no Brasil, sua importação por pontos de entrada regulares (aeroportos e portos) não é permitida e se o ingresso estiver ocorrendo por canais irregulares, quem entra no país com o produto comete o crime de contrabando. A Anvisa abrirá um dossiê de investigação sanitária para avaliar o caso e, sendo confirmadas as irregularidades, serão adotadas as medidas de fiscalização cabíveis.

Vendedores cometem crime

Além daqueles que trazem o melzinho para o Brasil, os responsáveis por vendê-los também cometem crime. Comercializar um produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais sem autorização da Anvisa é considerado crime hediondo, previsto no artigo 273, § 1º-B, I, do Código Penal. Na última sexta-feira, agentes da 12ª DP (Copacabana) prenderam um homem que anunciava o mel do amor pelo Instagram. Ele foi capturado em flagrante pelos agentes, que investigam a comercialização do produto.

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O professor de Direito Penal da UFF e do Ibmec Taiguara Souza avalia que até mesmo funcionários dos sites que intermedeiam a comercialização do mel do amor podem responder criminalmente:

– Isso pode ocorrer caso seja comprovado que determinada pessoa tinha o dever legal de conferir que esse produto vendido não tinha autorização da Anvisa.

Procurada pelo EXTRA, a empresa brasileira que comercializa o produto não se pronunciou depois que foi informado qual era o assunto da reportagem.

Fonte: Extra online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/24/nova-febre-melzinho-do-amor-entra-na-mira-da-anvisa-e-da-policia/

Covid-19: Hemorio inicia pesquisa para tratamento de contaminados que usa plasma de vacinados

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Uma técnica que começou a ser utilizada na epidemia da Gripe Espanhola, em 1918, pode ser a esperança para o tratamento da Covid-19, principalmente em casos leves e moderados. O Hemorio, instituto de hematologia ligado à Secretaria estadual de Saúde, começa esta semana uma pesquisa para utilizar o plasma de pessoas já vacinadas contra o coronavírus para tratar pacientes idosos ou com comorbidades, mas que ainda estão no início dos sintomas. Esta é a primeira pesquisa no país que usará a técnica do plasma convalescente de pessoas já imunizadas contra a Covid-19.

A técnica parte da premissa de que, quando uma pessoa se recupera ou é vacinada contra a Covid-19, os anticorpos produzidos por ela e que ajudam a combater a doença são armazenados pelo corpo no plasma – que é a parte líquida do sangue. A coleta é feita por uma máquina chamada de aférese, parecida com a de hemodiálise, que consegue captar somente o plasma do sangue, devolvendo para o doador as plaquetas e os glóbulos vermelhos. Em cada coleta, são produzidos 750ml de plasma, que podem ajudar até três pessoas.

Com a expectativa de que a pesquisa termine em dois meses, a primeira etapa será a convocação para doar plasma de voluntários que já completaram o ciclo de imunização com as duas doses de vacinas há mais de 14 dias. O uso apenas do sangue de quem já foi imunizado é devido ao fato de que as vacinas produzem um tipo específico de anticorpo que é muito eficaz no combate ao coronavírus, mas nem todos que apenas tiveram a doença conseguem produzir.

Estudo será em UPAs

A pesquisa vai ocorrer em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual de Saúde do Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A previsão inicial é que participem 380 pacientes que possuem comorbidades ou são idosos, não tomaram vacina contra a Covid-19, estão até no terceiro dia de sintomas e possuem quadros leves ou moderados, sem necessidade de internação. Será feito um sorteio por um sistema que escolherá aleatoriamente os voluntários que irão participar. Apenas metade receberá o plasma com anticorpos e vai passar por uma sessão de duas horas para a aplicação. O grupo retornará para casa para continuar o acompanhamento.

Desde o início da pandemia, mais de 300 pessoas fizeram transfusão com plasmas doados no Hemorio. Os dados preliminares obtidos até agora apontam que a técnica é eficiente nos pacientes em estágios iniciais de infecção, ao neutralizar o vírus. Os pesquisadores acreditam que com o tratamento seja possível diminuir a taxa de internação de pacientes com o coronavírus.

– Veremos qual será a proporção dos que se internaram e desenvolveram a doença grave nos dois grupos. Como são pacientes ainda no início dos sintomas e que têm grandes chances de se agravar, apostamos muito que funcione. Mas é um estudo e pode ser que não funcione. A prática às vezes desmente a gente – explica o médico hematologista Luiz Amorim, diretor-geral do Hemorio.

Caso seja comprovado que o tratamento funciona, o Hemorio tem hoje a capacidade de produzir 25 bolsas de plasma por dia com a técnica da máquina aférese, com a possibilidade de dobrar caso tenha a necessidade. Também há a possibilidade de separar o líquido da doação comum de sangue que é feita sob a coordenação do órgão.

Esse será o terceiro estudo de que o Hemorio participa com o uso do plasma convalescente. O mais recente, em parceria com cientistas do Canadá e da Universidade de Cornell, de Nova Iorque, analisou a eficácia da técnica em pacientes já internados mas com quadros moderados, sem a necessidade de intubação e até o 12º dia de início dos sintomas. A fase clínica da pesquisa, que teve mil pacientes nos três países, já se encerrou e, agora, está ocorrendo a análise dos dados.

Já no início da pandemia, houve uma pesquisa do uso do plasma com pacientes graves, mas que não foi observada uma grande diferença entre o grupo que utilizou em detrimento daqueles que não foram tratados com a técnica. Os pesquisadores acreditam que isso foi porque foram pacientes que estavam há muito tempo já com a doença.

O primeiro a doar para a pesquisa foi o médico hematologista Ruddy Dalfeor. Assim como ele, diversas pessoas procuraram o Hemorio para doar, e a busca foi tão grande que hoje há mil bolsas de plasma nos estoques – que podem ficar armazenadas por até um ano – e um número maior de pessoas na fila de espera para doação.

– É algo plausível, porque sabemos que o plasma é rico em anticorpos. Quando surgiu a ideia da pesquisa, para mim fez total sentido e resolvi ajudar – diz o médico.

O uso do plasma é permitido pela Anvisa, mas de forma ainda experimental. Para ser utilizado fora das pesquisas, é preciso o consentimento de médicos e do paciente, chamado de ‘uso compassivo’. Um deles foi o empresário Bruno Libderman, de 44 anos. Ele começou a sentir os sintomas no fim de janeiro e, após alguns dias de em casa, teve uma piora súbita e foi internado no CTI de um hospital particular do Rio. Como ele estava inconsciente, os médicos e a família optaram pelo tratamento do plasma. Ele admite não saber se a recuperação teve influência ou não do tratamento.

