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Assoalho pélvico: por que você precisa conhecer e fortalecer essa musculatura

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Quando o assunto é malhar os músculos, pensamos logo em exercícios para trabalhar abdômen, coxas, braços, glúteos. Ninguém fala em assoalho pélvico. Isso porque muita gente sequer sabe da existência dessa região do corpo, muito menos da importância (total!) de treiná-la, principalmente para as mulheres. Entrar em contato com ela, porém, aumenta o autoconhecimento e traz benefícios para a saúde e a autoestima.

O assoalho pélvico é um conjunto de músculos e ligamentos localizado na região baixa do abdômen, que se estende do púbis ao cóccix e funciona como uma rede de sustentação para os órgãos pélvicos (como intestinos, bexiga e útero). Como é “perfurado” pelos canais da uretra, vagina e reto, sua atividade e condicionamento influenciam a continência urinária e fecal e a função sexual.

Assim como qualquer músculo do corpo, os do assoalho pélvico vão perdendo tônus à medida que envelhecemos. “Sobrepeso e excesso de atividade física com alto impacto ou uso de força (como corrida, treinos com peso e abdominais) aceleram esse processo porque sobrecarregam mais ainda a região”, fala a fisioterapeuta pélvica Débora Pádua (@vaginismo).

As mulheres são mais sensíveis ao enfraquecimento dessa musculatura. Na gestação, o peso do bebê, alterações anatômicas e a ação dos hormônios se somam para amolecer a teia de músculos do assoalho pélvico, até para facilitar a saída da criança na hora do parto. Dos 45 anos em diante, com a aproximação da menopausa, a queda hormonal também faz com que a área perca flexibilidade e funcionalidade. Por isso, treinar essa parte do corpo deveria ser uma preocupação feminina desde cedo.

O enfraquecimento do assoalho pélvico tem relação direta com incontinência urinária, que se torna mais frequente tanto na gravidez quanto na maturidade. Flácidos, os músculos não conseguem apertar a uretra para segurar o xixi. Em situações de esforço, como na ginástica e episódios de tosse e espirros, a função fica ainda mais difícil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 35% das mulheres após a menopausa sofrem com incontinência urinária, assim como 40% das gestantes. Isso representa cinco vezes mais risco de ter o problema do que os homens.

Outro prejuízo que pode ser amenizado malhando o assoalho pélvico é o desconforto no sexo na menopausa. A atrofia vaginal e a falta de lubrificação, queixas comuns nessa fase, causam dor e acabam fazendo com que muitas mulheres deixem de transar (e fiquem frustradas). O problema também pode ocorrer no pós-parto, quando a vagina tende a ficar dolorida e ressecada. “Além de tonificar os músculos, exercícios específicos vão aumentar a circulação e melhorar a lubrificação vaginal, diminuindo o desconforto e aumentando o prazer durante o sexo”, explica a fisioterapeuta especializada em assoalho pélvico Laura Della Negra (@assoalhopelvico).

Um estudo feito pela Universidade do Estado de Santa Catarina, em 2015, avaliou a relação entre força muscular no assoalho pélvico e função sexual em mulheres acima de 39 anos e concluiu que aquelas com melhor capacidade de contração da região apresentaram mais excitação, lubrificação e orgasmos do que as com função muscular ruim.

Como malhar o assoalho pélvico?

As alternativas incluem exercícios de contração e relaxamento da musculatura do períneo (como no pompoarismo) até terapia com eletroestimulação, em casos mais graves. Mas o ideal é contar sempre com orientação profissional, nem que seja para começar a conhecer a região e aprender exercícios para fazer sozinha depois. “Problemas no assoalho pélvico podem surgir quando a musculatura está flácida ou rígida demais – a segunda situação pode ocorrer devido a fortalecimento errado e até questões emocionais”, comenta Débora Pádua.
Laura ensina um movimento simples para exercitar a região. “Faça contrações sutis focadas na musculatura do triângulo da frente do assoalho pélvico (que inclui vagina, uretra e clitóris), a mais sutil e fácil de perceber. Repita dez movimentos, duas vezes por dia. O exercício também pode ser feito durante o sexo, pois aumenta a excitação e o prazer”, diz.

Fonte: VOGUE

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