Como ler o rótulo do seu shampoo? Mitos e verdades sobre produtos para cabelos e seus ativos

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Engenheiro Químico e fundador da JustForYou, empresa líder no segmento de personalização de produtos para o cabelo, reuniu algumas dicas para não errar na hora da compra

São Paulo, junho de 2022 – Você já comprou um produto para cabelo que não cumpriu o que prometia? Quando o resultado não sai como o esperado, existem duas opções possíveis, explica o engenheiro químico, CSO e fundador da JustForYou Alex Eduardo Domingos. ‘Ou você escolheu um produto inadequado para as necessidades do seu cabelo ou, de fato, a fórmula não entrega o efeito desejado. Existem cosméticos que prometem hidratação quando, na verdade, apenas formam uma película de silicones ou petrolatos que mascaram esse efeito, como uma maquiagem, sem agir na estrutura interna do fio, repondo a água ou qualquer nutriente. Por isso é tão importante entender o que tá escrito no rótulo das embalagens’.

Mais difícil que compreender a ação real do produto em cada tipo de cabelo é decifrar todas as substâncias presentes na composição. ‘Alguns ingredientes muito comuns que costumam ser incompressíveis para boa parte das pessoas são o Cethyl alcohol (Álcool Cetílico), que controla a viscosidade do creme e o Citric Acid (Ácido Cítrico), que é um Estabilizador de pH entre muitos outros’, indica Alex.

A ordem dos componentes altera o produto?

A composição de toda fórmula normalmente aparece em ordem decrescente no rótulo, ou seja, o componente presente em maior quantidade tende a estar em primeiro lugar e assim por diante. ‘Na prática, isso quer dizer que, se você procura um produto para nutrir o cabelo, a fórmula deve ter maior concentração de óleos e vitaminas, ativos que devem estar no começo da lista. Se a relação contém vários ingredientes e, apenas no final, o princípio ativo, provavelmente trata-se de um produto pouco concentrado que vai entregar muito pouco ou nenhum dos resultados esperados para aquele ingrediente’, sugere Alex.

Shampoo com sulfato faz mal?

O sulfato – ou Lauril Sulfato de Sódio / Lauril Éter Sulfato de Sódio – nada mais é do que um agente de limpeza que serve para remover o excesso de oleosidade e as impurezas do fio. Cosméticos com sulfato fazem mais espuma e limpam de forma mais agressiva, retirando, inclusive, a oleosidade necessária para o cabelo, destaca Alex. ‘Justamente por esse efeito, ele pode ressecar o cabelo, mas não causa riscos à saúde. Hoje temos alternativas sem sulfato, que mantêm a hidratação e higienizam os fios de uma forma muito mais saudável’.

Como os ativos agem no cabelo?

Os cabelos necessitam, basicamente, de três tipos diferentes de ativos que cumprem o papel de hidratar, nutrir e reconstruir os fios, destaca Alex. ‘Fórmulas com alta concentração de ingredientes naturais podem ser a pedida ideal para oferecer ao cabelo o que ele precisa para ficar forte e bonito sem deixar de lado a saúde dos fios. O propanediol, por exemplo, tem propriedades muito hidratantes, ajuda a repor a água e deixar o cabelo mais brilhante e macio. Já o óleo de girassol e a manteiga de manga são indicados para a nutrição dos fios, devolvendo as vitaminas e nutrientes essenciais para a saúde do cabelo. As proteínas, como a de trigo, ajudam a reconstruir a estrutura do cabelo, aumentando a força e diminuindo as chances de quebra e queda dos fios’.

Fórmulas veganas são naturais?

O engenheiro químico explica que são coisas distintas. ‘Uma fórmula natural utiliza ingredientes naturais no lugar de ativos sintetizados em laboratório. Já para ser vegana, é preciso não utilizar ingredientes de origem animal e também garantir essa comprovação por parte de todos os fornecedores de matérias-primas. Existem também as fórmulas cruelty free, que são livres de testes ou qualquer tipo de crueldade animal em seu processo de fabricação ou desenvolvimento’.

Sobre a JustForYou

Pioneira em oferecer produtos para cabelo personalizados por meio de inteligência artificial no Brasil, a beauty tech JustForYou começou a operar em 2019 diante de um sonho: oferecer produtos que respeitem a individualidade de cada pessoa e resolvam necessidades reais. Com a proposta de usar a tecnologia para oferecer produtos de alta performance e adaptados para as características, rotina e desejos de cada pessoa, a JustForYou une beleza personalizada, minimalismo sustentável e bem-estar para produzir fórmulas exclusivas com ingredientes naturais, espuma natural, livre de químicos agressivos e sem testes em animais. Iniciativa de três sócios-fundadores – Caio de Santi, Rodrigo Stoqui e Alex Eduardo – a empresa começou a expandir sua área de atuação em 2022 para o segmento de saúde e bem-estar, fornecendo a empresas parceiras sua tecnologia de manipulação para medicamentos personalizados.

