Vacina mais segura contra a tuberculose

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Cientistas australianos desenvolveram um método para a síntese rápida de vacinas seguras, uma abordagem que pode ser usada para testar estratégias de imunizantes contra novos patógenos pandêmicos, como o Sars-CoV-2, o vírus que causa a covid-19. Liderada pelos professores Richard Payne, da Universidade de Sydney, e Warwick Brittonm, do Instituto Centenary, a equipe demonstrou a aplicação do método com uma nova substância para uso contra a tuberculose (TB). De acordo com eles, o resultado foi uma “poderosa resposta imunológica protetora em camundongos”.

“A tuberculose infecta 10 milhões e mata mais de 1,4 milhão de pessoas todos os anos”, diz a primeira autora do artigo, Anneliese Ashhurst, da Universidade de Sydney. “Historicamente, é a principal causa de morte em todo o mundo por um único agente infeccioso. Até agora, uma vacina contra a tuberculose altamente eficaz e segura para uso em todas as populações tem escapado à ciência médica”, assinala.

A única vacina atual para a tuberculose, a Bacille Calmette-Guerin (BCG), usa uma bactéria viva injetada. É eficaz em crianças, mas reduz a eficácia em adolescentes e adultos e apresenta riscos significativos à saúde de pacientes imunocomprometidos, especialmente para pessoas que vivem com HIV/Aids. Os imunizantes à base de proteínas têm se mostrado muito seguros, mas devem ser misturados com intensificadores ou adjuvantes para torná-las eficazes, o que não é fácil.

“O desafio é garantir que nossas células imunológicas vejam a proteína e o adjuvante simultaneamente. Para superar essa dificuldade, pela primeira vez, desenvolvemos um método que sintetiza a proteína com um adjuvante ligado como uma única molécula”, afirma Ashurst.

A estratégia da vacina e a tecnologia sintética poderiam ser implantadas para gerar rapidamente novas vacinas para testes pré-clínicos para uma série de doenças, dizem os pesquisadores, incluindo o patógeno respiratório que causa a covid-19. O resultado do estudo foi publicado ontem nos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (Pnas).

Funcionamento

Para que as vacinas sejam eficazes, elas precisam estimular o comportamento das células T, que lhes permitam reconhecer o patógeno como um antígeno ou corpo estranho. No caso da tuberculose, o sistema imunológico deve responder, rapidamente, à bactéria que causa a doença — Mycobacterium tuberculosis — para reduzir a infecção nos pulmões.

Usando o método desenvolvido pelos cientistas de Sydney, uma vacina inalada fornece uma molécula imunoestimulante de baixa dose — contendo uma proteína bacteriana sintetizada ligada diretamente a um adjuvante — às células do sistema imunológico nos pulmões. Um grande obstáculo superado pelos cientistas foi a dificuldade em fundir adjuvantes hidrofóbicos (repelentes de água) com um antígeno de proteína solúvel em água.

“Nós contornamos esse problema de manter moléculas hidrofóbicas e hidrofílicas juntas em uma vacina, desenvolvendo uma maneira de ligar permanentemente a proteína e o adjuvante como uma única molécula, com química sintética. Nossa abordagem supera os problemas de solubilidade enfrentados por outros métodos”, diz o professor Richard Payne. De acordo com ele, essa é a primeira vez que se sintetiza uma proteína bacteriana inteira, com o adjuvante.

“Além de fornecer um método rápido para desenvolver uma variedade de vacinas para testes pré-clínicos, esperamos que essa abordagem de vacinação pulmonar seja, particularmente, benéfica para a proteção contra doenças respiratórias”, comenta Warwick Brittonm, do Instituto Centenary.  “Esperamos que uma vacina inalada para tuberculose com a abordagem da imunização baseada em proteínas nos permita desenvolver uma abordagem universal e segura para combater essa doença letal”, acrescenta.

A outra grande vantagem do método é que as vacinas para uma série de doenças podem ser desenvolvidas de forma rápida e segura no laboratório, assinalam os pesquisadores. “Não precisamos cultivar o patógeno real no laboratório para fazer a vacina”, ressalta Anneliese Ashhurst. “Usando esse novo método, podemos sintetizar de forma rápida e segura vacinas altamente puras no laboratório e levá-las diretamente para modelos animais para testes pré-clínicos”, conclui.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

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Eurofarma expande linha de genéricos

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Eurofarma expande linha de genéricos

O público feminino ganha mais uma opção de anticoncepcional com a expansão da linha de genéricos da Eurofarma. O Desogestrel está disponível nas apresentações de 75 mcg, em embalagens de 28 e 84 comprimidos.

