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Seringas para vacina fracionada contra febre amarela chegam a SP

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Governo do Estado estuda antecipar início de campanha de vacinação.

As seringas que serão usadas na campanha de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas já chegaram a São Paulo. Elas são menores e conseguem aplicar doses de 0,1 ml. O Governo do Estado estuda antecipar a campanha, que está programada para começar no dia 3 de fevereiro.

FEBRE AMARELA: VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS

A dose fracionada foi pensada para ampliar a imunização e aplicar a doce concentrada nas áreas de risco, os bairros próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus da febre amarela.

A vacinação irá começar nos lugares onde o vírus está circulando, mas o objetivo é que, em um ano, atinja todo o estado. Para isso, será feita em etapas.

“É a primeira vez que isso vai ser usado nessa quantidade. Existe primeiro uma validação técnica que está sendo realizada, treinamento dos recursos humanos, aquisição de materiais, o que já conseguimos, como seringas específicas. Isso está em realização e estaremos prontos no começo de fevereiro”, disse Boulos.

Postos lotados

Desde o anuncio da vacinação fracionada e confirmação de novas mortes por febre amarela, os postos de saúde têm ficado lotados e com fila de horas de esperar para a imunização contra a doença. Apesar da corrida aos postos, a Secretaria Estadual da Saúde diz que não há motivos para pânico.
Na manhã desta terça-feira (16), moradores de São Bernardo do Campo fizeram filas de fechar quarteirão para conseguirem vacinas contra a febre amarela.

Sintomas

A doença começa a apresentar sintomas de 3 a 6 dias após a infecção. Os sintomas iniciais são dores de cabeça, febre, perda de apetite, náuseas e vômitos, além de dores musculares, especialmente nas costas.
Do total de infectados, 15% desenvolvem a versão mais grave da doença com febre alta, olhos e pele amarelos, sangramento da boca, do nariz, olhos e estômago. Órgãos como fígado e rins são afetados. A pessoa também pode ter dores abdominais e escurecimento da urina. Cerca de 20 a 40% das pessoas que chegam a essa situação podem morrer.

Mortes

Subiu para 21 o número de mortes por febre amarela silvestre no estado de São Paulo, segundo dados divulgados na manhã desta sexta-feira (12) pela Secretaria Estadual da Saúde. Até quinta-feira (11), o estado contabilizava 13 mortes de pessoas que contraíram o vírus.

Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Antes, 29 casos tinham sido confirmados. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

De acordo com o governo estadual, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.

Os demais casos autóctones, onde não foram registradas mortes, tiveram como locais de infecção os municípios de Águas da Prata, Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Caieiras, Campinas, Itatiba, Jundiaí, Mairiporã, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Santa Cruz do Rio Pardo e Tuiti.

Três casos de febre amarela são confirmados em SP (Foto: Rede Globo)

Vacinação

Uma campanha de vacinação terá início em 53 cidades do estado de São Paulo, com a dose fracionada da vacina – tão efetiva quanto a dose normal, mas que protege por até 8 anos a pessoa vacinada. A meta é imunizar 6,3 milhões de pessoas – 2,5 milhões só na cidade de São Paulo.

A dose da vacina será dividida para ampliar a imunização. A ideia é aplicar a dose concentrada nas áreas de risco (bairros próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus da febre amarela) e a fracionada nas demais regiões do estado.

A vacinação irá começar nos lugares onde o vírus está circulando, mas o objetivo é que, em um ano, atinja todo o estado. Para isso, será feita em etapas.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, em 2017 foram vacinadas 7 milhões de pessoas no estado, o que representa praticamente o dobro do número de imunizados ao longo dos dez anos anteriores.

Desde que a Secretaria Estadual da Saúde anunciou a ampliação da campanha de vacinação e a imunização com a dose fracionada, os postos de saúde da cidade de São Paulo e região metropolitana estão com longas filas de pessoas que querem tomar a dose completa da vacina.

De acordo com orientação do governo, as pessoas que residem em áreas sem a presença do vírus da febre amarela e que não irão viajar para áreas consideradas de risco nas próximas semanas devem aguardar o início da campanha para receberem a vacina. Quem já tomou a vacina não precisa receber uma segunda dose.

As pessoas ainda não imunizadas que forem viajar para áreas de risco ou para países que exigem vacinação contra a febre amarela devem tomar uma dose dez dias antes do deslocamento. Quem for viajar para áreas que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, o CIVP, devem tomar a dose inteira da vacina da febre amarela (0,5 ml) — e não a dose fracionada, de 0,1 ml, que será aplicada em algumas regiões do país. O certificado de vacinas é emitido pela Anvisa e comprova a vacinação contra doenças.

Fonte: G1

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