Fonte: 2A+ Cosmética

Ácido x vitamina: descubra o ativo ideal para cada necessidade da pele

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skincare

O ritual de skincare é um processo bastante particular e que depende, em suma, de duas variáveis: necessidades da pele e preferências pessoais. A busca por uma cútis saudável tem levado as pessoas a investir em uma rotina de autocuidado mais personalizada, para atender a demandas pontuais direcionadas para cada tipo de desafio cutâneo.

No entanto, identificar quais são os ativos e produtos que a derme precisa, diante do extenso cardápio de produtos, não é tarefa simples. Excesso de oleosidade, incômodo com rugas e linhas finas, pele seca e erupções cutâneas, como a acne, estão entre as campeãs de reclamações em consultórios de dermatologia que podem ser agravados pelo uso indevido de cosméticos.

Ainda que alguns produtos sejam fundamentais a qualquer tipo de pele – como o filtro solar e produtos hidratantes -, para acertar na escolha e montar um nécessaire eficaz é primordial levar em consideração os ingredientes que compõem cada mistura.

Em entrevista à revista de beleza Allure, dermatologistas indicaram quais ativos buscar na composição dos produtos para solucionar cada tipo de problema.

Pele desidratada

Uma pele que carece de reforço na hidratação, normalmente, é mais sensível, áspera e sem brilho.

Os ativos mais indicados para tratá-la são ricos em ácido hialurônico, fosfolipídios, ácido linoleico, glicerina e ceramidas. Também podem contribuir para melhorar o aspecto da tez o óleo de jojoba e umectantes, bem como os ácidos PHAs e AHAs.

Combate a linhas finas e rugas

Com o objetivo de minimizar sinais na pele dessa natureza, a recomendação é procurar por produtos que contenham, no rótulo, os seguintes ingredientes: retinol, vitamina C, ceramidas, gutationa e peptídeos. Nunca abra mão do filtro solar, e invista em ácidos AHAs, BHAs ou PHAs esfoliantes.

Pele oleosa e/ou propensa à manchas

Um dos mitos mais conhecidos do skincare diz respeito às peles oleosas: assim como qualquer tipo de cútis, elas demandam hidratação adequada.

Visando manter a saúde e evitar o aspecto gorduroso, priorize ingredientes como ácido hialurônico, vitamina C, niacinamida, bakuchiol. Inclua na lista os ácidos esfoliantes como glicólico, salicílico, lático e mandélico.

Sensibilidade e vermelhidão

Como a denominação bem explica, quem tem a pele sensível precisa ter, no mínimo, o dobro de cuidado. Ingredientes adequados para esse tipo de demanda são a centella asiática, prebióticos, aloe vera, PHAs, ceramidas, ácido azelaico e niacinamida.

É sempre importante lembrar que, para evitar quaisquer complicações, é fundamental consultar um dermatologista para fazer uma avaliação da cútis e montar uma rotina de cuidados personalizada.

Fonte: Portal Metrópoles Online

Nissei comemora aniversário com campanha de ‘dinheiro de volta’

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NisseiNo mês de aniversário de 36 anos da rede, clientes cadastrados no Club Nissei de Vantagens, pelo site ou aplicativo, receberão parte do dinheiro gasto em produtos selecionados para usar em compras futuras

As ações que oferecem ‘dinheiro de volta’, quando o consumidor faz uma compra e parte do investimento retorna para o seu bolso, caíram no gosto dos brasileiros. Só em 2020, o uso de cupons de desconto e de ‘dinheiro de volta’ movimentou mais de R$ 7 bilhões no país, segundo levantamento do portal Cuponomia. Já um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apontou que 48% dos consumidores aproveitaram ofertas nessa modalidade desde o início da pandemia.

Na rede de farmácias Nissei, a última campanha baseada em ‘dinheiro de volta’ ocorreu no Dia da Mulher deste ano, trazendo um impacto positivo de 46% no faturamento, na comparação com a campanha do ano anterior. Agora, para comemorar o aniversário de 36 anos da rede, a Nissei vai promover uma grande ação nessa modalidade. De 1° a 12 de junho, ofertas arrasadoras devolverão ao cliente 10% do valor investido para usar em compras futuras, à exceção de medicamentos. São produtos selecionados, indicados por uma lâmina de ofertas especiais, que podem ser adquiridos tanto nas lojas físicas quanto no site.

Para aproveitar, é preciso ter o cadastro completo no site – ou atualizar o cadastro – no Club Nissei de Vantagens (nissei.vc/club) e informar o CPF na hora do pagamento. O ‘dinheiro de volta’ deve ser usado até o dia 31 de julho. Além dessa promoção, clientes do Club Nissei de Vantagens têm acesso a diversos outros descontos e benefícios exclusivos.

