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Remédios para emagrecer puxam lucro da Novo Nordisk

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Reprodução: internet

Os remédios para emagrecer do portfólio da Novo Nordisk alteraram para cima as metas da farmacêutica dinamarquesa. Segundo informações da agência Dow Jones veiculadas pelo Valor Econômico, a companhia elevou as projeções de alta no faturamento com o Ozempic e o Wwgovy, voltados também ao tratamento do diabetes.

Entre janeiro e março deste ano, as vendas cresceram 25% na comparação com o mesmo período anterior. O faturamento no primeiro trimestre foi de US$ 6,2 bilhões. O lucro operacional de US$ 2,83 bilhões representou um incremento de 28%, sobretudo por conta dos resultados nos Estados Unidos.

Para 2023, a meta é ampliar os resultados em 24% a 30%. A previsão inicial era de 13% a 19%. As perspectivas estimularam o mercado financeiro e fez as ações subirem 1,59% na Bolsa de Copenhague.

Remédios para emagrecer tornaram Novo Nordisk a 2ª maior da Europa

Os remédios para emagrecer também impulsionaram a performance da farmacêutica na Europa. O Wegovy, primeiro medicamento injetável semanal indicado para perda de peso, alçou a Novo Nordisk ao posto de segunda maior empresa do continente, segundo reportagem do O Globo. Juntamente com o Ozempic, responde por 43% da receita da companhia.

No fim de março, o valor de mercado da Novo Norsdisk chegou ao recorde de 2,3 trilhões de coroas dinamarquesas (o equivalente a US$ 336 bilhões) e ela se tornou a segunda empresa mais valiosa da Europa, superando a Nestlé, que caiu assim para a terceira posição.

A farmacêutica dinamarquesa ainda está um pouco atrás do grupo francês LVMH, a maior empresa da Europa em valor de mercado (US$ 448 bilhões).

Medicamento da Novo Nordisk foi aprovado no Brasil

No Brasil, o Wegovy (semaglutida 2,4 mg) foi aprovado pela Anvisa em janeiro. Foi o primeiro produto biológico aprovado pelo mecanismo de reliance, que dispõe sobre o aproveitamento de análise realizada por Autoridade Reguladora Estrangeira Equivalente (AREE), neste caso a agência europeia (EMA).

O aval foi baseado nos resultados do programa de ensaios clínicos STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity), onde foi revelado que pacientes que utilizaram Wegovy® (semaglutida 2,4mg) conseguiram uma perda de peso corporal média de 17%, em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo.

Além disso, um em cada três pacientes perdeu 20% de seu peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do Wegovy (semaglutida 2,4mg) vs. 31,1% para placebo. Outro destaque dos estudos STEP é a melhora dos índices cardiometabólicos, como redução da circunferência abdominal, hemoglobina glicada, triglicérides e pressão arterial.

Remédios para emagrecer: lucro, mas risco de desabastecimento

Mas ao mesmo tempo que celebra os indicadores financeiros, persiste a ameaça de desabastecimento. E o alerta partiu da própria farmacêutica dinamarquesa.

Segundo informações de O Globo, pacientes que utilizam o remédio receberam uma mensagem da fabricante sobre a possibilidade de falta do medicamento nas farmácias. “Lamentamos informar que Ozempic 1mg pode estar em falta nas farmácias. Mas não se preocupe, existem outras opções da mesma classe terapêutica. Para manutenção do seu tratamento, consulte seu médico”, diz o comunicado.

Remédios para emagrecer viraram objetos de cobiça

O Ozempic tem como base de sua formulação a semaglutida, que simula um hormônio chamado GLP, responsável por garantir a saciedade do paciente.

No entanto, o medicamento vem sendo objeto de cobiça por pessoas dispostas a emagrecer para fins estéticos. Uma trend que viralizou entre usuários do TikTok teria contribuído para estimular essa procura inadequada. Países como Austrália e Estados Unidos, consequentemente, já convivem com a falta do remédio nas farmácias.

falta de medicamentos como o Ozempic não é exclusividade no Brasil. Pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que 98% dos PDVs farmacêuticos ainda convivem com o desabastecimento.

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