O programa de loyalty da Interplayers, em parceria com a DLOA ganha relevância na agenda estratégica da companhia. O hub de negócios da saúde e bem-estar aposta nessa iniciativa para pulverizar os resultados da indústria de HPC e de bens de consumo no varejo farmacêutico, massificando o acesso dos consumidores a ações de fidelidade.
Como parte desse propósito, o grupo reuniu em torno de 40 executivos do setor para um jantar especial na capital paulista, no último dia 17 de outubro. O evento foi organizado em conjunto com a DLOA, que há seis anos é parceira da Interplayers no desenvolvimento de projetos customizados para a indústria.
Oscar Basto Jr., diretor de B2B2C e varejo da Interplayers; e Fernando Cascardo, CEO da DLOA, conduziram a programação. “O objetivo foi compartilhar insights sobre como conectar empresas e consumidores aos programas de fidelidade de maneira mais personalizada”, comenta Basto Jr.
Hoje a Interplayers já administra quatro programas de loyalty. São eles o Inspire 360º (Hypera Pharma), o MyNAOS Club (Bioderma), o Nivea Mais e o Skin Lovers (específico para as marcas Neutrogena e Neostrata, da Kenvue). Além disso, a companhia mantém conversações avançadas com outros 20 fabricantes.
“Considerando somente o ano passado, computamos mais de meio milhão de transações que geraram R$ 50 milhões em vendas para 800 mil consumidores. Mais de 20% das compras por meio desses clubes de fidelidade envolveram pelo menos dois produtos e 75% dos participantes manifestaram interesse em receber comunicações periódicas da indústria, o que demonstra a capacidade de mobilização desse projeto”, analisa.
Os benefícios acima foram utilizados em 6,5 mil lojas de 14 grandes redes de farmácias – Raia, Drogasil, São Paulo, Pacheco, Pague Menos, Araujo, Venancio, D1000, Indiana, Drogal, Globo, Permanente, Farma Conde e Farmarcas. “Dada a capilaridade de atuação da Interplayers no varejo farmacêutico, com 45 mil PDVs ativos em 4.809 cidades, o potencial de alavancagem desses programas é enorme”, enfatiza.
Programa de loyalty facilita negociações da indústria com o varejo
Para Fernando Cascardo, da DLOA, a adesão ao programa de loyalty ajuda a trazer uma nova dinâmica na relação colaborativa entre indústria e varejo. “Estima-se que as fabricantes de HPC e bens de consumo disponham de aproximadamente 3,5 mil marcas nas lojas físicas e em diferentes canais de venda. É uma disputa feroz, que impõe soluções diferenciadas para cativar o cliente e criar um vínculo mais efetivo com essa audiência”, acredita.
A tendência de envelhecimento populacional e o avanço dos não medicamentos, acima do incremento geral do mercado farmacêutico, também abrem campo para o sucesso desse modelo. E em vez de ser obrigada a acionar cada varejista para desenvolver ações de fidelidade, a indústria pode se conectar automaticamente com muito mais estabelecimentos, respaldada pela integração da rede nacional para adesão e autorização dos benefícios.
“As fabricantes conseguem replicar suas condições e benefícios comerciais de forma mais democrática, estimulando também resultados no pequeno e médio varejo. Elas ganham, inclusive, a possibilidade de travar comunicação direta com o consumidor e ser uma aliada das farmácias no processo para atrair e reter clientela”, contextualiza. “E, obviamente, o maior nível de captura de dados representa outra vantagem”, acrescenta.
Mercado de loyalty já movimenta R$ 5,2 bilhões no país
Convidado especial da noite, Luís Fernando Machado Ferreira, o Badu, traçou uma radiografia do mercado de loyalty no país. CEO e fundador da Groove Incentivos, ele encabeçou a criação de expressivos programas de fidelização, a exemplo do Dotz, do Avanti Palmeiras e do Kop Club da Kopenhagen, além de ter realizado mais de 200 projetos do gênero no Brasil e no Exterior.
Atividade que ganhou escala em território nacional por meio de companhias aéreas e bandeiras de cartões de crédito, o loyalty estendeu-se para outros segmentos do varejo e já totaliza R$ 5,2 bilhões de faturamento, com 316 milhões de usuários em território nacional e 3,31 bilhões de pontos emitidos. “Em média 12,7% dos pontos desses programas expiram, mas esse percentual chegou a ser de 50%. No mercado B2B, o índice cai para 6%. São números que mostram o poder dessas iniciativas”, sustenta.