O medicamento é contraindicado para pacientes com distúrbio tromboembólico venoso ativo, com histórico ou presença de doença hepática, doença maligna em suspeita ou confirmada, sensibilidade a esteroides sexuais; com sangramentos vaginais não diagnosticados, grávidas ou com suspeita de gravidez.

MS: 1.0043.1280

Distribuição: a empresa trabalha com sistema próprio
Gerente de trade marketing: Frederico Almeida Nishimoto

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Quando tomar Ibuprofeno? Conheça cinco indicações

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Vários são os nomes pelos quais você pode conhecer o Ibuprofeno. Algum dos medicamentos de marca com esse princípio ativo são

Vários são os nomes pelos quais você pode conhecer o Ibuprofeno. Algum dos medicamentos de marca com esse princípio ativo são Alivium, Motrin e Advil, por exemplo. Mas ele também pode ser encontrado em versões genéricas. Porém, é fundamental que o remédio seja ministrado com orientação de um profissional de saúde. Isso é necessário devido a diferenças de dosagem, que variam de acordo com idade e peso do paciente, e também à possibilidade de mascarar sintomas e dificultar diagnósticos.

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Quando tomar?

Agora, vamos listar algumas situações nas quais o Ibuprofeno pode ser utilizado.

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Dor de dente

A má higiene bucal pode causar quadros de cárie ou inflamação de gengiva, quadros esse que podem causar dor e desconforto em ações do cotidiano, como comer e escovar os dentes.

Em casos como esse, o Ibuprofeno pode ser utilizado para um alívio, até o diagnóstico final de seu dentista.

O medicamento também pode ser utilizado para o tratamento de dores no pós-operatório, em casos de extração de siso, por exemplo.

Cólica menstrual

Com as dores causadas pelos movimentos musculares do útero, que duram de 1 a 3 dias, muitas mulheres sofrem com o período menstrual. Além disso, acontece a produção de substâncias inflamatórias no organismo, como a ciclooxigenase.

O uso do Ibuprofeno para alívio dos sintomas não dispensa visitas regulares ao ginecologista, para acompanhamento e diagnóstico de possíveis doenças que possam ampliar o desconforto, como o ovário policístico.

Dor de garganta

A inflamação da amígdalas e faringe é um problema que chega a ser cotidiano para algumas pessoas. Causado usualmente por infecções virais, como a do resfriado, o incômodo pode ser diminuído com o uso do Ibuprofeno.

Mas diante da aparição de outros sintomas, como cansaço, febre alta e tosse, é importante a visita ao médico para um maior entendimento do caso.

 Resfriados e gripes

Já citado no tópico anterior, os demais sintomas de resfriado também podem ser combatidos pelo Ibuprofeno.

No caso da gripe, que apresenta sintomas mais intensos, como febre de até 39ºC, além de dores no corpo, o medicamento também ajuda no combate da doença.

Dor de cabeça

O estresse e a insônia podem causar o que é conhecido como dor de cabeça tensional. A inflamação nos músculos da região causada por essa tensão pode ser combatida com o uso do Ibuprofeno.

Quando não usar

Evite a ingestão de Ibuprofeno nos casos de úlcera estomacal, sangramentos gastrointestinais e insuficiência de órgãos como fígado, rins e coração. Grávidas, lactantes e crianças com menos de 6 meses também não devem usar o medicamento.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias aguardam liberação para vacinar

O mundo (pelo menos boa parte dele), aguarda um plano de vacinação contra covid-19. No Brasil, o Ministério da Saúde disse que a campanha de vacinação deverá começar ao mesmo tempo em todas as capitais, sem privilegiar os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde ficam o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituições que irão produzir as vacinas do Plano Nacional de Imunização (PNI).

Dentro do atual contexto da saúde pública no Brasil, a elaboração e execução de diversas estratégias para enfrentamento da pandemia inclui as farmácias, como unidades de prestação de serviços de assistência à saúde.

