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Setor produtivo prevê recuperação

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Com o avanço da campanha de vacinação contra a covid-19 e a reabertura de diversos setores comerciais, os representantes das áreas econômicas do Distrito Federal estão otimistas em relação aos faturamentos do próximo semestre e do início de 2022. Segundo sindicatos e entidades, a expectativa é de que a retomada, mesmo que lenta, seja iniciada ainda este ano. Porém, ao mesmo tempo que há uma confiança na recuperação do faturamento, especialistas pedem cautela e avaliam que só haverá uma melhora nos índices a partir de setembro.

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Delcimar Moreira, 50 anos, é diretor regional do Hotel Windsor, localizado no Setor Hoteleiro Norte. Ele percebe avanços no cenário econômico do DF por meio do aumento de reservas no hotel. “Para nós, essa expectativa vem tomando corpo em função de algumas solicitações que clientes têm feito, de hospedagens e pequenas reuniões. Os pedidos têm aumentado”, relata. Ele afirma que o andamento dos negócios depende da vacinação. “Temos clientes que reservam espaços para o fim do ano, como setembro e outubro, e fazem a ressalva de que o evento acontecerá caso a vacinação continue ocorrendo em um ritmo razoável”, destaca o gestor.

O otimismo é reforçado por Jael Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhobar-DF). Ele lembra, no entanto, que os cuidados precisam ser mantidos. “No segundo semestre, temos datas extremamente importantes para o setor, como o Dia dos Namorados. Porém, sabemos que nunca poderemos descuidar das medidas de prevenção contra a covid-19”, argumenta. O setor de construção civil também está com esperança. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos, apenas uma má administração pode piorar a situação. “Se a economia como um todo aumentar, a construção civil costuma ficar acima da média. Então, as expectativas estão positivas”, diz.

Na avaliação de Carlos Aguiar, 65 anos, dono da loja de materiais de construção KSA Home Center, em Taguatinga Norte, o setor seguirá a tendência de avanço nas vendas no segundo semestre do ano. “É sempre o ponto alto para o segmento dos materiais de construção, porque, nos primeiros meses, há fatores como pagamento de IPTU, IPVA e de matrículas e materiais escolares, além das chuvas”, explica. O lojista também destaca o papel da vacinação. “A cada dia que a campanha avança, os problemas diminuem e as pessoas têm mais sensação de segurança”, aponta.

Cautela

O presidente do Conselho Regional de Economia do DF, César Bergo, considera que, durante o período de pandemia, os setores que mais sofreram foram bares, restaurantes e hotéis. “Construção civil e varejo tiveram resultados mais positivos, até pelas obras que estão em andamento e o modelo de venda”, completa. Para ele, caso não haja mudança no cenário da pandemia e da imunização, a economia local voltará a ter resultados positivos em setembro. “É neste período que a vacinação deve estar mais avançada e atingir mais pessoas laboralmente ativas”, comenta. Porém, o especialista pede cautela. “Até lá, não podemos fazer nada de errado, ou pode acontecer a mesma coisa que ocorreu no primeiro semestre, quando esperávamos uma recuperação que não veio”, completa.

Essa recuperação só será possível, segundo o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa, graças à flexibilização dos horários de funcionamento e aos pacotes econômicos do GDF. Além disso, os resultados de datas comemorativas animam. “A retomada é lenta, mas o Dia das Mães foi bom e temos boa expectativa para o Dia dos Namorados e Dia dos Pais”, analisa. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF), Sebastião Abritta, também acredita na melhora, mas afirma que o varejo, principalmente os pequenos empresários, temem novas restrições. “Alguns trabalham com estoque menor por medo de perderem os investimentos”, diz.

Medidas do governo

Ainda de acordo com o economista César Bergo, caso o cenário otimista não se concretize, cabe ao governo, local e federal, adotar medidas acertadas para manter os setores econômicos animados. Além disso, ele considera que os empresários precisam acompanhar os sinais de mudança da economia. “Ninguém aguenta ficar muito tempo fechado, isso é fato. Porém, nunca mais o cenário voltará ao que era antes, e os setores precisam acompanhar. Adotar novas formas de venda e de trabalho para sobreviverem”, analisa.

