A anedonia manifesta-se como a perda de interesse e prazer em atividades que antes eram gratificantes, como interações sociais, hobbies e trabalho. Ela é um dos sintomas mais marcantes da depressão, um transtorno de humor grave e complexo, que envolve uma interação de fatores psicológicos, biológicos, genéticos e ambientais.
Trata-se de uma doença mental prevalente em todo o mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas. Infelizmente é a principal causa de suicídio, especialmente entre jovens de 15 a 29 anos, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nem todas as pessoas com depressão apresentam anedonia
Segundo Maria Teresa de Almeida Fernandes, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com depressão apresentam anedonia.
“Além disso, existem diversos fatores que podem desencadear ou contribuir para o desenvolvimento da depressão, como traços de personalidade, altos níveis de estresse, luto, perdas significativas e o abuso de substâncias como drogas e álcool. Doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia, e alterações endócrinas também podem ser fatores de risco”, explica.
Os sintomas da depressão incluem não apenas a anedonia, mas também o isolamento, dificuldades nas interações sociais e profissionais, sentimentos de desvalorização, dificuldades de adaptação a diferentes ambientes e perda de libido. Além disso, a pessoa pode experimentar cansaço, fadiga, dificuldade de concentração, desânimo e falta de energia. Em casos de anedonia, a pessoa não sente tristeza ou dor, mas, em vez disso, uma sensação de vazio e embotamento emocional.
Tratamento
O tratamento da depressão geralmente envolve uma abordagem multifacetada. Inicialmente, é essencial realizar uma avaliação clínica para um diagnóstico diferencial preciso. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos antidepressivos, combinado com psicoterapia. A psicoterapia ajuda os indivíduos a identificarem os gatilhos emocionais da depressão e a desenvolver estratégias para lidar com eles, promovendo mudanças de pensamento e comportamento positivas.
“Buscar ajuda é fundamental para lidar com a depressão. Se você reconhece esses sintomas em si mesmo, não hesite em procurar ajuda profissional. Da mesma forma, se você perceber esses sinais em alguém próximo, ofereça apoio e orientação para que eles também busquem ajuda. A depressão é uma doença tratável, e quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação para os pacientes”, finaliza a psicóloga.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.