Assim, os Conselhos Regionais de Farmácia de todo o Brasil pediram autorização para que os estabelecimentos pudessem vacinar também. Nesta semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou publicação com orientações para a realização de testes rápidos para a investigação de infecção pelo novo coronavírus em farmácias, e ainda recomendações para realização de vacinação em farmácias, caso estejam incluídas nas estratégias de campanhas de vacinação do Ministério da Saúde. Agora falta a autorização e liberação pelo governo.

No estado, o Conselho Regional de Farmácia (CRF-MA) também fez a solicitação. De acordo com a presidente do Conselho,  Gizelli Santos Lourenço Coutinho, a Anvisa divulgou as “orientações” que é a nota técnica, mas ainda não se sabe se o Ministério da Saúde vai liberar e quando vai.

“Lembra dos testes rápidos? Foi liberado uns meses depois do início da pandemia, porque a prioridade inicial era do serviço público de saúde e hospitais particulares.  Depois que o mercado aumentou a produção, foi liberado para as farmácias”, informou.

Segundo a Anvisa, a comercialização e aplicação de vacinas podem ser realizadas nas farmácias com licenciamento específico para a atividade de vacinação, nos termos da Resolução RDC n. 197, de 26de dezembro de 2017, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana.

“A atividade de vacinação da campanha do governo poderá ser realizada em farmácias privadas, se esta for a determinação das autoridades de saúde locais, nos moldes das estratégias de campanhas de vacinação promovidas pelo Programa Nacional de Imunização e em conjunto com a equipe de vigilância em saúde estadual ou municipal, e desde que sigam requisitos mínimos para garantir a segurança e qualidade, na conservação, aplicação e no monitoramento das vacinas da campanha, bem como, a segurança do vacinado e a dos profissionais de saúde envolvidos.

Neste quesito, de forma temporária e excepcional, as determinações sanitárias relacionadas à estrutura física podem ser flexibilizadas para as farmácias privadas durante este período da pandemia”, diz trecho da Nota Técnica.

Gizelli Santos completa sobre os cuidados que a população deve ter ao procurar o serviço nas farmácias. “O papel do farmacêutico e das farmácias serão importantes nesta missão. Assim que for liberado a população deverá buscar farmácias com Alvará Sanitário e Farmacêutico para segurança de todos. Temos preocupação com as farmácias ilegais e o que elas podem vender para a população”, disse.

Fonte: Portal O Imparcial – MA

Suco detox de beterraba com abacaxi fortalece o sistema imunológico e ajuda a emagrecer

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Foto: MF Press Global

 Neste período de quarentena investir em boas escolhas nutricionais é apontado por diversos especialistas com algo mais do que necessário para manter a saúde em dia e fortalecer as defesas do corpo.

A especialista em nutrição Gabi Lodewijks elaborou uma receita natural que traz diversos benefícios ao corpo, ajudando inclusive a fortalecer o sistema imunológico e combatendo outras doenças.

 

A receita une a beterraba, que é ótima para combater anemia, ajuda a melhorar o rendimento nos treinos e fortalece o sistema imune, com o abacaxi, que é um poderoso antioxidante, diurético, digestivo, rico em vitamina C e que também fortalece o sistema imunológico. “Tanto a beterraba quanto o abacaxi são ótimos para a recuperação pós atividade física então pode ser um ótimo pós treino, tendo em vista que a beterraba ajuda na recuperação muscular”, ressalta Gabi.

Confira a receita do suco detox de beterraba e abacaxi

Ingredientes

1 colher sopa beterraba picada
1 colher sopa abacaxi
1 punhado de hortelã

Modo de preparo

Bata todos os ingredientes no liquidificador por alguns minutos e está pronto. Rende um copo americano (250ml). O ideal é consumir na hora. Pode ser levado à geladeira mas não deve consumir depois de 24h, pois muitos nutrientes e vitaminas desnaturam durante este período, perdendo a eficácia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Inibidores de apetite usados de forma indiscriminada podem causar doenças cardiovasculares

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A obesidade é um problema de saúde a nível global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,3 bilhões de pessoas no mundo convivem com o problema segundo relatório de dezembro de 2019.  Diante deste cenário, quando a união entre exercícios físicos e reeducação alimentar não surge os efeitos necessários, algumas pessoas optam por entrar com soluções medicamentosas — recheadas de prós, contras e polêmicas.

