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Amilase: a importância da enzima para a digestão

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Amilase

Enzima digestiva produzida pelo pâncreas e pelas glândulas salivares, a amilase tem a função de ‘’decompor’’ ou hidrolisar os carboidratos para que sejam absorvidos mais facilmente pelo organismo durante a digestão. A saliva libera a alfa-amilase ou ptialina no início do processo, a mastigação do alimento. Ao passar pelo estômago e chegar ao intestino a amilase pancreática entra em campo.

Alimentos que contêm grandes quantidades de amido, mas pouco açúcar, como arroz e batatas, podem adquirir um sabor ligeiramente doce porque a amilase degrada parte do amido em açúcar. A enzima também está presente em alimentos crus, como manga, banana e mel.

Amilase alta afeta pâncreas

A alteração do nível dessa enzima é um sinal de alerta. A alta concentração pode indicar inflamação no pâncreas ou comprometimento da glândula salivar. Se o nível está baixo, é preciso investigar a ocorrência de insuficiência pancreática ou doenças no fígado. O exame laboratorial, por meio de coleta de sangue ou urina, é o apropriado para identificar a causa.

Para melhor definir o diagnóstico, esse exame poderá ser solicitado pelo médico junto ao de outras enzimas, como a lipase, também proveniente do pâncreas e que atua no metabolismo das gorduras. Além da inflamação no pâncreas, a elevação da amilase está na origem de distúrbios como infarto ou perfuração intestinal, peritonite, apendicite, inflamação no trato biliar (colecistite), insuficiência renal, câncer no pâncreas, tumores pulmonares ou de ovário, traumas físicos e queimaduras.

No caso de pancreatite, o nível de amilase no sangue se apresenta seis vezes superior ao valor de referência, de 24 a 151 unidades/litro para pacientes acima de 60 anos. E os sintomas são dor progressiva no abdômen, dor irradiada nas costas, vômitos, náuseas, icterícia e ainda erupções na pele.

A inflamação no pâncreas faz com que órgão deixe de produzir o hormônio da insulina. Devido a essa condição, a  pancreatite  aguda leva o paciente a desenvolver sintomas de

diabetes. A vontade excessiva de beber água e urinar com frequência, o cansaço extremo sem ter feito atividade intensa, a transpiração excessiva e o emagrecimento são alguns desses eventos

Além de medicamentos intravenosos e analgésicos, o tratamento envolve, em casos mais graves, cirurgia para remoção do tecido pancreático infeccionado. Evitar o consumo de álcool, que causa irritação no pâncreas e no fígado, é uma das medidas para a prevenção da amilase alta. Algumas drogas também provocam aumento das enzimas no sangue. Por último, recomenda-se uma alimentação com baixo teor de gordura e alta quantidade de fibras, aliada à hidratação contínua e ingestão de líquidos.

Doenças do fígado ligadas à baixa taxa de amilase

Os casos de amilase baixa costumam ocorrer em pacientes hospitalizados. Os que estão sendo submetidos a tratamento à base de glicose são os mais afetados. A medição da amilase, nessa situação, deve ser feita até duas horas após a ingestão de qualquer alimento. Outra hipótese é o desenvolvimento  de cirrose, fibrose cística em estágio avançado, hepatite ou, em mulheres, toxemia gravídica, que leva à eclâmpsia em gestantes na 20ª semana de gravidez. É uma das principais causas de morte materna no Brasil.

O quadro também pode sugerir que as células produtoras da amilase pancreática estão sendo destruídas, ou seja, indicativo de lesão permanente dessas células. O diagnóstico então aponta para pancreatite crônica. Ainda assim, a realização de exames mais específicos são fundamentais para concluir o diagnóstico.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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