A Walgreens terá que se defender nos tribunais. A rede de farmácias está sendo acusada de fraudar o acesso a um programa de medicamentos de alto custo no estado de Virgínia, nos Estados Unidos. As informações são da Reuters.
Segundo o poder público, a varejista teria representado falsamente pacientes que não seriam elegíveis para receber o reembolso pela compra de medicamentos especiais para o tratamento da hepatite C.
O tribunal de apelações de Richmond decidiu, de maneira unânime (3 a 0) pelo seguimento das acusações.
Problemas da Walgreens começaram no Tennessee
Tudo começou com a má conduta de uma gerente de farmácia clínica da Walgreens que atuava na cidade Kingsport, no Tennessee. Ela foi acusada de falsificar documentos, inclusive resultados de exames, entre 2015 e o meio de 2016.
Com esses documentos forjados em mãos, os pacientes poderiam pedir reembolso para o programa Virginia Medicaid na compra de medicamentos como o Daklinza (Bristol-Myers Squibb), Harvoni (Gilead Sciences) e Sovaldi (United Medical),
De acordo com os registros do tribunal, enquanto a fraude era realizada, a receita do PDV cresceu 321%. A Walgreens realizou investigações internas e, mesmo com a gerente confessando a fraude, não ressarciu o programa estadual por 12 pacientes irregulares.
Procurada pela agência de notícias, a rede não se pronunciou.
Momento não é dos melhores na varejista
No começo de julho, a Walgreens anunciou que fechará 450 lojas nos Estados Unidos e Reino Unido. De acordo com reportagem do Drugstore News, a maioria desses PDVs está na Europa
A notícia sobre os fechamentos foi dada por James Kehoe, diretor financeiro, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2023. Kehoe apontou que as prioridades de alocação de capital continuam focadas nos principais investimentos do negócio, pagamento de dívidas e dividendos da varejista.
“Continuaremos a buscar investimentos orgânicos disciplinados e baseados em retornos em nosso negócio principal”, acrescentou.