Com o objetivo de desafogar o pronto-socorro dos hospitais, a RD Saúde quer assumir essa responsabilidade, visando atender os casos de baixa complexidade. Para viabilizar isso, a rede busca parcerias junto a planos de saúde. As informações são do Valor Econômico.
“Pronto-socorro é um inferno. E 80% das entradas são casos de baixa complexidade, como dor de garganta, espirro, gripe, resfriado”, explica o CEO, Renato Raduan.
O plano, ousado, esbarra na resistência dos convênios, que demonstram certo receio com a ideia de que, ao facilitar tanto o acesso ao tratamento para os pacientes eles acabem indo mais para a farmácia do que ao pronto-socorro.
“A empresa tem 3,2 mil lojas e 12 mil farmacêuticos. Estamos a cinco minutos de mais de 100 milhões de brasileiros. A gente tem todos os ativos para ajudar a desafogar o sistema e fazer o primeiro atendimento”, argumenta o executivo.
Se com convênio não vai…
Hoje, a RD Saúde sente certa resistência dos planos no projeto de atendimento primário. Mas, quando o assunto é a assistência farmacêutica, até mesmo os hospitais já reconhecem o setor.
Em dezembro, o grupo anunciou uma parceria com o Oswaldo Cruz. Por meio do trabalho conjunto, o hospital irá treinar os colaboradores da rede de farmácias e certificará as salas clínicas das lojas.
RD Saúde quer ampliar cuidado
Com a nova direção, outro projeto que ganha força na companhia diz respeito a parcerias mais amplas com empresas de outros setores. A ideia é expandir o trabalho já realizado com os planos de desconto em medicamentos e torná-lo um acompanhamento completo da saúde dos colaboradores.
“Não se pode achar nunca que estamos numa posição confortável”, provoca Raduan. “Já temos umas três ou quatro empresas com um programa mais abrangente, em que integramos o acompanhamento com as nossas farmácias”.