Qual a relação entre remédio para emagrecer e esquilos? A combinação inusitada parece ser o trunfo da Eli Lilly para encontrar uma nova geração de medicamentos capazes de competir com o Ozempic – atual “menina dos olhos” da concorrente Novo Nordisk.
Segundo informações da Neofeed, a indústria farmacêutica norte-americana deu início a uma parceria com a empresa de biotecnologia Fauna Bio. O objetivo é mapear os genes que protegem esses animais, oriundos das pradarias da América do Norte, durante os períodos de hibernação.
Para viabilizar essa pesquisa, a Fauna Bio desenvolveu uma plataforma baseada em inteligência artificial. Com 23 centímetros de comprimento e 190 gramas, o esquilo terrestre tem 13 linhas entra no ninho entre os meses de setembro e outubro, onde se transforma em uma bola dura. A partir daí, passa a respirar somente uma vez a cada cinco minutos, ressurgindo apenas em março ou abril.
Ao longo desse período, o animal aumenta sua taxa metabólico e não perde massa muscular mesmo estando inativo.
Apesar de a indústria farmacêutica não revelar oficialmente os valores pagos à biotech, estima-se que até US$ 494 milhões possam ser gerados em rendimentos por conta das pesquisas, bem como royalties sobre a venda dos produtos.
Remédio para emagrecer já é negócio promissor para a Eli Lilly
Remédio para emagrecer não é exatamente uma novidade no portfólio da Eli Lilly. A indústria farmacêutica viu suas ações aumentarem cerca de 60% no ano, o que elevou seu valor de mercado a impressionantes US$ 552 bilhões. E o motor para esse crescimento atende pelo nome de Mounjaro.
O medicamento tem como principal finalidade o combate ao diabetes, mas passou a ser utilizado off-label para perda de peso. As vendas alcançaram US$ 979 milhões no segundo trimestre deste ano, o que significou um avanço de 72,3% sobre o mesmo período anterior. Detalhe: a projeção de especialistas chegava a USS 743 milhões.