– Até acordar e saber que eu tinha tomado o plasma, não sabia muito bem o que era, mas a equipe médica explicou e eu entendi do que se tratava – recorda-se.

Fonte: Extra online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/27/anvisa-atualiza-indicacoes-sobre-plasma-convalescente-contra-covid-19/

CPI quer ouvir Weintraub após vídeos indicarem participação em gabinete paralelo

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Senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid querem convocar o advogado Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República, para prestar esclarecimentos sobre a existência de um “gabinete paralelo” de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia.

Em discurso de agosto de 2020 no Palácio do Planalto e em lives nas redes sociais, Weintraub deu indicações de que pode ter coordenado o grupo, que teria influenciado decisões do governo no combate à doença. Os vídeos foram reunidos e divulgados neste sábado, 22, pelo portal Metrópoles.

Os requerimentos de convocação foram protocolados pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE). Como o advogado mora hoje nos Estados Unidos, onde atua como representante do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), o depoimento poderá ser feito por videoconferência. A convocação ainda precisa ser aprovada pela comissão.

A existência de um “ministério paralelo” foi citada pelos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Segundo eles, esse grupo era contrário às orientações do Ministério da Saúde, mas tinha as recomendações acompanhadas por Bolsonaro na tomada de decisão sobre a pandemia, inclusive na prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19.

Em seu depoimento à CPI, Mandetta citou uma tentativa de colocar, via decreto presidencial, a prescrição para covid-19 na bula da cloroquina. “Fui chamado ao terceiro andar (do Palácio do Planalto) porque tinha lá uma reunião com vários ministros e médicos que iam propor esse negócio de cloroquina (…). Quer dizer, ele (Bolsonaro) tinha esse assessoramento paralelo. Nesse dia, havia sobre a mesa, por exemplo, um papel não-timbrado de um decreto presidencial para que fosse sugerido daquela reunião que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa, colocando na bula a indicação da cloroquina para coronavírus”, disse Mandetta em um dos pontos mais importantes de seu depoimento.

“Quando teve H1N1, ninguém esperou publicação para dar Tamiflu e entrar na bula. Aí fala assim ‘não, então vamos botar na bula que o médico da ponta pode dar, já que a gente está vivendo numa emergência?’. (Alguém responde) ‘Não, não pode’. ‘Mas fez no Tamiflu’. ‘Mas hoje não pode’. Por que não pode hoje?”, disse Weintraub em live de 12 de abril de 2020 com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Na mesma live, o então assessor da Presidência contou como Bolsonaro delegou a ele a “função”. “Seu pai virou pra mim e disse: ‘Ô magrelo, você que é porra louca, vai lá e estuda isso daí’. Aí comecei a ler artigo científico, artigo que o pessoal começa a soltar. Esses caras me mandando, o Luciano Dias Azevedo, Paulo Zanotto, e falei pra ele (Bolsonaro): cloroquina tá funcionando, já tem resultado. Passei pra ele os estudos, ele lê. Eu passo no zap e depois tá impresso na mesa dele.”

O vídeo compilado pelo Metrópoles também resgata um discurso de Weintraub, que é irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, durante evento no Palácio do Planalto em 14 de agosto de 2020.

“Eu, a partir de fevereiro (de 2020), como assessor do presidente, então é uma oportunidade que me foi dada pelo presidente, eu comecei a entrar em contato com os médicos. Os médicos que tenho referência, como o doutor Luciano Azevedo, a doutora Nise (Yamaguchi), o Paulo Zanotto”, afirmou na ocasião. Os três profissionais citados atuaram em defesa do tratamento precoce contra a covid-19.

Em seu requerimento, o senador Alessandro Vieira destacou a necessidade de “esclarecer a potencial condição de participante ou coordenador de um estrutura extraoficial de assessoramento do presidente da República no combate à pandemia”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também protocolou requerimento. “Vamos convocar Arthur Weintraub. Esse gabinete paralelo, que operou nas sombras e nos trouxe a essa tragédia que vivemos, está vindo à luz com os atos que cometeu. Isso precisa ser esclarecido pelos seus responsáveis diante da CPI”, disse o parlamentar.

Nas reuniões da CPI da Covid, alguns senadores já disseram que, quando necessário ouvir pessoas que residam no exterior, a videoconferência poderia ser a solução. “Em regra, depoimento no exterior se dão por carta rogatória, onde alguma autoridade local faz os questionamentos enviados pela autoridade brasileira No caso da CPI, existe a possibilidade de deslocamento de membros da CPI para essa diligência. É preciso checar, todavia, as restrições caudadas pela pandemia”, disse Vieira, que é a favor do depoimento presencial.

Demissão

O senador Humberto Costa também pediu a convocação da médica infectologista Luana Araújo, para depor como testemunha, após ela ter desistido de comandar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 apenas dez dias depois de ter sido anunciada para o posto pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Luana Araújo é pró-vacina e crítica ao uso de ivermectina, medicação que é difundida entre bolsonaristas para combater a covid-19, mas não tem eficácia comprovada contra a doença. Segundo o requerimento do senador, a demissão da médica teria sido feita “a mando do Presidente da República”, daí a necessidade de ouvi-la na condição de testemunha.

O ministério confirmou a saída de Luana Araújo, neste sábado, mas não deu explicações. No início da noite de ontem, em entrevista coletiva, o ministro da Saúde negou que uma pressão do Planalto tenha resultado na desistência da médica, mas demonstrou irritação com os questionamentos e não esclareceu os motivos da saída da infectologista. “Não tem pressão do Palácio do Planalto. Esse é um assunto que eu considero encerrado. Dra. Luana é uma excelente médica, e nós vamos buscar um perfil semelhante ao dela para trabalhar aqui conosco”, afirmou Queiroga.

Fonte: Diário de Cuiabá

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/24/presidente-da-cpi-diz-ja-ter-prova-de-dolo-de-bolsonaro-contra-vacina/

Mesagens antivacina de Bolsonaro e aliados minaram esforços contra Covid

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Mensagens do presidente Jair Bolsonaro e de seus seguidores nas redes sociais insuflaram uma onda de ataques à Coronavac num período crítico para o desenvolvimento da vacina, segundo um estudo que examinou milhões de publicações feitas desde o início da pandemia do coronavírus.