‘A campanha do ‘Dinheiro de Volta’, carteira digital do Club Nissei de Vantagens da, faz parte do conjunto de ações que preparamos para comemorar os 36 anos da rede. É uma forma de agradecer aos consumidores que sempre estiveram ao nosso lado, prestigiando o atendimento qualificado característico das lojas do grupo e aproveitando o conceito de drugstore que é o diferencial da marca. Nosso objetivo é tornar o aniversário da rede a terceira data mais importante para a operação, atrás apenas do Dia das Mães e da Black Friday’, comenta o CEO da Nissei, Alexandre Maeoka.

Ações no site – A partir do dia 14 de junho, às terças e quintas-feiras, o site da Nissei (https://www.farmaciasnissei.com.br/) terá até dois produtos com uma super oferta disponível para compra durante apenas 24 horas. Essas ofertas especiais serão divulgadas nas Redes Sociais da Nissei através de postagens temporárias.

Ainda, a partir de 13 de junho, clientes que realizarem compras acima de R$ 150 no site da rede vão receber via e-mail um cupom surpresa de desconto, no momento de confirmar o pagamento. O desconto estará atrelado ao CPF do consumidor, a utilização é única e poderá ser usado no momento do pagamento de futuras compras até dia 31 de julho de 2022.

Sobre as Farmácias Nissei

Com mais de 35 anos de tradição no mercado paranaense e atuação nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina, a Nissei é considerada a sétima maior rede de farmácias do país em número de lojas, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). A rede é credenciada do Programa do Governo Federal Farmácia Popular, que oferta descontos especiais e até remédios essenciais gratuitos.

A Nissei conta hoje com mais de 330 lojas, que geram mais de 6 mil empregos diretos e atendem a mais de 3,5 milhões de clientes por mês. A rede foi responsável por introduzir o conceito de drugstore no mercado paranaense e oferece ao estado o maior número de farmácias 24 horas. As lojas são conhecidas por seus espaços modernos, de fácil localização, amplos estacionamentos, diversidade de produtos e disponibilidade de farmacêuticos qualificados, que promovem o melhor atendimento profissional.

Fonte: Diário Indústria & Comércio

Rosácea: conheça melhor essa doença de pele que piora no inverno

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A rosácea é uma doença inflamatória dos vasos da pele, e afeta mais de 5% da população mundial, principalmente mulheres, entre 30 e 50 anos, segundo pesquisa realizada em 2018, para o artigo científico Incidência e prevalência de rosácea: uma revisão sistemática e metanálise. O problema é caracterizado por vermelhidão excessiva na região central do rosto.

Priscilla Criminacio, co-fundadora da empresa de biocométicos all.me, nutricionista e especialista em cosmetologia natural, explica que a rosácea se intensifica no inverno devido aos banhos quentes, consumo de chás e bebidas quentes, e ao ressecamento natural da pele causado pela vasoconstrição periférica intensificada pelo frio.

‘Pelo fato da rosácea ser um processo inflamatório, biocosméticos com ativos anti-inflamatórios auxiliam na prevenção e reparo da doença, bem como os ativos hidratantes como Aloe Vera, que oferecem hidratação e reparação para a pele’, explica Priscilla.

A rosácea não tem cura, mas pode ser prevenida ou controlada com o uso de cosméticos adequados e evitando comportamentos que agravam o problema. ‘Quem possui rosácea, tem uma pele mais sensível e mais ressecada, por isso não deve usar produtos com ácidos, deve evitar o consumo de álcool, tabaco e condimentos picantes como a pimenta. O estresse também pode ser um gatilho para o processo inflamatório da pele, por isso é importante adotar um ritual de bem-estar diário, bem como cuidar da saúde mental’, reforça a especialista.

Rosácea e a baixa-auto-estima

Uma pesquisa realizada em 2020, por médicos ao redor do mundo, buscou entender os efeitos da rosácea além do visual, ou seja, os danos psicológicos causados pela doença. O estudo constatou que 22% das pessoas afetadas pela doença se sentem envergonhadas pelo rosto vermelho, sentimento que atrapalha sua vida social e impacta na autoestima.

Aquela sensação de sentir o rosto pegando fogo ao falar em público até manchas vermelhas nas bochechas e nariz que não vão embora são os principais efeitos da rosácea, e podem causar extremo desconforto no dia a dia.

Por terem uma pele sensível, muitas pessoas com rosácea não conseguem usar cremes ou cosméticos convencionais, pois esses produtos contém muitos ativos sintéticos e conservantes agressivos que podem agravar o quadro. Por isso, a all.me desenvolveu um kit sob medida para ajudar a acalmar os sintomas dessa condição.

A criação Acalma.me é perfeita para peles que necessitam de acalmia. ‘Nossa pele é o principal órgão de defesa e nos protege das agressões externas, então manter a sua integridade é fundamental para a saúde. Os PhytoComponentes deste Kit vão promover a acalmia, garantindo a integridade, cicatrização, normalização e hidratação da pele’, revela Priscilla.

O kit contém o Oleato de Calêndula, rico em carotenóides e óleos essenciais, com propriedades anti inflamatória, antisséptica, imunoprotetora, epitelizante e cicatrizante. Indicado para tratar pele injuriada, sensível, reativa e com tendência a dermatites.