O secretário de Economia do DF, André Clemente, afirma que a pasta está em diálogo com o setor produtivo e realiza estudos do cenário econômico para buscar ações e soluções que permitam gerar emprego, renda e crescimento econômico mesmo durante a pandemia (leia Três perguntas para).

Palavra de especialista

Como evitar uma piora no cenário?

Os últimos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mostram que a inflação do último mês esteve mais baixa, ou seja, as pessoas estão se contendo mais e, nos próximos meses, o poder de compra da população tende a melhorar. Então, consequentemente, a tendência é que a economia também comece a reaquecer. Com a vacinação e sem indicativos de um novo lockdown ou mais restrições, a economia vai a passos lentos. Porém, uma melhora significativa mesmo, apenas no início do ano que vem. Até lá, para evitar uma piora no cenário, a população pode ajudar. As pessoas devem evitar gastos fora dos limites, pois estaremos em um momento de recuperação de renda. Caso contrário, o endividamento vai aumentar e isso não vai fortalecer a economia local. Resumindo, a recomendação é essa: continuar sobrevivendo, mas consumindo sustentavelmente.

Riezo Silva, coordenador do curso de economia do Centro Universitário Iesb   Três perguntas para

André Clemente, secretário de Economia do DF

Acredita que o DF terá uma recuperação econômica ainda este ano ou apenas em 2022?A economia do Distrito Federal estava em crescimento antes da pandemia, com superavit primário, contas em dia, obras em andamento e investimentos importantes na nossa capital. O governador Ibaneis Rocha teve o cuidado de, ainda durante a transição, já começar a adotar medidas para a melhora do ambiente econômico, a atração de grandes empresas e para melhorar o diálogo com o setor produtivo. Este cenário favorável tem nos ajudado muito a passar pela pandemia mantendo os gastos públicos, o pagamento de salários em dia e o andamento de obras nas mais diversas áreas e regiões do DF.

Quais medidas considera terem sido essenciais para manter ou auxiliar os setores econômicos durante a pandemia?Realizamos uma transformação digital no governo e disponibilizamos 100% dos serviços de forma digital para cidadãos e empresas. Isso já seria um avanço por si só, mas a medida merece ainda mais destaque em um momento de pandemia, pois trouxe aos servidores e contribuintes mais agilidade, comodidade e, principalmente, segurança. O nosso Programa de Refinanciamento de Dívidas, o Refis, foi o mais ousado da história. Permitiu que cidadãos e empresários regularizassem sua situação e voltassem a investir. O resultado para o GDF foi de mais de R$ 3 bilhões renegociados, o dobro da soma de todos os programas já feitos no DF.

Para este ano, há outros projetos em andamento?Seguimos realizando contratação de servidores, especialmente para áreas importantes ao combate à pandemia, e adotando inúmeras medidas de apoio aos cidadãos e ao setor produtivo. O lançamento do Pró-Economia — Etapa I é o exemplo mais recente. São 20 ações fundamentais para o setor produtivo, que terão um impacto de mais de R$ 1,2 bilhão na nossa economia. O pacote teve dois pilares: o gasto público e o ajuste fiscal. Quando se mantém o gasto público, se mantém também o consumo nos pequenos estabelecimentos. O outro pilar são os ajustes fiscais, que são a desburocratização, a postergação de impostos e a redução de carga tributária, ações que são prioridade para nós desde o primeiro dia de governo Ibaneis. Todas essas ações buscam permitir que o setor produtivo possa reequilibrar suas contas para voltar a investir no período pós-pandemia.   Custo de vida

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indica a variação mensal de preços sobre despesas consideradas essenciais para as famílias brasileiras que têm renda entre 1 e 40 salários mínimos. É considerado um termômetro da inflação indicada pelo Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Veja a variação do índice em 2021 no DF:

Janeiro – 0,05%Fevereiro – 1,18%Março – 1,44%Abril – 0,05%

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/05/10/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

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