A nutricionista Dani Borges explica que um dos tipos de drogas utilizados para esse fim são os anorexígenos, manipulados à base anfetamina e que agem no sistema nervoso central controlando e moderando as sensações de fome e saciedade. “Esse tipo de tratamento é indicado apenas para pessoas que possuem Índice de Massa Corporal maior que 30 kh/m², associado a problemas como diabetes, hipertensão e colesterol elevado, que podem ser ainda mais perigosos quando somados à obesidade”, alerta.

Devido a sua composição, o uso indiscriminado e incorreto destes remédios pode causar efeitos adversos como arritmia cardíaca e taquicardia, precisando sempre de orientação de um médico, afirma a nutricionista. A utilização desse fármaco é tão polêmica, que em 2011 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a proibir a comercialização. O retorno da legalidade de compra veio apenas após a aprovação da Lei nº 13.454 de 23 de junho de 2017, que regulamentou a venda de drogas como anorexígenos sibutraminas, anfepramona, femproporex e mazindol.

Mesmo com a existência de remédios que podem acelerar o processo de emagrecimento, a profissional aponta que um projeto de perda de peso baseado na alimentação e no exercício ainda são a melhor opção, sendo os fármacos apropriados para quem tem sobrepeso. “Ter resultados rápidos é um desejo comum aos pacientes, porém, deve-se observar a possibilidade realista disso. A construção de um corpo saudável e com a estética desejada leva tempo e paciência, não existe fórmula mágica”, analisa.

Caso queira uma ajudinha de inibidores, a nutricionista aponta que alguns alimentos naturalmente condicionam a saciedade por um tempo maior. “Há ainda aqueles que ajudam a ‘queimar calorias’ no processo de digestão por ter um fator térmico alto, como as proteínas, por exemplo, que são fundamentais em uma dieta para não veganos e vegetarianos. A proteína possui um fator térmico de metabolização alto, no qual você gasta mais calorias para digeri-la, além de proporcionar maior saciedade. As oleaginosas (castanhas, nozes), ovos e gorduras boas (abacate, azeite extra virgem), assim como as fibras (aveia, linhaça, chia) também proporcionam maior saciedade e podem ajudar a diminuir a fome”, aponta Dani.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Ex-dona e Femsa despontam como candidatas a comprar a Extrafarma

Ex-dona e Femsa despontam como candidatas a comprar a Extrafarma

O processo de venda da Extrafarma, que teve início em dezembro do ano passado, ganhou novos capítulos com a entrada de dois fortes candidatos. O Grupo Ultra, atual controlador, decidiu se desfazer da operação de varejo farmacêutico para concentrar esforços no negócio de óleo e gás.

Segundo apuração do Panorama Farmacêutico com fontes ligadas ao setor, a família Lazera, antiga dona da Extrafarma, estuda readquirir a companhia. Em 2013, a rede de origem paraense foi negociada por R$ 1 bilhão para o Grupo Ultra. O então presidente Paulo Lazera seguiu no comando da rede nos primeiros dois anos, na condição de diretor superintendente, e a família passou a deter 2,9% das ações da gigante petroquímica.

A negociação seria vista com bons olhos pelos acionistas, já que a ex-controladora acumula experiência no varejo farmacêutico e pleno conhecimento das dificuldades da companhia. No entanto, uma concorrência internacional poderia ameaçar o negócio pela bagatela de R$ 2 bilhões.

A mexicana Femsa, maior engarrafadora de Coca-Cola no mundo, também estaria em conversações com o Ultra. A informação foi veiculada pelo colunista João Alberto, do Diário de Pernambuco. Essa seria uma nova cartada da multinacional para ingressar no varejo farmacêutico depois da suposta tentativa de adquirir o Grupo DPSP, que não teria emplacado por divergências a respeito de valores.

Especialistas acreditam que essa negociação seja mais difícil de se concretizar, mas não descartam por completo. Isso porque a expressiva valorização de empresas do varejo farmacêutico na B3 mantém os investidores animados. A Femsa já controla mais de 1.100 lojas do canal farma em países como Chile e México, por meio de marcas como Cruz Verde, Farmacon, Moderna e YZA.