Combinado ao aroma de Pitanga e Lavanda. O primeiro rico em sesquiterpenos como germacrona, furanodieno, germacreno-?, ?-elemento e curzereno, o hidrolato de Pitanga tem ação antimicrobiana, antioxidante, antifúngica e revitalizante. Indicado para peles desgastadas e envelhecidas.

O óleo essencial de Lavanda Francesa, por sua vez, é um dos mais utilizados em aromaterapia para tratamento de ansiedade, insônia e estresse. Na pele, o efeito é cicatrizante, antioxidante, anestésico e, por isso, é indicado para peles sensibilizadas, agredidas e propensas a dermatite, recém-barbeadas e recém-depiladas.

E para finalizar um extrato natural de Manga, extraído direto do fruto, rico em vitaminas C e do complexo B, sais minerais como ferro, cálcio e fósforo, mucilagem, ácido cítrico e málico, flavonoides e açúcares. É indicado como hidratante, suavizante, emoliente e remineralizante. Além destas propriedades atua também como renovador celular e antioxidante, por ser fonte de ácido ascórbico e AHA.

Beleza natural e única

A all.me é uma marca de biocosméticos personalizáveis que nasceu para inspirar o autocuidado e a atitude de fazer as suas próprias escolhas em relação aos cuidados com a pele. Em seu portfólio apresenta um leque de preciosidades para que o consumidor personalize o skincare à sua maneira.

Com uma coleção rica em extraordinários bioativos naturais, é adequada para uso profissional em cabine ou homecare. Além de produtos individuais, também oferece kits para iniciantes que já combinam os ativos com as phytobases em creme ou gel.

Fonte: Bem Paraná

Na crise de saúde, faltam remédios. Saiba o que está mais difícil encontrar

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Em um cenário no qual a chegada do frio e a proximidade do inverno fazem disparar os casos de doenças respiratórias, encontrar medicamentos como antibióticos e antigripais vem se tornando um desafio para parte dos pacientes, já que há falta de remédios tanto em farmácias quanto no Sistema Único de Saúde (SUS). A preocupação com o risco de desabastecimento já fez inclusive com que a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) encaminhassem ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 30 de maio, alertando para a situação.

‘O desabastecimento nas redes pública e privada já alcança diferentes estados brasileiros. Há falta de antibióticos, antitérmicos, xaropes e antigripais, entre outros essenciais, o que representa um grave risco para a saúde da população’, diz trecho do documento. Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde admite desabastecimento de pelo menos quatro medicamentos nos postos de saúde, entre antibióticos e anti-inflamatórios. Já o Conselho Regional de Farmácia orienta que os pacientes peçam aos médicos mais de uma opção de fármaco, além de indicar o genérico, para facilitar a busca.

O que a rede SUS constata e preocupa a frente de prefeitos já chegou também ao balcão das farmácias e, por extensão, aos pacientes que chegam com a receita em mãos. O farmacêutico Carlos Eduardo de Souza, que trabalha em uma drogaria no Bairro Gutierrez, Região Oeste de BH, conta que há medicamentos em falta e que as distribuidoras têm limitado pedidos, além de os preços terem subido. ‘A situação dos antigripais está se normalizando, já os antibióticos têm faltado muito. Amoxicilinas com clavulanato são raridade; a azitromicina de uso pediátrico não tem também.’

Segundo o farmacêutico, esses produtos estão em falta há dois meses. ‘Até consegui comprar alguns na semana passada. Hoje recebi o e-mail de uma distribuidora oferecendo 12 por CNPJ, mas quando fui pedir, já havia acabado.’ Carlos Eduardo observou também que a procura pelos medicamentos tem sido maior após a flexibilização do uso das máscaras. ‘Elas protegem não só contra a COVID-19, mas também contra gripe e até infecções bacterianas.’ O farmacêutico ressalta que, este ano, a demanda cresceu muito em relação ao mesmo período do ano passado.

Fornecedores apontam que a falta de insumos é a razão para o desabastecimento, afirma. ‘Vão desde o princípio ativo a outros componentes na produção dos remédios, passando por frascos, recipientes e até o alumínio, segundo eles. Algumas são bombinhas pressurizadas de medicamentos para asma, por exemplo.’ E a escassez não se limita aos antibióticos e antigripais: ‘Alguns viraram raridade, como os de uso contínuo e controlado. Medicamentos hipertensivos, diuréticos, são vários… A falta crônica na drogaria hoje é grande’, reclama.

© Túlio Santos/EM/D.a press

PEREGRINAÇÃO A escassez no estoque das farmácias se reflete do outro lado do balcão. A dentista Roberta Giordani, de 47 anos, por exemplo, enfrentou dificuldade de encontrar antibiótico para o filho, depois de levar o casal de gêmeos ao médico. Ela explica que para a filha conseguiu encontrar com facilidade, já para o menino enfrentou busca maior. ‘Estou desde ontem procurando. Liguei para três farmácias e fui em duas. Nenhuma tinha, nem previsão de chegar. Perguntei o motivo e disseram que era falta de matéria-prima.’