Veja também: Reunião trata de medidas de prevenção contra variantes da covid-19

O trabalho sugere que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac foi alvo de uma campanha de descrédito em outubro, quando um acordo do Ministério da Saúde para comprar milhões de doses da Coronavac foi cancelado após Bolsonaro atacar a iniciativa.

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Para os autores do estudo, ligados à Rede de Pesquisa Solidária, a torrente de mensagens nas redes sociais e o cancelamento do acordo, que previa compra de 46 milhões de doses do imunizante, disseminaram dúvidas sobre a segurança e a eficácia da vacina e atrasaram seu desenvolvimento.

O Ministério da Saúde anunciou o acordo com o instituto de São Paulo em 20 de outubro do ano passado, três semanas após a divulgação de estudos que comprovaram a segurança da Coronavac. No dia seguinte, Bolsonaro afirmou que mandara cancelar a compra, e o ministério recuou do acordo.

Os estudos que demonstraram a eficácia do imunizante e permitiram que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizasse seu uso no país foram concluídos em dezembro. O ministério contratou a compra de 100 milhões de doses da Coronavac após o sinal verde da Anvisa, em janeiro.

A análise da Rede de Pesquisa Solidária mostra que o interesse pelo avanço no desenvolvimento da Coronavac provocou um aumento expressivo das discussões sobre ela no Twitter entre setembro e novembro e aponta as mensagens anti-vacina como principais responsáveis por esse crescimento.

Segundo os pesquisadores, na semana de outubro em que o acordo com o Butantan foi anunciado e cancelado um dia depois, defensores da Coronavac prevaleceram nas discussões na rede social, com 52% das postagens sobre o assunto. Críticos da vacina foram autores de 44% das publicações.

Manifestações de bolsonaristas tornaram-se dominantes depois, com 85% das postagens sobre o tema na primeira semana de novembro e 57% na seguinte.

Os pesquisadores analisaram o conteúdo das mensagens num período de oito semanas entre o fim de setembro e o início de novembro.

Em julho, quando o Instituto Butantan assinou acordo com a Sinovac para desenvolvimento de estudos, a pressão dos críticos do imunizante chinês era menor.

Na última semana de julho, as mensagens favoráveis à Coronavac representavam 58% do total e as dos bolsonaristas, 39%.

“Essa campanha contribuiu para alimentar a desconfiança da população num momento em que o governo deveria ter feito esforços na direção contrária, para comprar vacinas e dar segurança às pessoas”, diz a cientista política Lorena Barberia, da Universidade de São Paulo, coordenadora do estudo.

Na semana passada, ao depor à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações do governo na pandemia, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que ocupava o cargo na época das negociações com o Butantan, afirmou que nunca recebeu ordem de Bolsonaro para cancelar o acordo.

O ex-ministro, que procurou isentar o presidente de responsabilidade por erros cometidos pelo governo no enfrentamento da Covid-19, disse em vários momentos do depoimento à CPI que as manifestações de Bolsonaro na internet não deveriam ser tratadas como se tivessem caráter oficial.

“Vou explicar para o senhor: uma postagem na internet não é uma ordem. Uma ordem é uma ordem direta verbal ou por escrito. Nunca foi dada. Nunca”, afirmou Pazuello aos senadores da comissão na quarta-feira (19).

Segundo o estudo da Rede de Pesquisa Solidária, deputados ligados ao presidente e aliados com grande influência nas redes sociais, como o escritor Olavo de Carvalho, também contribuíram para difundir mensagens críticas à Coronavac, notícias falsas e informações distorcidas no ano passado.

“Bolsonaro e seus seguidores usaram toda sua força nas redes sociais para levantar suspeitas que tiveram muita reverberação”, diz Pedro Bruzzi, sócio da consultoria de análise de mídias sociais Arquimedes e pesquisador da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, que também participou do estudo.

O trabalho mostra que, em novembro, a notícia da morte de um participante dos ensaios clínicos da vacina gerou nova onda de manifestações críticas nas redes sociais, da qual o próprio Bolsonaro participou. Soube-se depois que o paciente cometera suicídio e a Coronavac nada tinha a ver com sua morte.

Apesar das manifestações críticas, o interesse da população pelas vacinas se manteve elevado no ano passado e aumentou com o início da vacinação.

Segundo sondagem concluída pelo Datafolha há duas semanas, 91% dos brasileiros adultos dizem que já se vacinaram ou pretendem se vacinar.

A Coronavac é o imunizante mais usado na vacinação contra a Covid-19 no Brasil até agora.

De acordo com os registros do Ministério da Saúde, 56% das pessoas que já tomaram a primeira dose e 93% das que receberam a segunda aplicação foram imunizadas com a vacina de origem chinesa.

O Instituto Butantan tem encontrado dificuldades para entregar as doses contratadas pelo Ministério da Saúde, por causa de atrasos no recebimento de matéria-prima da China.

O instituto entregou até a semana passada 47 milhões de 58 milhões de doses previstas pelo cronograma do ministério.

Fonte:  

Vacinas da Pfizer e Oxford são efetivas contra variante indiana da covid-19

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Um estudo realizado pelo governo do Reino Unido constatou que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca/Oxford continuam efetivas contra a covid-19 mesmo diante da variante B.1.617, descoberta recentemente na Índia.

Veja também: Máscaras: as lições de estudo da USP sobre as que mais protegem da covid-19

De acordo com informações do jornal Financial Times, o levantamento foi feito por um comitê científico, o Nervtag (New and Emerging Respiratory Virus Threats Advisory Group), que aconselha o governo em questões relacionadas a vírus respiratórios. Segundo o estudo, as vacinas são eficazes em 81% contra a variante indiana, além de 87% contra a cepa do Reino Unido.

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As duas vacinas integram o PNI (Programa Nacional de Imunização) do governo brasileiro. A efetividade da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, não foi avaliada contra as cepas.

A pesquisa do governo do Reino Unido usou dados agregados das vacinas avaliadas e não divulgou informações sobre a eficácia específica de cada um dos imunizantes contra as variantes. Ainda segundo o estudo, quando aplicadas em única dose das vacinas a garantia é 51% de proteção contra casos sintomáticos de covid-19 quando confrontadas com a cepa britânica, e de apenas 33% contra a indiana.

