BRASÍLIA – Perfumes e cosméticos extraídos de essências da floresta. Com sede em Belém (PA), a Chamma da Amazônia se espalhou pelo Brasil e leva a seus clientes produtos como cosméticos de açaí, a famosa fruta energética do Norte. Nesta terça-feira (2) vai ao ar a história de sucesso da empresa. Quem conta é a diretora-executiva e proprietária da empresa, Fátima Chamma. O programa faz parte da série ‘Faça Diferente’ e é transmitido por cerca de 850 rádios de todo o País.
A empresa existe há 50 anos. Foi criada por Oscar, pai de Fátima. Ela entrou na Chamma no início da década de 90 e assumiu os negócios quando o pai morreu. Em meados dos anos 90, durante uma participação em uma feira do Sebrae, no Rio de Janeiro, o empreendimento, que chamava-se apenas Chamma, ganhou um novo nome e virou Chamma da Amazônia.
Com foco em cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, a empresa desenvolve uma linha de 160 produtos a partir de matérias-primas da região, como o açaí, a castanha-do-pará, o cupuaçu e o buriti. Uma das novidades que Fátima anuncia no mercado são as máscaras faciais e os esfoliantes à base de argila branca da Amazônia.
Em 1999, houve mais uma reviravolta na empresa paraense, que era uma fábrica, virou também loja e passou a franquear sua marca. Dez anos depois, entre estabelecimentos próprios e franquias, a Chamma da Amazônia opera com 16 lojas em oito estados. “A gente queria ampliar o mercado, pois nos restringíamos ao Pará e a uma parte do Norte.
Percebemos que existia potencial para expandir o negócio pelo País”, lembra Fátima. Para conseguir esta expansão, a Chamma apostou pesado em sua qualificação. O empreendimento entrou para a Incubadora de Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará (UFPA). Paralelamente, Fátima buscou o suporte do Sebrae. “Utilizamos ao máximo o que o Sebrae oferecia em cursos e consultorias”, conta. A paraense destaca o apoio que o Sebrae Nacional dá para o setor de cosméticos.
A diretora-executiva diz que a Chamma da Amazônia tem uma forte preocupação com a sustentabilidade e procura adquirir suas matérias-primas junto a pequenas comunidades da região, em uma rede de parcerias com instituições públicas e privadas. “O objetivo é que se valorize o insumo local e se dê oportunidade para os pequenos produtores”, revela.
Na opinião de Fátima Chamma, inovação constitui o motor propulsor do seu negócio. “Inovar quer dizer fazer diferente algo que já existe. Só que para inovar é importante que haja mercado, que seu produto seja viável economicamente”, opina.
Márcio Pereira, gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae no Pará, que atuou junto à empresa, elogia como a Chamma trabalha a inovação. “Quando você entra em uma loja dessa marca, existe uma vestimenta adequada, um estilo de atendimento e embalagem, com toda uma inovação nos serviços”, afirma.
Fonte: DCI