Em outra farmácia do Bairro Jardim América, também na Região Oeste de BH, antibióticos e antigripais da mesma forma sumiram das prateleiras. A farmacêutica Caroline Oliveira conta que a falta dos produtos vem ocorrendo há mais tempo. ‘Com a chegada do inverno, como são medicamentos que têm uma venda maior, vemos a falta de amoxicilina, azitromicina, além de xaropes para crianças. Já a procura por antigripais tem aumentado nas últimas semanas.’

Video: Saúde mental: novo alerta no Arquipélago do Marajó (Dailymotion)

Sem previsão de normalização, a farmacêutica relata o desespero dos clientes. ‘Ficamos no escuro e vemos o paciente/cliente desesperado atrás de remédios para os filhos. Está tão difícil para a gente dispensar (clientes) por falta de remédio quanto para a classe farmacêutica, porque não tem o que fazer.’

Desabastecimento em centros de saúde

Na rede pública de saúde, a escassez encontrada em farmácias da capital se repete. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, por meio de nota, que dos 26 medicamentos disponíveis nos centros de saúde para tratar doenças respiratórias e sintomas gripais, entre analgésicos, antipiréticos, anti-inflamatórios, antivirais e antimicrobianos, quatro estão com estoques desabastecidos e a reposição está atrasada.

Faltam azitromicina 40mg/ml (suspensão oral), amoxicilina 50mg + ácido clavulânico 12,5mg/ml (suspensão oral), amoxicilina 500mg ácido clavulânico 125mg (comprimido revestido) e prednisona fosfato sódico 3mg/ml (solução oral). A secretaria afirma que ‘os pedidos de compra desses medicamentos já foram feitos junto aos fornecedores, mas a entrega está em atraso. É importante esclarecer que o contato com os fornecedores é constante para manter o abastecimento dos estoques sempre em dia.’

A pasta orienta que, em caso de desabastecimento de algum medicamento, os pacientes procurem as equipes de Saúde da Família para que seja reavaliada a prescrição e a possibilidade de indicação de outro remédio.

CONSELHO A assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG), Débora Lacorte, explica que, para minimizar a falta de medicamentos, a orientação é fazer busca ativa e conversar com o profissional de saúde. ‘Na hora da consulta, a recomendação é que o médico prescreva mais de um medicamento, para que o paciente consiga buscar. O paciente também deve pedir orientação para a prescrição da base do genérico.’

Isso possibilita que o farmacêutico faça a troca de medicamento, conforme a legislação. ‘Com isso, o paciente tem mais opções. Deve procurar também a farmácia que ele tem mais costume, com o farmacêutico com quem tem mais contato, para uma orientação mais direta.’

A assessora técnica reitera que um dos fatores para explicar o desabastecimento é a falta de princípio ativo, que é importado. ‘É uma tendência nacional e quando falta princípio ativo, a produção cai. Nesta época do ano, os antibióticos associados com corticoides, muito utilizados no processo alérgico, têm ainda uma alta demanda, por causa do frio e também de crises de alergia, gripe e até COVID-19.’

© Jair Amaral/EM/D.A Press No Farmácia de Minas, queixa de pacientes é pela espera, que é frequente

Espera crônica no Farmácia de Minas

Se pacientes vêm enfrentando dificuldade aguda para obter medicamentos em postos de saúde e drogarias, há quem encare problemas crônicos para ter acesso a eles. É o que indica a fila vista com frequência na unidade do programa Farmácia de Minas, na Avenida do Contorno, 8.495, Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul de Belo Horizonte. Na manhã de ontem, a equipe do Estado de Minas registrou uma longa fila de pessoas esperando por atendimento.

A reclamação sobre a demora também é frequente. A técnica de enfermagem Ilda da Silva, de 77 anos, disse que chegou a passar mal enquanto esperava para retirar uma bombinha para tratar asma e bronquite. Apesar do contratempo, conseguiu sair de lá com o produto. ‘Quando recebo duas, como foi desta vez, eu venho de dois em dois meses. Mas quando me dão uma, preciso vir todo mês’, disse, depois de passar duas horas na fila. Em outras ocasiões, já saiu de lá sem o medicamento, o que é caro. ‘Eu não tenho condições de comprar. Essa bombinha custa R$ 980.’

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi procurada para comentar a situação no Farmácia de Minas e se manifestar sobre possível falta de medicamentos na rede estadual, mas, em nota, informou que a área técnica não teria tempo hábil para dar informações.

Fonte: MSN Brasil

Pai de filho autista lamenta decisão do STJ sobre planos de saúde: ‘Poucas pessoas têm condições de bancar esses tratamentos’

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A decisão da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que as operadoras dos planos de saúde não precisam cobrir procedimentos que não constem na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nesta quarta-feira (8), mexeu com quem precisou recorrer aos tribunais para garantir tratamento médico adequado ao filho. É o caso de Almir Severino, 60 anos, morador de Campinas (SP), que é pai de um jovem autista que faz uso de canabidiol há três anos.