Por conta da nova variante indiana, o governo do Reino Unido decidiu reduzir o intervalo entre as doses das vacinas para pessoas com mais de 50 anos, de três meses para dois.

A variante B.1.617.2, identificada primeiramente na Índia, foi detectada pela primeira vez no Brasil nesta semana, após confirmação da Secretaria de Saúde do Maranhão, que anunciou seis casos da nova cepa no estado. Todos os infectados são tripulantes do navio Shandong da Zhi, que veio da África do Sul e foi fretado pela Vale para entregar minério de ferro em São Luís.

Após serem alertadas pela Anvisa que um indiano de 54 anos havia testado positivo para a nova cepa, as autoridades maranhenses colocaram a embarcação em quarentena.

Fonte: Correio 24 Horas Online

Mercado de vitaminas e suplementos movimentará 252 bilhões de dólares em 2025

Mercado – Entre os dias 10 e 14, acompanhei o seminário on-line Healthspan Show, cada dia dedicado a um tema relacionado ao bem-estar e à longevidade: beleza, nutrição, fitness, saúde feminina e saúde mental. Começo pelo conceito básico que norteou o evento: o estilo de vida está na linha de frente do cuidado. Embora nem sempre a teoria se converta em ações práticas, há um consenso de que nunca tivemos tanta consciência sobre a importância de escolhas inteligentes. No entanto, nem tudo se baseia em critérios médicos, como explicou Nicola Gitsham, diretora de serviços de atendimento comunitário do NHS, o equivalente ao SUS do Reino Unido: ‘o foco é tornar as pessoas experts em seu próprio cuidado. Para atingir esse patamar, temos que dar suporte para que desenvolvam habilidades, como transitar no mundo digital. Assim ganharão confiança para exercer seu poder de decisão’. (leia mais abaixo)

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Entretanto, se todos concordam sobre o valor da atividade física, de uma dieta alimentar balanceada e de sono de qualidade, há uma zona cinzenta que merece atenção especial do consumidor: o mercado de vitaminas e suplementos, que nem sempre cumpre o que promete. Este é um segmento que, em 2025, ultrapassará US$ 252 bilhões, o equivalente a mais de R$ 1.3 trilhão. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, em 2020, uma instrução normativa com regulamentação específica para os suplementos que podem conter em sua composição substâncias bioativas, enzimas e probióticos. O órgão concedeu dois anos para as empresas fazerem a adequação dos rótulos, sempre enfatizando que são produtos indicados para pessoas saudáveis. (leia mais abaixo)

A nutricionista britânica Sophie Medlin, fundadora da City Dietitians, alertou que, de acordo com estudo realizado pela Universidade de Glasgow em 2019, quase 90% dos influenciadores digitais compartilham informações que são pouco precisas ou sem qualquer acurácia: ‘esses influenciadores deveriam estar sob o escrutínio da lei. Há posts sobre chás emagrecedores e suplementos para ganhar peso e ter o corpo de celebridades que não poderiam estar sendo divulgados’. (leia mais abaixo)

Representantes da indústria como Rob Fried, CEO da ChromaDex, lamentam que o mercado ainda acolha produtos de baixa qualidade: ‘é preciso separar o joio do trigo. As empresas têm que provar a eficiência do que fabricam e comunicar claramente as informações’. Colin Watts, CEO da Juvenescence Life, endossou a observação: ‘vencerá quem tiver não somente o melhor custo/benefício, mas também um propósito positivo. Os mais velhos são consumidores críticos e vão querer entender a empresa, como ela poderá ajudá-los. O produto será apenas um elemento de uma abordagem bem mais ampla’.

Fonte: Bem Estar

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

Máscaras: as lições de estudo da USP sobre as que mais protegem da covid-19

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MáscarasAs máscaras que usamos no dia a dia oferecem níveis de proteção contra a covid-19 bastante diferentes entre si: enquanto algumas chegam a filtrar quase 100% de partículas que podem conter o coronavírus, outras barram só 15%.

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As conclusões são de um estudo do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) publicado recentemente no periódico Aerosol Science and Technology, testando a eficiência de 227 modelos encontrados em lojas e farmácias do Brasil – desde a PFF2, a mais segura, até as de tecido comum, cuja capacidade de proteção varia muito.

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O Laboratório de Física Atmosférica da universidade tem equipamentos capazes de medir minúsculas partículas em suspensão na atmosfera, que podem carregar nelas o coronavírus e serem inaladas.

Os pesquisadores produziram, a partir de uma solução de cloreto de sódio (sal), partículas de aerossol de tamanho semelhante às que carregam o coronavírus no ar (60 a 120 nanômetros) e testaram a capacidade das máscaras em reter, ou deixar passar, essas micropartículas.

“Queremos deixar muito claro que, embora algumas máscaras sejam mais eficientes do que outras, o uso de máscaras é essencial, qualquer que seja”, diz o físico Fernando Morais, principal autor do estudo, à BBC News Brasil.

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Dito isso, esse e outros estudos trazem lições importantes sobre como cada um de nós pode melhorar a proteção individual, essencial num momento de redução no isolamento social e de circulação de novas variantes mais contagiosas (e potencialmente mais graves) do coronavírus.

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Máscara N95 e PFF2: por que países da Europa reprovam material caseiro e agora exigem máscara profissional

Veja a seguir quais são elas e quais foram as principais constatações do estudo da USP:

A proteção das principais máscaras

Não é surpresa que a maior proteção venha da máscara PFF2 (equivalente à N95), modelo profissional que já está se tornando mais popular no país e retém em torno de 98% de partículas que caem sobre ela, segundo a medição do Instituto de Física da USP.

Em segundo lugar, diz o estudo, ficaram as máscaras cirúrgicas, que filtraram 89% das partículas. Além de ter boa filtragem, a máscara cirúrgica é elogiada por Fernando Morais por não dificultar a respiração e por ter aquele arame em cima do nariz – o clipe nasal – que permite um ajuste melhor ao rosto.

Isso nos leva a um fator crucial para essa ou qualquer outra máscara: ela precisa de fato estar bem ajustada ao rosto, tanto na área do nariz quanto nas laterais, ou não vai ser capaz de impedir a entrada do ar não filtrado.

“O grande problema das máscaras cirúrgicas é o ajuste no rosto, que deixa algumas brechas”, disse à BBC News Brasil, no início do mês, o físico Vitor Mori, pesquisador da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, e integrante do Observatório Covid-19 BR.

