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Biodiversidade brasileira gera medicamentos inovadores

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Medicamentos inovadores

A biodiversidade brasileira é o motor dos medicamentos inovadores produzidos pela Nintx, biotech fundada em 2021. A empresa acaba de inaugurar o primeiro laboratório privado da América Latina para pesquisas em torno do microbioma intestinal humano em Campinas, no interior de São Paulo. As informações são do NeoFeed.

Com o olhar das tecnologias 4.0, o objetivo da startup é abordar de maneira inédita a fitoterapia. Para isso, a companhia criou uma réplica do sistema digestório humano.

Com o auxílio da máquina, intitulada xGIbiomics, é possível testar a reação dos microrganismos que habitam em nosso sistema digestivo com os medicamentos inovadores.

Além do maquinário, a startup também desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial que indica aos pesquisadores possíveis candidatas naturais para tratar uma determinada doença. Atualmente, essa tecnologia já viabilizou a formação de um acervo de 700 mil moléculas vegetais

Para criar essas tecnologias, a empresa usou parte dos US$ 3 milhões que levantou em agosto do ano passado.

Medicamentos inovadores querem tratar o corpo todo pelo estomago

Pode parecer, em primeiro momento, estranho, mas o objetivo da Nintx é desenvolver fármacos para diversas doenças, mesmo que todos atuem a partir do intestino.

A biotech vê potencial para tratar doenças cardiometábolicas, endócrinas, imunológicas, infecciosas e neurodegenerativas por meio de extratos.

Mercado aquecido

Com o maior conhecimento sobre a flora intestinal, ela se tornou uma “queridinha” das pesquisas para desenvolver medicamentos inovadores.

Em 2022, os medicamentos focados na microbiota do aparelho gastrointestinal movimentaram US$ 390 milhões, valor esse que pode superar os US$ 500 milhões neste ano.

Startup quer licenciar extratos para a indústria

Apesar de se dedicar a descobrir medicamentos inovadores com compostos naturais, a Nintx não prevê fabricá-los, e sim transferir a tecnologia para grandes farmacêuticas.

“Quando entrarmos na fase de pesquisas clínicas em humanos e quando já for possível pensar na manufatura, iniciaremos a conversa com as grandes corporações. A partir daí, ocorre a transferência de tecnologia e a monetização da startup”, explica Miller Freitas, farmacêutico, bioquímico e CEO da biotech.

A estratégia segue uma tendência dentre as companhias conhecidas como big pharma: a descentralização dos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores.

Biotechs vêm atraindo investimentos do mercado tradicional

O mercado de biotechs segue aquecido. O CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, passou a ser conselheiro e acionista de uma biotech no último mês de abril. A MKM Biotech é uma empresa de investimentos em venture science e biotecnologia dedicada a apoiar pesquisas científicas de novos medicamentos e tratamentos de saúde.

Os investimentos ocorrem no início da fase pré-clínica e são destinados a avançar os estudos com agilidade, num padrão internacional de qualidade e segurança, para que possam ser adquiridos pela indústria farmacêutica na fase inicial dos testes clínicos.

Atualmente, a startup está selecionando pesquisas de interesse e convidando a indústria nacional a participar desse movimento. “Ao atuar como conselheiro da MKM Biotech, creio estar contribuindo para o fortalecimento do setor”, afirma Barreto.

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