“Poucas pessoas têm condições de bancar esses tratamentos. Eles são caros, e de longo prazo. Espero que os pais continuem ganhando as ações contra os planos. O benefício é muito grande”, conta.

“Poucas pessoas têm condições de bancar esses tratamentos. Eles são caros, e de longo prazo. Espero que os pais continuem ganhando as ações contra os planos. O benefício é muito grande”, conta.

Almir é pai de Maxiê Durigo Severino, de 24 anos, que sofre com crises convulsivas desde o primeiro ano de vida. Diagnosticado com Síndrome de West, o jovem passou por diversos tratamentos com os medicamentos convencionais até chegar à recomendação de uma neurologista pelo uso do canabidiol.

O problema é o custo do tratamento. Segundo Almir, que buscou autorização junto à Anvisa para a compra e adquiriu os medicamentos nos primeiros meses de tratamento, um frasco de 30 ml, que dura por cinco dias, custa em torno de 150 dólares – o equivalente a R$ 735 na cotação atual.

“Um custo de quase R$ 5 mil por mês, algo inviável, até porque ele sempre vai precisar de acompanhamento. Não é por um período curto”, destaca Almir.

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Ganhos no tratamento

Segundo o pai do jovem, o uso do medicamento trouxe dois ganhos para a família. O controle das crises, que deixaram de passar das dezenas diárias para algumas, de forma esporádica, e a melhora comportamental e de interação.

“Com o canabidiol ele ficou mais atento, antes parecia alheio a tudo. Ele não fala absolutamente nada, mas passou a prestar mais atenção, passou a interagir com gestos, apontar, coisas que ele não fazia. Para a gente é bem significativo”, explica.

“Com o canabidiol ele ficou mais atento, antes parecia alheio a tudo. Ele não fala absolutamente nada, mas passou a prestar mais atenção, passou a interagir com gestos, apontar, coisas que ele não fazia. Para a gente é bem significativo”, explica.

Processo em fase de apelação

O advogado Fabio Camata, que representa a família do Maxiê, explica que o processo que garante o tratamento já foi julgado em primeira instância e está em fase de apelação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)

“Já foi concedida a liminar e o plano já cumpre. O entendimento que a gente tem hoje, atualmente, nesse exato momento no TJ-SP, é que vigora uma súmula, o resultado das jurisprudências no tribunal. É a súmula 102, que diz que os planos de saúde são obrigados a custear o tratamento indicado pelo médico assistente do paciente, mesmo que isso não esteja previsto naquele rol da ANS”, explica o advogado.

Segundo Camata, a possibilidade de exceções prevista na decisão do STJ abre espaço para que ainda ocorram discussões sobre o custeio de tratamentos médicos que estejam fora do chamado rol taxativo.

O que diz a decisão do STJ?

Seis dos nove ministros que votam na Segunda Seção entenderam que o chamado rol de procedimentos da ANS é taxativo – ou seja, que a lista não contém apenas exemplos, mas todas as obrigações de cobertura para os planos de saúde.

A decisão abarca a cobertura de exames, terapias, cirurgias e fornecimento de medicamentos, por exemplo.

A decisão do STJ não obriga as demais instâncias a terem que seguir esse entendimento, mas o julgamento serve de orientação para a Justiça.

O entendimento do STJ representa uma mudança na jurisprudência que vinha sendo aplicada por boa parte dos tribunais do país, que entendiam que o rol era apenas exemplificativo.

Decisão prevê exceções

O entendimento de que a lista é taxativa foi modulado pelos ministros do STJ para admitir algumas exceções – por exemplo, terapias recomendadas expressamente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), tratamentos para câncer e medicações “off-label” (usadas com prescrição médica para tratamentos que não constam na bula daquela medicação).

A tese considerada correta pela maioria dos ministros foi proposta pelo ministro Villas Boas Cuêva e incorporada ao voto pelo relator, Luis Felipe Salomão. Em resumo, o entendimento do STJ é de que:

Fonte: G1.Globo

Varíola dos macacos: sem morte relatada, OMS vê risco ‘moderado’ em surto global; veja o que sabe

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que mais de mil casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram relatados em 29 países fora da África, onde a doença é endêmica. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (8). O Brasil teve o primeiro caso confirmado em São Paulo.

Apesar da preocupação global, a organização ressalta que não houve mortes associadas à doença, não recomendou vacinação em massa e diz que o atual surto pode ser controlado com vigilância e rastreamento de contatos.

Abaixo, em tópicos, veja o essencial sobre a doença:

Sintomas

Os sintomas iniciais costumam ser:

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

Transmissão da varíola dos macacos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, as principais formas de transmissão são:

Não está claro se as pessoas que não apresentam sintomas podem espalhar a doença.

Formas de prevenção: Como se proteger?

O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, disse a agência.

Vacinação: como saber se estou protegido?