Por isso, disse Mori, máscaras cirúrgicas são mais indicadas para ambientes abertos e bem arejados – e, é bom lembrar, precisam ser trocadas a cada quatro horas.

Máscaras de TNT (feitas de polipropileno, um tipo de plástico) também oferecem, segundo o estudo da USP, uma boa proteção geral (entre 78% e 87%), mas é preciso tomar cuidado com “pegadinhas”, alerta Morais.

“Fica o alerta de que alguns tecidos de TNT não são muito uniformes: têm partes mais escuras e mais clarinhas, o que significa que há menos material ali (e pode haver brechas para partículas de vírus passarem). Você pode observar isso se olhar as máscaras contra a luz”, explica o físico.

“Essas (mais irregulares) não são tão indicadas. O melhor é um TNT mais uniforme, como o de três camadas chamado SMS.”

Por fim temos as máscaras de tecido, as mais comuns e mais facilmente fabricadas. Se essa alta disponibilidade é uma vantagem, o ponto fraco principal é que muitas delas são bem pouco eficientes em reter o vírus.

No experimento, a filtragem média das máscaras de algodão foi de 40%, o que significa que elas deixaram passar, em média, 60% das partículas que caíram sobre elas.

E essa média esconde uma grande disparidade: algumas chegaram a filtrar 70% e outras, apenas 15%.

Máscaras de tecido: o que evitar

Dois fatores-chave que aumentam ou diminuem a capacidade de proteção das máscaras de pano são as camadas e o tipo de costura:

– Máscaras com duas ou três camadas de algodão protegem bem mais do que máscaras de camada única;

– Máscaras com costura no meio são menos eficientes, uma vez que a máquina de costura faz furos no tecido que permitem a passagem de partículas minúsculas de vírus.

Na prática, explica Morais, “é uma máscara furada”. “Máscaras que tenham costuras industriais feitas com soldagem são OK. Mas a máscara caseira de costura central não é recomendada.”

Também com as máscaras de pano é preciso prestar atenção ao ajuste à face: quanto mais vedado o rosto ficar, mais a máscara vai proteger. Por isso, se ela tiver um clipe nasal, ponto positivo para ela.

A grosso modo, diz Morais, é bom olhar as máscaras contra a luz e ver o quão homogêneas elas são e se elas deixam passar muita claridade. “E não ache que o tecido mais grosso é o melhor, porque as linhas que fazem o tecido são mais grossas, e os buracos (minúsculos entre as tramas) serão maiores”.

Preste atenção também a tecidos que se vendem como ultraprotetores ou antivirais.

“Máscaras de neoprene, por exemplo, de fato têm uma eficiência de filtragem boa. Mas é o tecido que surfistas usam para não se molhar. Então você dificilmente vai conseguir respirar bem e usar uma máscara dessas por mais de 15 minutos. Vai esquentar demais o rosto e vai ser muito difícil fazer o ar passar pela máscara”, aponta Morais.

Ou seja: ou você vai acabar tirando a máscara para conseguir respirar e falar, ou vai acabar respirando apenas o ar não filtrado que entrar pelos vãos da máscara.

Existem também as máscaras com propriedades antivirais, capazes de inativar o vírus. Mas não confunda isso com a capacidade de filtragem, que de fato é o mais importante em uma máscara.

“Muita gente acaba comprando máscara antiviral para se proteger melhor, mas algumas são de tecido elástico, (pela qual) é mais fácil passar o ar com vírus”, diz à BBC News Brasil Ralph Holzmann, do projeto Quero Máscara, que tem pleiteado o uso difundido de máscaras melhores contra o coronavírus.

Máscara de tecido sobre a cirúrgica aumenta a proteção, diz estudo americano

Se você quer aumentar a eficiência da sua máscara de tecido, vale ter em mente um estudo apresentado em fevereiro pelos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDCs), apontando que o uso de uma máscara de tecido por cima de uma cirúrgica conseguiu bloquear mais de 90% das partículas emitidas em uma tosse simulada.

Embora os pesquisadores não possam garantir esse percentual de proteção em qualquer situação, essa dupla de máscaras se complementa entre si: enquanto a cirúrgica é melhor na filtragem de micropartículas, a de pano veda melhor o rosto e consegue fechar algumas das brechas eventualmente deixadas pela cirúrgica, por onde passaria ar não filtrado.

Além de filtrar, a máscara precisa te deixar respirar

De volta ao estudo da USP, os pesquisadores observaram também a importância da respirabilidade de máscaras, ou seja, o quanto elas permitem o conforto respiratório do usuário. O risco é que máscaras, mesmo as boas, acabem indo parar no queixo, por serem excessivamente incômodas.

Por isso, máscaras de quatro ou cinco camadas, por exemplo, ou as de neoprene, citadas acima, não são as mais recomendadas, apesar da capacidade de filtragem.

“Se você tem uma máscara muito eficiente, mas ela é irrespirável, você vai usar ela por 30 minutos no máximo. Logo vai colocar a mão no rosto, o que pode trazer o vírus mais próximo de você, por causa do desconforto”, explica Morais.

Para ele, “a máscara ideal é aquela que você vê inflando e desinflando, o que significa que o ar de fato está passando pelo tecido. Se a máscara não tá fazendo isso, significa que o ar está vazando por cima, por baixo ou pelas laterais. E daí é quase a mesma coisa que não estar usando uma máscara”, uma vez que você vai acabar inalando ar não filtrado.

Quanto maior a exposição ao vírus, melhor tem que ser a máscara

À esta altura da pandemia, já se sabe que as chances de contágio do coronavírus são muito maiores em ambientes internos e fechados, pouco ventilados, onde aerossóis potencialmente contaminados ficam mais tempo no ar. Então é nesses ambientes de maior exposição à covid-19 que mais precisamos de máscaras melhores.

Isso pode nos ajudar a elaborar estratégias individuais mais eficientes de uso de máscara. “No dia que você tem que ir ao médico, lugar altamente exposto, você usa sua melhor máscara”, de preferência uma PFF2, explica Morais. No dia em que você vai só fazer uma caminhada na rua, ao ar livre, em tese pode se proteger com uma cirúrgica ou uma boa máscara de pano.

Ao mesmo tempo, muitos países europeus têm aumentado as restrições contra máscaras de pano, justamente por não confiarem em sua capacidade de proteção.