De hub de farmácias à estagnação

A estratégia do Grupo Ultra era fazer da Extrafarma um grande hub de farmácias, usando a rede de postos de combustível Ipiranga para garantir capilaridade em território nacional. No entanto, sua divisão de varejo não decolou e o processo de venda teve início, com a escolha do Bradesco BBI para encontrar companhias interessadas.

De acordo com o ranking da Abrafarma, a rede detinha o nono maior faturamento do grande varejo farmacêutico em 2013. Chegou a atingir a sexta colocação em 2018, mas caiu uma posição no ano seguinte. Sua receita atual é de R$ 1,5 bilhão, com cerca de 400 lojas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Em perfil no Instagram, médicos de AL defendem tratamento precoce para a Covid-19 criticado por entidades médicas

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Médicos alagoanos participam de um perfil no Instagram denominado @tratamentoprecocebrasil , cujo intuito é divulgar perfis de profissionais que apoiam o tratamento precoce da Covid-19 no Brasil. Ao menos cinco médicos de Alagoas, de especialidades diferentes, compartilham da opinião criticada pelos órgãos oficiais de saúde e que tem ganhado espaço em discussões envolvendo a doença.

Veja também: Na sombra da Covid-19, sarampo avança e provoca mortes no Brasil mesmo com vacina

Com 13,9 mil seguidores, a página tem 153 publicações no feed onde médicos afirmam ser a favor da prescrição da hidroxicloroquina, ivermectina e outros medicamentos para “evitar” os sintomas do novo coronavírus.

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“Perfil dedicado aos médicos que apoiam o tratamento precoce da COVID-19 recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil”, diz a biografia da página.

Entre os médicos, que segundo a página, apoiam e adotam o tratamento precoce contra a Covid-19 em Maceió estão: Bertine Malta, Patricia Rennée, Mary Gleyce Falcão, Rodrigo Timóteo e Cláudia Voss Vilanueva.

Nesta segunda-feira (18), internautas afirmaram que iriam denunciar a página nas redes sociais e que o perfil se tornou privado e estaria apagando algumas postagens devido à repercussão.

Apesar da biografia do perfil afirmar que o tratamento precoce é recomendado pelo Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Infectologistas (SBI) afirma ser contraindicado qualquer substância em tratamento precoce para a Covid-19.

Em nota, a SBI diz que não recomenda nenhum tratamento com qualquer medicamento, visto que os estudos clínicos realizados até o momento não comprovaram nenhuma eficácia e que o uso dos remédios também pode provocar efeitos colaterais.

“A SBI não recomenda tratamento precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVID-19”, diz o comunicado divulgado na última quarta-feira (14).

Ainda segundo a SBI , “a sua orientação está alinhada com as recomendações das seguintes sociedades médicas científicas e outros organismos sanitários nacionais e internacionais, como: Sociedade de Infectologia dos EUA (IDSA) e da Europa (ESCMID), Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), Centos Norte-Americanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde do Brasil (Anvisa)”, completa.

Também neste domingo (17), ao aprovar o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 no Brasil, a Anvisa destacou que não existem tratamento precoce eficaz para o novo coronavírus.

Fonte: Cada Minuto

Pazuello diz que falta de oxigênio em Manaus foi “surpresa”

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta 2ª feira (18.jan.2021) que tanto o governo do Amazonas, quanto o governo federal receberam com “surpresa” a possibilidade de poder acabar o estoque de cilindros de oxigênio no Estado.

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O ministro disse que a pasta vinha monitorando o aumento de casos e óbitos em Manaus desde dezembro e que em 4 de janeiro enviou uma equipe para fazer o diagnóstico da situação do Estado. Em 8 de janeiro, o ministério teve conhecimento, a partir de uma carta da fornecedora White Martins, da possibilidade de falta de oxigênio nos hospitais e decidiu adotar medidas para mitigar a crise na rede de saúde de Manaus.

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“No dia 8 de janeiro nós tivemos a compreensão, a partir de uma carta da White Martins, de que poderia haver falta de oxigênio se não houvesse ações para que nós mitigássemos o problema, mas aquela foi uma surpresa tanto par ao governo do Estado quanto para nós. Até então, o assunto oxigênio estava equilibrado, mas a velocidade das internações foi muito grande. O consumo quintuplicou”, disse.

