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Sintomas do autismo, distúrbio cujas causas desafiam a ciência

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Sintomas do autismo

O transtorno do espectro autista (TEA), mais conhecido como autismo, é um distúrbio neurológico que se inicia no nascimento ou no começo da infância e compromete as habilidades de comunicação, a interação social e o comportamento do indivíduo em diversos aspectos da vida. Embora vários sintomas do autismo possam ser detectados ainda na infância, eles podem ser observados até na vida adulta.

As causas do TEA ainda não são bem conhecidas, mas a incessante pesquisa sobre a doença indica que uma combinação de fatores pode desencadeá-lo. Além da genética, o feto pode sofrer impacto devido a estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas e complicações durante a gravidez. O ambiente no qual a criança é criada também seria um fator para o surgimento da doença.

Problemas na fala, um dos principais sintomas do autismo

Entre os sintomas mais comuns estão atraso anormal na fala, falta de resposta ao ser chamado, desinteresse com as pessoas e objetos ao redor, dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, optando por fazer as tarefas sozinho. Também deve-se prestar atenção na incapacidade de interpretar gestos e expressões faciais, dificuldade para combinar palavras em frases e repetição da mesma palavra ou frase continuamente.

Na extensa lista estão, ainda, demonstração de incômodo em determinados ambientes e situações sociais; movimentos repetitivos e incomuns dentre os quais balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo, girar em torno de si, pular de forma repentina e reorganizar objetos em fileiras ou cores.

Outros indícios são sinceridade excessiva, o que pode levar a episódios de constrangimento a terceiros; o interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns (paleontologia, datas, números), seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos, além de problemas gastrointestinais decorrentes de ansiedade.

Hiperatividade e passividade

Em alguns casos, os autistas se mostram passivos ou hiperativos, manifestam acessos de raiva e déficit de atenção, falta de empatia em determinadas situações e aumento ou redução de resposta a dor e temperatura.

A observação direta do comportamento do paciente é a lupa para se chegar ao diagnóstico. O especialista também conta com o relato de pais, responsáveis e professores para reunir informações e ter precisão na identificação do distúrbio. São eles que podem perceber os primeiros sinais, que costumam surgir aos dois anos de vida da criança.

Graduação do autismo

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, referência mundial de critérios para diagnóstico, classifica esse distúrbio como espectro pelo fato dele se manifestar em diferentes níveis de intensidade. Desse modo, em uma pessoa com grau 1 (autismo leve), os sintomas são pouco notados e não a impedem de estudar, trabalhar e se relacionar, ou seja, são independentes. Ainda assim, é necessário algum apoio para que ela possa desenvolver suas habilidades.

As que são diagnosticadas com autismo moderado (grau 2) apresentam sintomas percebidos mais facilmente. Precisam de algum auxílio para atividades cotidianas, entre as quais, tomar banho e preparar a refeição. A relação com outras pessoas também é prejudicada e o autista é capaz de elaborar apenas frases simples.

No autismo grave (grau 3), as dificuldades são grandes e requer apoio especializado e da família ao longa da vida. É um contexto em que a comunicação verbal e não verbal é seriamente afetada e a pessoa não consegue entender seu interlocutor e sequer se fazer entender.

Embora não exista cura, o tratamento com uma equipe multidisciplinar, que reúna neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, psiquiatra e terapeuta ocupacional, é o indicado para proporcionar qualidade de vida aos pacientes, que tendem a se tornarem mais sociáveis e independentes.

Não há tampouco medicação específica para o TEA, mas alguns remédios podem ser prescritos para mitigar problemas emocionais comuns nesse grupo de pacientes, entre os quais ansiedade, agressividade, depressão, estresse, hiperatividade, impulsividade e alterações de humor.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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