Estudos apontam que a nova vacina contra a varíola humana (smallpox) é cerca de 85% eficaz na prevenção da varíola dos macacos (monkeypox). A varíola humana foi erradicada há mais de 40 anos, apenas grupos específicos foram vacinados recentemente.

A OMS não recomendou a adoção de nova campanha de vacinação.

Qual o risco da varíola dos macacos?

Até o fim de maio, a Organização Mundial da Saúde havia registrado mais de 300 casos confirmados ou suspeitos da varíola do macaco em 23 países onde o vírus não é endêmico. Não houve mortes relatadas.

Segundo o balanço mais recente, os casos chegam agora a mil em 29 países. A OMS afirma que a varíola do macaco traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

‘O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas’, disse a OMS.

Fonte: G1.Globo

Compra de Viagra e próteses penianas pelas Forças Armadas atendeu princípios da administração pública, diz ministro da Defesa

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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, disse, nesta quarta-feira (8), que as compras de Viagra e de próteses penianas pelas Forças Armadas “atenderam todos os princípios de eficiência da Administração Pública”. Nogueira participa de uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, onde presta informações sobre temas polêmicos envolvendo militares (saiba mais abaixo).

“Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado. Assim, possuem acesso a consultas de qualidade e procedimento médico, hospitalar e dentário, para o qual contribuem mensalmente, e coparticipam de despesas em caso de procedimentos, exames e internações”, disse o ministro da Defesa.

O convite ao ministro, para que prestasse esclarecimentos, foi feito no dia 4 de maio, após a polêmica sobre a compra de Viagra e de próteses penianas. À época, os deputados disseram que gostariam de ouvir Nogueira sobre os seguintes temas:

Viagra

Segundo o deputado Elias Vaz (PSB-GO), autor do requerimento aprovado pela comissão, um levantamento de seu gabinete revelou que o Comando da Marinha, por meio do Laboratório Farmacêutico, mantém contrato com a empresa EMS S/A para aquisição e transferência de tecnologia da fabricação do Viagra.

Quando o caso se tornou conhecido, o Ministério da Defesa informou que o medicamento deve ser empregado no tratamento de militares com hipertensão pulmonar arterial (HPA), o que é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A opção por investir recursos do erário na fabricação do Viagra e não em medicamentos essenciais como, por exemplo, antibióticos, analgésicos, sedativos, vermífugos, corticosteróides, vasodilatadores, broncodilatadores etc, que atuam no tratamento de doenças comuns do dia a dia, fere o interesse público”, argumenta Vaz.

Próteses penianas

Pelo requerimento aprovado pela Comissão de Fiscalização e Controle, o ministro da Defesa também deverá esclarecer a compra de 60 próteses penianas infláveis feitas pelo Exército Brasileiro.

Pregões de 2020 e de 2021 mostram que foram gastos quase R$ 3,5 milhões na aquisição. Na ocasião, o Exército informou que somente três próteses penianas foram adquiridas em 2021 “para cirurgias de usuários do Fundo de Saúde do Exército”.

O órgão disse ainda que “a quantidade de 60 (sessenta) representa a estimativa constante na ata de registro de preços e não efetivamente o que foi empenhado, liquidado e pago pelas Organizações Militares de Saúde”.

Segundo o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), autor do requerimento, “é salutar entender se tais ações fazem parte dos serviços de Saúde das Forças Armadas brasileiras, e como podem se relacionar com o Sistema Único de Saúde, como forma de ampliar a cobertura e acesso dos pacientes”.

Fonte: G1.Globo

Dia da imunização: especialistas reafirmam importância de se vacinar

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A introdução de componentes que simulam um agente infeccioso capaz de enganar o nosso corpo e nos proteger de vírus mortais. Esse é o mecanismo que explica o funcionamento das vacinas, descoberta que já soma dois séculos e que mudou a história da humanidade.

Mais do que uma proteção individual, os imunizantes reforçam o senso de comunidade e responsabilidade coletiva, apontam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Nesta quinta-feira (9) é celebrado o Dia Nacional da Imunização.

‘A partir das vacinas, não precisamos mais ficar doentes para que o nosso sistema imunológico aprenda a combater algo’, aponta o virologista e imunologista Rômulo Neris. Ele integra a Equipe Halo, iniciativa, aprovada pela Organização das Nações Unidas, que reúne cientistas e profissionais da saúde de todo o mundo que atuam no combate à pandemia. Neris escreveu uma categoria de moléculas aptas a destruir partículas de doenças como zika, chikungunya, dengue, mayaro e febre amarela.

‘Geralmente, somos expostos aos agentes causadores dessas doenças. Mas o grande problema é que, na maioria dos casos, isso envolve ficar doente uma primeira vez. Isso não é um cenário ideal, por exemplo, quando estamos lidando com doenças que tem uma letalidade muito elevada ou potencial de causar sequelas ou algum quadro muito grave. É aí que as vacinas entraram como diferencial na história da humanidade’, disse Neris.