Países como Áustria e Alemanha, por exemplo, desde o começo do ano passaram a exigir o uso de máscaras cirúrgicas ou PFF2 em estabelecimentos comerciais e transporte público, proibindo as máscaras caseiras nesses ambientes.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém a indicação de máscaras de tecido para a população em geral e de máscaras cirúrgicas ou PFF2 para profissionais de saúde.

PFF2 para todos

Mas, diante de níveis tão diferentes de eficiência das máscaras de pano, muitos especialistas têm argumentado que, neste momento de reabertura da sociedade em meio a uma circulação ainda alta do vírus, precisamos pensar em formas coletivas de ampliar o uso de boas máscaras por toda a população.

“Vimos que existem alguns grupos vulneráveis que estão muito desamparados – por exemplo funcionários da educação que voltaram (às escolas) sem terem máscaras melhores, e também (profissionais) da saúde e segurança pública. Se vamos manter as pessoas em ônibus lotados, o mínimo que temos de fazer é entregar uma máscara (de alta proteção) para elas na entrada”, diz Beatriz Klimeck, doutoranda em saúde pública e integrante, com Ralph Holzmann, da iniciativa Qual Máscara.

O projeto começou com um abaixo-assinado em favor da distribuição de PPF2 a todos os servidores do Rio de Janeiro e com postagens online a respeito do uso eficiente de máscaras. Hoje, a dupla está envolvida também no monitoramento e na elaboração de projetos de lei nacionais para difundir e distribuir o uso dessas máscaras.

“A PFF2 não é necessariamente inacessível financeiramente, no sentido de ser cara. O que não ficou acessível foi a informação sobre a importância dela”, argumenta Holzmann.

“Precisaria haver uma recomendação clara de uso de máscaras melhores. A campanha do último ano foi ‘use máscara’. As pessoas passaram a achar que qualquer máscara serviria, de que qualquer pedaço de pano no rosto é suficiente”, agrega Klimeck.

“Sugerimos mudar o foco em geral, dizendo que tem que ser um tipo de máscara específico, tem que cobrir nariz e boca, que há tecidos melhores e piores.”

Além disso, dizem eles, a máscara não pode ser reutilizada dia após dia, infinitamente. Idealmente precisa ser distribuída em kits e redistribuída para o mesmo público cerca de três meses depois, para substituir as máscaras velhas.

Como usar e reusar máscaras PFF2

Itens raros até pouco tempo atrás, máscaras do tipo PFF2 já estão mais facilmente disponíveis em lojas e farmácias, mas é bom prestar a atenção em alguns pontos para não comprar produtos ineficazes que se passam por máscaras boas.

As PFF2 têm em sua embalagem um número chamado CA (certificado de aprovação), explica a equipe do Qual Máscara. Sua embalagem sempre dirá que se trata de uma máscara descartável destinada à proteção contra poeira, névoas e fungos.

E sempre será soldada – se houver costura à linha, por exemplo, não é uma PFF2 e sua capacidade de proteção certamente será inferior, uma vez que micropartículas podem passar pela costura central.

O ideal é ter uma PFF2 para cada dia da semana, dizem Klimeck e Holzmann. Depois de usa-la, é importante não mexer na parte frontal da máscara (que pode estar contaminada) e manuseá-la apenas pelos elásticos. E nunca se deve passar álcool ou sabão na PFF2.

Você pode pendura-la em um gancho de uma área ventilada da casa e deixa-la repousar. Mais ou menos uma semana depois, ela poderá ser reutilizada com segurança.

Para Beatriz Klimeck, o uso de boas máscaras pode ter uma capacidade maior até do que a vacina de prevenir mortes no curto prazo, uma vez que o imunizante está disponível para uma parcela pequena da população brasileira.

Para Fernando Morais, da USP, vale sempre lembrar que devemos usar a máscara “não porque é obrigatório, mas porque queremos vencer a pandemia” e proteger uns aos outros.

Fonte: BBC Brasil

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Reunião trata de medidas de prevenção contra variantes da covid-19

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Uma reunião neste sábado (22) tratou de medidas que poderão ser tomadas a partir de agora para evitar a entrada de novas variantes do coronavírus em São Paulo. O secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, e o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa, apresentaram ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, algumas ideias para um plano de ação. As informações são da Agência Brasil.

Uma das preocupações é, justamente, com o Aeroporto de Internacional de Guarulhos, o maior do país. As ações coordenadas devem envolver equipes de saúde da prefeitura, do Ministério da Saúde, Anvisa e Polícia Rodoviária Federal. A ideia é atuar no trânsito de pessoas vindas do Maranhão,onde foi detectado o primeiro caso, nos aeroportos, rodoviárias e rodovias, inclusive fazendo uma triagem já no terminal rodoviário do Tietê e nas rodovias federais que cortam o estado.

Nos aeroportos, inclusive, a proposta é haver emissão de alertas sonoros e visuais sobre os sintomas e forma de prevenção da doença.

Os pacientes sintomáticos deverão ser levados para unidades de urgência em São Paulo, onde será feito teste para covid. Se detectada a contaminação pela variante, a pessoa deve ficar isolada e monitorada por 10 dias.

E quem teve contato com o infectado também deverá ser isolado. Já os assintomáticos serão orientados e vão receber um checklist para detecção dos sintomas e formas de prevenção. Importante destacar que não há casos confirmados dessa nova variante na região metropolitana de São Paulo.

No final do encontro, o Ministério da Saúde propôs um trabalho conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde para reforçar as medidas que já estão sendo adotadas pela Anvisa dentro de portos e aeroportos. O ministro Marcelo Queiroga ainda reforçou o objetivo de acelerar a vacinação e realizar um plano de aumento da testagem.

Nesta semana, o Maranhão isolou os tripulantes de um navio indiano, atracado em alto mar no litoral de São Luís. Dos 38 passageiros, seis testaram positivo para nova variante indiana da covid-19. O governo federal também proibiu a entrada de viajantes da Índia. Nesta sexta, o Ceará também anunciou que monitora um caso suspeito de um viajante que veio da Índia e chegou ao estado no dia 9 de maio. O homem de 35 anos está isolado.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Setor produtivo prevê recuperação

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Com o avanço da campanha de vacinação contra a covid-19 e a reabertura de diversos setores comerciais, os representantes das áreas econômicas do Distrito Federal estão otimistas em relação aos faturamentos do próximo semestre e do início de 2022. Segundo sindicatos e entidades, a expectativa é de que a retomada, mesmo que lenta, seja iniciada ainda este ano. Porém, ao mesmo tempo que há uma confiança na recuperação do faturamento, especialistas pedem cautela e avaliam que só haverá uma melhora nos índices a partir de setembro.