“No dia 10 de janeiro, o governador determinou, por sugestão minha, a abertura do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle do Governo do Amazonas). A partir daquele momento nos passamos a coordenar todos os trabalhos junto com o governador e prefeitura. Juntos, porque não existe solução na Amazônia senão a união de esforços dos 3 níveis de Poder.”

Apesar do Ministério estar ciente e de dizer que estava adotando medidas, a ações não foram suficientes para evitar que a situação do sistema de saúde amazonense se agravasse na última 6ª feira (15.jan.2021), quando o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus. Ainda não é possível ter dimensão do número de mortos por covid-19 por causa da falta de oxigênio.

“Fizemos tudo o que tivemos fazer e vamos continuar fazendo. A conversa com o governador é: ‘O que for necessário’”, disse o ministro ao relatar ações adotadas pelo governo após 6ª feira (15.jan), como a transferência de pacientes a outros hospitais de Estados, envio de oxigênio para o Amazonas.

AUMENTO DE CASOS EM MANAUS

Para o ministro, Manaus vive a 2ª onda da covid-19, “tão grave quanto a primeira e com maior numero de mortos”. Para Pazuello, a 2ª consiste na soma “da busca por atendimento de covid-19 com a chegada de doenças não tratadas do ano de 2020”.

“Aquelas pessoas que não conseguiram tratar as suas doenças e cirurgias eletivas elas estão chegando no seu limite e estão buscando atendimento e o atendimento está impactado pela covid. Quando esses 2 vetores se encontram, nós temos a 2ª onda, com mais mortos do que a 1ª onda”, disse.

“O número de mortos hoje em Manaus em 1 dia é de 180, onde normalmente está em 26, 30. Desses 180, 80 são covid, 100 já são das cirurgias eletivas não feitas e outras doenças que agravaram”, completou.

ATENDIMENTO PRECOCE

Na entrevista, o ministro voltou a defender o tratamento precoce da covid-19, mas evitou mencionar o uso da hidroxicloroquina. Pazuello disse ainda que não se pode confundir a orientações sobre o atendimento precoce “com a definição de que remédio tomar”.

“Para piorar a situação, vocês sabem como tenho divulgado desde junho, o atendimento precoce. Não confunda o atendimento precoce com definição de que remédio tomar. Nós defendemos e orientamos que a pessoa doente procure imediatamente o posto de saude. procure o médico e o médico faça o atendimento precoce. Que remédios o médico vai prescrever isso é foro íntimo do médico com o paciente. O ministério não tem protocolos sobre isso. Não é missão do ministério definir protocolo”, disse.

“Tratamento é uma coisa, atendimento é outro”, completou.

O ministro disse ainda que “nunca” receitou o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19. Reportagem da Folha de S. Paulo, no entanto, revelou que o Ministério da Saúde montou e financiou uma força-tarefa de médicos que defendem o “tratamento precoce” da covid-19 para visitarem UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em Manaus (AM). Mas antes, em 20 de maio, a pasta publicou recomendações para o uso do medicamento.

O presidente Jair Bolsonaro e outros ministros também já incentivaram o uso do medicamento no tratamento da doença diversas vezes em vídeos e em redes sociais.

“A senhora nunca me viu receitar às pessoas para tomarem este ou aquele remédio. O governo federal seguirá distribuindo cloroquina quando solicitado por Estados e municípios. Nunca recomendei medicamentos para ninguém, nunca autorizei protocolo”, declarou.

VACINA DA ÍNDIA

O governo federal tem enfrentado dificuldades em importar a vacina desenvolvida pela desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford produzida na Índia pelo laboratório indiano Serum. A importação do imunizante foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2 de janeiro.

A expectativa era de que as 2 milhões de doses vacinas chegassem ao Brasil sábado (16.jan), no entanto, houve atraso. O diretor-executivo do laboratório indiano Serum Institute, Adar Poonawalla, disse na 6ª feira (15.jan.2021) que a Índia só deve enviar o imunizante ao Brasil daqui a duas semanas. Afirmou que a prioridade do laboratório sempre foi a vacinação da população local.

Pazuello disse que ainda está em negociação com a Índia e que um acordo sobre o envio das doses da vacina deve ser definido nos próximos dias.

