Relatório Focus do Banco Central aponta inflação de quase 4% para 2021

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Publicado regularmente pelo Banco Central, o relatório Focus de mercado desta semana projeta uma taxa de inflação ao consumidor beirando os 4% no fechamento de 2021. O IPCA (índice de preços ao consumidor amplo) acumularia 3,98%, contra a projeção de 3,60% de quatro semanas atrás. Este é um forte indicativo de que o Copom (Comitê de Política Monetária) poderá decidir pelo aumento da taxa de referência em 0,5 ponto percentual na reunião da próxima semana, dia 18. Atualmente, a Selic está em seu patamar mínimo histórico de 2% ao ano, o que na prática faz com que os juros reais mensais brasileiros sejam negativos. Ou seja, descontando a inflação, eles estão abaixo de zero por cento, pelo menos no momento.

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Pequenos investidores que aplicam somente em renda fixa como poupança, CDB e fundos DI, entre outros produtos, tiveram novamente perdas em fevereiro, uma vez que a inflação do mês deve ser confirmada em 0,68%, conforme aponta o mesmo relatório. Do ponto de vista do investidor, com exceção do Tesouro Direto IPCA+, que paga a taxa de inflação e mais um prêmio que varia de 3% a 4% ao ano, dependendo da information de vencimento do título, não existem muitos lugares para os quais correr. As aplicações que pagam mais estão, a rigor, na renda variável, incluindo ações, que são ativos que embutem risco. O inconveniente do Tesouro direto IPCA+ é que ele tem marcação a mercado. Ou seja, seu valor de face pode variar até o dia do resgate, o que não é uma opção para quem precisa do dinheiro a qualquer instante.

Já no campo macroeconômico, o que preocupa é o aumento de juros em uma momento de estagnação econômica causada principalmente pela pandemia. Se o Copom optar pelo aumento da taxa Selic agora, antes do meio do ano, talvez ajude a arrefecer a inflação e melhorar os retornos da renda fixa. Por outro lado, colocará mais um freio em uma economia que insiste em não reagir.

Fonte: Crédito no Brasil

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