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Perda de eficácia e terceira dose: o que se sabe de cada vacina contra Covid-19

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O Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, se aproxima da marca de 124 milhões de pessoas com ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Os imunizantes utilizados no país apresentam boa proteção contra a doença grave, hospitalização e morte. No entanto, uma possível queda nos índices de imunidade meses após a aplicação da segunda dose levantou, recentemente, um debate sobre uma possível dose de reforço.

Recentemente, o estudo britânico ZOE Covid apontou que, no caso da vacina Pfizer/BioNTech, a eficácia um mês após a segunda dose, que é de 88%, cai para 74% passados cinco ou seis meses. Para o imunizante da Astrazeneca, a eficácia caiu de 77%, um mês depois, para 67% após quatro ou cinco meses.

O estudo se baseou em dados de mais de 1 milhão de usuários de um aplicativo, comparando infecções relatadas pelos próprios participantes vacinados com casos em um grupo de controle não vacinado.

Dados de pessoas mais jovens, no entanto, são necessários, porque os participantes vacinados até seis meses atrás tendem a ser idosos, já que essa faixa etária foi priorizada quando as primeiras vacinas foram aprovadas, disseram os autores do estudo.

Em uma projeção da pior situação futura, a proteção pode cair para menos de 50% para pessoas mais velhas e profissionais de saúde até o inverno, disse Tim Spector, cofundador da ZOE Ltd e principal autor do estudo.

‘Ele está chamando a atenção para a necessidade de alguma ação. Não podemos só esperar para ver a proteção diminuir lentamente, enquanto os casos ainda estão altos e a chance de infecção também ainda está alta’, disse Spector à BBC.

Essa possível queda na imunidade reacende o debate de uma terceira dose. No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir do dia 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos (com baixa imunidade).

A partir desta data, serão enviadas aos Estados as doses de reforço para os imunossuprimidos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos 28 dias e de idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a segunda há pelo menos seis meses.

A aplicação nos idosos seguirá ordem cronológica, do mais velho para o novo. A Saúde aguarda a conclusão de um estudo para decidir como será a aplicação da terceira dose em profissionais de saúde e pessoas com menos de 70 anos.

Outro motivo para a aplicação de uma terceira dose, segundo especialistas, é o avanço das variantes, como a Delta, que tem se espalhado pelo território nacional, inclusive por Santa Catarina.

Vale ressaltar que a queda de anticorpos produzidos pelo organismo após receber a vacina contra a Covid-19 não acontece em todas as pessoas. Com isso, teoricamente, não seria uma preocupação caso não houvesse a variante Delta circulando entre a população.

Essa possível queda na imunização é normal, principalmente em idosos, uma vez que essa faixa etária costuma ter pior resposta imunológica à vacina. Além deles, pessoas com doenças imunológicas ou pacientes oncológicos também costumam responder de forma diferente aos imunizantes.

No mês de julho, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou estudos de terceira dose das vacinas Astrazeneca e Pfizer.

Na ocasião, a agência ainda esclareceu que, no momento, não havia ‘estudos conclusivos sobre a necessidade’ da aplicação de mais uma dose destes imunizantes.

Fonte: Notícias do Dia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/covid-19-anvisa-autoriza-novo-estudo-para-desenvolvimento-de-vacina/

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