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Delcimar Moreira, 50 anos, é diretor regional do Hotel Windsor, localizado no Setor Hoteleiro Norte. Ele percebe avanços no cenário econômico do DF por meio do aumento de reservas no hotel. “Para nós, essa expectativa vem tomando corpo em função de algumas solicitações que clientes têm feito, de hospedagens e pequenas reuniões. Os pedidos têm aumentado”, relata. Ele afirma que o andamento dos negócios depende da vacinação. “Temos clientes que reservam espaços para o fim do ano, como setembro e outubro, e fazem a ressalva de que o evento acontecerá caso a vacinação continue ocorrendo em um ritmo razoável”, destaca o gestor.

O otimismo é reforçado por Jael Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF). Ele lembra, no entanto, que os cuidados precisam ser mantidos. “No segundo semestre, temos datas extremamente importantes para o setor, como o Dia dos Namorados. Porém, sabemos que nunca poderemos descuidar das medidas de prevenção contra a covid-19”, argumenta. O setor de construção civil também está com esperança. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos, apenas uma má administração pode piorar a situação. “Se a economia como um todo aumentar, a construção civil costuma ficar acima da média. Então, as expectativas estão positivas”, diz.

Na avaliação de Carlos Aguiar, 65 anos, dono da loja de materiais de construção KSA Home Center, em Taguatinga Norte, o setor seguirá a tendência de avanço nas vendas no segundo semestre do ano. “É sempre o ponto alto para o segmento dos materiais de construção, porque, nos primeiros meses, há fatores como pagamento de IPTU, IPVA e de matrículas e materiais escolares, além das chuvas”, explica. O lojista também destaca o papel da vacinação. “A cada dia que a campanha avança, os problemas diminuem e as pessoas têm mais sensação de segurança”, aponta.

Cautela

O presidente do Conselho Regional de Economia do DF, César Bergo, considera que, durante o período de pandemia, os setores que mais sofreram foram bares, restaurantes e hotéis. “Construção civil e varejo tiveram resultados mais positivos, até pelas obras que estão em andamento e o modelo de venda”, completa. Para ele, caso não haja mudança no cenário da pandemia e da imunização, a economia local voltará a ter resultados positivos em setembro. “É neste período que a vacinação deve estar mais avançada e atingir mais pessoas laboralmente ativas”, comenta. Porém, o especialista pede cautela. “Até lá, não podemos fazer nada de errado, ou pode acontecer a mesma coisa que ocorreu no primeiro semestre, quando esperávamos uma recuperação que não veio”, completa.

Essa recuperação só será possível, segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa, graças à flexibilização dos horários de funcionamento e aos pacotes econômicos do GDF. Além disso, os resultados de datas comemorativas animam. “A retomada é lenta, mas o Dia das Mães foi bom e temos boa expectativa para o Dia dos Namorados e Dia dos Pais”, analisa. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF), Sebastião Abritta, também acredita na melhora, mas afirma que o varejo, principalmente os pequenos empresários, temem novas restrições. “Alguns trabalham com estoque menor por medo de perderem os investimentos”, diz.

Medidas do governo

Ainda de acordo com o economista César Bergo, caso o cenário otimista não se concretize, cabe ao governo, local e federal, adotar medidas acertadas para manter os setores econômicos animados. Além disso, ele considera que os empresários precisam acompanhar os sinais de mudança da economia. “Ninguém aguenta ficar muito tempo fechado, isso é fato. Porém, nunca mais o cenário voltará ao que era antes, e os setores precisam acompanhar. Adotar novas formas de venda e de trabalho para sobreviverem”, analisa.

O secretário de Economia do DF, André Clemente, afirma que a pasta está em diálogo com o setor produtivo e realiza estudos do cenário econômico para buscar ações e soluções que permitam gerar emprego, renda e crescimento econômico mesmo durante a pandemia (leia Três perguntas para).

Palavra de especialista

Como evitar uma piora no cenário?

Os últimos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mostram que a inflação do último mês esteve mais baixa, ou seja, as pessoas estão se contendo mais e, nos próximos meses, o poder de compra da população tende a melhorar. Então, consequentemente, a tendência é que a economia também comece a reaquecer. Com a vacinação e sem indicativos de um novo lockdown ou mais restrições, a economia vai a passos lentos. Porém, uma melhora significativa mesmo, apenas no início do ano que vem. Até lá, para evitar uma piora no cenário, a população pode ajudar. As pessoas devem evitar gastos fora dos limites, pois estaremos em um momento de recuperação de renda. Caso contrário, o endividamento vai aumentar e isso não vai fortalecer a economia local. Resumindo, a recomendação é essa: continuar sobrevivendo, mas consumindo sustentavelmente.

Riezo Silva, coordenador do curso de economia do Centro Universitário Iesb   Três perguntas para

André Clemente, secretário de Economia do DF

Acredita que o DF terá uma recuperação econômica ainda este ano ou apenas em 2022?A economia do Distrito Federal estava em crescimento antes da pandemia, com superavit primário, contas em dia, obras em andamento e investimentos importantes na nossa capital. O governador Ibaneis Rocha teve o cuidado de, ainda durante a transição, já começar a adotar medidas para a melhora do ambiente econômico, a atração de grandes empresas e para melhorar o diálogo com o setor produtivo. Este cenário favorável tem nos ajudado muito a passar pela pandemia mantendo os gastos públicos, o pagamento de salários em dia e o andamento de obras nas mais diversas áreas e regiões do DF.

Quais medidas considera terem sido essenciais para manter ou auxiliar os setores econômicos durante a pandemia?Realizamos uma transformação digital no governo e disponibilizamos 100% dos serviços de forma digital para cidadãos e empresas. Isso já seria um avanço por si só, mas a medida merece ainda mais destaque em um momento de pandemia, pois trouxe aos servidores e contribuintes mais agilidade, comodidade e, principalmente, segurança. O nosso Programa de Refinanciamento de Dívidas, o Refis, foi o mais ousado da história. Permitiu que cidadãos e empresários regularizassem sua situação e voltassem a investir. O resultado para o GDF foi de mais de R$ 3 bilhões renegociados, o dobro da soma de todos os programas já feitos no DF.

