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País precisa de competitividade para avançar

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O economista e presidente do Insper, Marcos Lisboa, diz que o Brasil carece de uma agenda ampla de reformas para além da Previdência, que melhore ambiente de negócios e infraestrutura. Na visão do economista e diretor do Insper, Marcos Lisboa, o debate sobre a redução dos juros básicos para reaquecer a atividade é equivocado neste momento. Para ele, o Brasil deve melhorar sua produtividade e competividade para depois voltar a crescer.

No caminho para essa jornada de crescimento sustentável estão: a reforma da Previdência; a simplificação tributária e regulatória; a melhoria da educação e da produtividade do trabalhador; o aumento da infraestrutura; e uma abertura comercial que traga inovação e competividade às empresas locais.

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“Estamos com os juros mais baixos da história e o País não cresce. Diziam que era o câmbio valorizado, mas o dólar saiu de R$ 3 para R$ 4, e o Brasil também não cresce. São vários problemas”, respondeu Marcos Lisboa, após participar da 9ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, realizada em São Paulo pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

Segundo o economista, as causas da estagnação são claras: baixa educação, infraestrutura precária, falta de produtividade laboral e dificuldades regulatórias e burocráticas para abrir e fechar negócios. “O Brasil é o País do mundo que mais gasta com educação [em relação ao PIB], mas nós gastamos mal, e os nossos alunos não aprendem”, afirma Lisboa.

Ele também ressaltou a importância da reforma da Previdência. “O Brasil é o País jovem que mais gasta com aposentadorias e pensões. Não conheço nenhum lugar do mundo onde se pode aposentar com 48 anos de idade e com benefício integral [por tempo de contribuição e no serviço público]. O Japão tem três vezes mais idosos que o Brasil [em população] e gasta menos [em proporção ao PIB]”, exemplifica.

Quanto à produtividade no trabalho, Lisboa disse que a renda produzida pelo brasileiro é cerca de 25% da de um trabalhador dos Estados Unidos. “Nós produzimos a metade do que produz um português, um espanhol, um grego”, citou o economista ao se referir a países europeus que passaram por dificuldades na última crise financeira global.

“Algo deu muito errado com o Brasil desde os anos 1980, e os erros foram nossos. E isso foi intensificado pelos erros da política econômica da última década”, diagnosticou.

Abertura comercial

Lisboa defendeu ainda uma ampla abertura para incentivar a inovação e competitividade nas empresas. “Acordo bilateral é coisa de quem não quer abrir a economia. A notícia boa é que a abertura comercial começa a ser discutida”, disse.

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Fonte: DCI

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