“Todos os dias estamos tendo reunião com a índia. Estamos recebendo sinalização de que isso deverá ser resolvido nos próximos dias nesta semana, nao há resposta oficial de saída até agora. Está sinalizado nos próximos dias desta semana da carga para cá. Estamos contado com esses 2 milhões de doses para que a gente possa atender mais ainda essa situação”, declarou.

Fonte: Press From

Brasil celebra vacinação, mas vive risco de falta de insumos por negacionismo do Ministério da Saúde

O dia 17 de janeiro de 2021 ficará marcado na história do Brasil. O primeiro passo para efetivamente vencer a pandemia de coronavírus com uma vacina segura e eficaz foi dado; profissionais de saúde, indígenas e quilombolas começaram a ser imunizados no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Tanto a Coronavac quanto a Astrazeneca foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, finalmente, a imunização do povo brasileiro começou.

Veja também: Falta de matéria-prima para Coronavac e vacina de Oxford ameaça atrasar imunização no Brasil

– Mônica, 1ª vacinada do país, é voluntária contra covid-19 mesmo sendo do grupo de risco: ‘Não tenham medo’

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Ministro Pazuello fez coletiva junto a governadores para anunciar medidas de distribuição da vacina que Governo Federal havia desprezado

Problemas estratégicos para entrega das doses

No entanto, as inabilidades diplomáticas, logísticas e administrativas de um Governo Federal fomentado pelo negacionismo aparecem agora. Desabastecimento de seringas, espalhamento de ideias sobre a farsa dos inexistentes tratamentos precoces e a falha na compra das vacinas Astrazeneca da Índia são apenas algumas dos tropicões do Ministério da Saúde na imunização brasileira.

A decadência das relações internacionais brasileiras e a desvalorização do Itamaraty frente ao mundo nos últimos anos certamente influenciou a demora na obtenção das 2 milhões de doses da vacina de Oxford que seriam enviadas da Índia para o Brasil. Agora, nosso país aguarda na fila para conseguir o imunizante. O governo federal recusou milhões de doses do imunizante da Pfizer.

Uma solução para o problema seria a produção da vacina de Oxford na própria Fiocruz. Entretanto, problemas logísticos fizeram com que o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), insumo essencial para a produção da Coronavac e da Astrazeneca, não fosse entregue a tempo para o Brasil. Ou seja; além da falta de doses importadas, enfrentamos também a falta de insumos para produção nacional do imunizante.

“Quando estava na Anvisa (2013-2016), previ que isso poderia acontecer, por uma guerra, uma crise diplomática. Veio a pandemia e a questão se impôs. Temos um problema estrutural, porque produzimos muito pouco dos insumos que a indústria farmacêutica usa no Brasil”, afirmo o ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Ivo Bucaresky.

O Ministério da Saúde espalha desinformação

O Ministro da Saúde Eduardo Pazuello mentiu em entrevista no último domingo (17) ao dizer que o Ministério da Saúde já está com vacina em mãos. Atualmente, o Governo Federal só conta com as 6 milhões de doses da CoronaVac. O chefe da pasta ainda criticou o governador do estado de São Paulo, João Dória, por ter ‘politizado‘ a questão da vacina.

Pazuello criticou Dória por uso político de vacina; todas as doses disponíveis para imunizar população brasileira vieram do Instituto Butantã

“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste instante, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca [em parceria com a Fiocruz]. E nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, disse Pazuello em entrevista no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, no Rio de Janeiro.

A mentira tem se tornado modus operandi do Ministério da Saúde. A pasta agiu como se não soubesse da crise de oxigênio em Manaus; o próprio governo federal desmentiu ao STF a narrativa de que a tragédia humanitária na capital do Amazonas era inevitável.

No sábado, o Twitter Brasil teve de colocar um aviso informando que o órgão mentiu em uma postagem do Ministério da Saúde sobre os tratamentos ineficazes contra covid-19.

Com problemas para conseguir seringas, insumos para vacina, doses já compradas e dizer a verdade, o Brasil se mostra no caminho certo para o colapso da saúde. Se a vacina demonstra esperança, a gestão de sua entrega parece um percurso tortuoso e cheio de erros propositais, causados pela negação da ciência e pela disseminação de informações falsas.

Fonte: Press From