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UFRN desenvolve curativo biodegradável e anti-inflamatório à base de ativos orgânicos

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Pesquisadores do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um curativo biodegradável que, além de proteger ferimentos da exposição, ajuda na cicatrização, através da liberação de ativos com propriedades anti-inflamatórias, e não precisa ser trocado ou removido. Tudo isso, utilizando ativos naturais, provenientes de organismos como algumas plantas amazônicas e cascas de camarão.

A base do novo curativo são tipos de moléculas de seres vivos de rápida decomposição

A pesquisa, intitulada “Curativos com novo ativo amazônico para o tratamento de lesões cutâneas”, é coordenada pelo professor Ádley Antonino Neves, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade. A base do novo curativo são os biopolímeros, tipos de moléculas produzidas por seres vivos de rápida decomposição. Hoje, os biopolímeros são considerados algumas das principais alternativas aos materiais feitos de plástico ou petróleo, pelo seu grande potencial de substituição aos polímeros gerados a partir dessas fontes e sua capacidade de degradação.

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“Um dos biopolímeros é a quitosana, derivada da quitina, encontrada em cascas de alguns animais, como camarões. Incorporamos vários ativos nos filmes formados por estes biopolímeros, e iniciamos diversos ensaios físico-químicos e de atividade biológica in vitro”, explica o professor Ádley. O princípio ativo natural é liberado de maneira gradativa no local da lesão da pele onde o curativo é colocado, e possui propriedades anti-inflamatórias que auxiliam na cicatrização do ferimento. Além disso, por ser biodegadável, não é necessário que seja feita a troca desse tipo de curativo, que é absorvido pelo organismo do paciente após alguns dias.

Um diferencial dos curativos desenvolvidos pelos pesquisadores do Departamento de Farmácia é a utilização de diversos princípios ativos na confecção dos curativos, o que pode abrir caminho, inclusive, para a criação de novos medicamentos. “Estes ativos têm ação analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, entre outras, o que possibilita o desenvolvimento de várias formas farmacêuticas e medicamentos, além dos curativos.”, diz Ádley.
Hoje, o projeto encontra-se pronto para iniciar a fase de testes clínicos. De acordo com os pesquisadores, os testes iniciais, feitos em camundongos, foram promissores, e a cicatrização foi observada cerca de 10 dias após o início da utilização do curativo. “Já testamos alguns curativos em animais, com resultados bastante satisfatórios. Um provável local para os ensaios clínicos em pacientes humanos deverá ser o Hospital Universitário Onofre Lopes, na UFRN”, afirma o professor.

Para iniciar os testes clínicos, no entanto, os cientistas vão precisar, primeiramente, conseguir financiamento, o que tem sido um desafio graças às redução no orçamento e, consequentemente, nos editais de incentivo à pesquisa por parte de órgãos públicos, como a Capes e o CNPq. “Como os editais do CNPq e Capes estão cada vez mais escassos, estamos buscando diariamente estas parcerias com as empresas”, diz Ádley.

O projeto já possui patente depositada na Agência de Inovação da UFRN (Agir), e grandes empresas do ramo farmacêutico, como a Johnson & Johnson, já demonstraram interesse na invenção dos potiguares. O projeto, inclusive, foi um dos 16 selecionados no edital nacional lançado pela empresa Emerge, para participar do Emerge Labs, que visa estruturar pesquisas científicas para transformá-las em produtos viáveis. Entretanto, o diálogo com as grandes companhias farmacêuticas é um processo lento e, até lá, os pesquisadores continuam buscando formas de financiar os testes do produto, para que ele possa ser aperfeiçoado para chegar à sociedade.
“A conversa com as grandes farmacêuticas não é simples, e leva bastante tempo para se fechar algum negócio concreto, mas estamos sempre com o foco de colocar nossos produtos no mercado e ver a população tendo acesso ao que é desenvolvido na nossa Universidade”, diz.

RepórterPesquisadores do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um curativo biodegradável que, além de proteger ferimentos da exposição, ajuda na cicatrização, através da liberação de ativos com propriedades anti-inflamatórias, e não precisa ser trocado ou removido. Tudo isso, utilizando ativos naturais, provenientes de organismos como algumas plantas amazônicas e cascas de camarão.A pesquisa, intitulada “Curativos com novo ativo amazônico para o tratamento de lesões cutâneas”, é coordenada pelo professor Ádley Antonino Neves, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade. A base do novo curativo são os biopolímeros, tipos de moléculas produzidas por seres vivos de rápida decomposição.

Hoje, os biopolímeros são considerados algumas das principais alternativas aos materiais feitos de plástico ou petróleo, pelo seu grande potencial de substituição aos polímeros gerados a partir dessas fontes e sua capacidade de degradação.”Um dos biopolímeros é a quitosana, derivada da quitina, encontrada em cascas de alguns animais, como camarões. Incorporamos vários ativos nos filmes formados por estes biopolímeros, e iniciamos diversos ensaios físico-químicos e de atividade biológica in vitro”, explica o professor Ádley.

O princípio ativo natural é liberado de maneira gradativa no local da lesão da pele onde o curativo é colocado, e possui propriedades anti-inflamatórias que auxiliam na cicatrização do ferimento. Além disso, por ser biodegadável, não é necessário que seja feita a troca desse tipo de curativo, que é absorvido pelo organismo do paciente após alguns dias.Um diferencial dos curativos desenvolvidos pelos pesquisadores do Departamento de Farmácia é a utilização de diversos princípios ativos na confecção dos curativos, o que pode abrir caminho, inclusive, para a criação de novos medicamentos.

“Estes ativos têm ação analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, entre outras, o que possibilita o desenvolvimento de várias formas farmacêuticas e medicamentos, além dos curativos.”, diz Ádley.Hoje, o projeto encontra-se pronto para iniciar a fase de testes clínicos. De acordo com os pesquisadores, os testes iniciais, feitos em camundongos, foram promissores, e a cicatrização foi observada cerca de 10 dias após o início da utilização do curativo. “Já testamos alguns curativos em animais, com resultados bastante satisfatórios. Um provável local para os ensaios clínicos em pacientes humanos deverá ser o Hospital Universitário Onofre Lopes, na UFRN”, afirma o professor.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/01/24/blog-do-didi-instituicao-abre-100-vagas-gratuitas-em-capacitacao-para-farmacias-2/

Para iniciar os testes clínicos, no entanto, os cientistas vão precisar, primeiramente, conseguir financiamento, o que tem sido um desafio graças às redução no orçamento e, consequentemente, nos editais de incentivo à pesquisa por parte de órgãos públicos, como a Capes e o CNPq. “Como os editais do CNPq e Capes estão cada vez mais escassos, estamos buscando diariamente estas parcerias com as empresas”, diz Ádley.O projeto já possui patente depositada na Agência de Inovação da UFRN (Agir), e grandes empresas do ramo farmacêutico, como a Johnson & Johnson, já demonstraram interesse na invenção dos potiguares.

O projeto, inclusive, foi um dos 16 selecionados no edital nacional lançado pela empresa Emerge, para participar do Emerge Labs, que visa estruturar pesquisas científicas para transformá-las em produtos viáveis. Entretanto, o diálogo com as grandes companhias farmacêuticas é um processo lento e, até lá, os pesquisadores continuam buscando formas de financiar os testes do produto, para que ele possa ser aperfeiçoado para chegar à sociedade.”A conversa com as grandes farmacêuticas não é simples, e leva bastante tempo para se fechar algum negócio concreto, mas estamos sempre com o foco de colocar nossos produtos no mercado e ver a população tendo acesso ao que é desenvolvido na nossa Universidade”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte

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