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Alta de 0,75 ponto na Selic deve ajudar câmbio, diz Novus

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Selic – No momento em que a ociosidade tem perdido poder explicativo sobre a inflação e que o principal fator para o curto prazo deve ser o ‘combo’ formado por commodities e câmbio, o Banco Central deve dar início a um processo de normalização da política monetária, que se daria quase integralmente neste ano.

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É o que projeta o economista-chefe da Novus Capital, Tomás Goulart, para quem a autoridade monetária deve elevar o juro básico em 0,75 ponto percentual já nesta quarta-feira e levar a Selic a 6% até o fim do ano. A gestora ainda espera que a taxa chegue a 6,5% no início de 2022 e permaneça nesse nível ao longo do ano.

‘A gente tenta ver como o câmbio vai reagir às determinações do Banco Central’, afirma Goulart. ‘Acreditamos que, de alguma forma, uma alta de 0,75 ponto deveria ajudar a controlar a moeda e recompor parte da credibilidade que vem sendo perdida na condução da política econômica.’ Em seu cenário básico, a Novus trabalha com IPCA em 3,7% no ano que vem, ligeiramente acima do centro da meta, de 3,5%.

‘Quando a gente faz projeção para 2022, coloca na conta que isso impede uma desancoragem das expectativas, tanto que nossa projeção para o IPCA do ano que vem está só 20 pontos-base [0,20 p.p.] acima da meta, não é nada problemático. É a atuação do BC que impede que você tenha inflação mais alta no ano que vem’, afirma Goulart.

Se a projeção da Novus não se confirmar e o BC elevar em 0,5 ponto percentual a Selic nesta semana, os reflexos vão depender do tom do comunicado da autoridade monetária, diz o economista. ‘Ele pode dar 0,5 p.p. e fazer uma comunicação ‘hawk’ [inclinada ao aperto monetário], de que vai atuar de todas as formas possíveis, sem restrições, para levar a inflação de volta para a meta. Aí, de alguma forma, pode impedir uma deterioração das expectativas’, aponta Goulart.

Ele lembra que o impacto para a inflação em 2022 ocorre de duas formas. Uma é a inércia – o aumento a partir de contratos com preços atrelados à inflação passada. ‘A inércia de inflação até tem aumentado um pouco, mas ainda é baixa’, pondera.

A atividade econômica fraca evita uma propagação mais forte de preços de 2021 para 2022, segundo ele. Ainda assim, sobretudo por causa da inércia, a projeção da Novus para o IPCA do ano que vem está acima do centro da meta. Para este ano, a expectativa da gestora é de inflação ao redor de 5%, considerando um câmbio próximo do nível atual, em torno de R$ 5,60.

Fonte: Crédito no Brasil

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