Para este ano, há outros projetos em andamento?Seguimos realizando contratação de servidores, especialmente para áreas importantes ao combate à pandemia, e adotando inúmeras medidas de apoio aos cidadãos e ao setor produtivo. O lançamento do Pró-Economia — Etapa I é o exemplo mais recente. São 20 ações fundamentais para o setor produtivo, que terão um impacto de mais de R$ 1,2 bilhão na nossa economia. O pacote teve dois pilares: o gasto público e o ajuste fiscal. Quando se mantém o gasto público, se mantém também o consumo nos pequenos estabelecimentos. O outro pilar são os ajustes fiscais, que são a desburocratização, a postergação de impostos e a redução de carga tributária, ações que são prioridade para nós desde o primeiro dia de governo Ibaneis. Todas essas ações buscam permitir que o setor produtivo possa reequilibrar suas contas para voltar a investir no período pós-pandemia.   Custo de vida

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indica a variação mensal de preços sobre despesas consideradas essenciais para as famílias brasileiras que têm renda entre 1 e 40 salários mínimos. É considerado um termômetro da inflação indicada pelo Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Veja a variação do índice em 2021 no DF:

Janeiro – 0,05%Fevereiro – 1,18%Março – 1,44%Abril – 0,05%

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

Testagem contra a variante indiana

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Variante indiana – A confirmação de casos de covid-19 no Brasil com a variante indiana e uma nova alta da média móvel de mortes pela enfermidade acenderam um sinal de alerta para o Ministério da Saúde, que vai intensificar a testagem para tentar conter a explosão de uma terceira onda da pandemia. Ontem, a pasta confirmou 1.899 novas mortes pela doença, elevando o total para 448.208. Além disso, houve o registro de mais 76.490 casos. No acumulado, o Brasil já teve 16.047.439 pessoas infectadas com a covid-19.

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Nesta semana, a pasta deve enviar 3 milhões de testes rápidos para os estados, sendo 600 mil apenas para o Maranhão, onde foram confirmados os primeiros casos de pessoas infectadas no país com a cepa B.1.617, na última quinta-feira. Os testes serão aplicados em locais com grande circulação e que registrem entrada e saída de pessoas, como aeroportos, rodoviárias, portos e rodovias.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é preciso agir imediatamente para impedir a transmissão comunitária da variante originária da Índia. Segundo ele, pessoas sintomáticas e assintomáticas serão submetidas ao procedimento. Qualquer viajante que apresentar o diagnóstico positivo para covid-19 fará mais um teste para identificar se está contaminado com a cepa indiana. A partir daí, o paciente será aconselhado a cumprir quarentena e todos que tiveram contato com o infectado serão rastreados.

“Esses testes servem para a gente acompanhar a evolução dos casos. Porque quando aumentam os casos positivos, o que vai acontecer na frente? Internações. E depois? Óbitos. Então, precisamos reforçar essa vigilância em saúde para ter resultados mais efetivos. Vamos trabalhar forte para tentar de toda maneira fazer com que haja a queda dos casos e tenhamos uma solução para essa pandemia”, afirmou o ministro.

Os outros 2,4 milhões de testes rápidos que serão disponibilizados para os demais estados devem ser utilizados prioritariamente nas regiões de fronteiras com outros países da América do Sul e nos aeroportos de maior movimentação do Brasil.

“A vigilância em saúde do ministério tem trabalhado fortemente. Queremos impedir que haja a propagação dessa variante, que ainda não tem comprovada a transmissão comunitária. Estamos buscando tudo isso para avaliar esses casos e buscar conter a possível transmissão comunitária desse vírus”, destacou Queiroga.

Além disso, o governo vai impor barreiras sanitárias para impedir que mais cepas da doença cheguem ao território nacional. A princípio, isso será feito em São Paulo. Após reunião na tarde de ontem com integrantes da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes do governo da capital paulista, Queiroga definiu que haverá um esquema para monitorar passageiros provenientes do Maranhão, com a aplicação de exames nas principais rodovias de acesso à cidade, como Fernão Dias e Dutra, e na Rodoviária do Tietê. De qualquer forma, o ministro garantiu que essas medidas devem ser aplicadas em outras partes do país.

PrevençãoDevido aos riscos que o país corre com a chegada de uma forma mais agressiva da covid-19, o ministro frisou que é importante o respeito às medidas de proteção pessoal, como o uso de máscaras faciais e higienização das mãos, e de distanciamento físico.

“Essas recomendações são para todos, independentemente de variante indiana ou não. Quem tem suspeita de síndromes gripais deve evitar se deslocar de um estado para o outro e procurar as autoridades sanitárias. Todos devemos nos irmanar para procurar conter a circulação do vírus, seja a variante indiana, a de Manaus, a do Reino Unido”, destacou Queiroga.

Ele frisou que “enfrentar uma pandemia é muito complexo”. “Preciso trabalhar aqui de maneira harmônica, determinada, para que consigamos vencer essa situação. Contamos com a colaboração de todos. Das autoridades sanitárias, mas, sobretudo, de cada um dos brasileiros”, reforçou.

Queiroga alertou que manter o relaxamento das medidas de isolamento social é perigoso e pode contribuir para que o Brasil tenha mais mortes por covid-19 e casos da doença. “O Ministério da Saúde tem se empenhado na busca de insumos estratégicos, porque nós podemos ter eventualmente aumento de casos, seja por uma maior abertura das cidades. Tivemos muitas cidades que fecharam e agora estão abrindo. É fundamental que, abrindo, essas cidades reforcem a necessidade das medidas não farmacológicas.”

O ministro agradeceu à imprensa pela divulgação das ações da pasta e disse que os jornais contribuem para o enfrentamento à pandemia. “Nós estamos trabalhando fortemente para ampliar as possibilidades do Brasil superar essa pandemia, e tenho certeza que vocês da imprensa têm nos ajudado muito, levando boas informações para a sociedade. Há muitas fake news e a melhor maneira de reduzir isso é o Ministério da Saúde levar a vocês o que fazemos aqui todos os dias.”

“Esses testes servem para a gente acompanhar a evolução dos casos. Porque quando aumentam os casos positivos, o que vai acontecer na frente? Internações. E depois? Óbitos”

Fonte: Correio Braziliense

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