A cannabis importada por meio da RDC 660 ainda representa a alternativa de compra preferencial dos pacientes brasileiros. E o preço é um fator predominante. Segundo levantamento da consultoria Kaya Mind, esses produtos podem custar cerca de 63% menos em comparação aos comercializados nas farmácias.
O relatório apresentado durante o Cannabis Connection, que ocorreu no dia 6 de novembro em São Paulo (SP), aponta que o preço do miligrama gira em torno de R$ 0,41 no caso de compras no Brasil. Em contrapartida, os produtos do gênero adquiridos no Exterior chegam ao país com custo médio de R$ 0,26 por miligrama.
“Os preços mais acessíveis, aliados a um maior número de opções disponíveis no mercado, fazem com que esse produto ainda seja o mais demandado pelos pacientes. O levantamento aponta que, dos quase 600 mil consumidores, mais da metade prefere a importação”, explica Thiago Cardoso, diretor de inteligência da consultoria.
Cannabis importada tem mais prevalência no Sudeste
A consultoria também desenhou um perfil do paciente que faz uso de produtos à base de cannabis importada. A maioria deles está baseada no Sudeste e a faixa etária média é de 42 anos.
Quem importa mais
(participação das regiões no total importado de cannabis medicinal)
O Sudeste, além de concentrar o maior público, também revela prevalência de consumidores mais velhos. Ao lado do Centro-Oeste, ambos têm uma média de idade entre os pacientes de 45 anos. No Norte a população é mais jovem, com média de 39 anos.
A pesquisa também indicou que as mulheres compram mais produtos à base de cannabis medicinal e que esses tratamentos são utilizados, em geral, para condições de saúde mental, doenças neurodegenerativas e dor crônica. Atualmente, 250 companhias trabalham no fornecimento de cannabis importada no Brasil, atendendo quase 4,5 mil cidades.