Mariana de Souza Araújo, coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), da prefeitura de São Paulo, destaca que a vacina é uma questão de saúde pública e, por isso, depende da cooperação de todos. ‘Quanto mais pessoas vacinadas, mais protegidos os indivíduos estarão. Por isso falamos de cobertura vacinal’, destaca.

Ela lembra que é preciso evitar, por exemplo, bolsões vacinais, quando determinadas comunidades reúnem grupos não imunizados. ‘Todos os pontos da cidade, todos os bairros têm que estar com alta cobertura vacinal, porque as pessoas transitam pela cidade. Às vezes, a pessoa mora em um extremo e trabalha no centro ou vice-versa, então todo mundo tem que ser vacinado com uma alta cobertura e uma alta homogeneidade’, explica.

Vacinação contra a covid-19

Neris lembra que nenhuma vacina protege 100% contra um vírus, nesse sentido, a cobertura vacinal é que garante a proteção. Ele aponta que a vacinação contra a covid-19 se mostrou bastante eficaz no controle das mortes, mas o aumento recente dos casos reforça que serviços de vigilância, de monitoramento e outras práticas são necessárias para impedir a disseminação do vírus. ‘A vacinação precisa ser aliada a outras estratégias. Acho que esse é o ponto central’, alertou.

O virologista recorda que ao longo dos últimos meses houve um relaxamento das medidas de proteção, como uso obrigatório de máscara e controle de aglomeração. ‘Neste cenário, onde há uma variante que se espalha mais rápido do que o vírus original, lugares do planeta onde não há cobertura vacinal tão alta e o vírus ainda continua circulando, temos a propensão de gerar cenários nos quais podemos ter essas reversões, esses aumentos de caso.’

Diante deste quadro, ele acredita que informação e vacinação são a resposta. ‘A informação necessária para aumentar a confiança da população e a adesão das pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal, em conjunto reforçar outras medidas de proteção para que possamos consolidar, já que conseguimos controlar o número de casos no país’, avaliou.

Segurança

Neris lamenta que grupos contrários à vacinação se utilizem da desinformação para gerar dúvidas sobre a segurança dos imunizantes. ‘Esses movimentos basicamente tentam se valer de uma interpretação inadequada de dados, dando uma linguagem técnica, uma roupagem científica para algo que é uma informação falsa’, avalia.

Mariana lembra que todas as vacinas utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após pesquisas com rigor científico.

A coordenadora destaca que ‘o Brasil é referência em imunização. O nosso calendário é um dos mais completos do mundo’. ‘Conseguimos erradicar a poliomielite e a varíola. Agora temos casos de outra variante, mas somente com as vacinas a gente consegue impedir que doenças que são imunopreveníveis voltem.’

Ela pede que a população acompanhe o calendário e a disponibilização contínua das doses para diversas doenças. ‘Se a pessoa tem dúvida se ela tem direito ou não, se ela está elegível dentro da faixa etária dela, procure qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), leve o seu cartão para verificar.’

Fonte: Agência Brasil

Pesquisa aponta diferença de até 43% em preços de medicamentos

preços de medicamentos

Alerta para nortear os modelos de precificação nas farmácias brasileiras. Uma pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP constatou uma diferença de até 43% em preços de medicamentos de referência, considerando os valores aplicados nos e-commerces de seis das maiores redes do varejo farma nacional – Droga Raia, Drogaria São Paulo, Drogasil, Extrafarma, Pague Menos e Ultrafarma.

O levantamento considerou os valores anunciados no dia e horário de acesso aos sites –  11, 12 e 13 de maio – sem contabilizar descontos ou fretes. O Procon divulgou somente os preços encontrados em pelo menos três plataformas de comércio eletrônico.

Preços de medicamentos com maior variação

A maior diferença foi de 43,49% no remédio Citalor (atorvastatina cálcica), em caixa de 30 comprimidos e com dosagem de 10mg,. O medicamento da Pfizer custava R$ 90,59 em um dos sites e R$ 129,99 em outro.

Já o Tylenol (paracetamol) 200mg/ml, da Janssen/Cilag, figurava com valores de R$ 22,75 a R$ 32,40 – preço 42,42% superior. Esse cenário leva em conta a versão do medicamento em gotas, com 15 ml.

O terceiro lugar ficou para o Nisulid (nimesulida), do Aché. A embalagem com 12 comprimidos apresentou variação de 39,91% – oscilando de R$ 44,78 a R$ 62,65.

Redes com menores preços de medicamentos

A Drogaria São Paulo e a Pague Menos foram as redes que registraram a maior quantidade de medicamentos com menor preço. Vale ressaltar que as variações de preço encontradas no mercado podem ocorrer em razão dos descontos concedidos pelos estabelecimentos. Esses descontos variam de acordo com critérios livremente estabelecidos pelo fornecedor.

Na comparação de 26 medicamentos comuns às pesquisas realizadas em 2021 e 2022, constatou-se uma variação positiva de 13,3% no preço médio.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico