Para isso, os pesquisadores desenvolveram a proteína DIII em bactérias e depois a inseriram nas folhas de tabaco. Mas por que isso? Com o crescimento das folhas, a extração é maior e mais barata.
Depois de ter material suficiente, eles usaram as plantas e produziram uma vacina. Os testes foram feitos em camundongos, que receberam uma dose e apresentaram uma proteção de 100% contra vários tipos do vírus da zika, de acordo com o artigo.
O mecanismo utilizado por Chen para a criação de uma vacina que usa como base de produção uma planta é o mesmo criado por outro cientista pioneiro em pesquisas do tipo, Charles Arntzen, também da Universidade do Estado do Arizona.
Arntzen incluiu plantas-base no desenvolvimento do ZMapp, tratamento experimental usado durante o último surto do Ebola. Em 2011, ele já havia desenvolvido uma vacina do mesmo tipo contra a doença que afetou a África, com folhas de tabaco.
Há uma corrida para a fabricação de uma vacina contra o vírus da zika, que já atingiu milhares de pessoas ao redor do mundo e causou mais de 4 mil notificação de malformações em bebês no Brasil. Atualmente, no entanto, não há o registro de uma vacina licenciada disponível para o combate do vírus.
Fonte: Jornal Integração