Psoríase: doença pode impactar outros órgãos além da pele

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Psoríase
Foto: Freepik

A psoríase é uma condição dermatológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Embora seja conhecida principalmente por causar inflamação e descamação da pele, essa doença é complexa e pode ter impactos muito além da superfície cutânea.

Neste artigo, exploraremos os diferentes aspectos, seus efeitos sobre outros órgãos do corpo e as opções de tratamento disponíveis para gerenciar essa condição de forma eficaz.

Entendendo a psoríase: uma visão geral da doença 

A psoríase é uma condição crônica e autoimune que causa o crescimento acelerado das células da pele, levando à formação de manchas vermelhas, escamosas e muitas vezes pruriginosas.

Essas placas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns no couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos, pés e região lombar.

Apesar de sua manifestação na pele, essa doença é mais do que uma simples condição dermatológica.

Estudos recentes têm demonstrado que a inflamação associada ao quadro pode desencadear uma série de problemas de saúde em outros órgãos do corpo, incluindo coração, articulações, olhos e sistema imunológico.

Impactos da psoríase além da pele 

  1. Artrite psoriásica

Uma das complicações mais comuns é uma forma de artrite inflamatória que afeta as articulações.

Estima-se que até 30% das pessoas desenvolvam artrite psoriásica, o que pode causar dor, rigidez e inflamação nas articulações, além de danos permanentes se não for tratada adequadamente.

  1. Doenças cardiovasculares  

A inflamação crônica também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e aterosclerose.

Pacientes com psoríase têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e dislipidemia, fatores de risco importantes para doenças cardiovasculares.

  1. Impactos psicossociais 

Além dos efeitos físicos, a psoríase também pode ter um impacto significativo na saúde mental e na qualidade de vida do paciente. A coceira, a dor e a aparência visível das lesões podem levar à depressão, ansiedade e baixa autoestima.

Muitas pessoas com essa doença enfrentam estigma social e discriminação devido à aparência de sua pele, o que pode afetar negativamente suas relações interpessoais e sua participação em atividades sociais.

  1. Complicações oculares 

Embora menos comuns, algumas pessoas podem desenvolver complicações oculares, como conjuntivite, uveíte e ceratite.

É importante estar ciente dessas complicações e procurar atendimento oftalmológico se surgirem sintomas como vermelhidão, dor, visão turva ou sensibilidade à luz.

Gerenciando a psoríase de forma abrangente 

Embora não haja cura, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Essas opções incluem:

Medicamentos tópicos 

Como pomadas, cremes e loções contendo corticosteroides, análogos de vitamina D ou alcatrão de hulha.

Fototerapia

Exposição controlada à luz ultravioleta (UV) sob supervisão médica.

Medicamentos sistêmicos 

Como medicamentos orais ou injetáveis, incluindo retinoides, metotrexato, ciclosporina e biológicos, que ajudam a controlar a resposta imunológica.

Estilo de vida saudável 

Manter um peso saudável, evitar tabagismo e limitar o consumo de álcool podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a saúde geral.

Além disso, é essencial adotar uma abordagem holística para o manejo da psoríase, incluindo cuidados com a pele, nutrição adequada, exercícios físicos regulares, gerenciamento do estresse e apoio psicológico, se necessário.

A psoríase não “para” no dermatologista

Além dos sintomas cutâneos característicos, a psoríase também pode afetar outros órgãos do corpo, aumentando o risco de artrite psoriásica, doenças cardiovasculares, complicações oculares e problemas psicossociais.

É crucial abordar a doença de forma abrangente, com um plano de tratamento que leve em consideração todos os aspectos da saúde do paciente.

Com o tratamento adequado e cuidados holísticos, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados por essa condição crônica.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação

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