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P&G evita descontos, reduz tamanho do portfólio e tem ano recorde no país

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O ano fiscal da fabricante de bens de consumo P&G (Procter & Gamble), encerrado no último mês de junho, foi o melhor da história da companhia no Brasil, segundo Alberto Carvalho, presidente da empresa no país.

“Crescemos dois dígitos e 90% das nossas áreas de negócio aumentaram suas fatias no mercado.”

Apesar da recessão e da queda nos níveis de consumo, a operação brasileira se sobressaiu ao apostar contra algumas tendências do setor, afirma Carvalho.

“Não demos mais atenção aos itens mais baratos. Pelo contrário: voltamos nosso marketing e o desenvolvimento de tecnologia para os produtos premium e médios.”

Os descontos agressivos, comuns durante a crise, foram adotados com parcimônia por não serem sustentáveis a médio e longo prazo, segundo o executivo.

“É um erro treinar o consumidor a optar pelo preço e não pela qualidade. Aqueles que só compram com desconto de 30% ou 40% não são interessantes para nós”, diz ele.

“Fizemos experimentações, demos amostras de teste, e, quando gostaram, aceitaram pagar o nosso preço.”

P&G, tanto no Brasil como na operação global, também enxugou seu portfólio e reduziu para dez o número de categorias em que atua.

“O foco passou a ser os itens que estão em todos os lugares do mundo, que são usados diariamente e aqueles em que conseguimos incorporar tecnologia.”

O processo de reduzir o número de produtos vendidos já foi finalizado, e agora a empresa retomará o lançamento de novas marcas no mercado brasileiro.

Cabelos
“Neste segmento, pretendemos dobrar de tamanho e nos tornarmos líderes de mercado, como já ocorre em outros países. Hoje, é uma área que representa cerca de 15% do nosso negócio”, diz Alberto Carvalho.

Plano…
P&G deverá fazer novos aportes na operação brasileira, mas em menor nível que o montante registrado de 2014 a 2016, intervalo em que investiu cerca de R$ 2 bilhões no país, afirma o presidente da companhia.

…de expansão
“Houve um investimento grande em aumento de produção, fábricas e prédios. Agora, faremos ajustes, mas levaremos de 3 a 4 anos para pensar em um novo aporte tão grande como o anterior”, diz o executivo.

Escola vai ocupar área de 17 mil m² que pertenceu ao Playcenter

O Colégio Renascença investiu R$ 108 milhões para se mudar para o terreno onde funcionaram o estacionamento e o centro administrativo do Playcenter, na marginal Tietê, na Barra Funda.

O dinheiro veio da venda do imóvel onde a escola se situa hoje, em Higienópolis.

Esse negócio, fechado por R$ 120 milhões, foi feito com duas incorporadoras que têm um projeto para construir um prédio residencial no local.

O novo endereço fica a cerca de dois quilômetros de distância do antigo, mas a mudança não agradou a todos, diz Jacques Griffel, vice-presidente da Diretoria

“Uma parte das famílias não gostou do plano, porque cerca de metade dos alunos vai a pé, mas precisávamos de um campus novo, com muito espaço verde. Aprovamos o projeto no conselho de pais e fomos adiante.”

O plano da escola é aumentar o número de alunos dos atuais 800 para 1.200 nos próximos anos. Eles vão estudar em um espaço de 17 mil metros quadrados.

A mudança do instituto de ensino, que existe desde 1922 e cujo primeiro endereço foi no bairro do Bom Retiro, vai acontecer no ano que vem.

Sem plano B

Dois fatores que poderiam alavancar o setor de saúde suplementar não deverão se concretizar neste ano: o aumento do emprego em áreas urbanas e a aprovação dos chamados planos populares.

A avaliação é do superintendente-executivo do IESS (instituto de estudos do setor), Luiz Augusto Carneiro.

“Não esperamos que os planos acessíveis sejam liberados. Isso depende do parecer da ANS [agência reguladora], que, em geral, tem receio de fazer mudanças.”

O tema passou por uma consulta pública, encerrada no fim de julho, e está em análise pela agência.

Além disso, a melhora do emprego neste ano, que é essencial para uma retomada, se deu basicamente no agronegócio, que não é contratante de planos, diz Carneiro.

As empresas tampouco esperam uma recuperação ainda em 2017, segundo a FenaSaúde, entidade do setor.

“Com a crescente inflação médica, teremos um resultado operacional negativo novamente”, afirma a presidente, Solange Mendes.

Reflexos de maio

A confiança dos diretores financeiros de empresas brasileiras na economia caiu no segundo trimestre deste ano, segundo o Ibef (instituto de executivos de finanças) e a Saint Paul Escola de Negócios.

O índice, que varia de 20 (menos otimista) a 180, caiu cinco pontos e ficou em 117,7.

Apesar da piora, é a primeira queda desde que o indicador começou a ser calculado, no primeiro trimestre de 2016.

As maiores preocupações citadas foram a demanda interna (17,4%) e o ambiente político brasileiro (15,4%).

A inflação é uma das menores preocupações (1,3%). A projeção dos diretores é de variação de 4,4% no IPCA nos próximos 12 meses.

Alta e…
O número de contratos de locação de salas comerciais em São Paulo cresceu 59% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo a Lello.

…baixa
O valor, no entanto, caiu. O preço médio mensal no ano passado era R$ 1.500, e, agora, são R$ 1.400. Há um movimento de troca de salas maiores por menores.

Hora do café

Fonte: Folha de S. Paulo Online

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